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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Maria Rita e Quinteto em Branco e Preto: Num Corpo Só - Recordando


Filha do compositor César Camargo Mariano e
de Elis Regina, Maria Rira Costa Camargo Mariano
veio ao mundo em 09 de setembro de 1977.
Aos 23 anos, começou sua carreira profissional,
um desejo que nutria desde os 14 anos e que
foi adiado, segundo suas palavras, pelo
peso da carreira de sua mãe, cantora
mundialmente famosa.

Formada em Comunicação Social nos EUA,
sempre desejou cantar, mas a questão
não era querer e sim por que o queria, qual
seria o motivo que a faria cantar. Com o passar 
dos anos, o motivo passou a existir quando 
Maria Rita notou que, segundo suas 
próprias palavras, ..." ficaria louca se não cantasse "... 

Ainda segundo ela, ..." encarando a vida como um 
grande processo feita de vários pequenos processos 
no caminho, pois você se achar no mundo é uma 
tarefa muito difícil "... , a temos hoje nas paradas, nos 
brindando com suas ótimas interpretações. 
Uma prova disso é o vídeo que abaixo postamos, 
editado por "tramaradiola", onde junto ao 
Quinteto Branco e Preto, ela dá uma excelente 
mostra de seus trabalhos.

carlos miranda (betomelodia) 



Eu tentei mas não deu pra ficar
Sem você enjoei de tentar
Me cansei de querer encontrar
Um amor pra assumir seu lugar

Eu tentei mas não deu pra ficar
Sem você enjoei de esperar
Me cansei de querer encontrar
Um amor pra assumir seu lugar

É muito pouco
Venha alegrar o meu mundo que anda vazio vazio
Me deixa louca
É só beijar tua boca que eu me arrepio
Arrepio arrepio

E o pior
É que você não sabe que eu
Sempre te amei
Pra falar a verdade eu também nem sei
Quantas vezes eu sonhei juntar
Teu corpo meu corpo
Num corpo só

Vem... Se tiver acompanhado esquece vem
Se tiver hora marcada esquece vem
Vem... Venha ver a madrugada e o sol que vem
Que uma noite não é nada meu bem

picolé - arlindo cruz




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ivan Lins, Lembra de Mim - Recordando




Ivan Guimarães Lins.
Carioca, um Músico completo.
Compositor, pianista e cantor, premiado com muitos
Grammys por suas criações divulgadas
em muitas vozes por esse mundo à fora.

Suas composições incluem diferenciadas harmonias, 
arranjos refinados mas, ao mesmo tempo fáceis de
se interpretar e de gostar, tornando-o o Artista brasileiro
mais conhecido no exterior por sua linha melódica
influenciada pelo jazz e pela bossa nova.

O reconhecimento de sua obra deve-se às construções
harmônicas repletas de reharmonizações com vários
encadeamentos muito incomuns na Música Popular do
Brasil. Estes diferenciais o tornaram respeitado entre
músicos do mundo inteiro



ivan lins


Parte integrante de meu repertório, esta composição de
Ivan Lins em parceria com Vitor Martins, Lembra de Mim.
me traz boas, belas recordações da época de minha
juventude, nas praias de minha cidade onde amores fiz
em noites calmas, quentes e de luar.
Abaixo, Ivan Lins a interpreta para vocês.

( Postagem original recuperada em 22/07/2013. Havia sido perdida
em setembro de 2009 sendo substituída por outra com
o mesmo tema em  30/11/2010. )

carlos miranda (betomelodia) 




Lembra de mim
Dos beijos que escrevi nos muros a giz
Os mais bonitos continuam por lá
Documentando que alguém foi feliz 


Lembra de mim 
Nós dois nas ruas provocando os casais 
Amando mais do que o amor é capaz 
Perto daqui há tempos atrás 


Lembra de mim 
A gente sempre se casava ao luar 
Depois jogava nossos corpos no mar 
Tão naufragados e exaustos de amar 


Lembra de mim 
Se existe um pouco de prazer em sofrer 
Querer te ver talvez eu fosse capaz 
Perto daqui ou, tarde demais
Lembra de mim...

ivan lins / vitor martins



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

João Bosco, Caminhos Cruzados - Recordando



Um intérprete para o ser, tem que a vida amar intensamente.
Tem que ver beleza e poesia em tudo que o cerca, saber transmitir
aos ouvintes tudo que o compositor colocou na letra da canção,
amor, alegria, tristeza, toda uma miríade de emoções que a música em si carrega.
Esta postagem é um belo exemplo disto.

