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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Leandro Joaquim, Suas Telas Elípticas

vista da igreja e praia da glória, 1790


O destaque de hoje sobra as Artes Plásticas Brasileiras, revela muito pouco sobre um pintor que nos
legou uma interessante obra. Mulato, provavelmente nascido na cidade do Rio de Janeiro na
época capital do Brasil Colônia, por volta de 1738, cidade na qual viveu por toda sua
vida, lá tendo morrido aparentemente no ano de 1798. Segundo registros ele
foi um discípulo de  João de Souza,  e também de  Mestre Valentim.

Autor de muitas telas com  temas religiosos para igrejas e retratos,
criou  cenários  para uma das primeiras  casas de espetáculos  na capital da
Colônia no ano de 1769. Tido por Mário de Andrade como o mais destacado pintor da
segunda metade dezoito. Teixeira Leite o considerou um dos melhores da Escola Fluminense,
tanto na técnica quanto no estilo,  sobressaindo-se  pelo desenho fluente e pelo colorido harmonioso.


revista militar no largo do paço, s.d.


Leandro nos legou oito telas em formato elíptico, seus mais famosos trabalhos que foram criados para
a decoração de um dos pavilhões do Passeio Público,  um parque criado por Mestre Valentim,
das quais  seis foram remidas,  e são parte do  acervo do  Museu  Histórico Nacional.
Nelas, paisagens do Rio de Janeiro e da Baía da Guanabara são reveladas,
estando entre as primeiras pinturas paisagísticas feitas no Brasil,
e são de grande interesse artístico, histórico e cultural.

carlos miranda (betomelodia) 




pesca da baleia na baía da guanabara, s.d.

dom luis de vasconcelos e souza, 1790

vista da lagoa do boqueirão e do aqueduto de santa teresa, 1790

procissão marítima, s.d.

visita de esquadra inglesa na baía de guanabara, s.d.

imaculada conceição. s.d.

destaco: incêndio no mosteiro de nossa senhora do parto

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

João Bosco e Chico Buarque: Sinhá

joão bosco e chico buarque


Pela primeira vez em meu Blog, o Músico em destaque é Chico Buarque, interpretando sua composição
com a parceria de João Bosco, "Sinhá". Considerado um dos maiores nomes da Música Brasileira,
sua voz bem conhecida nos revela em grande parte da letra, a narrativa de um escravo que
em suas palavras tenta livrar-se do "tronco", acusado pelo feitor de ter visto a "sinhá"
despida  banhar-se no açude. As palavras do escravo, tentativa de convencer
seu algoz que a acusação é inverídica, não merecendo o castigo de ter o
corpo açoitado e seus olhos furados, em sua letra resume o tema
que em minha opinião denigre irrefutavelmente, a História
do Brasil: a escravidão. Em um interessante ritmo, o
Afro-Samba-Milonga, foi lançada no ano 2011.

Para ilustrar a publicação,  escolhi um vídeo
de um dos meus arquivos, gravado em estúdio com
a dupla interpretando essa comovente descrição histórica,
no qual o  violão de João mais seu mágico toque, são destaques.

carlos miranda (betomelodia) 




Se a dona se banhou eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor eu não olhei Sinhá
Estava lá na roça sou de olhar ninguém
Não tenho mais cobiça nem enxergo bem
Para quê me pôr no tronco para quê me aleijar
Eu juro a vosmecê que nunca vi Sinhá
Por que me faz tão mal com olhos tão azuis
Me benzo com o sinal da santa cruz

Eu só cheguei no açude atrás da sabiá
Olhava o arvoredo eu não olhei Sinhá
Se a dona se despiu eu já andava além
Estava na moenda estava pra Xerém
Por que talhar meu corpo eu não olhei Sinhá
Para que que vosmincê meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá mas oro por Jesus
Para que que vassuncê me tira a luz

E assim vai se encerrar o conto de um cantor
Com voz do pelourinho e ares de senhor
Cantor atormentado herdeiro sarará
Do nome e do renome
De um feroz senhor de engenho
E das mandingas de um escravo
Que no engenho enfeitiçou Sinhá

chico buarque / joão bosco



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 5 de agosto de 2017

Václav Brožík - A Arte no Mundo - República Tcheca

kleopatra - 1877


václav brožík, 1851 / 1901
oil on canvas - 66 x 127 cm - national gallery
prague, czech republic

fonte
imagem e dados técnicos: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Facchinetti, a Grandeza de suas Paisagens

praia de copacabana, vista do forte do leme - 1872


Nicolao Antonio Facchinetti, cenógrafo, desenhista, pintor paisagista e professor, embora nascido em
Treviso, província italiana da região de Vêneto,  Itália, tem seu nome inscrito no rol dos pintores
ítalos-brasileiros por seu legado às Artes Plásticas Brasileiras  de seus históricos registros
de belas paisagens brasileiras. Nascido em 1824, faleceu na cidade do  Rio de Janeiro
no ano de 1900. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos 25 anos, 1849, até sua morte.


facchinetti


Segundo consta, estudou desenho na cidade de Bussaro, tendo cursado pintura
na Academia de Veneza,   onde provavelmente foi influenciado pelas obras de Ippolito
Caffi e  Luigi Querena, famosos paisagistas.  Aproximadamente no ano de 1865,  pinta belas
paisagens das regiões serranas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, não sem antes ir
em  viagens de estudos  sobre as características das paisagens  a serem transpostas para suas telas.

carlos miranda (betomelodia) 




praia de botafogo

padaria francesa - petrópolis

casa da quarentena - praia grande

fazenda em teresópolis

residência da baronesa de são joaquim - teresópolis


fazenda flores do paraiso

cascata no parque lemgruber - tijuca

fazenda montalto

ilha de paquetá - baía do rio de janeiro

praia de icaraí - niterói

fazenda veneza





enseada do botafogo

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Caetano Veloso, Caminhos Cruzados



A publicação deste primeiro dia de Agosto, é um "repeteco", Caminhos Cruzados, que foi destaque aqui
no blog em 2007, interpretada por   João Bosco.   Em meus arquivos encontrei uma deliciosa e muito
interessante, inovador e talvez ousado arranjo, que mais uma vez nos traz o imenso talento de
seu intérprete, Caetano Veloso, muitas vezes com merecidos destaques aqui em meu blog. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )



Quando um coração que está cansado de sofrer
Encontra um coração também cansado de sofrer
É tempo de se pensar
Que o amor pode de repente chegar

Quando existe alguém que tem saudade de alguém
E esse outro alguém não entender
Deixe esse novo amor chegar
Mesmo que depois seja imprescindível chorar

Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar
Nas coisas do amor que ninguém sabe explicar
Vem nós dois vamos tentar
Só um novo amor pode a saudade apagar


tom jobim / newton mendonça



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google