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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Geraldo Azevedo e Ivete Sangalo: O Ciúme



Caetano Emanuel Viana Teles Veloso

Poeta.  Compositor, cantor e violonista. Por vezes, polêmico. Mas sempre genial nas letras de
suas canções,  não importando o estilo ou ritmo, seja um folk rock, uma bossa nova ou
um samba,  pois inspiração e criatividade não lhe faltam. Mas Caetano Veloso, seu
nome artístico, também é autor de vários livros entre eles está o que possuo,
"Letra Só",  contendo os  poemas  por ele cantados e os escritos para
outros Artistas.  Nascido em Agosto de 1942 na cidade de Santo
Amaro,  Bahia e sua carreira na Música teve início em 1965.
Mas falar sobre Caetano é ser redundante pois sobre
ele já  dissertei  em outras publicações no Blog.

A publicação de hoje, sobre uma de suas letras
que é parte de meu repertório, canta um sentimento a
que muitos aflige e tem seu título, "O Ciúme". E sobre esta
canção já foram feitas mil e uma especulações à respeito do que
inspirou este poema.  Mais uma vez escrevo, que assim como a Arte, a
Música e sua criação,  só os autores podem definir seu sentido, o motivo ou
a fonte da inspiração, cabendo aos apreciadores de uma pintura ou de magnífica
obra musical, interpretar sua fonte de inspiração.  E vejam, não sou único nesta opinião.

Mas voltemos ao tema desta publicação,  "O Ciúme".  Escolhi um vídeo com dois
grandes nomes  de nosso belo  universo musical:  Geraldo  Azevedo e Ivete
Sangalo,  em um show de  interpretação da dupla e do genial grupo de
cordas: violoncelo, 3 violinos e duas  excelentes  cordas vocais,
seguindo o ritmo aveludado do violão de Geraldo Azevedo.

carlos miranda (betomelodia) 




Dorme o Sol à flor do Chico meio dia tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte Pernambuco Rio Bahia só vigia um ponto negro o meu ciúme 
O ciúme lançou sua flecha preta e se viu ferido justo na garganta 
Quem nem alegre nem triste nem poeta entre Petrolina e Juazeiro canta 

Velho Chico vens de Minas 
De onde o oculto do mistério se escondeu 
Sei que o levas todo em ti não me ensinas 
E eu sou só eu só eu só eu 

Juazeiro nem te lembras dessa tarde Petrolina nem chegaste a perceber 
Mas na voz que canta tudo ainda arde tudo é perda tudo quer buscar cadê 
Tanta gente canta tanta gente cala tantas almas esticadas no curtume 
Sobre toda estrada sobre toda sala paira monstruosa a sombra do ciúme

Velho Chico vens de Minas 
De onde o oculto do mistério se escondeu 
Sei que o levas todo em ti não me ensinas 
E eu sou só eu só eu só eu 

caetano veloso




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Elis Regina, Romaria



Nascida em 17 de Março de 1945, na capital do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, sua
vida, sua carreira e seu sucesso no Brasil e no mundo, é do conhecimento de todos. Sua
atividade musical, nível nacional e internacional, teve início à época dos festivais de
Música Popular Brasileira,  década de sessenta,  quando lançou 4 álbuns entre
os anos de 1961 e 63. Mas a grande aclamação veio ao vencer o primeiro
festival em 1965, interpretando "Arrastão",  de Edu Lobo e Vinicius
de Moraes.  Participou de mais cinco festivais  recebendo em
1967,  prêmio como melhor intérprete com "O Cantador".

Elis era  vibrante  nos palcos e era tanta vibração que o
Poetinha,   Vinícius de Moraes,  assim apelidado  por Antonio
Carlos Jobim pelo lirismo de suas composições, resolveu apelidar
a eufórica cantora de  Pimentinha.  Suas interpretações foram magistrais,
tanto que muitos compositores tinham receio de gravar suas próprias canções
quando Elis já tinha gravado,  pois a marca na sua performance era tão intensa que
ele questionavam-se em como poderiam cantar sua própria composição.  Em Montreaux,
no Festival de Jazz, 1979, público e crítica a chamavam de "nova Ella Fitzgerald".  Imortalizada.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


  É de sonho e de pó o destino de um só
 Feito eu perdido em pensamentos sobre o meu cavalo
É de laço e de nó de gibeira o jiló
Dessa vida cumprida a sol

Sou caipira Pirapora Nossa Senhora De Aparecida
Ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida

O meu pai foi peão minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida a custa de aventuras
Descasei e joguei investi desisti
Se há sorte eu não sei nunca vi

Sou caipira Pirapora Nossa Senhora De Aparecida
Ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida

Me disseram porém que eu viesse aqui
Pra pedir de romaria e prece paz nos desaventos
Como eu não sei rezar só queria mostrar
Meu olhar meu olhar meu olhar

Sou caipira Pirapora Nossa Senhora De Aparecida
Ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida


renato teixeira




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 24 de setembro de 2016

Fabio Pantoni e Sua Série, Calendário Para Olhos

o homem que se achava napoleão


" Meu futuro certamente é repleto com o cheiro de cores e tintas a óleo e acrílicas."

