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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Marcos Valle, Stacey Kent e Jim Tomlinson: Amando Demais



Ele marcou presença aqui no Blog por várias vezes com compositor e esta é a vez primeira que tem
destaque merecido aqui em nosso Blog. Marcos Kostenbader Valle, conhecido por Marcos Valle,
é compositor,  cantor,  instrumentista e arranjador,  nascido na cidade do Rio de Janeiro em
Setembro de 1943.  Aos seis anos de idade iniciou estudos de  piano,  formando-se em
1956 como instrumentista e também em Teoria Musical. É tido como um integrante
da segunda geração da  Bossa Nova, tendo iniciado carreira artística em 1961
na formação de um trio com Edu Lobo e Dori Caymmi quando começou a
compor em parceria com seu irmão Paulo Sérgio Valle. Dois anos se
passaram e o primeiro sucesso da dupla "Sonho de Maria", que
foi  gravado pelo "Tamba Trio" em 1963, emplacou na mídia.


Já ela,  Stacey Kent,  cantora de Jazz norte-americana, que
ao lado de  Marcos, marca presença, pela  primeira vez  aqui no
Blog nasceu em South Orange, Nova Jersey, 1965. Também ainda na
infância iniciou no piano tendo participado de musicais na escola em sua
adolescência, quando sua voz de  mezzo-soprano revelou a sua naturalidade
para o canto. Embora grande fosse seu amor pela Música, a Literatura Comparada
em que é formada, foi sua opção até ser diplomada,  quando então decidiu concentrar
novamente suas energias no canto. Eterniza sua amizade de longa data com Marcos Valle e
com todo o Universo Musical Brasileiro, com nosso idioma e com as belezas naturais brasileiras.

carlos miranda (betomelodia) 




Uma saudade que alegra a gente uma tristeza cheia de paz
Provavelmente eu ando amando demais
Acendo o filtro do cigarro meu carro passa nos sinais
Provavelmente eu ando amando demais

Também você assim tão linda ainda tem aquele algo a mais
Mas assim não vale ah isso não se faz
Não durmo mais ora que bom que é suspeito até que bem me faz
Sou tão feliz eu ando amando demais

Também você além de linda ainda tem aquele algo a mais
Mas assim não vale ah isso não se faz
Não durmo mais ora que bom que é suspeito até que bem me faz
Sou tão feliz eu ando amando demais

Somos felizes andamos amando demais


vinícius de moraes



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 15 de dezembro de 2019

Roberta Sá, Belo Estranho Dia de Amanhã



Samba. Samba Dolente, Samba Amor, Samba Vida, Samba para o nosso dia-a-dia. O Samba, que os demais
intérpretes me perdoem,  mas Samba  na atualidade tem um nome para mim  e este nome é já bem
conhecido aqui em meu Blog: Roberta Sá. Linda voz, lindas interpretações em total domínio
de palco,  um carisma que todos seduz, e afinadíssima  seu repertório é um mix dos
novos e antigos compositores que  povoam nosso Universo Musical. Em um
único show  ela nos presenteia com profusões do Samba  como o de
Roda, Raiz,  também do Choro,  além da Bossa Nova e Frevo.

( detalhe: sou fã incondicional desta grande Intérprete )


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Notícias perderão todo controle dos fatos celebridades cairão no anonimato
Palavras deformadas fotos desfocadas vão atravessar o Atlântico
Jornais sairão em branco e as telas planas de plasma vão se dissolver o argumento ficou sem assunto

Vai ter mais tempo pra gente ficar junto vai ter mais tempo pra enlouquecer com você
Vai ter mais tempo pra gente ficar junto vai ter mais tempo pra enloquecer

Os políticos amanhecerão sem voz o outdoor com as letras trocadas
Dentro do Banco Central o pessoal vai esquecer como é que assina a própria assinatura
E os taxistas já não sabem que rua pegar que belo estranho dia pra se ter alegria

Eu respondo e pergunto

É só o tempo pra gente ficar junto é só o tempo d'eu enlouquecer com você
É só o tempo pra gente ficar junto é só o tempo d'eu enloquecer

