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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Marisa Monte e Argemiro Malandro: A Chuva Cai

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"... todas as músicas que escrevo são sobre passagens da minha vida..."
argemiro malandro

Ele era o Samba em pessoa: Argemiro Malandro.
Membro da Velha Guarda da Portela, começou a compor na década
de setenta, mais precisamente em 1976, legando-nos uma verdadeira
mina de preciosidades, que Marisa Monte nos revela em um belo
trabalho ao resgatar antigos sucessos da Música Brasileira.


marisa monte

Nascido em Piedade, bairro carioca, no ano de 1923, pouco antes
de completar oitenta anos, Argemiro Patrocínio, da Velha Guarda da
Portela nos deixou. Morreu de tristeza, inconsolável pela morte
de sua companheira, ocorrida poucos dias antes.


argemiro malandro

Ele disse que "fazia samba por fazer, só para cantar em botequim",
mas a composição em parceria com Casquinha, A Chuva Cai, ao
ser gravada por Beth Carvalho foi um grande sucesso em 1978, 
o que lhe trouxe o devido reconhecimento como sambista.
No vídeo a seguir, o autor canta uma de suas obras.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


A chuva cai la fora você vai se molhar
Já lhe pedi não vai embora espere o tempo melhorar
Até a própria natureza está pedindo pra você ficar

Atenda o apelo desse alguém que lhe adora
Espere um pouco não vá agora
Você ficando vai fazer feliz um coração
Que esta cansado de sofrer desilusão

Espero que a natureza
Faça você mudar de opinião

argemiro malandro / milton casquinha 



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 5 de maio de 2014

João Batista da Costa e as Paisagens

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A postagem de hoje é dedicada à um Artista Plástico que foi um exemplo
de tenacidade: João Batista da Costa, nascido em Itaguaí, estado do
Rio de Janeiro no ano de 1865, e que teve suas telas voltadas para as
paisagens brasileiras.

Nasceu nas piores condições de pobreza e para acentuar seu sofrimento,
seus pais morreram quando ele menino ainda era. Desobediente e muito
impaciente, fugiu da tutela de seus tios buscando asilo em um orfanato.
E então, seu talento nato veio à tona. Os responsáveis pelo asilo o
matricularam na Academia  Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro,
onde ele concluiu o curso em seis anos.


joão batista da costa - auto retrato

Mas não parou aí: reiniciou os estudos com Almeida Júnior, seu Mestre
na Academia e tendo recebido uma bolsa de estudos, aproveitou-a para
estudar em Paris com os melhores Mestres. Voltando ao Brasil obteve
os cargos de professor e diretor da Escola que frequentou, tendo entre
seus alunos o iniciante Cândido Portinari.

Suas telas são inigualáveis em colorido, sentimento e objetividade, ao
transportar para a tela o cenário brasileiro. A realidade com que interpreta
as infinitas nuanças do nosso verde, das nossas árvores, das nossas
florestas, das nossas paisagens, sempre cheias de luz, de tons, de brilho
e indizíveis encantos, são de difícil comparação. Batista da Costa morreu
em 1926,  na Cidade de Rio de Janeiro, então Distrito Federal.

carlos miranda (betomelodia) 




paisagem fluvial

paisagem com riacho

menina

casa e capela de antônio raposo tavares

fazenda pau d'alho

paisagem com ponte

marabá - nu artístico

porto feliz

santo amaro


destaco: paisagem com dois meninos

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Mart'nália, Boto meu Povo na Rua



A postagem de hoje é sobre um Samba bem carioca.
E quem vai interpretar este Samba? Mart'nália, claro, e bem à vontade contando
a história de um homem que faz macumba para a amada voltar.
Ah, o nome é Boto meu Povo na Rua.

Admiro muito a maneira com que ela realiza suas apresentações, livre no palco,
espontânea e com seu jeito especial e único de cantar, o que podemos
comprovar no vídeo que ilustra esta página. Samba em sua melhor expressão.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Pra te ganhar
Dei "sujesta" em vagabundo
Dei a volta pelo mundo
Eu mergulhei fundo sem medo de errar
E você fica nessa querendo esnobar
Meu amor que é tão profundo
Já é hora de parar com isso
Ou eu jogo um feitiço pra te apaixonar

Tomara que você me entenda
Ou eu faço oferenda
Pro meu Orixá
Já é hora de parar com isso
Ou eu jogo um feitiço pra te apaixonar

Eu escrevo teu nome menina
E despacho na esquina
Se o santo mandar
Já é hora de parar com isso
Ou eu faço feitiço pra te apaixonar

Eu boto um litro de cachaça
Farofa de mel e dendê
Na rua onde você passa
Feitiço pra amarrar você

Que a minha vida não tem graça
Não quero mais viver assim
Então deixa de pirraça
Eu quero teu amor pra mim

Se até dez horas da noite você não voltar
Eu boto meu povo da rua pra te procurar
Se até dez horas
Se até dez horas da noite você não voltar

Eu boto meu povo da rua pra te procurar

Minha paixão é verdadeira
Eu quero você por inteira


Já é hora de parar com isso
Ou eu jogo um feitiço pra te apaixonar


arlindo cruz / acyr marques / ronaldinho



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 29 de abril de 2014

Marisa Monte, Verdade Uma Ilusão

betomelodia.blogspot.com


..." a ilusão é a única verdade  "...