Fabio Pantoni


Natural da cidade de Ribeirão Preto,  interior do Estado de São Paulo,  onde nasceu no dia vinte
e três de Junho de 1983, despertou para as Artes Plásticas aos quinze anos ao acompanhar
seu tio,  o escritor Luiz Puntel, a uma exposição sobre a obra do pintor José Pancetti no
Museu de Arte de sua cidade.  Anos foram passando até que em 2012, Fabio iniciou
nas Artes cursando Design na  Univille  em Joinville, Estado de Santa Catarina,
época em que iniciou seus trabalhos na pintura. Concluído os estudos na
Univille,  matricula-se na  Escola de Música e Belas Artes do Paraná, e
lá especializa-se em  História da  Arte Moderna  e Contemporânea.




Alicerces prontos mas, vamos lá. Fábio retorna à sua cidade natal
e lá conhece o Artista Plástico  Lima Junior que, coloca seu ateliê, sua
casa e sua experiência à disposição de Fabio. E assim, como seu pupilo ele
aprimora seus conhecimentos sobre o universo da pintura por meses e meses,
adotando como fontes de pesquisas os  pintores clássicos, e o Mestre Lima Junior.
Atualmente residindo e tendo seu ateliê junto à natureza,  em Joinville,  Santa Catarina, a
técnica preferencialmente usada para execução de seus trabalhos é acrílica sobre tela e sua
temática atual são retratos,  fase em que utiliza  intensas cores  contrastando com claras bases.
E segundo  suas palavras,  a sua pintura  na série  "Calendário para Olhos",  está  repleta de
estética poesia,  com violento cromatismo.  Inicia suas telas pelos olhos, o ponto criativo,
a base de  seus trabalhos  tão inovadores,  impactantes e também  ternos. Mágicos.

carlos miranda (betomelodia) 




olhos de infância
moça casta no pomar


pierrô e o chapéu de ilusões

última lágrima da colombina

vendedora de maçãs no mercado persa
última paixão de gauguin

afinadora de pianos
a intrusa no jardim de monet




















madame gauvignon

a confidente do rei
o menino e a caixa de brinquedos







destaco: o arlequim de salaman

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Adriana Varejão e sua Arte Multifacetada

o dilúvio


A pintura é minha raiz, da mesma forma que o Brasil


Nasceu no ano de 1964, na cidade do Rio de Janeiro. É pintora e Artista Plástica contemporânea,
filha de um piloto da Aeronáutica e da mãe nutricionista, que na atualidade é grande destaque
no Brasil e no Exterior por sua obra,  revelando históricos elementos culturais ligados ao
barroco, principalmente a azulejaria da época colonial.  Ah, se nome: Adriana Varejão,
que aos 16 anos iniciou seus trabalhos na pintura e entre 1981 e 1985, participou
de  cursos livres na  Escola de Artes Visuais do Parque Lage,  Rio de Janeiro,
e três anos depois, aos 24 anos, realizou a primeira exposição individual.



adriana varejão


Acho que um dia eu acordei e virei artista

Vivendo e trabalhando no Rio de Janeiro, já obteve muitos prêmios tanto
no Brasil como em outros Países em milhares de exposições individuais, por
sua imensa projeção internacional na  Arte contemporânea brasileira.  Ela possui
influências variadas ao expressar à cada trabalho a poesia da vida e seus contrastes,
inspirando-se no inusitado sob uma  visão expressiva que por vezes,  chega a chocar os
apreciadores de sua obra,  gerando controvérsias mas, sem negação ao seu talento. Usando
técnicas que aplicadas às suas telas, desde espessas camadas de tintas até apliques de vários
tipos, seu trabalho é um misto de pintura e relevo, resultando personalíssimo, de extrema beleza.

carlos miranda (betomelodia) 




abóboda

altar







































sem título disponível
natividade

azulejos

anjos
cacos e peixes

altar amarelo









atlas
milagre dos peixes

atlantis























destaco: paisagem chinesa

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

domingo, 18 de setembro de 2016

Zé Ramalho e Fagner: Chão de Giz

fagner e zé ramalho


Chão de Giz

Mais uma vez trago um grande sucesso de Zé Ramalho, mas assim como na publicação
anterior, em um duo com outro grande ícone da Música Popular Brasileira, Fagner.
E como é sabido,  Zé é paraibano tendo nascido na cidade interiorana Brejo
da Cruz, e Moska,  "carioca da gema",  que em 27 de Agosto de 1967
veio ao mundo na então capital do Estado,  a cidade do Rio de
Janeiro. A dupla realiza bela interpretação à composição.

Quanto à letra da canção,  está presente o amor. Mas um amor impossível. Lembra
ou narra, um romance com uma mulher rica e talvez mais velha, casada com
homem rico ou influente. Parece que conheceram-se em um carnaval
e pelo fogo da paixão foram dominados,  mas tempos depois a
impossibilidade fez com que terminasse,  partindo então.
E como sempre, metáforas de Zé Ramalho na letra.

carlos miranda (betomelodia) 





Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre um chão de giz
Há meros devaneios tolos a me torturar
Fotografias recortadas em jornais de folhas amiúde
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes

Disparo balas de canhão
É inútil pois existe um Grão-Vizir
Há tantas violetas velhas sem um colibri
Queria usar quem sabe uma camisa de força ou de vênus
Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom

Agora pego um caminhão na lona vou a nocaute outra vez
Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar
Meus vinte anos de boy "that's over baby" Froyd explica
Não vou me sujar fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes já passou meu carnaval
E isso explica por que o sexo é assunto popular
No mais estou indo embora no mais estou indo embora no mais


zé ramalho




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google