Alarmes já pararam de apitar o telefone celular descarregou
O aeroporto tá sem teto e a moça da TV prevê silêncios e nuvens
A firma que eu trabalho faliu e o governo decretou feriado amanhã no Brasil

Será que é pedir muito

É só um jeito da gente ficar junto é só um jeito de enlouquecer com você
É só um jeito da gente ficar junto é só um jeito de enlouquecer com você
É só um jeito da gente ficar junto é só um jeito de enlouquecer


lula queiroga



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Banda Sr. Banana, Não Vá



E passados mais de vinte anos, eis que a Banda Sr. Banana está de volta aos palcos em sua formação
original. Cinco amigos que decidiram recomeçar mas não apenas como uma simples banda.  A
adesão de mais um membro, Gui Vianna, filho do baterista Lúcio Trombini, no violão e
backing vocal,  promete algo mais acrescentar como inéditas composições e
também mantendo as  versões para os clássicos  mais variados de
Marley, Beatles, Magic, Gilbetor Gil e outros nomes mais.

E foi no lançamento do livro  "Uma Fina Camada de Gelo",
que conta a história do  rock autoral de Curitiba, que após o show
a banda resolveu regravar uma  Música  inédita e a escolhida foi Não Vá, que
ilustra a postagem. O seu estilo musical passeia pelo Reggae, Rock, Ska e Reggaeton.

carlos miranda (betomelodia) 




Não precisa mais inventar desculpa não precisa mais botar a culpa em mim
Antes a gente andava as vezes até brigava mas tudo se resolvia

Ataque defenda se entregue se renda chega de fugir eu só queria te pedir
Não vá não vá não vá não chega de fugir não vá não vá não vá não eu só queria te pedir

Quem é você não te conheço mais quem é você e quanto tempo faz
Seguir os bons motivos da nossa insensatez não foram poucas vezes muitas vezes a gente fez

Ataque defenda se entregue se renda chega de fugir eu só queria te pedir
Ataque defenda se entregue se renda chega de fugir eu só queria só queria

Não vá não vá não vá não chega de fugir não vá não vá não vá não eu só queria te pedir
Não vá não vá não vá não chega de fugir não vá não vá não vá não ahaaaaaaaa

Ataque defenda se entregue se renda chega de fugir eu só queria só queria
Não vá não vá não vá não chega de fugir não vá não vá não vá não eu só queria te pedir


eduardo pizzatto da silva / lucio trombini griesbach



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal e google

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Bia Ferreira, Tô em Liquidação



Nascida em Carangola, cidade interiorana do Estado de Minas Gerais em Abril de 1993,  Bia é uma
cantora, multi-instrumentista e compositora, que aos quinze anos iniciou sua atividade musical
em Aracaju, a capital do Estado de Sergipe. Estudou Música desde criança, tendo começado
seu estudo de piano aos três anos e mais tarde, matriculada no Conservatório Brasileiro
de  Música  seguiu com seus estudos.  Influenciada por sua mãe que também cantora,
pianista e regente de coral era, teve o piano como  base musical  até o começo de
sua carreira quando escolheu o violão mas, vinte e quatro outros instrumentos
ela passou a dominar tais como bateria, atabaque, cavaquinho e outros mais.
Criando um estilo próprio que ela denomina MMP e que significa Música
da Mulher Preta,  em 2016 Bia  deixa Aracaju em busca de uma melhor
divulgação de seu  trabalho autoral,  o que lhe valeu alcançar dois
anos  após o sucesso  com a composição  "Cota Não É Esmola".

carlos miranda (betomelodia) 




Uma "Garota Shopping Center" descendo da limusine em seu vestido tricoline
Passando pela vitrine do meu coração e nem me viu
Uma "Garota Shopping Center" e seu jeitinho petulante tomando refrigerante
Na escada rolante no meio do saguão parei falei ei psiu

Meu coração tá de brinde tô em liquidação
Meu coração tá de brinde tô em liquidação ei psiu
Meu coração tá de brinde tô em liquidação ei ô
Meu coração tá de brinde tô em liquidação

