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domingo, 16 de abril de 2017

Alexandre Pires e Martinho da Vila: Café com Leite

alexandre pires, em duo virtual com martinho da vila


Foi assim que tudo começou. O ano era 1989, quando ele e seu irmão Fernando convidaram o primo
Juliano a fazer parte do grupo de pagode que pretendiam criar. Aí reuniram mais alguns amigos
da cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, e começaram a montar o repertório para
os ensaios. O nome escolhido para e banda foi "Só Pra Contrariar", uma homenagem
ao grupo  "Fundo de Quintal"  e seu grande sucesso, o samba Só pra Contrariar.
Seu nome? Alexandre Pires do Nascimento, nascido em Uberlândia, Estado
de Minas Gerais, em oito de Janeiro de 1976.  Instrumentista, cantor e
compositor, filho de músicos, é tido como um dos maiores senão
o maior intérprete da América Latina por seu enorme talento.

Lançaram o  primeiro álbum em 1993,  e depois de gravar o
sétimo disco com o SPC,  Alexandre  seguiu para a carreira solo.
Mas, como não conseguia acompanhar os compromissos com a banda,
deixou o grupo no ano de 2002  depois de uma apresentação em Nova York
para mais de 14 mil pessoas.  No ano seguinte,  comemoração da Independência
Hispânica nos Estados Unidos,  cantou "Garota de Ipanema" para o então presidente
George W. Bush, que o convidou para o evento, tornando-se mundialmente conhecido. Eu
escolhi para ilustrar a publicação, um vídeo que revela seu projeto para uma mudança de estilo
no cenário musical, projeto que tem por nome  DNA Musical, regravando grandes sucessos da MPB.

Assim vamos apreciar o vídeo com a  Música  de autoria de  Martinho da Vila e Zé Catimba,  cujo título é
"Café com Leite"

carlos miranda (betomelodia) 




Se encontraram e se cruzaram nosso olhar e nosso jeito
As salivas misturadas num sabor mais que perfeito
Nossos corpos se entregando como boca no sorvete
Estamos bem misturados tal e qual café com leite

Café com leite somos nós café com leite
Café com leite é de Deus café com leite

Vem da teta e vem do grão somos nós café com leite
Vem do balde e do pilão somos nós café com leite
Com biscoito ou com pão vou tomar café com leite
Dessa miscigenação só vai dar café com leite

"A" em pó ou condensado bem gordinho ou desnatado
Com expresso ou com solúvel carioca bem coado
Vou levar pra quem me ama de bandeja lá na cama


martinho da vila / zé catimba



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Paulo Ricardo, Alvorada Voraz

paulo ricardo - um dos criadores da rpm


Foi na cidade de São Paulo, capital do Estado, que em 1980 Paulo Ricardo conheceu Luís Schiavon.
Luis morava em frente a casa de Paulo, que resolveu visita-lo quando acontecia um ensaio e
uma dúvida pairava no ar: se a letra seria em inglês ou português. Ao ser pedida a sua
opinião, Paulo deu seu voto pela letra em português,  e nasceu a amizade entre
os dois  ao conversarem muito sobre  Música.  Luís, pianista clássico que
estava em busca de um caminho mais popular com dificuldades em
encontrar uma parceria, e Paulo no início de sua carreira de
crítico musical, aceitou o convite para fazer parte da
banda de jazz-rock  "Áurea", que após 3 anos
de ensaio sem apresentações, acabou.

Paulo partiu para a  Europa e escrevia
sobre as novidades musicais, para uma mídia
escrita aqui no Brasil e Luís,  interessou-se por uma
nova tecnologia, a dos sintetizadores.  As opções divergiam
mas não impediram a  criação  de uma banda pelos dois,  no ano de
1983, quando a dupla voltou aos trabalhos em  São Paulo.  Juntos criaram
os primeiros sucessos: "Olhar 43", "A Cruz e a Espada", e a que daria nome para
a banda que ali então nascia: "Revoluções Por Minuto", ficando conhecida como RPM.
No Brasil foi a de maior popularidade nos anos de 1984 a 1987,  tida como a melhor sucedida
na história da Música Brasileira,  vendendo mais de cinco milhões de discos.  Agora, sobre o vídeo.

