google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Roberta Campos, Casinha Branca




Ela já foi apresentada aqui no Blog em abril, em um duo com Nando Reis interpretando a canção de
sua autoria  "De Janeiro A Janeiro".  Influenciada pela Música de Minas Gerais, pelo pop, rock e
folk, Roberta interpreta com delicada e bela voz, canções que encantam plateias com suas
letras que enaltecem o  amor, saudade, felicidade e outros sentimentos  que elevam a
alma.  O vídeo por mim escolhido para ilustrar a publicação, é sobre o clássico de
nossa cultura musical, Casinha Branca, composição da dupla  Joran e Gilson.

carlos miranda (betomelodia) 




Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo à minha frente nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade tanto sonho perecer

Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela para ver o sol nascer

Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizades vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério seu sofrer sua ilusão

Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela para ver o sol nascer


joran / gilson



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 28 de maio de 2017

Henrique Bernardelli e o Academismo

tarantela



Nascido na cidade de Valparaíso, Chile, em 15 de Julho de 1857, naturalizado brasileiro no ano de 1878,
morreu na cidade do Rio de Janeiro em 6 de Abril de 1936. Chegou  com sua família no Brasil, no
início da década de 1860,  que estabeleceu-se no Estado do Rio Grande do Sul. Em 1867,
passa a morar na cidade do Rio de Janeiro, matriculando-se na Academia Imperial
de Belas Artes em 1870, tendo como professores Zeferino da Costa,  Victor

Meirelles  e Agostinho da Mota.  Também foi discípulo de Domenico
Morelli em seu atelier na capital da Itália, Roma, de 1878 até
1886, quando então retorna ao Brasil realizando uma
exposição individual polêmica e interessante.


henrique bernardelli


Foi nessa mostra  que as telas Tarantela, que
abre a postagem,  Maternidade, Messalina, e Modelo
em Repouso,  foram apresentadas ao Brasil.  Já desenhista,
gravador, pintor, torna-se professor ao lecionar na Escola Nacional
de Belas Artes  de 1891 a 1905,  quando então recusa renovar seu contrato
com a Escola, sob a sensata alegação que o ensino precisa ter seus quadros renovados
periodicamente.  Assim, a Rua do Ouvidor, na cidade do  Rio de Janeiro ganhou um atelier, onde
Henrique Bernardelli ministrava aulas de pintura, formando alunos tais como Lucílio de Albuquerque e
Georgina de Albuquerque, Eugênio Latour, Hélios Seelinger  e também  Arthur Timótheo  da Costa.

carlos miranda (betomelodia) 




o pensador
bandeirante



a carta

mulher


maternidade

o tempo

messalina
nu com mulher





estudo para decoração da sala martinelli

bandeirante
os bandeirantes











destaco: natureza morta

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

quinta-feira, 25 de maio de 2017

José Maria de Medeiros, o Academismo Neoclássico em Sua Expressão Romântica

iracema - 1884


" Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel,  que tinha os cabelos mais negros que
a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.  O favo da jati
não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hálito perfumado."

" Inquieta  Iracema  pela ausência do esposo,  sai em busca dele e chega à beira do lago,  já quando as
doces sombras da tarde vestiam os campos. Encontrando ali fincada na areia da praia, a flecha do
guerreiro transpassando um guaiamum, de que pende um ramo de maracujá, enchem-se-lhe
os olhos de lágrimas, interpretando as ordens que aquele símbolo lhe revela: como o
guaiamum  deve ela andar para trás,  e como o  maracujá,  que guarda a flor até
morrer, conservar a lembrança do esposo."


Trechos de Iracema, José de Alencar, 1865


josé maria de medeiros


José Maria de Medeiros

Era uma vez um jovem nascido na  Ilha Faial,  Açores,  em 1849.  Saindo em busca de novas aventuras,
inspirações e sonhares, chegou ao Brasil no ano de 1865. Encantado com o que aqui viu, com a
beleza natural e com os que aqui habitavam, em meados do mesmo ano ingressa no Liceu
de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Três anos depois, vai para a Academia Imperial
de Belas Artes,  tendo como um de seus  professores  "Victor Meirelles",  entre
renomados outros mestres e  como colegas,  "Almeida Júnior",  "Estevão
Silva
",  "Firmino Monteiro" e outros  mais.  Foi um  bom aprendizado.

Em 1871, participando da  Exposição Geral de Belas Artes recebeu
a Medalha de Prata,  e na mostra de 1876, a Grande Medalha de Ouro. No
ano de 1878,  ocupou por concurso o cargo de professor de desenho figurado
na Academia Imperial e quatro anos mais tarde, naturalizando-se brasileiro passou a
catedrático. Dois anos depois, 1884, no certame expõe as telas Morte de Sócrates e a que
rendeu-lhe o título de Oficial da Ordem da Rosa: a sua obra prima, Iracema.  Entre os discípulos
que formou, destaco "Eliseu Visconti", que aqui no Blog em 05/09/2014, teve sua bela obra em destaque.

