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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Oswaldo Montenegro, A Porta da Alegria - de 13/08/2015



Trago de volta um poeta, compositor, cantor e instrumentista sem similar em nosso universo
musical, Oswaldo Montenegro. "Carioca da Gema", nasceu no bairro Grajaú em março de
1956, e tem uma constante parceria com a instrumentista Madalena Salles,sempre
o acompanhando com suas flautas. Também é autor de diversas trilhas sonoras
para televisão, cinema, balé e para vários espetáculos teatrais. Completo.

É excepcional e precoce seu talento, pois embora não tenha estudado Música, por ela sofreu
forte influência desde a mais tenra idade, pois sua mãe e seus avós tocavam piano e seu
pai, violão e cantava. Ao mudar-se para a cidade mineira de São João Del Rei aos oito
anos de idade, foi atraído pela Música Barroca das igrejas e teve aulas de violão
com um dos muitos seresteiros da cidade. Foi nessa época que compôs sua
primeira canção, Lenheiro, nome do rio que banha a cidade e aos treze
anos, foi o vencedor de um festival no Rio de Janeiro, quando lá ele
voltou a morar. Creio que assim nasceu  sua carreira musical.


oswaldo montenegro


Aos quinze anos, 1971, mudou-se para Brasília e lá decidiu tornar-se Músico profissional,
e lá realizou seus primeiros shows. Aos dezessete anos, 1973, decidiu que viveria da
Música definitivamente, para sorte de todos nós, brasileiros amantes da Música.
Em minha modesta opinião, a família de músicos, as igrejas mineiras e seus
cantos barrocos, a poesia das serestas de São João Del Rei, foram sim
os motivos da formação poético musical, desse talentoso nome da
nossa Música Popular Brasileira. O Brasil, a Música, agradecem.

carlos miranda (betomelodia) 




Cada vez que eu subo ao palco pra cantar eu me lembro de você
Será que ainda quero falar ainda há coisas pra contar ou pra dizer
O vento corta a pele mas o coração por dentro resistiu 
O sol lá fora é novo mas você não viu 

Cada vez que alguém me olha com atenção dá vontade de gritar 
Que o tempo tá na contramão e é preciso de algum jeito se apressar 
A vida exige sonhos e o amor é só um jeito de sonhar
E não há mais segredo se a gente falar 

Mas eu sei que fiz as coisas do meu jeito não há o que consertar
Cada um tem sua historia só quem viveu é que pode contar 
E o passado é diferente na memoria e o certo é o que virá 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar 

Hoje eu sei só quem tirou a fantasia aproveita o carnaval 
Apaga o que havia e comemora o que há de novo no quintal 
O amor troca de rosto mas mudar não quer dizer que é o final 
Se lembra toda a nostalgia pode ser fatal 

E descansa que a vida dá um jeito que for para ajeitar 
E o que não foi possível é possível que ainda esteja lá 
De repente em qualquer rua sem aviso a gente vai se achar 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar

E hoje eu sei que fiz as coisas do meu jeito não há o que consertar 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar 

oswaldo montenegro / mongol 



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Carlos Lyra e Antonio Adolfo ao Piano: Primavera - de 02/07/2015

betomelodia.blogspot.com


Ah, a Bossa Nova. Suas letras repletas de poesias, falando de amor com pureza e encanto. Vivi o auge
dessa época e dela participei, fazendo com ela grande parte de meu repertório. Os anos passaram
e até hoje seus inconfundíveis acordes e cadências, nos cativam ao falar de amor, trazendo a
paz, as esperanças, sonhos e saudades. A publicação de hoje é sobre uma poesia que fala
sobre um sonho de amor, composta por dois grandes Mestres da Música Brasileira: um
Poeta, Vinícius de Moraes e um dos maiores Compositores do Brasil, Carlos Lyra. E
que título tem essa obra prima musical? O da bela estação do ano:  Primavera.

Falar sobre Carlos Eduardo Lyra Barbosa, ou Carlos Lyra como é conhecido, é desnecessário. Carioca,
nascido na cidade do Rio de Janeiro em maio de 1939, instrumentista, compositor e cantor, é um
dos maiores divulgadores do violão como o mais importante na Bossa Nova. O Samba que foi
sua primeira gravação, "Quando Chegares", com a cadência de Samba Canção e tendo o
violão como base da melodia, à princípio instrumental e que mais tarde recebeu letra,
já demonstrava uma tendência ao novo movimento que ganhava força, força que
fez  com que fosse difundido mundo à fora, e vivo até os dias atuais. Eterna.


em primeiro plano carlos lyra, e ao fundo, antonio adolfo


Para ilustrar a postagem, escolhi um vídeo em que Carlos Lyra a interpreta magistralmente, tendo como
convidado o pianista Antonio Adolfo em um solo sensacional. Primavera foi composta e gravada em
1964, ano em que Lyra participou do festival de Jazz em Newport com Stan Getz, e permanece
como um clássico da era áurea da Bossa Nova,  pela poesia de sua letra e de sua melodia.