 João Bosco de Freitas Mucci é mais uma dádiva de Minas Gerais para  a
Música Popular Brasileira. Foi lá, na cidade de Ponte Nova que nasceu este
compositor, instrumentista e cantor, no ano de l946.

Com seu inconfundível jeito de compor, tocar e cantar teve sua primeira
gravação acontecida em um semanário, O Pasquim, em suas edições que traziam
como complemento um "disco de bolso". E foi em 1972 que, Antonio Carlos Jobim, 
já mundialmente famoso, neste semanário gravou sua composição Águas de Março.
A gravadora precisava encontrar uma outra música para o lado "B" da
gravação mas, achava que seria meio impossível encontrar alguém que tivesse
fôlego para encarar o artista consagrado do outro lado do disco.

E foi então que encontraram "um tal de João Bosco" um músico na época
desconhecido, para gravar o outro lado do compacto simples.
Convidaram o João e levaram um baita susto, pois todas as músicas dele
poderiam ser usadas. Optaram por "Agnus Sei", do próprio João Bosco em
parceria com Aldir Blanc. Foi uma ótima escolha.

Depois do compacto pronto, Tom Jobim pediu para ouvir o outro lado.
Depois de uma grande pausa, olhou pra o produtor e disse:
" Você está querendo me derrubar! Cobriu o João de elogios! "
Riram muito, ainda sem saber que aquele seria um disco histórico, 
pois lançava Águas de Março, considerada posteriormente como a música
do século e a descoberta de "um tal de João Bosco".

Nesta postagem, com um ótimo arranjo de João Bosco, uma composição
de Tom Jobim e Abel Silva, em uma  magistral interpretação.

carlos miranda (betomelodia) 


 ( vídeo em 360p )


Quando um coração
Que está cansado de sofrer
Encontra um coração
Também cansado de sofrer
É tempo de se pensar
Que o amor
Pode de repente chegar

Quando existe alguém
Que tem saudade de alguém
E esse outro alguém
Não entender
Deixe esse novo amor chegar
Mesmo que depois
Seja imprescindível chorar

Que tolo fui eu
Que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor
Que ninguém pode explicar
Vem nós dois vamos tentar
Só um novo amor
Pode a saudade apagar

tom jobim / abel silva



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 3 de janeiro de 2015

Tom Jobim, Luíza - Recordando



Rio de Janeiro. Um dia chuvoso.
Em um bar estavam Tom Jobim, Carlinhos de Oliveira
e Chico Buarque quando uma moça entrou  para
proteger-se da chuva. Chamou a atenção do Tom por
sua beleza e inspirou-o para a composição
que é o tema desta página.


tom jobim


Tom iniciou sua brilhante carreira trabalhando
em várias casa noturnas do Rio, como pianista. Ele e seu
amigo Newton Mendonça revezaram-se nas apresentações
por várias vezes, o que deu início a uma ótima parceria
que resultou em muitas composições tais como
"Desafinado" e "Samba de Uma Nota Só".