O amor de José Maria de Medeiros ao Brasil era tão intenso,  que jamais saiu daqui,  abdicando
as tão sonhadas viagens à Europa por todos os Artistas. Em 1891, sai da Academia e passa
a exercer o  magistério no ensino público  de segundo grau e,  seis anos mais tarde
ocupa um cargo no Instituto Profissional João Alfredo. O seu talento, aliado ao
nosso excelente ensino acadêmico,  é o motivo de o  neoclassicismo nas
Artes Brasileiras,  ter adquirido contornos voltados ao romantismo.
Veio a falecer na cidade do  Rio de Janeiro,  no ano de 1925. 

carlos miranda (betomelodia) 




colonia de pescadores

sem título disponível

sem título disponível

sem título disponível

sem título disponível

sem título disponível

sem título disponível

destaco: a morte de sócrates -1878

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Rubel e Nina Oliveira: Quando Vier a Primavera

nina oliveira e rubel


Trago na publicação de hoje, o encontro musical entre uma paulista e um carioca, em uma composição
que nos leva em um passeio pela imorredoura Bossa Nova. E um encontro que muito me orgulha.
Nina Oliveira, paulista; compositora, cantora e violonista,  Nina e suas interpretações revela
em sua Música que não são apenas boas mas,  com letras de posicionamento político e
social relevantes, que nos levam à profundas reflexões quanto aos temas raciais e
existenciais.  A crítica cita que seu instrumento mais potente, é o seu coração.
Rubel Brisolla, carioca; estudante de cinema, violonista desde os 8 anos,
aos 15 anos fundou uma banda de rock com amigos, "Os Corleones",
que durou pouco, pois Rubel foi para a PUC do Rio de Janeiro,
de onde partiu em um intercâmbio para a cidade de Austin,
Estados Unidos.  Hoje dedica-se a um  trabalho  mais
autoral em suas composições influenciadas por
estilos vários, tais como o  "Folk"  e a MPB.

O vídeo, por mim selecionado para ilustrar
a postagem,  com a dupla interpretando em duo
a composição "Quando Vier a Primavera",  autoria de
Nina Oliveira, contendo a inserção de trechos de "Samba
da Benção",  um clássico composto por Vinícius de Moraes em
parceria com Baden Powell.  Tenho certeza que apreciarão o vídeo.

carlos miranda (betomelodia) 




Se eu soubesse que amanhã morria e a primavera é depois de amanhã
Se eu soubesse que amanhã morria e a primavera é depois de amanhã
Morreria contente porque ela era depois de amanhã
Se esse é seu tempo quando havia ela de vir senão no seu tempo
Se esse é seu tempo quando havia ela de vir senão no seu tempo
Se esse é seu tempo quando havia ela de vir senão no seu tempo

A realidade não precisa de mim a realidade não precisa de mim
A realidade não precisa de mim a realidade não precisa de mim



" É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração

Põe um pouco de amor numa cadência e vai ver que ninguém no mundo vence
O poder que tem um "sambar" não porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança a tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser tão triste não tão triste não

Fazer samba não é contar piada e quem faz samba sim não é de nada
Um bom samba é uma forma de oração porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia se hoje ele é branco na poesia
Ele é preto demais no coração no coração no coração no coração "


trechos de 'samba da benção' - vinicius de moraes / baden powell



Se eu soubesse que amanhã morria e a primavera é depois de amanhã
Se eu soubesse que amanhã morria e a primavera é depois de amanhã
Se eu soubesse que amanhã morria e a primavera é depois de amanhã
Morreria contente porque ela era depois de amanhã
Se esse é seu tempo quando havia ela de vir senão no seu tempo
Se esse é seu tempo quando havia ela de vir senão no seu tempo

A realidade não precisa de mim a realidade não precisa de mim
A realidade não precisa de mim a realidade não precisa de mim


nina oliveira



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Quarteto do Rio e João Bosco: Linha de Passe



A publicação de hoje traz um rol de grandes nomes da Música Brasileira, que dispensam apresentações,
pois já aqui no Blog foram destaques.  A composição,  "Linha de Passe",  interpretada por seu autor,
João Bosco,  com a participação de Hamilton de Holanda e Ney Conceição, por mim publicada
em 10/03/2010, revelou um belo duelo entre banjo, guitarra e um contrabaixo. Agora trago
"Linha de Passe" na execução do Quarteto do Rio, com participação de João Bosco.
O quarteto que esteve aqui no Blog em 12/10/2016, com a composição de Chico
Buarque,   "Homenagem ao Malandro",   foi o escolhido  para ilustrar  essa
mesma composição, "Linha de Passe", com participação especial de
um de seus autores, João Bosco. Um show, o mais puro Samba
e suas muitas cadências, um Patrimônio Cultural do Brasil.

carlos miranda (betomelodia) 




Toca de tatu linguiça e paio e boi zebu rabada com angu rabo de saia
Naco de peru lombo de porco com tutu e bolo de fubá barriga d'água
Há um diz que tem e no balaio tem também um som bordão bordando o som dedão violação
Diz um diz que viu e no balaio viu também um pega lá no toma lá dá cá do samba
Caldo de feijão um vatapá e coração boca de siri um namorado e um mexilhão
Água de benzê linha de passe chimarrão babaluaê rabo de arraia e confusão

Cana cafuné fandango cassulê sereno e pé no chão
Bala candomblé e meu café cadê não tem vai pão com pão

Já era a Tirolesa o Garrincha a Galeria a Mayrink Veiga o Vai-da-Valsa e hoje em dia
Rola a bola é sola esfola cola é pau a pau e lá vem Portellas que nem Marquês de Pombal
Mas isso aqui vai mal mas viva o carnaval lights e sarongs bondes louras king-kongs
Meu pirão primeiro é muita marmelada puxa-saco cata-resto pato jogo-de-cabresto
E a pedalada quebra outro nariz na cara do juiz aí há quem faça uma cachorrada
E fique na banheira ou jogue pra torcida feliz da vida


joão bosco / paulo emílio / aldir blanc



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google