carlos miranda (betomelodia) 




O meu amor sozinho é assim como um jardim sem flor
Só queria poder ir dizer a ela como é triste se sentir saudade
É que eu gosto tanto dela que é capaz dela gostar de mim
Acontece que eu estou mais longe dela que da estrela a reluzir na tarde

Estrela eu lhe diria desce à terra o amor existe
E a poesia só espera ver nascer a primavera para não morrer

Não há amor sozinho é juntinho que ele fica bom
Eu queria dar-lhe todo o meu carinho eu queria ter felicidade
É que o meu amor é tanto é um encanto que não tem mais fim
E no entanto ela não sabe que isso existe é tão triste se sentir saudade

Amor eu lhe direi amor que eu tanto procurei
Ah quem me dera eu pudesse ser a tua primavera e depois morrer

vinicius de moraes / carlos lyra



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Paula Fernandes, Diga Sim - de 14/06/2015



Nesta postagem trago mais uma vez a dona de uma maravilhosa voz, Paula Fernandes. Ela que tem
admiradores que vão da mais tenra idade aos mais idosos, causa sempre surpresa por suas
interpretações perfeitas em qualquer estilo musical, por seus shows com maravilhosos
temas e por sua afinada voz. É a Artista que mais vendeu discos na última década.

Em várias postagens anteriores, descrevi Paula em muitos aspectos e deixei claro que sou
"fã de carteirinha" desta pessoa maravilhosa que ela é. Todos sabem que ela é cantora
e compositora; alguns que é arranjadora e empresária. Mas poucos sabem que além
disso ela é filantropa, ajudando a manter em sua cidade natal, Sete Lagoas, lá no
Estado de Minas Gerais, uma ONG que ajuda pessoas deficientes. Em maio de
2013, em sua turnê pelo continente africano, doou parte da arrecadação
de seus shows em Angola e Cabo Verde, para várias causas sociais.

E sabem quem é a Madrinha e Musa da Polícia Federal Brasileira? Paula Fernandes. E é também a
personalidade mais seguida nas redes sociais do Brasil, tendo sido eleita a décima sexta
mulher mais sexy do mundo e uma das pessoas mais influentes da América Latina.

Se outra publicação com a Paula eu colocar no blog, não sei sobre o que mais vou escrever
sobre ela. Escolhi para ilustrar a postagem uma de suas composições , "Quero Sim",
uma bela canção ao amor. Lembro que ao final da publicação, é só clicar nos
itens em "Links para suas preferências no blog", para ler um pouco mais
sobre esta Artista ou acessar estilos musicais de sua preferência,
aqui mesmo no blog e com segurança. Espero apreciarem.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


Às vezes sou fada às vezes faísca
Estou ligada na tomada numa noite mal dormida 

Eu tô com saudade da nossa amizade 
Do tempo em que a gente amava se ver 
Eu não sou palavra eu não sou poema 
Sou humana pequena a se arrepender 

Às vezes sou dia às vezes sou nada 
Hoje lágrima caída choro pela madrugada 
Às vezes sou fada às vezes faísca 
Estou ligada na tomada numa noite mal dormida 

Se o teu amor for frágil e não resistir 
E essa magoa então ficar eternamente aqui 
Tô de volta a imensidão de um mar que é feito de silêncio 

Se os teus olhos não refletem mais o nosso amor 
E a saudade me seguir pra sempre aonde eu for 
Fica claro que tentei lutar por esse sentimento 

Diga sim ouça o som prove o sabor que tem o meu amor 
Cola em mim a tua cor eu te quero sim sem dor

paula fernandes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Sérgio Reis e Filhos, Boiadeiro Errante - de 08/06/2015



" O Brasil tem dois grandes artistas populares: o Roberto Carlos e o Sérgio Reis." 
renato teixeira


No bairro de Santana na cidade de São Paulo em junho de 1940, nasceu Sérgio Bavini.
Nome artístico: Sérgio Reis, um ícone da música sertaneja, compositor, cantor, ator
e agora, eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo.

Sua carreira no Universo Musical Brasileiro foi na época da Jovem Guarda com sua
composição "Coração de Papel", um de seus muitos sucessos. Mas na Música Sertaneja foi
em 1972 a sua estréia com "Menino da Gaita", seguindo-se muitas outras canções que
projetaram seu nome no cenário da Música Sertaneja definitivamente, tanto que
no ano de 1981, seu álbum "O Melhor de Sérgio Reis" alcançou mais de um
milhão de cópias vendidas. Quanto ao sucesso junto ao público e à
crítica especializada, Sérgio é o Artista que mais indicações
teve ao Grammy, tendo ficado com três, categoria
"Melhor Álbum de Música Sertaneja".