Mas quem nasceu pra lagartixa nunca chega a jacaré
Eu já gastei todas as fichas por causa dessa mulher
Que não gosta de samba que não anda a pé
Ela é bonita pra caramba e não dá mole pra mané

Meu coração tá de brinde meu coração tá de brinde
Meu coração tá de brinde liquidação
Meu coração tá de brinde tô em liquidação ei ô
Meu coração tá de brinde tô em liquidação

Vamos prum lounge conversar sobre a tv vamos pra longe
Sem se tocar os olhos vão se encontrar e se perder
Eu e você de perto dar pra eu me perder nas tuas tintas
Uma noite um pouco da manhã só pra eu sacar se os olhos mudam de cor

Vamos entrar a minha casa não é quente trago um vermelho pra esquentar
Vamos suar com o veneno da serpente que eu roubei pra te picar
Eu e você assim de perto dar pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Uma noite um pouco da manhã só pra eu sacar se os olhos mudam de cor

Eu e você de perto dar pra me perder  nas tuas tintas
Uma noite um pouco da manhã só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Meu coração tá de brinde tô em liquidação
Meu coração tá de brinde tô em liquidação vamos prum lounge


vander lee



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Lysia Condé, Corta-Jaca



Lysia Condé

A intérprete desta publicação nasceu no Estado de Minas Gerais, localizada na Zona da Mata Mineira,
Rio Pomba. Desde sua infância sentia-se atraída pela Música, graças ao convívio familiar com seus
pais que lhe propocionaram imenso repertório musical em saraus promovidos em sua casa. E foi
naquele ambiente musical que Lysia cresceu, apreciando a poesia e sonoridade cantada pelos
Artistas, lançando a Música mineira ao mundo.  Tem uma voz doce, suave e afinada, aliada a
um ouvido apurado, características  que a tornam elogiada e amada por seus admiradores.

Ainda em sua juventude num grupo de teatro local expressava as duas dimensões de sua
Arte, o cantar e a interpretação. Mas apesar de seu envolvimento no universo artístico, sua
alternativa profissional foi então formar-se em Ciência Sociais,  na cidade de Juiz de Fora, e o
seu mestrado em Antropologia ela terminou em Niterói, Estado do Rio de Janeiro.  A sua vontade
do sonho até então não realizado, de cantar, finalmente tornou-se realidade em  2007, ao mudar-se
para a capital do Rio Grande do Norte, linda Natal, a todos encantando com seu excelente repertório.





Chiquinha Gonzaga

Francisca Edwiges Neves Gonzaga e como ficou conhecida,  Chiquinha Gonzaga,  veio ao mundo na
cidade do Rio de Janeiro em Outubro de 1847 onde veio a falecer em Fevereiro de 1935, deixando
indelével marca na  sociedade aristocrática  da época. Compositora, Pianista e também Regente,
e como relevância, a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.  Além disso, foi também
a primeira pianista chorona, ou seja, uma musicista do estilo choro que compôs a primeira e
única marcha  carnavalesca com letra,  "Ô Abre Alas"  em 1899. Bem, esses e outros fatos
inéditos em se tratando de mulher, inspiraram o escultor Honório Peçanha a produzir o
busto em sua homenagem, que se encontra no Passeio Público da cidade.  E na data
de seu aniversário, 17 de Outubro,  foi sancionada em Maio de 2012 a Lei 12.624, a
qual marcava esta data como o Dia da  Música Popular Brasileira.  Ela não parou
com suas luta pelos direitos da mulher e envolveu-se com a política apoiando
a abolição da escravatura e também pelo fim da monarquia. Por seus ideais
de independência feminina frequentava as rodas boêmias da cidade e ao
fumar em público, despertava muito a atenção de todos. Que mulher !!!