O vídeo e minha opinião:

Ilustrando a publicação,  escolhi  aquela que foi um grande sucesso nos anos 80:  "Alvorada Voraz".
A letra composta há 31 anos é atualíssima. Lançada em 1986, retrata a marginalidade que nos
incute o medo por sua violência  tornando-nos seus reféns pela impunidade, e o
que creio ser bem mais grave: somos reféns de políticos e empresas que
tem como ideal  a desumana corrupção,  lesando  o povo brasileiro
na educação, saúde,  em tudo mais em que se possa pensar,
em benefício próprio.  E como denuncia a letra, com
nosso consentimento, nosso conformismo. É
uma visão crítica da violência e grande
hipocrisia da vil politicagem atual.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )

Na virada do século alvorada voraz
Nos aguardam exércitos que nos guardam da paz
Que paz !!!

A face do mal um grito de horror
Um fato normal um êxtase de dor
E medo de tudo medo do nada
Medo da vida assim engatilhada

Fardas e força forjam as armações
Farsas e jogos armas de fogo
Um corte exposto em seu rosto amor
E eu nesse mundo assim vendo esse filme passar
Assistindo ao fim vendo meu tempo passar

Apolipticamente como um clip de ação
Um clic seco um revólver aponta em meu coração
O caso Sudan Maluf Lalau Barbalho Sarney
E quem paga o jornal é a propaganda
Porque nesse pais é o dinheiro quem manda

E juram que não corrompem ninguém
Agem assim pro seu próprio bem
São tão legais foras da lei pensam que sabem de tudo
O que eu não sei eu sei

Nesse mundo assim vendo esse filme passar
Assistindo ao fim vendo o meu tempo passar

luis schiavon / paulo pagni / paulo ricardo



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Renato Teixeira e Sérgio Reis: Eu e Meu Irmão

renato teixeira e sérgio reis


Para o primeiro dia útil dessa semana de abril, destaco a amizade entre irmãos, sejam eles de sangue,
o que penso ser o mais belo tipo de amizade em uma família, ou por afinidade, que é aquela sem
explicação e que nos leva a  "adotar"  um amigo real  ou até virtual,  como irmãos. O vídeo
escolhido para ilustrar a postagem, traz dois grandes ícones da Música Regional do
Brasil: Renato Teixeira e Sérgio Reis,  com Renato interpretando a canção de
sua autoria  "Eu e Meu Irmão",  bela homenagem ao amigo  Sérgio Reis.

carlos miranda (betomelodia) 




Eu e meu irmão desde muito cedo
Aprendemos a gostar de ouvir viola
Era só cantar em dupla era só pensar nas duplas
Era só sim poder cantar no circo

Eu e meu irmão viola e violão
Fomos juntos caminhando nessa estrada
Muita sorte e muito chão muita festa de peão
Muita sorte e a primeira gravação

Hoje a gente canta e faz sucesso
E isso para nós é muito bom
Nós somos uma dupla caipira
Nossa voz vem lá do coração

Eu e meu irmão viola e violão
Fomos juntos caminhando nessa estrada
Muita festa de peão muita história e muito chão
Muita sorte e a primeira gravação

Hoje a gente canta e faz sucesso
E isso para nós é muito bom
Nós somos uma dupla caipira
Nossa voz vem lá do coração


renato teixeira



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Marcelo Camelo, Dia Clarear



Na publicação de hoje, trago um trio singular, formado por músicos de origem brasileira e o terceiro de
origem portuguesa. Jovens mas, tarimbados em rock alternativo, mpb, bossa nova e também em
outros estilos, como verão no vídeo que ilustra esta postagem: uma baladinha lenta e bela.
Apresentarei seus componentes, um já bem conhecido, e o projeto que a originou. O
seu início é recente,  foi em 06 de maio de 2014,  na cidade do  Rio de Janeiro.

Marcelo Camelo.  Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 04 de Fevereiro de
1978, é um multi-instrumentista, compositor, cantor e produtor musical.  Foi vocalista,
guitarrista (e também um dos fundadores), na banda de rock alternativo a  "
Los Hermanos",

Malu Magalhães. Nasceu na capital do Estado de São Paulo no dia 29 de Agosto de 1992, é
também instrumentista, compositora e cantora, convidada por  Marcelo  para participar do álbum
solo "
Sou", em um dueto na composição "Janta". É a segunda integrante na formação da banda musical.

Fred Ferreira.  Natural de Portugal,  percursionista e baterista  de várias bandas portuguesas, é
o terceiro integrante do  grupo de velhos amigos na formação da banda.  Essencial para o
o balanço bem brasileiro e singular,  no conjunto do projeto em elaboração da banda.
 