Escolhi um vídeo de seu show "Sérgio Reis e Filhos - Violas e Violeiros", em que Sérgio está
acompanhado dos filhos Paulo Augusto e Marco Sérgio ao interpretar a composição de
Teddy Vieira, "Boiadeiro Errante", bela letra narrando a lida dos boiadeiros pelos
caminhos de nosso querido Brasil. Ao final da postagem, há alguns links que
levam a outros artistas e estilos musicais diversos aqui no blog, com
total segurança em "links para suas preferências no blog". 

carlos miranda (betomelodia) 




Eu venho vindo de uma querência distante
Sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra
O meu cavalo corre mais que o pensamento
Ele vem no passo lento porque ninguém me espera

Tocando a boiada auê-uê-uê boi eu vou cortando estrada uê boi
Tocando a boiada auê-uê-uê boi eu vou cortando estrada

Toque o berrante com capricho Zé Vicente
Mostre para essa gente o clarim das alterosas
Pegue no laço não se entregue companheiro
Chame o cachorro campeiro que essa rez é perigosa

Olhe na janela auê-uê-uê boi que linda donzela uê boi
Olhe na janela auê-uê-uê boi que linda donzela

Sou boiadeiro minha gente o que é que há
Deixe o meu gado passar vou cumprir com a minha sina
Lá na baixada quero ouvir a siriema
Prá lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas

Ela é culpada auê-uê-uê boi de eu viver nas estradas uê boi
Ela é culpada auê-uê-uê boi de eu viver nas estradas

O rio tá calmo e a boiada vai nadando
Veja aquele boi berrando Chico Bento corre lá
Lace o mestiço salve ele das piranhas
tire o gado da campanha pra viagem continuar

Com destino a Goiás auê-uê-uê boi deixei Minas Gerais uê boi
Com destino a Goiás auê-uê-uê boi deixei Minas Gerais uê boi


teddy vieira 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Fernanda Takai, Odeon - de 23-02-2015

betomelodia.blogspot.com


" Nazareth: Compositor brasileiro dotado de uma extraordinária originalidade,
porque transita com fôlego entre a Música Popular e Erudita,
fazendo-lhe a ponte, a união, o enlace."
 
mário de andrade


Hoje, neste post um dos mais belos "Chorinhos" de nosso Universo Musical: Odeon.
Música composta por Ernesto Nazareth no ano de 1910 que, 50 anos mais tarde
recebeu a letra de Vinícius de Moraes.  Nazareth apresentava-se na sala de
espera do antigo Cinema Odeon, para ilustres personalidades que iam
àquele cinema apenas para ouvi-lo ao piano, desde o ano de 1908,
quando foi contratado para tal.

Foi em homenagem ao Cinema Odeon, o mais luxuoso da cidade do Rio de Janeiro,
que em 1910 compôs e batizou sua obra prima como Odeon. À época, não teve
grande repercussão e foi gravado somente em 1912, com ele ao piano e
Pedro de  Alcântara ao flautim. O sucesso só foi alcançado 50 anos
após, década de 60, com a letra que Vinícius de Moraes criou.

fernanda takai

E agora, vamos falar sobre a intérprete que escolhi, para o resgate dessa obra-prima:
possuidora de uma voz suave, afinada, bela e carismática, sou fã ardoroso dela
por sua obra, por seus ótimos resgates de nossa Música e por sua ternura.
Ela é Fernanda Takai.

Fernanda, até o ano de 2007 era conhecida apenas como vocalista de uma banda
mineira de Música Pop, a Pato Fu. E foi naquele ano que ela iniciou a carreira
solo,  brindando  seus  ouvintes e admiradores  com  sua  técnica  vocal,
enriquecendo a Música Popular Brasileira com sua finesse ao cantar
grandes sucessos de nosso Universo Musical.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


Ai quem me dera o meu chorinho tanto tempo abandonado
E a melancolia que eu sentia quando ouvia ele fazer tanto chorar
Ai nem me lembro há tanto tanto todo o encanto de um passado
Que era lindo era triste era bom igualzinho a um chorinho chamado Odeon

Terçando flauta e cavaquinho meu chorinho se desata
Tira da canção do violão esse bordão que me dá vida e
Que me mata é só carinho o meu chorinho quando pega e chega assim
Devagarzinho meia luz meia voz meio tom meu chorinho chamado Odeon

Ah vem depressa chorinho querido vem mostrar a graça
Que o choro sentido tem quanto tempo passou
Quanta coisa mudou já ninguém chora mais por ninguém

Ai quem diria que um dia chorinho meu você viria
Com a graça que o amor lhe deu pra dizer não faz mal
Tanto faz tanto fez eu voltei pra chorar com vocês

Chora bastante meu chorinho teu chorinho de saudade
Diz ao bandolim pra não tocar tão lindo assim
Porque parece até maldade ai meu chorinho
Eu só queria transformar em realidade a poesia ai que lindo
Ai que triste ai que bom de um chorinho chamado Odeon

Chorinho antigo chorinho amigo eu até hoje ainda percebo essa ilusão
Essa saudade que vai comigo e até parece aquela prece que sai só do coração
Se eu pudesse recordar e ser criança se eu pudesse renovar minha esperança
Se eu pudesse me lembrar como se dança esse chorinho
Que hoje em dia ninguém sabe mais


ernesto nazareth / vinicius de moraes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google