Filha de um Marechal de Campo do  Exército Colonial Brasileiro, tendo
como mãe uma escrava alforriada  cresceu em uma família de pretensões
aristocráticas rígidas,  tendo como padrinho um histórico personagem, Luís
Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Mas, o Amor à Liberdade e as Artes
sempre despertou sua atenção e assim,  contrariando  os ideais dos pais, rodas
de lundu, umbigada e outros ritmos africanos eram por ela frequentadas. Aos onze
anos  sua primeira composição  foi a canção natalina  intitulada Canção dos Pastores.
Além de todos os fatos acima descritos, um causou comoção na Corte Imperial narrado
na abertura do vídeo escolhido para ilustrar a postagem cujo título original era Gaúcho e
que ficou conhecida popularmente como "Corta-Jaca", um maxixe da opereta Zizinha Maxixe.

carlos miranda (betomelodia) 




Neste mundo de misérias quem impera é quem é mais folgazão
É quem sabe cortar-jaca nos requebros de suprema perfeição perfeição

Ai ai como é bom dançar ai corta-jaca assim assim assim mexe com o pé
Ai ai tem feitiço tem ai corta meu benzinho assim assim

Esta dança é buliçosa tão dengosa que todos querem dançar
Não há ricas baronesas nem marquesas que não saibam requebrar requebrar

Ai ai como é bom dançar ai corta-jaca assim assim assim mexe com o pé
Ai ai tem feitiço tem ai corta meu benzinho assim assim

Este passo tem feitiço tal ouriço faz qualquer homem coió
Não há velho carrancudo nem sisudo que não caia em trololó trololó

Ai ai como é bom dançar ai corta-jaca assim assim assim mexe com o pé
Ai ai tem feitiço tem ai corta meu benzinho assim assim

Quem me vir assim alegre no flamengo por certo se há de render
Não resiste com certeza com certeza este jeito de mexer de mexer

Um flamengo tão gostoso tão ruidoso vale bem meia-pataca
Dizem todos que na ponta está na ponta nossa dança corta-jaca, corta-jaca


 chiquinha gonzaga e machado careca



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal e google

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Virgílio Dias, Um Apaixonado Pelo Rio de Janeiro

praia do pontal, 2012


" Considerado pela crítica como um dos mais importantes e talentosos pintores impressionistas
da atualidade na América Latina,  Virgílio Dias  partiu para o mundo pintando o seu caminhar,
trilhado com enorme talento e maestria, sempre com seu grande ateliê, a rua, os lugares
onde no momento  de suas criações,  ele e sua inspiração  sempre estão."  Apreciem.

( para ver a publicação original, clique aqui )

carlos miranda (betomelodia) 


virgilio dias, 1973 / in activity
pontal beach - oil on canvas - 100 x 70 cm - private collection
rio de janeiro city, rio de janeiro state - brazil

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imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Raça Negra, Dono do Seu Beijo



Escrever sobre o destaque de hoje é desnecessário, pois são quase quarenta anos que o grupo vem
atuando. Formado em um bairro da Zona Leste na cidade de São Paulo, a Vila Nhocuné em 1983, é
um dos pioneiros no  Samba e Pagode  romântico do gênero, com certa influência do Reggae.
Escolhi um dos muitos vídeos do meu arquivo pessoal para ilustrar a postagem, que tem
como  título  "O Dono do Seu Beijo",  que conta  com a  participação  de  Xand Avião.


carlos miranda (betomelodia) 




No começo era paixão o que a gente fez
Mais o brilho desse olhar me prendeu de vez
No começo a emoção foi só por prazer
Mais depois meu coração não soube te esquecer

O amor chega entra e faz morada revolução por dentro é o Sol na madrugada
Sentimento que me aquece e acalma o coração e a alma

E perto de você eu esqueço de tudo
Só pra te amar
Dono do seu beijo sou dono do mundo
Sem você não dá


antonio luiz \ nil bernardes \ cecilio nena 



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Marcelo Jeneci, Aí Sim



O destaque desta publicação, já marcou presença por aqui em Novembro de 2018 com a Música que
tem como autores Marcelo Jeneci e Chico César. Para conhecer um pouco sobre Marcelo, basta
clicar no título da mesma, 'Felicidade', que para ela serão conduzidos. Escolhido para ilustrar
esta postagem é um vídeo produzido em um dos sertões deste mundão de Deus, em Palm
Springs, próximo a Los Angeles, 'Aí Sim', e que tenho certeza que irão apreciar o tema.


