google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Arnaldo Antunes, A Casa é Sua

minhas amigas e amigos: a casa é sua !


A Volta das Férias

É, muitos já conhecem nossa morada, aqui no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. É essa da foto aí em
cima. É simples, bem simples mas, portas abertas aos amigos e amigas de todas as partes do
mundo. E esperando sua visita, começo hoje, 03 de fevereiro de 2016, mais uma série
de publicações sobre a Música e a Arte Brasileira, divulgando nossa Cultura.

Mas em cada postagem sempre o tema é um Artista, seja ele Músico ou Artista Plástico. Revi os meus
arquivos sobre autores e intérpretes e achei um  que ilustraria bem meu convite e também, a
falta que sentimos quando Ivanete está ausente por seja lá qual motivo for. Sim, plural,
pois somos três: o cão e meu dono Pingo, a casa que fica triste sem ela, e eu.


arnaldo antunes


O Artista

Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho, conhecido por Arnaldo Antunes, Músico, Compositor, Poeta e
também Artista Plástico Visual,  natural de São Paulo onde nasceu em 02 de setembro de 1960,
foi integrante da banda Titãs, o que o fez abandonar o curso de linguística em 1978, devido
ao sucesso da banda.  Ficou no grupo até 1992,  ano em que  se desligou da banda, e
embora em carreira solo, continuou compondo com os demais integrantes.  É um
dos formadores do trio Tribalistas, em parceria com Marisa Monte e Carlinhos
Brown, que gravaram o álbum homônimo de enorme sucesso de público
e de crítica,  com as vendas hoje  beirando três milhões de cópias

carlos miranda (betomelodia) 




Não me falta cadeira não me falta sofá
Só falta você sentada na sala só falta você estar
Não me falta parede e nela uma porta pra você entrar
Não me falta tapete só falta o seu pé descalço pra pisar

Não me falta cama só falta você deitar
Não me falta o sol da manhã só falta você acordar
Pras janelas se abrirem pra mim e o vento brincar no quintal
Embalando as flores do jardim balançando as cores no varal

A casa é sua por que não chega agora
Até o teto tá de ponta-cabeça porque você demora
A casa é sua por que não chega logo
Nem o prego aguenta mais o peso desse relógio

Não me falta banheiro quarto abajur sala de jantar
Não me falta cozinha só falta a campainha tocar
Não me falta cachorro uivando só porque você não está
Parece até que está pedindo socorro como tudo aqui nesse lugar

Não me falta casa só falta ela ser um lar
Não me falta o tempo que passa só não dá mais para tanto esperar
Para os pássaros voltarem a cantar e a nuvem desenhar um coração flechado
Para o chão voltar a se deitar e a chuva batucar no telhado

A casa é sua por que não chega agora
Até o teto tá de ponta-cabeça porque você demora
A casa é sua por que não chega logo
Nem o prego aguenta mais o peso desse relógio


arnaldo antunes / ortinho



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal /  google

( foto de abertura: minha morada, aqui no paraiso )

domingo, 31 de janeiro de 2016

Paulinho da Viola, Timoneiro - de 24/11/2015

... quem me navega é o mar ...


O Sambista Perfeito. Esse é o título de uma composição de Arlindo Cruz em homenagem aos
grandes compositores e intérpretes do Samba no Brasil. Definição que é bem aplicada a
um dos homenageados em sua letra ao Artista que destacamos em nossa postagem,
o grande Mestre Paulinho da Viola. Sobre tal, só posso plenamente concordar .


paulinho da viola


Paulinho, dotado de rara elegância em compor, tocar, falar, sorrir, olhar e acima
de tudo cantar, em minha opinião é um ou senão,  o principal nome referente
ao  Samba e  Choro  brasileiro.  Dia 12 do mês de novembro de 2015,  ele
ao completar setenta e três anos  afirmou que idade não traz nenhum
incômodo para sua vida,  continuando elegantemente comedido ao
falar, atento ao que ouve e perfeito compondo ou interpretando.
Escolhi a Música "Timoneiro"  para ilustrar a postagem, feita
em parceria com  Hermínio  Bello  de  Carvalho. Apreciem.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


E quanto mais remo mais rezo pra nunca mais se acabar
Essa viagem que faz o mar em torno do mar
Meu velho um dia falou com seu jeito de avisar
Olha o mar não tem cabelos que a gente possa agarrar

