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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Chico da Silva e o Primitivismo

betomelodia.blogspot.com


" Partindo do arcaísmo mais puro, o pintor da praia tornava-se clássico, barroco, impressionista,
e enfim moderno e até mesmo surrealista, se posso usar tais nomenclaturas a propósito de
uma arte tão espontânea e que sempre permaneceu essencialmente primitiva,
apesar das oscilações. " Jean Pierre Chabloz (pintor suíço)


chico da silva

Francisco Domingos da Silva, conhecido por Chico da Silva, nascido no estado do Acre
no ano de  1910, filho de uma cearense e um índio peruano, foi tido em sua infância, como
"um indiozinho débil mental". Semianalfabeto, fazia fogareiros de lata para vender,
consertava guarda-chuvas, sapatos e muitas outras coisas mais para ganhar dinheiro mas,
sempre que podia, fazia dos muros das casas, telas para seus desenhos com giz e carvão.

Em 1934 foi morar em Fortaleza, Ceará, com sua família. Foi então que Jean Pierre Chabloz,
em meados da década de 50, viu os grafites que Chico fazia nos muros e paredes na
praia de Pirambu, onde morava. Um célebre pintor suíço, Chabloz o incentivou na Arte,
com materiais e a técnica em óleo e guache.

Autodidata, possuía um estilo incomparável em que seus trabalhos nasciam com tal 
espontaneidade e beleza, sem uma sequer influência de estilos, tendencias ou modismos,
que impressionam pela abstração e riqueza de detalhes. Pouco conhecido no Brasil, na
Europa Chico da Silva foi tido como um ser de apuradíssima técnica, e de seu inerente
visual do tropicalismo, da vida das florestas. Um talentoso índio brasileiro.

Chico da Silva, morreu em Fortaleza, Ceará, em 1985. Sua pintura é classificada como
Primitivismo, mas a meu ver, foram suas obras que deram início à Pintura Naif brasileira,
como podemos ver abaixo, na pequena coleção de seu incrível legado.

carlos miranda (betomelodia) 




meus animais imaginários

o dragão

dragão
galos de rinha

g a l o

a rinha

o pássaro

piranha

r i n h a


destaco: armadilha

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Francis Hime, E Se...



Francis Victor Walter Hime. Ou simplesmente, Francis Hime. Nascido na Cidade
Maravilhosa, Rio de Janeiro, no ano de 1939 é tema desta postagem. Compositor com
formação em arranjo, harmonia, regência, atuando desde os seis anos como pianista
e cantor. Foi um dos principais elementos da nova Música Brasileira nos anos 60. Tenho
como perfeita esta frase sobre ele, uma fusão en tre o erudito e o popular na Música:

" Tom Jobim é um piano, Caymmi um violão, Vinicius, uma caneta,
Noel, um terno branco. Por analogia, Francis Hime é uma orquestra.
E uma orquestra sinfônica. "

francis hime

Ele representa a melhor geração de compositores surgida no Brasil desde o final
da década de 20. Não há dúvidas que Francis Hime tem um destaque especial dentro
da história da Música Brasileira, visto que atuando em todos os ritmos brasileiros
sua obra os refina, tornando-os belos e repletos de vitalidade.

Ilustrando esta postagem, escolhi um vídeo em que Francis Hime interpreta uma
de suas composições em parceria com Chico Buarque, "E Se...", com belas imagens
de minha terra natal, Rio de Janeiro. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


E se o oceano incendiar
E se cair neve no sertão
E se o urubu cocorocar
E se o botafogo for campeão
E se o meu dinheiro não faltar
E se o delegado for gentil
E se tiver bife no jantar
E se o carnaval cair em abril
E se o telefone funcionar
E se o pantanal virar pirão
E se o Pão de Açúcar desmanchar
E se tiver sopa pro peão
E se o oceano incendiar
E se o Arapiraca for campeão
E se à meia noite o sol raiar
E se o meu país for um jardim
E se eu convidá-la para dançar
E se ela ficar assim assim
E se eu lhe entregar meu coração
E meu coração for um quindim
E se o meu amor gostar então de mim

chico buarque / francis hime



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 22 de julho de 2014

Jorge Ben Jor, Que Pena

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O que posso escrever, sobre Jorge Ben Jor? Um Músico completo: compositor,
cantor, instrumentista, arranjador, resumindo: um inovador em todos os sentidos.
 Autor de uma grande obra, ingressou no cenário nacional com duas canções que
nada tinham em comum com os sucessos da época, a Bossa Nova e tampouco
com o Samba tradicional:  Mas Que Nada e em seguida Chove Chuva.