carlos miranda (betomelodia) 




Talvez eu consiga superar
O temor da transformação
Talvez também eu decida
Mesmo só voltar pra minha prisão

Sigo assim
Escolhendo o que é melhor pra mim
Pode ser que eu me arrebente mas
Levo a minha vida em frente
Eu já sei sou livre pra me prender
E aprender a ter alegria

Aí sim
Vou aproveitar o arroz com feijão
Sem indecisão aí enfim
Vou saber qual é a direção do meu coração


marcelo jeneci / arnaldo antunes



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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sábado, 5 de outubro de 2019

Mauro Moraes, Com Cisco nos Olhos



" Venho de uma época em que a gente subia no palco para concorrer com Apparício Silva Rillo, Luiz
Coronel, Mário Barbará.  Era outro nível.  Hoje, se tu ganhas, tu és prevalecido; se tu perdes,  eles
dizem “pô, ganhei do Mauro Moraes!”.  Já passamos dessa fase de competições. A picada a gente
abriu,  agora a gurizada  pode cuidar da plantação ou,  continuar estragando." 

mauro moraes


Ele nasceu em  Uruguaiana,  cidade natal de minha avó materna que carinhosamente eu chamava de
"Mãe Velha", pois ela e meu avô, General João Batista de Miranda, foram os educadores da minha
infância que ensinaram-me o significado das palavras  respeito, ética  e incentivaram-me a ler.
Mas voltemos ao destaque de hoje, Mauro Moraes,  que lá também veio ao mundo mas foi
em Porto Alegre que começou sua carreira no ano de 1979, ao participar da "Vindima da
Canção Popular", em Flores da Cunha,  ficando com o quinto lugar e escolhido como
compositor revelação com sua composição  Vaqueano, parceria com Dado Jaeger.

Ganhador de dois discos de ouro e de seis troféus Açorianos, incluindo quatro de
Melhor Compositor de Música Regional,  é um dos grandes vencedores de festivais
no Estado,  contabilizando  entre os prêmios a cobiçada "Calhandra de Ouro", recebida
com a música "Feito o Carreto" na 31ª Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana em 2002.
Mauro Moraes  em suas composições,  evoca cenas campeiras com poesia, realismo e lirismo.

carlos miranda (betomelodia) 




Meu radinho de pilha toca de tudo
Tudo que eu acho bom
A lembrança de amigos nos discos o pago enfim
Tudo o que me faz feliz

Ele é o culpado de todo esse amor
Ele é o silêncio meu convidado
É o estado de todas as coisas
Que a alma aquece guardado

Não sei como um coração pleno em felicidade
Possa ás vezes tornar-se um poço de tristeza
Quando escuto as notícias da minha saudade
E o violão desafina a corda arrebenta

Apesar dos pesares o que mais me machuca
É a distância de dentro que a gente retruca
É o pecado de haver endurecido o carinho
Milongueando sozinho com o mate lavado

É ficar em si mesmo proseando à toa
Com a manada nos olhos da sua pessoa
É não ter vergonha de chorar quando se está feliz
Com a alegria dos outros voltando pra si


mauro moraes



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Johann Georg Grimm, Impressões do Brasil Colônia

parahyba do sul, 1886


Johann Georg Grimm,  foi um pintor, professor, desenhista e decorador  alemão que viveu e trabalhou
alguns anos no Brasil.  Nascido e criado na cidade de Immenstadt, Alemanha,  é filho do carpinteiro
Johann Bernhard Grimm e de Maria Anna, falecida quando ele tinha cinco anos de idade. Desde
jovem,  seu pai o treinou  para que seguisse os  seus passos no comércio,  onde ele realizara
diversos trabalhos de carpintaria  como mesas, painéis, barcos e também  altares para as
igrejas da cidade onde moravam. No entanto o seu interesse logo mudou quando ele
conheceu  a biblioteca  do castelo de  Rahenzeli,  onde realizaria  um trabalho de
cunho familiar  e acabou vendo  alguns livros com  obras de arte. Foi o ponto
de partida para a sua carreira nas artes plásticas.