No início da década de 50, Tom Jobim, empregado de
uma gravadora no Rio de Janeiro, tinha como ocupação as
transições de músicas para o registro das mesmas.
Mas a boemia venceu, ainda bem,  e Tom deu uma virada em
sua vida, conforme suas declarações:

"Resolvi mudar de vida de repente.
Para ser bicho diurno, arranjei um emprego na Continental Discos.
Levava minha pastinha, com algumas partituras. Alguem
cantava uma música, batendo na caixa de fósforos e
eu punha a melodia no papel."
( jobim, helena, página 85 )

Graças à mudança de vida e ao talento inato de Tom Jobim,
a Música Popular Brasileira foi enriquecida de tal
maneira que conquistou o mundo com suas composições.
A seguir, uma obra prima do Mestre Jobim, por ele interpretada
e que fazia parte de meu repertório. Luiza.

carlos miranda (betomelodia) 



Lua espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silencio lento
Um trovador cheio de estrelas

Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luíza 
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá Luíza me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo vem me exorciza
Dá-me tua boca e a rosa louca vem me dar um beijo
E um raio de sol nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luíza
Luíza Luíza

tom jobim



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Tereza Cristina e Jussara Silveira: Lá Vem a Baiana

betomelodia.blogspot.com



" Escrevi 400 canções e Dorival Caymmi 70. Mas ele tem 70 canções perfeitas e eu não."
caetano veloso


Observando o povo baiano, suas tradições e hábitos no dia a dia, ele compunha. Ele foi um homem
de muitos talentos pois além da Música, foi ator e pintor, um homem que em sua vida divulgava
o amor em suas obras. Seu nome é reconhecido nesse nosso mundão de Deus por sua
calma, naturalidade e riqueza sensual nas melodias: Dorival Caymmi.

Sobre Caymmi já dissertei aqui em meu blog, lembrando que sua obra foi e continua sendo
perpetuada por grandes nomes da Música Brasileira e também por novos cantores. Ao morrer
em 2008, além de belas composições e pinturas, perpetuou seu viver entre nós por meio de seus
filhos, também cantores: Nana Caymmi, Danilo Caymmi e Dori Caymmi.

Para a postagem de hoje, selecionei uma de suas composições que foi parte de meu repertório,
escolhendo duas talentosas intérpretes da nova geração de nossa MPB: Teresa Cristina e
Jussara Silveira interpretando "Lá Vem a Baiana", em um irreverente duo.


dorival caymmi


“ Comecei a cantar por causa de Candeia. Achava que meu primeiro disco seria em
homenagem a ele, mas segui outro caminho. Minha vida se divide em
a.C. e d.C. : antes de Candeia e depois de Candeia."
teresa cristina


Carioca, sambista, iniciou sua carreira apresentando-se um bares na cidade do Rio de Janeiro,
principalmente em Madureira, cantando composições de Monarco, Argemiro da Portela
e de outros grandes nomes do Samba. Ao começar a apresentar-se no Bar Semente
em 1998, é tida como principal responsável pela reativação da Música na Lapa.


 “ Uma voz carregada de sentidos, que vão se desnudando aos poucos.”
arnaldo antunes


Mineira, criada em Salvador, Bahia, sua carreira foi influenciada por Paulinho da Viola, pelo
violão de João Gilberto e por Nana Caymmi e suas interpretações. Foram seis anos
para sua estréia como cantora no Teatro Castro Alves, maior casa de espetáculos
da Bahia, a porta de entrada para sua carreira. A partir daí, tem cantado nas
mais importantes casas de shows de São Paulo, Rio de Janeiro e outra
 cidades do Brasil e do exterior. Ela é Jussara Silveira.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 240p )


Lá vem a baiana de saia rodada sandália bordada
Vem me convidar para sambar mas eu não vou
Lá vem a baiana coberta de contas pisando nas pontas
Achando que eu sou o seu iôiô mas eu não vou

Lá vem a baiana mostrando os encantos falando dos santos
Dizendo que é filha do Senhor do Bonfim mas pra cima de mim
Pode jogar seu quebranto que eu não vou
Pode invocar o seu santo que eu não vou
Pode esperar sentada baiana que eu não vou

Não vou porque não posso resistir à tentação
Se ela sambar eu vou sofrer
Esse diabo sambando é mais mulher
E se eu deixar ela faz o que bem quer

Não vou não vou não vou nem amarrado porque sei
Se ela sambar hum hum hum hum hum hum

dorival caymmi



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google