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sexta-feira, 25 de julho de 2008

Cartola, As Rosas Não Falam



Carioca que sou, nasci no mesmo bairro da cidade de
Rio de Janeiro em que Cartola nasceu, Catete.
A primeira vez que cantei Cartola, foi interpretando
esta sua composição, que agora publico nessa postagem,
em uma edição de vídeo de Ivanete Souza.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )



Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas
Mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti... ai

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas meus sonhos por fim


cartola




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Minha Cidade Natal - Valongo, Um Jardim Suspenso

betomelodia.blogspot.com - valongo


Sempre tive vontade de divulgar,
mostrar os espaços nos quais passei minha infância
e adolescência em minha cidade natal,
Rio de Janeiro.
Nunca fiquei satisfeito com o que escrevi,
com minhas descrições, pois não conseguia
dar a impressão exata da enorme importância
que esses lugares, muitas vezes
desconhecidos da quase totalidade dos cariocas,
possuem, não só em beleza ou tradição,
mas em termos históricos. Sempre me faltavam dados
confiáveis em minhas rápidas pesquisas.
Navegando pela web encontrei o que tentei fazer,
da maneira que sempre desejei divulgar
minha maravilhosa cidade e assim
vou transcrever para vocês esse bonito trabalho
de pesquisa e divulgação.

carlos miranda (betomelodia) 






Um Jardim Secreto
Quem pela primeira vez sobe a escadaria
que dá acesso ao Jardim do Valongo, no bairro da Saúde,

na cidade de Rio de Janeiro, custa a acreditar no que vê.
Um jardim romântico, suspenso na encosta,

formado por caminhos lúdicos e uma paisagem linda.




O Jardim do Valongo.
Um oásis romântico na Zona Portuária carioca,

projetado pelo arquiteto e paisagista Luis Rei, em 1906.
O Jardim do Valongo encontra-se a sete metros
acima do nível da rua, em um terreno elevado, sustentado
por uma enorme muralha de arrimo.

Possui 1.530 m² e pode ser acessado por uma
íngreme escadaria, pela Rua Camerino.





O muro foi criado para evitar o deslizamento do
Morro do Valongo e a encosta foi ajardinada para
embelezar a região. 0 Jardim é formado por terraços, passeios,
arborização, iluminação, depósito de água para irrigação,
canteiros e gramados com jardins rústicos.
Localizado na encosta da atual Rua Camerino com a
Ladeira do Morro do Valongo, o jardim se estende por uma
região plana ao nível do topo da murada.






Aos fundos, incorpora as curvas de nível da ladeira, o que
possibilitava o uso de artifícios paisagísticos como as trilhas
sinuosas. Na parte de trás tem uma trilha que passa por

uma ponte de argamassa imitando troncos de árvores
e uma gruta da qual brota um filete de água

formando um pequeno espelho d'água.





É um típico exemplar de paisagismo romântico.
Um dos maiores destaques do jardim, são as quatro
estátuas em mármore representando divindades romanas,
Minerva, Mercúrio, Ceres e Marte. São as estátuas retiradas
do Cais da Imperatriz de Grandjean de Montigny,
localizado próximo, e que à época encontrava-se em ruínas.

Abaixo, placa de inauguração do muro de arrimo que tornou
possível a execução dos jardins suspensos.
Vale a pena uma visitada ao Valongo.






fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


segunda-feira, 21 de julho de 2008

Alceu Valença, Solidão



" Sinto falta dos sonhos sonhados que hoje em dia se
tornaram desilusões. Sinto falta inclusive de quem eu era,
contraditório ou não, é como se hoje em dia eu não
fosse a mesma pessoa daquele tempo.

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando
escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades...

Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive
mas quis muito ter. Sinto saudades do presente que não
aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando
no futuro. De repente a gente vê que perdeu ou está perdendo alguma
coisa. Morna e ingênua que vai ficando no caminho."

alceu valença


alceu valença

O que posso falar sobre Alceu Valença?
O que ainda não foi dito sobre seu talento, sobre sua arte
musical que está no coração do povo brasileiro,
ele mesmo revela o seu modo de ser, de viver, a pessoa
que é no trecho extraído de em de seus textos
Penso e vivo tal como ele descreveu acima.
Eu o admiro muito e meu repertório inclui um grande
número de suas composições, sucesso garantido
em minhas apresentações.

Para ilustrar musicalmente esta postagem, escolhi uma
de minhas preferidas, com a qual gosto muito de
abrir blocos. Em um vídeo editado por Iva Souza, lá do
Sul do Brasil, residindo em Viamão, no estado do
Rio Grande do Sul, A Solidão.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )



A solidão é fera, a solidão devora
É amiga das horas prima irmã do tempo
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração

A solidão é fera
É amiga das horas
É prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração

A solidão dos astros
A solidão da lua
A solidão da noite
A solidão da rua

alceu valença




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 20 de julho de 2008

Di Cavalcanti e Suas Mulatas





" - A mulata, para mim, é um símbolo do Brasil. 
Ela não é preta nem branca. Nem rica nem pobre. 
Gosta de música, gosta do futebol, como nosso povo. "





Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo.
Pintor, caricaturista e ilustrador, filho querido
da Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro,
nascido em 6 de setembro de 1897 e falecido em
26 de outubro de 1976, em sua cidade natal. 

Mesmo com influências cubista e surrealista, foi um
dos mais típicos pintores brasileiros por seus
temas populares, incluindo o carnaval carioca, muitas
mulatas sensuais, paisagens suburbanas e também
naturezas-mortas com frutas tropicais.

A seguir, trago uma pequena mostra de sua obra, de seu
imenso talento, onde ao final, destaco uma de
minhas preferidas que é Pescadores.

carlos miranda (betomelodia) 




mulata em rua vermelha

mulata de vestido verde

maternidade

mangue

cinco moças em guaratinguetá

mulatas

mulheres, flores e arara

mulata



destaco: pescadores


 
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Teresa Cristina, Conversa de Botequim



O tema de hoje é Noel de Medeiros Rosa.
Nascido em 11 de dezembro de 1910, na cidade do

Rio de Janeiro, lá morreu em 4 de maio de 1937.

Foi um sambista, cantor, compositor,
bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores
e mais importantes artistas da música no Brasil.
Responsável pela união do samba do morro com o
do asfalto, fato este que mudaria para sempre,
não só o samba, mas a história da 
Música Popular Brasileira.


noel rosa

Ainda adolescente, aprendeu a tocar bandolim
de ouvido e tomou gosto pela música e pela atenção
que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao
violão e cedo tornou-se figura muito conhecida da
boemia carioca. Começou a cursar Medicina,
mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco
atraente diante da vida de artista, em meio ao samba
e noitadas regadas à cerveja. E assim, Noel
optou por nos brindar com suas composições,
hoje clássicos de nossa cultura musical.

carlos miranda (betomelodia) 





Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
Feche a porta da direita com muito cuidado
Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do futebol

Se você ficar limpando a mesa
Não me levanto nem pago a despesa
Vá pedir ao seu patrão
Uma caneta, um tinteiro,
Um envelope e um cartão,
Não se esqueça de me dar palitos
E um cigarro pra espantar mosquitos
Vá dizer ao charuteiro
Que me empreste umas revistas,
Um isqueiro e um cinzeiro

Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
Feche a porta da direita com muito cuidado
Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do futebol

Telefone ao menos uma vez
Para três quatro quatro três três três
E ordene ao seu Osório
Que me mande um guarda-chuva
Aqui pro nosso escritório
Seu garçom me empresta algum dinheiro
Que eu deixei o meu com o bicheiro,
Vá dizer ao seu gerente
Que pendure esta despesa
No cabide ali em frente

Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
Feche a porta da direita com muito cuidado
Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do futebol

noel rosa / vadico



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google