( para ver a publicação original, clique aqui )

carlos miranda (betomelodia) 


johann georg grimm1846 / 1887
oil on canvas - 640 × 342 cm - coleção da câmara de paraíba do sul
paraiba do sul, rio de janeiro - brasil

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imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodoia)
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domingo, 15 de setembro de 2019

Jonathan Silva e Celmar Coelho, Samba da Utopia

celmar coelho e jonathan silva


“ Acho que o Samba da Utopia acabou virando um alento pros nossos corações.
Estamos cansados desse discurso de ódio, de preconceito.
A poesia é uma ferramenta pra encararmos esses tempos sombrios.
Vou me armar de poesia até os dentes. ”

Jonathan Silva

Jonathan veio, inspirado, ao mundo na capital do Estado,  Espírito Santo, Vitória,  e atualmente está
radicado na cidade de São Paulo, capital do Estado homônimo há vinte anos. Músico premiado no
cenário artístico paulistano, em suas composições utiliza uma mistura de linguagens do Baião,
Samba, Jongo, e do Congo,  isso sem mencionar a influência da Cultura paulistana,  o que
revela um criativo universo sonoro,  nas suas composições para  companhias teatrais.
É o caso da  canção da publicação de hoje, "Samba da Utopia",  criada para a peça
Ledores do Breu em que ele é um dos participantes,  e que tinha como tema a
"palavra".  Da peça teatral,  migrou para ser  entoada na vida,  no dia a dia.


carlos miranda (betomelodia) 




Se o mundo ficar pesado eu vou pedir emprestado
A palavra poesia

Se o mundo emburrecer eu vou rezar pra chover
Palavra sabedoria

Se o mundo andar pra trás vou escrever num cartaz
A palavra rebeldia

Se a gente desanimar eu vou colher no pomar
A palavra teimosia

Se acontecer afinal de entrar em nosso quintal
A palavra tirania

Pegue o tambor e o ganzá vamos pra rua gritar
A palavra utopia


scott laframenta



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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Rudy Kestering, De Potros e Homens

endrigo, rudy e everton


De volta às páginas do Blog, o trio nativista que retrata com maestria a vida nos pampas do Estado do
Rio Grande do Sul. Já foram destaque em Agosto de 2019 com a composição  "Grito de Livres",
e voltam com "De Potros e Homens", narrando em verso a lida dos Gaúchos Campeiros
nos pampas do sul.  O trio é composto por  Rudy Kestering (voz e violão solo),
Everton (no bumbo leguero e voz) e com Endrigo (violão base). Apreciem.


Para entender melhor a letra da lida dos campeiros gaúchos, partindo do início:

O primeiro termo, refuga, significa que o potro rejeita a doma;  lombilho é
parte dos arreios que substitui a sela; sovéus, laços grosseiros, fortes;  maneias,
atos de manejar os instrumentos e o potro; rosetas são as partes móveis da espora que
são  os instrumentos usados na parte posterior dos calçados para estimular a montaria;  bucho
nada mais é que a  barriga do potro;  tombo do pealo é o ato de  derrubar o potro e o  imobilizar pelas
patas; retalha do bagual, o ato de castrar o potro arisco, recém-domado, que não aceita a doma. 

carlos miranda (betomelodia) 




O pelo brilhando no sol de Setembro
Dois potros galopam pelos pagos santos
As crinas ondulam ao sopro dos ventos
E os cascos que cortam o verde dos campos

Um desses refuga só quer ser liberto
Galopar a vida do Sol vendo o brilho
Sua língua não sente o aço dum freio
Seu lombo não sente a dor do lombilho

O outro a mangueira cessa a liberdade
Prisão camponeira de feitio gaúcho
Nas patas sovéus cordas e maneias
Rosetas de esporas na boca do bucho

Riso dos peões o tombo do pealo
É mais um cavalo com marca e sinal
A brasa da marca chamuscando o pelo
E o aço da faca retalha um bagual

Assim é a vida de potros e homens
E tem como herança diferentes sinas
Uns levam na boca o peso do freio
E outros vivem livres a balançar crinas


rudy kestering / josé claudio camargo (aipim)



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imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
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