Escrevi e escrevi mas, deixei para o final o nome com que foi batizado o projeto, Banda do Mar, pois ao
enaltecer em suas composições os temas amor e mar, nada mais apropriado.  E assim entre jams
session e muitas  trocas de ideias à beira-mar,  iniciaram os trabalhos  nas primeiras faixas
para um álbum. Escolhi para publicar o trabalho do trio, a composição de Marcelo que
tem por título  Dia Clarear,  que como acima mencionei é uma agradável balada.

carlos miranda (betomelodia) 




Onda da manhã eu vi você sair do mar
E todo sentimento que rodeia
Foi a luz do sol ou foi o vento que soprou
O macio dessa areia

Eu sei lá se eu vir você mais tarde
Eu vou até o dia clarear
Sei não se eu vir você mais tarde
Eu vou até o dia clarear vou até o dia clarear

Se você jurar eu posso até te acostumar
Numa vida mais à toa
É só você querer que tudo pode acontecer
No amor de outra pessoa
Base de um descanso milenar

Eu sei lá se eu vir você mais tarde
Eu vou até o dia clarear
Sei não se eu vir você mais tarde
Eu vou até o dia clarear vou até o dia clarear


marcelo camelo 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 4 de abril de 2017

Qinteto Casuarina, Disritmia

quinteto casuarina


Na publicação de hoje, o destaque é Casuarina. Mas não a casuarina que tenho em meu jardim, também
conhecida como "pinheiro australiano", que em muitos Países é considerado como uma espécie
arbórea invasora, e que pode alcançar altura de trinta e cinco metros. Mas há semelhança.

A cidade,  Rio de Janeiro e o bairro,  Humaitá.  Foi no ano de 2001 que,  alguns rapazes reuniam-se para
ensaiarem as composições de sucesso de nosso  universo musical.  A casa por eles usada para
ensaio ficava na Rua Casuarina, e eles jamais pensaram no rumo que suas apresentações
pelo bairro iriam tomar. Ao contrário do pinheiro de lento crescimento, o talento e a
simpatia  dos rapazes  levou-os com rapidez  ao sucesso,  não só no Brasil
em muitas e muitas cidades, também em vários Países desse nosso
maravilhoso planeta azul. Na escolha do nome para divulgar
sua Arte,  prestaram homenagem à rua em que tudo
teve início: Casuarina, o nome do quinteto.

A semelhança acima mencionada:  nascido
sem pretensões  de alcançar  o renome  a que hoje
faz jus, o  Quinteto Casuarina  cresceu rápido e o Samba do
nosso  Brasil foi levado à alturas sequer sonhadas em seu início, ao
superar em muito os  trinta e cinco metros do  "pinheiro australiano".   Mas
quanto ao fato da homônima casuarina  ser considerada uma "invasora"  em alguns
Países, a Casuarina quinteto também é uma "invasora", pois levou o ritmo que é o símbolo
musical brasileiro, o Samba, para terras distantes, divulgando em seus palcos letras repletas de
imagens  embaladas em melodias inspiradoras.  Do Humaitá para a Lapa,  da Lapa para lotar a Fundição
Progresso, espaço com capacidade para cerca de  cinco mil pessoas,  e da Fundição, finalmente
para o mundo.  Foi uma  "invasão"  em poucos anos  de existência,  do Quinteto Casuarina,

devido ao bom gosto na escolha do repertório,  nas novas roupagens e resgate de
clássicos Sambas e, como acima mencionei, na simpatia e profissionalismo
dos integrantes do grupo. Tenho certeza que a postagem agradará.

carlos miranda (betomelodia) 




Eu quero me esconder debaixo desta tua saia prá fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar no emaranhado destes teus cabelos
Preciso transfundir teu sangue pro meu coração que é tão vagabundo
Me deixe te trazer num dengo prá num cafuné fazer os meus apelos
Me deixe te trazer num dengo prá num cafuné fazer os meus apelos

Eu quero ser exorcizado pela água benta deste olhar infindo
Que bom é ser fotografado mas pela retinas destes olhos lindos
Me deixe hipnotizado prá acabar de vez com essa disritmia
Vem logo vem curar teu nêgo que chegou de porre lá da boemia
Vem logo vem curar teu nêgo que chegou de porre lá da boemia


martinho da vila



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google