Difícil senão impossível, classificar suas composições. É a única Música em nossa língua,
o português do Brasil, que alcançou o primeiro lugar entre as mais tocadas nos
Estados Unidos até hoje e seu estilo e balanço, são inconfundíveis. Todas as correntes
musicais brasileiras e também internacionais, gravaram uma de suas criações e
algumas sofreram grande influência por seu estilo. São muitas centenas de gravações
feitas por cantores e grupos musicais de dezenas de países. 


jorge ben jor

E Jorge Ben Jor não para. Suas turnês na Europa duram no mínimo quarenta dias,
apresentando-se em dezenas de shows, em quase todos os países do velho mundo.
E ao som da Banda do Zé Pretinho, que acompanha Jorge desde o início de sua carreira,
não pode faltar um de seus grandes sucessos, Que Pena, tema desta postagem.
Salve Jorge. Jorge Ben Jor, é claro...

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Ela já não gosta mais de mim
Mas eu gosto dela mesmo assim
Que pena que pena
Ela já não é a minha pequena
Que pena que pena

Pois não é fácil recuperar um grande amor perdido
Pois ela era uma rosa ela era uma rosa
As outras eram manjericão as outras eram manjericão
Ela era uma rosa ela era uma rosa
Que mandava no meu coração coração coração

Ela já não gosta mais de mim
Mas eu gosto dela mesmo assim
Que pena que pena
Ela já não é a minha pequena
Que pena que pena

Mas eu não vou chorar eu vou é cantar
Pois a vida continua a vida continua
E eu não ficar sozinho no meio da rua no meio da rua
Esperando que alguém me de a mão
Me de a mão a mão

jorge ben jor



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 19 de julho de 2014

Liah Soares, Casa Vazia

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A postagem de hoje é dedicada à uma compositora, instrumentista e cantora,
natural lá da então pequena Tucurui, Pará, região que abriga a maior hidrelétrica
do Norte do Brasil. O ano foi 1980 e o mês, janeiro, data em que nasceu
Eliane Soares da Silva, hoje conhecida por Liah Soares.

Habilidosa em compor, é notada por críticos e artistas de nossa Música por
suas inovadoras melodias, com passeios pelos mais diversos estilos tais como
o jazz, black, soul, pop e claro, sem deixar de lado a Música paraense.


liah soares

Possuidora de um talento nato para a autêntica Música Brasileira, ela está
presente nesta postagem com a composição Casa Vazia, de sua autoria e
com as participações de Ivan Lins, seu amigo e ídolo e de Gabriel Grossi, com
sua espetacular gaita de boca.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Sou uma casa que deserta lentamente
Sou uma sombra que escolheu se encostar
Na minha sala fria minha estante está vazia
Sou tua ausência que vem me habitar

Minha janela ignora claridade
Razão e amor vem despidos nesse lar
As minhas portas doem e meu jardim é devastado
Sou reticências e palavras a esperar

Mas a luz daquele seu olhar
Ao alcance tão distante
Nessa luz daquele nosso olhar
Diz que ainda podemos ser como antes

E vagarosamente o ontem foi caindo
Tão cegamente você vem me espiar
Mais uma taça pro meu choro vir me descobrindo
Vida e morte no meu peito a brindar

Mas a luz daquele seu olhar
Ao alcance tão distante
Nessa luz daquele nosso olhar
Diz que ainda podemos ser como antes

liah soares / ivan lins



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Militão dos Santos, as Cores e a Beleza na Arte Naif

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Foi na capital do forró, Caruaru, no estado de Pernambuco, em 15 de junho de 1956,
que nasceu Antonio Militão dos Santos. Como a maioria dos Artistas deste nosso Brasil, a
sua infância foi atribulada. Trabalhava em feira livre ajudando a família até que na
grande cheia do rio Capibaribe em 1963, contraiu meningite perdendo a audição.

Com a ajuda da família, em 1970 foi para o Rio de Janeiro, onde estudou no Institurto
Nacional para Surdos. Foi então que em uma feira de Arte, conheceu o estilo Naif de
pintura. Paixão à primeira vista e seu trabalho e estilo foi definido: seria um pintor.



militão dos santos

Aos 17 anos, fazia releituras de diversas obras, diversos pintores, sob a orientação
do professor de Arte Rubens Fortes Bustamante Sá. Dois anos depois, consolidou
sua carreira expondo em uma feira hippie onde algiuns anos depois, oficialmente
reconhecido, passou a fazer parte do incrível meio Artístico Cultural do Brasil.

A pequena mostra de suas obras que a seguir divulgo, mostram a técnica, o grande
talento deste Artista Plástico, Antonio MIlitão que, com enorme carinho descreve
Recife como a bela Veneza brasileira, fonte de inspiração para sua Arte, de fortes
cores e uma visão especial de sua terra natal e seu povo, Pernambuco.


carlos miranda (betomelodia) 




a pracinha

bumba meu boi, são luis

papagaio, beija flor e jandaias

pesca litorânea

cortadores de cana

maracatu, nação pernambuco

araras, jandaia e papagaio

recém casados

frevo


destaco: joão pessoa

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google