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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Quarteto do Rio, Homenagem ao Malandro



Quarteto do Rio

Primeiramente, vamos voltar setenta anos no tempo. Em 1942, Ismael Netto idealizou o projeto
que consistia em um quarteto para interpretar a  Música  Popular  Brasileira  em arranjos
próprios a quatro vozes. Com nome de Os Cariocas era formado inicialmente por
Severino Filho, Eloi Vicente, Neil Carlos Teixeira e Fabio Luna,  e cantando
em festinhas no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mas foi no ano
1946, que ao terem participado de vários programas de rádio,
com sua polifonia característica e arranjos ritmicos, é
que as portas da fama e do sucesso se abriram.

Em 1956,  seu idealizador Ismael Netto morre, e
o Maestro Severino Filho convida sua irmã para fazer
a voz de falsete, o que parece ter gerado  divergências  entre
os membros do grupo, o que levou o conjunto após mais dez anos
a ficarem separados por vinte e um anos. Mas a Música tem caminhos que
muitas vezes nos surpreendem,  pois em 1987 o  Maestro  foi convidado a ouvir o
arranjo feito pelo pianista Alberto Chineli para a composição de Bororó, clássico imortal
por nós bem conhecido, "Da Cor do Pecado", e que entusiasmou  Severino Filho  de tal forma
que fazendo o arranjo vocal convidou os integrantes do quarteto  à voltarem aos palcos
e aos discos., tendo ficado sob sua direção até 2015 quando afastou-se do grupo
por motivos de saúde, vindo a falecer no mês de Marco deste ano de 2016.

Setenta e quatro anos. A Música brasileira não poderia perder o que
nos legou "Os Cariocas" em mais de sete décadas de muitos
sucesso e assim,  os três  remanescentes do quarteto
tomaram a decisão de continuar a realização de
seu criador, Ismael Netto. Mas, a família do
Maestro Severino  não permitiu que
a nova formação  utilizasse o
mome "Os Cariocas" (?).






Bem,  minha opinião pessoal é que esse direito de uso ou não,  deveria ser do seu idealizador
mas, ressalto que esta é minha opinião e que não tenho base para contesta-la. E os três
entendendo que a Música é mais valiosa que um nome,  concordaram e seguiram
em frente com um novo nome,  Quarteto do Rio.  E convidando o pianista e
vocalista Leandro Freixo para primeira voz e piano, com Fabio Luna
como segunda voz na bateria e na flauta, Neil Teixeira terceira
voz e baixo, e completando o quarteto, Eloi Vicente com
a quarta voz e violão., estava pronto o novo grupo.
Muito bom para nós e para a nossa Música.

carlos miranda (betomelodia) 





Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais

Agora já não é normal
O que dá de malandro regular profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato com gravata e capital
Que nunca se dá mal

Mas o malandro pra valer - não espalha
Aposentou a navalha tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha num trem da Central


chico buarque




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 9 de outubro de 2016

CP Antaris, Meu País



A publicação de hoje sobre a Música Popular Brasileira, traz de volta a banda paulista que já foi
destaque aqui no Blog em 03 de Setembro deste ano de 2016, com a canção Coisas da Vida,
Pop Rock  composto por seu vocalista,  Reginaldo Conceição.  Com expressivo número
de visualizações,  bela letra e semelhança de voz com a do Renato Russo,  levou-me
a buscar outras performances do grupo,  no que fui ajudado por eles ao em uma
rede social  publicarem um vídeo,  com mais uma composição do Reginaldo.

A letra é forte, atualíssima: Meu País. Composta em 1999, ela tem como base
a realidade social vivenciada por muitos brasileiros mas, uma realidade que pode
nos atingir diretamente e que por  omissão, descaso ou preconceito, em sua maioria
nos causa indignação,  revolta contra o sistema de governo que não zela pelo bem estar
de sua população. Um desabafo, crítica à sociedade que ignorando o significado da palavra
solidariedade,  prefere culpar os governantes  por sua omissão,  apenas cerrando seu coração.

carlos miranda (betomelodia) 





Não me deixe fazer parte do que eu já faço
Nesse desespero nenhum desabafo
E os dia vão passando

A espera de uma ajuda que nunca vem
A fome e a miséria sempre vão além
Desse dia insano

E há crianças nas ruas e o mendigo fedorento
E o cachorro que lambe suas feridas
Que são menores que o seu tormento
E os milhões desviados ninguém aqui ta preso
Nacionalismo forçado ninguém daqui sai ileso

É o meu País é o meu País
Tudo errado tudo mudado
É o meu País


reginaldo conceição




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Raquel Taraborelli, Cores e Flores - I

campos de papoulas


Raquel Taraborelli

Foi no ano de 1957, na cidade de Avaré, interior do Estado de São Paulo que ela nasceu. A sua
atividade era a Engenharia. Era, pois trocou-a pela Natureza com suas cores e formas, as
luzes e sombras, tornando-a sua fonte de prazer e trabalho. Começou a pintar em 75,
aos dezessete anos apenas por hobby mas, e bendito seja este "mas", pois foi
quando  participou da exposição  no Salão de Artes Plásticas de Piedade,
no Estado de São Paulo em 1987, e foi premiada com uma  Medalha
de Ouro, que resolveu dedicar-se somente à pintura. A grande
admiração  que tem por Claude Monet,  fez com que ela
viajasse até a França onde conheceu a casa e os
belos jardins do Mestre do Impressionismo.



