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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Glênio Bianchetti, a Beleza do Expressionismo

fundo de quintal


"Não sabia se era melhor ser aluno ou professor"
glênio bianchetti


Considerado o mais completo Artista Plástico da atualidade, dominava os seguintes segmentos nas Artes:
desenhista, ilustrador, pintor, gravador, tapeceiro e professor, e em suas obra nota-se sua passagem
por várias fases estéticas. Glênio Alves Branco Bianchetti ou Glênio Bianchetti, a sua assinatura
em seus trabalhos, nasce na cidade de Bagé, Estado do Rio Grande do Sul em 15 de Janeiro
de 1928, cidade onde iniciou seus estudos nas  Artes  pelos idos da década de 1940. Foi
em 1949 que ingressou  Instituto de  Belas Artes de Porto Alegre,  tendo sido aluno
de   Iberê Camargo.  Na publicação, vou ater-me  aos seus trabalhos em pintura.



glênio bianchetti


Glênio e seus colegas fundaram o "Clube de Gravura de Bagé", assim como o
fizeram também em Porto Alegre, criando  o "Clube de Gravura de Porto Alegre", ambos
os grupos defendiam a popularização da Arte em temas regionais e sociais, usando realismo
figurativo,   beirando o expressionismo.  Sua obra chamou a atenção do professor  Darcy Ribeiro
em Brasília que o convidou a lecionar na Capital Federal e assim, em 1962, partiu de seu rincão rumo
à recém-inaugurada  Universidade de Brasília - UnB,  lecionando desenho e pintura até 1965, quando foi
afastado pelo regime militar.  Mas não parou e colaborou para a criação do  Museu de Arte de Brasília.,
e em 1988 foi reintegrado à UnB.  Glênio morreu em  Brasília 18/02/2014, aos 86 anos.  Um Mestre.

carlos miranda (betomelodia) 




boiadeiro

ciranda

figura vermelha

barcos

via sacra  /  lázaro             
casal na praia
mulher na varanda
duas moças
mulher sentada


matissiana
costureira


destaco: sem título disponível

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Garcia Bento, um Mestre nas Marinhas

luar


O Artista: Antônio Garcia Bento

Nascido em Campos dos Goytacazes, antigo Estado do Rio de Janeiro no ano de 1897, e que veio a
falecer na cidade do Rio de Janeiro, a capital da República do Brasil em 1929. Era Desenhista e
pintor, considerado  como um dos melhores 'marinhistas' do Brasil, que tendo vindo de uma
família muito pobre, seus estudos não foram além do primário,  pois teve que trabalhar
ainda na infância para ajudar no sustento da família. Foi funcionário da Estrada de
Ferro Central do Brasil, e desenhista na firma Haust e Cia. mas, ao completar
19 anos em 1916 ingressou em um curso livre de pintura, a "Colmeia dos
Pintores do Brasil", onde as aulas  eram aos domingos. Seu imenso
talento e  forte determinação fizeram com que no ano seguinte
ele desse início ao envio de suas telas ao "Salão Nacional
de Belas Artes",  tendo recebido  vários prêmios  até
chegar ao mais cobiçado pelos Artistas: a viagem
à Europa aos 28 anos. Sua tela premiada foi
"Saveiros", de 1925, abaixo destacada.



saveiros, 1925 - prêmio: viagem à europa, 2 anos


Sua Obra: técnica em óleo espatulado

Embora seus trabalhos constem em muitos catálogos,  não foi possível obter uma fotografia ou um
autorretrato sobre o Artista, motivo pelo qual destaquei sua tela premiada em seu lugar.  Sobre
seus trabalhos, creio que por causa dos poucos recursos financeiros ele tenha optado pela
espátula, devido aos pincéis serem importados e caros na época, motivo que talvez o
levado a praticar   pintura com espátula, uma difícil e rara técnica  na época, e que
com ela conseguiu intuitivamente tirar grande proveito. Com delicada poesia
e espontânea autenticidade, é autor de algumas das melhores paisagens
e marinhas de nosso rol de pintores impressionistas, até dias atuais.

carlos miranda (betomelodia) 




pesca em alto mar

veleiro

marinha
pescadores

morro dois irmãos - visto da lagoa



porto de valença, 1927

marinha

praia de pescadores - baía de guanabara

barcos
marinha

paquetá








destaco: armando as redes

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Arnaldo Antunes, Debaixo D'Água



De volta ao Blog,  Arnaldo Antunes,  que foi destaque em 03 de fevereiro de 2016,  interpretando em sua
casa, sim, em casa, sua composição em parceria com Ortinho,  "A Casa é Sua".  Arnaldo é em minha
minha modesta opinião, um gênio com as palavras, e é esse o motivo de minha admiração por
por sua obra,  que vem desde a época em que foi um dos  integrantes da banda "Titãs".