Não sou eu quem me navega quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega quem me navega é o mar
É ele que me carrega como nem fosse levar
É ele que me carrega como nem fosse levar

Timoneiro nunca fui que eu não sou de velejar
O leme da minha vida Deus é quem faz governar
E quando alguém me pergunta como se faz pra nadar
Explico que eu não navego quem me navega é o mar

Não sou eu quem me navega quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega quem me navega é o mar
É ele que me carrega como nem fosse levar
É ele que me carrega como nem fosse levar

A rede do meu destino parece a de um pescador
Quando retorna vazia vem carregada de dor
Vivo num redemoinho Deus bem sabe o que Ele faz
A onda que me carrega ela mesma é quem me traz

Não sou eu quem me navega quem me navega é o mar
Não sou eu quem me navega quem me navega é o mar
É ele que me carrega como nem fosse levar
É ele que me carrega como nem fosse levar


paulinho da viola / hermínio bello de carvalho



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal- texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 30 de janeiro de 2016

Gal Costa, Falando de Amor - de 10/10/2015



O ano, 2001.  Vinicius de Moraes havia escrito um poema  e numa conversa com seu parceiro, mostrou-lhe.
Tom, se bem me lembro,  ao piano em pouco tempo criou a melodia.  E "Falando de Amor" nasceu. Tom,
nascido no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro,  hoje é tido como um dos que deram início
ao movimento intitulado Bossa Nova, um dos fundadores e unanimemente aclamado, tanto pela
crítica quanto por seus admiradores,  como um dos maiores expoentes da Música Brasileira
no mundo inteiro. Compositor, cantor, violonista, pianista, maestro e arranjador, o meu
Mestre em minhas apresentações em estilo de tocar e cantar nos palcos do mundo.


gal costa


Gal Costa. Uma das belas vozes do Brasil por sua perfeita afinação e por suas interpretações nos shows
em que se apresenta, é por mim considerada um dos símbolos inigualáveis de nossa Música. Foi
com ela que escolhi um vídeo para ilustrar essa publicação, pois minha opinião é que é a
mais bela e também fiel interpretação, da letra de  Vinicius  e dos acordes de Tom.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Se eu pudesse por um dia esse amor essa alegria
Eu te juro te daria se pudesse esse amor todo o dia
Chega perto vem sem medo chega mais meu coração
Vem ouvir esse segredo escondido num choro canção

Se soubesses como eu gosto do teu cheiro teu jeito de flor
Não negavas um beijinho a quem anda perdido de amor
Chora flauta chora pinho choro eu o teu cantor
Chora manso bem baixinho nesse choro falando de amor

Quando passas tão bonita nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita e eu me esqueço até do futebol
Vem depressa vem sem medo foi pra ti meu coração
Que eu guardei esse segredo escondido num choro canção

Lá no fundo do meu coração

tom jobim



fontes
imagem(s) e vídeo(s): arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Oswaldo Montenegro, A Porta da Alegria - de 13/08/2015



Trago de volta um poeta, compositor, cantor e instrumentista sem similar em nosso universo
musical, Oswaldo Montenegro. "Carioca da Gema", nasceu no bairro Grajaú em março de
1956, e tem uma constante parceria com a instrumentista Madalena Salles,sempre
o acompanhando com suas flautas. Também é autor de diversas trilhas sonoras
para televisão, cinema, balé e para vários espetáculos teatrais. Completo.

É excepcional e precoce seu talento, pois embora não tenha estudado Música, por ela sofreu
forte influência desde a mais tenra idade, pois sua mãe e seus avós tocavam piano e seu
pai, violão e cantava. Ao mudar-se para a cidade mineira de São João Del Rei aos oito
anos de idade, foi atraído pela Música Barroca das igrejas e teve aulas de violão
com um dos muitos seresteiros da cidade. Foi nessa época que compôs sua
primeira canção, Lenheiro, nome do rio que banha a cidade e aos treze
anos, foi o vencedor de um festival no Rio de Janeiro, quando lá ele
voltou a morar. Creio que assim nasceu  sua carreira musical.


oswaldo montenegro


Aos quinze anos, 1971, mudou-se para Brasília e lá decidiu tornar-se Músico profissional,
e lá realizou seus primeiros shows. Aos dezessete anos, 1973, decidiu que viveria da
Música definitivamente, para sorte de todos nós, brasileiros amantes da Música.
Em minha modesta opinião, a família de músicos, as igrejas mineiras e seus
cantos barrocos, a poesia das serestas de São João Del Rei, foram sim
os motivos da formação poético musical, desse talentoso nome da
nossa Música Popular Brasileira. O Brasil, a Música, agradecem.