Marisa Monte. Após cerca de seis anos atuando apenas em seus shows,
voltou a gravar. E volta de maneira excelente. Com a beleza de suas
letras onde poesia e melodia fundem-se em seu estilo muito
próprio de cantar, cativa os ouvintes com sua voz.

Jamais fazendo concessões, ela canta o que quer cantar, da maneira
que acha melhor e quando acha que deve cantar. Creio ser este
o motivo de seu sucesso de público e crítica.

O vídeo que ilustra esta postagem traz a Música título de sua sexta
turnê, "Verdade, Uma Ilusão", unindo Música, Artes Plásticas e
muita emoção em um magnífico show de luzes e cores.


carlos miranda (betomelodia) 




Eu posso te fazer feliz feliz me sentir também
Eu posso te fazer tão bem eu sei isso eu faço bem
Roubar-te um beijo no salão girar sem perder o chão
Não vou deixar você cair cintura leve a minha mão

Verdade uma ilusão vinda do coração
Verdade seu nome é mentira

Eu posso te fazer ouvir milhões de sinos ao redor
Eu posso te fazer canções o amor soa em minha voz
Eu posso te fazer sorrir meus olhos brilham para ti
E os pés já sabem onde ir ninguém precisa decidir

Verdade uma ilusão vinda do coração
Verdade seu nome é mentira


arnaldo antunes / carlinhos brown / marisa monte 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 26 de abril de 2014

Paulinho da Viola, Coisas do Mundo Minha Nêga

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Paulinho da Viola é em minha humilde opinião, o maior representante do
Samba no Brasil. Com elegância ímpar no compor e interpretar, ele é
possuidor de louvável sutileza em algumas letras de sua autoria, revelando
um retrato cotidiano do trabalhador brasileiro em suas Músicas.


paulinho da viola

A que escolhi para esta postagem é um exemplo. A violência, a saúde,
drogas e alcoolismo, são elementos que fazem parte da vida de uma grande
parcela de nosso povo, na decadência das grandes cidades. O Samba
tem por título "Coisas do Mundo, Minha Nêga", em cuja letra ele narra a
volta do trabalhador para casa. Escrita de maneira simples, não é
uma crítica social, apenas a narração de fatos. Genial.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Hoje eu vim minha nêga como venho quando posso
Na boca as mesmas palavras no peito o mesmo remorso
Nas mãos a mesma viola onde gravei o teu nome
Nas mãos a mesma viola onde gravei o teu nome

Venho do samba atento nêga vim parando por aí
Primeiro achei Zé Fuleiro que me falou de doença
Que a sorte nunca lhe chega que está sem amor e sem dinheiro
Perguntou se eu não dispunha de algum que pudesse dar
Puxei então da viola cantei um samba pra ele
Foi um samba sincopado que zombou de seu azar

Hoje eu vim minha nêga andar contigo no espaço
Tentar fazer em teus braços um samba puro de amor
Sem melodia ou palavra pra não perder o valor
Sem melodia ou palavra pra não perder o valor

Depois encontrei Seu Bento nêga que bebeu a noite inteira
Estirou-se na calçada sem ter vontade qualquer
Esqueceu do compromisso que assumiu com a mulher
Não chegar de madrugada e não beber mais cachaça
Ela fez até promessa pagou e se arrependeu
Cantei um samba pra ele que sorriu e adormeceu

Hoje eu vim minha nêga querendo aquele sorriso
Que tu entregas pro céu quando eu te aperto em meus braços
Guarda bem minha viola meu amor e meu cansaço
Guarda bem minha viola meu amor e meu cansaço

Por fim achei um corpo nêga iluminado ao redor
Disseram que foi bobagem um queria ser melhor
Não foi amor nem dinheiro a causa da discussão
Foi apenas um pandeiro que depois ficou no chão
Não tirei minha viola parei olhei vim embora
Ninguém compreenderia um samba naquela hora

Hoje eu vim minha nêga sem saber nada da vida
Querendo aprender contigo a forma de se viver
As coisas estão no mundo só que eu preciso aprender
As coisas estão no mundo só que eu preciso aprender

paulinho da viola



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google