Artisticamente inventando,  reinventado,  brincando com palavras e frases,  assumindo
e expressando em suas performances o seu lado poético,  exercendo domínio de palco e de
público, o sucesso e fama fazem parte de sua vida e sua obra, intensa, e tem seu nome nas muitas
facetas nas  Artes  tais como,  Música, Literatura, Cinema, Televisão,  e Artes Visuais.  E agora ao vídeo.


carlos miranda (betomelodia) 




Debaixo d'água tudo era mais bonito mais azul mais colorido só faltava respirar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água se formando como um feto sereno confortável amado completo
Sem chão sem teto sem contato com o ar
Mas tinha que respirar todo dia
Todo dia todo dia todo dia todo dia todo dia

Debaixo d'água por enquanto sem sorriso sem pranto
Sem lamento sem saber o quanto esse momento poderia durar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água ficaria para sempre ficaria contente longe de toda gente para sempre no fundo do mar
Mas tinha que respirar todo dia
Todo dia todo dia todo dia todo dia todo dia

Debaixo d'água protegido salvo fora de perigo aliviado sem perdão e sem pecado
Sem fome sem frio sem medo sem vontade de voltar
Mas tinha que respirar
Debaixo d'água tudo era mais bonito mais azul mais colorido só faltava respirar
Tinha que respirar todo dia
Todo dia todo dia todo dia todo dia todo dia todo dia


arnaldo antunes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 25 de abril de 2017

Quinteto Casuarina, Certidão



E ei-los de volta ao Blog: Quinteto Casuarina. E o destaque de hoje foca uma pequena mostra da obra
autoral do grupo, com uma a composição de João Cavalcanti,  voz e 'tan tan', em parceria com, João
Fernando, vocais e bandolim, intitulada Certidão, Na publicação anterior, o Quinteto revelou a
a composição de  Martinho da Vila  em nova roupagem,  Disritmia, mas sobre o destaque de
hoje, Certidão não é apenas uma composição autoral, pois ela prova que o grupo tem
sua própria identidade e maestria em sua Arte. Curtam agora o sucesso do grupo.

carlos miranda (betomelodia) 




Certidão é papel que não preciso não pois o samba que hoje canto
É íntimo e tem razão de ser as palavras não são sem querer
Eu já sei secar meu pranto com a força do meu bordão

Autêntica inspiração  de quem só vê beleza
O samba é universal razão primordial do som
Ninguém detém o dom e digo com certeza
É público tal e qual o nosso carnaval

Mas vem desata a criar também que a nossa natureza
Precisa brincar de Deus pra ver que é dos seus

Já vou o Mestre me endossou com toda gentileza
De quem tem no coração amor que não precisa...


joão fernado / joão cavalcanti



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 22 de abril de 2017

Alexandre Pires, Pérola Negra



No dia 16 deste mês, o destaque na publicação foi para  Alexandre Pires  interpretando o Samba de
autoria de Martinho da Vila,  "Café com Leite",  em ótimo dueto com o autor num telão ao fundo.
O vídeo, o arranjo e a interpretação de Alexandre, revelaram a nova faceta  do músico e o
seu mais recente trabalho, o DNA Musical,  apresentado ao público em Porto Alegre, a
capital do Estado em que resido, nesta semana. Nesta postagem mais uma vez eu
o trago ao Blog,  agora em um ótimo arranjo e interpretação, para um clássico
antológico de nossa Música:  "Pérola Negra",  composição de Luiz Melodia
cuja letra nos revela os versos de um  rapaz de 22 anos, negro,  lá do
Morro de São Carlos,  no Estácio,  bairro da Zona Norte do Rio de
Janeiro, que na década de 1920 deu à luz o Samba.  O que nós
vamos ouvir? Uma poética crônica sobre o amor, de 1973.

carlos miranda (betomelodia) 




Tente passar pelo que estou passando
Tente apagar este teu novo engano
Tente me amar pois estou de amando
Baby te amo nem sei se te amo

Tente usar a roupa que eu estou usando
Tente esquecer em que ano estamos
Arranje algum sangue escreva num pano
Pérola Negra te amo te amo

Rasgue a camisa enxugue meu pranto
Como prova de amor mostre teu novo canto
Escreva num quadro em palavras gigantes
Pérola Negra te amo te amo

Tente entender tudo mais sobre o sexo
Peça meu livro querendo eu te empresto
Se intere da coisa sem haver engano
Baby te amo nem sei se te amo


luis melodia



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google