carlos miranda (betomelodia) 




Cada vez que eu subo ao palco pra cantar eu me lembro de você
Será que ainda quero falar ainda há coisas pra contar ou pra dizer
O vento corta a pele mas o coração por dentro resistiu 
O sol lá fora é novo mas você não viu 

Cada vez que alguém me olha com atenção dá vontade de gritar 
Que o tempo tá na contramão e é preciso de algum jeito se apressar 
A vida exige sonhos e o amor é só um jeito de sonhar
E não há mais segredo se a gente falar 

Mas eu sei que fiz as coisas do meu jeito não há o que consertar
Cada um tem sua historia só quem viveu é que pode contar 
E o passado é diferente na memoria e o certo é o que virá 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar 

Hoje eu sei só quem tirou a fantasia aproveita o carnaval 
Apaga o que havia e comemora o que há de novo no quintal 
O amor troca de rosto mas mudar não quer dizer que é o final 
Se lembra toda a nostalgia pode ser fatal 

E descansa que a vida dá um jeito que for para ajeitar 
E o que não foi possível é possível que ainda esteja lá 
De repente em qualquer rua sem aviso a gente vai se achar 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar

E hoje eu sei que fiz as coisas do meu jeito não há o que consertar 
Abre a porta da alegria e deixa entrar abre a porta da alegria e deixa entrar 

oswaldo montenegro / mongol 



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Carlos Lyra e Antonio Adolfo ao Piano: Primavera - de 02/07/2015

betomelodia.blogspot.com


Ah, a Bossa Nova. Suas letras repletas de poesias, falando de amor com pureza e encanto. Vivi o auge
dessa época e dela participei, fazendo com ela grande parte de meu repertório. Os anos passaram
e até hoje seus inconfundíveis acordes e cadências, nos cativam ao falar de amor, trazendo a
paz, as esperanças, sonhos e saudades. A publicação de hoje é sobre uma poesia que fala
sobre um sonho de amor, composta por dois grandes Mestres da Música Brasileira: um
Poeta, Vinícius de Moraes e um dos maiores Compositores do Brasil, Carlos Lyra. E
que título tem essa obra prima musical? O da bela estação do ano:  Primavera.

Falar sobre Carlos Eduardo Lyra Barbosa, ou Carlos Lyra como é conhecido, é desnecessário. Carioca,
nascido na cidade do Rio de Janeiro em maio de 1939, instrumentista, compositor e cantor, é um
dos maiores divulgadores do violão como o mais importante na Bossa Nova. O Samba que foi
sua primeira gravação, "Quando Chegares", com a cadência de Samba Canção e tendo o
violão como base da melodia, à princípio instrumental e que mais tarde recebeu letra,
já demonstrava uma tendência ao novo movimento que ganhava força, força que
fez  com que fosse difundido mundo à fora, e vivo até os dias atuais. Eterna.


em primeiro plano carlos lyra, e ao fundo, antonio adolfo


Para ilustrar a postagem, escolhi um vídeo em que Carlos Lyra a interpreta magistralmente, tendo como
convidado o pianista Antonio Adolfo em um solo sensacional. Primavera foi composta e gravada em
1964, ano em que Lyra participou do festival de Jazz em Newport com Stan Getz, e permanece
como um clássico da era áurea da Bossa Nova,  pela poesia de sua letra e de sua melodia.

carlos miranda (betomelodia) 




O meu amor sozinho é assim como um jardim sem flor
Só queria poder ir dizer a ela como é triste se sentir saudade
É que eu gosto tanto dela que é capaz dela gostar de mim
Acontece que eu estou mais longe dela que da estrela a reluzir na tarde

Estrela eu lhe diria desce à terra o amor existe
E a poesia só espera ver nascer a primavera para não morrer

Não há amor sozinho é juntinho que ele fica bom
Eu queria dar-lhe todo o meu carinho eu queria ter felicidade
É que o meu amor é tanto é um encanto que não tem mais fim
E no entanto ela não sabe que isso existe é tão triste se sentir saudade

Amor eu lhe direi amor que eu tanto procurei
Ah quem me dera eu pudesse ser a tua primavera e depois morrer

vinicius de moraes / carlos lyra



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google