raquel taraborelli


Suas telas contém algo de magia, algo que
suas pinceladas revelam em cores, a sombra, luz,
a impressão de  momentos  singulares  expressos com
maestria, que segundo suas palavras  são como uma espécie
de fantasia,  brincadeira entre cor e espaço, onde pode tocar e criar.
Atualmente vivendo e criando seus trabalhos na cidade de Sorocaba, em
São Paulo, buscando na Natureza a inspiração para continuidade de sua obra.

carlos miranda (betomelodia) 




tropical

azaléias

entardecer

paisagem com roseiras

vasos de gerânios ensolarados

bouquet em vaso verde
iris

cena com bicicleta e girassois

outono

azaléias

paisagem com iris


destaco: campos de flores brancas

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( formato das telas adaptados à diagramação )

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Clauber Campos Ceconni e o Impressionismo

paraty


Clauber Campos Cecconi

Natural da cidade de Sorocaba, interior do Estado de São Paulo, veio ao mundo no dia dezessete
de Julho. Embora tenha feito uma apurada pesquisa sobre a biografia de Cecconi, obtive
poucas informações sobre mas, seus trabalhos nesta pequena mostra, honrarão
meu Blog. À princípio era conhecido por seus desenhos em ilustrações
publicitárias, por suas capas de livros e desenhos a nanquim,
o que levou-o a receber  vários prêmios nos Salões
de Arte em que participou na década de 60.


clauber campos cecconi


E foi em 1988 que ele resolveu deixar suas
ocupações de publicitário e ilustrador,  passando a
dedicar todo seu tempo à pintura, para sorte dos amantes da
Arte. Com grande variedade temática, que minha humilde opinião notou
em suas telas, há também uma certa dose de expressionismo, acrescentando um
toque lírico aos seus trabalhos,  embora com forte tendência impressionista.  Atualmente
reside na cidade do Rio de Janeiro,  brindando o mundo sua maravilhosa obra nas Artes Plásticas.

carlos miranda (betomelodia) 




caminho do ouro

um cantinho em rezende


praia brasileira
pescadores

casario com jardim


barcos

paisagem com igreja

salvador, bahia

jangadas
caminho na floresta

no meio do mato





destaco: jangada


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Geraldo Azevedo e Ivete Sangalo: O Ciúme



Caetano Emanuel Viana Teles Veloso

Poeta.  Compositor, cantor e violonista. Por vezes, polêmico. Mas sempre genial nas letras de
suas canções,  não importando o estilo ou ritmo, seja um folk rock, uma bossa nova ou
um samba,  pois inspiração e criatividade não lhe faltam. Mas Caetano Veloso, seu
nome artístico, também é autor de vários livros entre eles está o que possuo,
"Letra Só",  contendo os  poemas  por ele cantados e os escritos para
outros Artistas.  Nascido em Agosto de 1942 na cidade de Santo
Amaro,  Bahia e sua carreira na Música teve início em 1965.
Mas falar sobre Caetano é ser redundante pois sobre
ele já  dissertei  em outras publicações no Blog.

A publicação de hoje, sobre uma de suas letras
que é parte de meu repertório, canta um sentimento a
que muitos aflige e tem seu título, "O Ciúme". E sobre esta
canção já foram feitas mil e uma especulações à respeito do que
inspirou este poema.  Mais uma vez escrevo, que assim como a Arte, a
Música e sua criação,  só os autores podem definir seu sentido, o motivo ou
a fonte da inspiração, cabendo aos apreciadores de uma pintura ou de magnífica
obra musical, interpretar sua fonte de inspiração.  E vejam, não sou único nesta opinião.

Mas voltemos ao tema desta publicação,  "O Ciúme".  Escolhi um vídeo com dois
grandes nomes  de nosso belo  universo musical:  Geraldo  Azevedo e Ivete
Sangalo,  em um show de  interpretação da dupla e do genial grupo de
cordas: violoncelo, 3 violinos e duas  excelentes  cordas vocais,
seguindo o ritmo aveludado do violão de Geraldo Azevedo.

carlos miranda (betomelodia) 




Dorme o Sol à flor do Chico meio dia tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte Pernambuco Rio Bahia só vigia um ponto negro o meu ciúme 
O ciúme lançou sua flecha preta e se viu ferido justo na garganta 
Quem nem alegre nem triste nem poeta entre Petrolina e Juazeiro canta 

Velho Chico vens de Minas 
De onde o oculto do mistério se escondeu 
Sei que o levas todo em ti não me ensinas 
E eu sou só eu só eu só eu 

Juazeiro nem te lembras dessa tarde Petrolina nem chegaste a perceber 
Mas na voz que canta tudo ainda arde tudo é perda tudo quer buscar cadê 
Tanta gente canta tanta gente cala tantas almas esticadas no curtume 
Sobre toda estrada sobre toda sala paira monstruosa a sombra do ciúme

Velho Chico vens de Minas 
De onde o oculto do mistério se escondeu 
Sei que o levas todo em ti não me ensinas 
E eu sou só eu só eu só eu 

caetano veloso




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google