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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Rudy Kestering e Endrigo Gonçalves: Grito de Livres

rudy kestering e endrigo gonçalves


Esta publicação abre espaço para divulgação da Música Nativista do Estado
brasileiro que gentilmente acolhe este "carioca da gema", betomelodia.
Tive o prazer de conhecer pessoalmente o  Rudy  em Palmares do Sul,
na procura de um TI em hardware e software, pois o notebook que
era meu instrumento de trabalho, deu sinais de cansaço.  Ele
além do  trabalho que executa em  computadores,  é Músico.

Violonista, compositor nativista e cantor,  nascido lá na
cidade litorânea de  Torres, Estado do Rio Grande do Sul que
faz divisa com a cidade de Passo de Torres,  no Estado de Santa
Catarina,   para sorte dos necessitados  de um bom "doutor" para os
nossos equipamentos atualmente por aqui veio morar. Profissional ético,
competente,   nesta  publicação  vai nos revelar  o seu  lado artístico
interpretando sua composição em parceria com  Aipim, intitulada
" Grito de Livres ". Tenho certeza que irão apreciar o vídeo.


carlos miranda (betomelodia) 





No verde arvoredo arco-íris de plumas
Que nenhum artista consegue pintar
Na calma da tarde trinados e cantos
Que nem uma orquestra consegue imitar

São estas aves que livres revoam
Entoam seus cantos por tardes e auroras
Existem estes homens despidos de alma
Que param seus voos em frias gaiolas

Que um grito ecoe por várzeas e campos
Cruzando aramados invada cidades
Gritos de livres igual a dos pássaros
Que vivem a cantar clamar liberdade


 josé claudio camargo (aipim) / rudy kestering 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Oswaldo Montenegro, Se Puder Sem Medo



Vamos lá. Imagine tu entrando em um apartamento e atônito, te sentes como estar
dentro de uma  pintura abstrata, expressionista.  Cores e formas diversas
estão presentes em tudo que vês:  teto, paredes, chão, móveis, até nos
eletrodomésticos. O apartamento tem como proprietário o autor das
mais belas páginas da  Música Brasileira,  Oswaldo Montenegro.
Foram quase  seis anos de trabalho e querem saber porque?

“ Porque gosto do caos.  Porque isso significa o desquite da realidade, da qual
tenho pânico.  Porque a  vida fora da arte  fica insuportável.  E é minha única
chance de não ir para o hospício. ” (sic)


Foi degustando uma taça de vinho e fumando uma cigarrilha que ele mostrou o seu
curioso  apartamento  à uma  *revista semanal,  com cadeiras, mesa, violão,
cortinas, relógios, espelhos, tudo enfim,  banhados por tinta acrílica,
e com  naturalidade  falou " que não bate bem da cabeça ".

“ Na verdade, eu sou retardado mental. Esse veredicto foi dado por uma junta de
oito psicólogos. Sou considerado incapaz para algumas coisas e superdotado para
outras, mas não tenho a camada intermediária. Não conheço o aprendizado. Eu não
tenho vaidade por ser superdotado e nem complexo por ser retardado. ” (sic)


Como acima mencionei, uma dádiva,  pois graças a 'loucura' deste incrível homem,
o Universo Cultural Brasileiro agigantou-se na Música. Quando a entrevista
foi publicada em 23 de Dezembro de 2009,  Oswaldo Montenegro  já havia
gravado 38 CDs,  produzido 15 peças musicais e mais de 40 trilhas
sonoras para TV,  balé e como diretor e roteirista de cinema.
A composição escolhida para  ilustrar esta postagem tem
por título "Se Puder Sem Medo". Sei que apreciarão.


carlos miranda (betomelodia) 





Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim o meu verdadeiro abrigo

Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio

Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder sem medo

Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás a porta

Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa

Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande

Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência

Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila

Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha

Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava


oswaldo montenegro



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Portinari, de Brodowski Para o Mundo

a última ceia, 1950


Filho dos   imigrantes  italianos   Giovan  Battista  Portinari  e  Domenica  Torquato,
originários de Chiampo (Vêneto), Candido Portinari nascido em 30 de dezembro
de 1903, numa fazenda de café nas proximidades de  Brodowski, interior de
São Paulo.  Aos 14 anos de idade,  uma trupe de  pintores  e escultores
italianos que atuavam na restauração de igrejas passa pela região de
de Brodowski, e recruta Portinari como ajudante.  Seria o primeiro
de vários  grandes indícios sobre o talento do pintor  brasileiro.

( para ver a publicação original, clique aqui )

carlos miranda (betomelodia) 


candido portinari, 1903 / 1962
oil on canvas - 96 X 130 cm - art museum of sao paulo
são paulo - brazil

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto carlos miranda (betomelosdia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Roberta Sá, Samba de Um Minuto



O primeiro contato que tive sobre a obra de Roberta Sá foi em 2005. Um frequentador de uma casa
noturna onde eu atuava no palco, me presenteou com a cópia de um CD Demo lançado em
2004 por uma nova cantora.  Naquela madrugada fui para meu estúdio e ouvi o CD.
Não errei em minha primeira impressão:  nascia uma Sambista na MPB.

Ela, já foi destaque em várias páginas do Blog,  o que podem conferir ao
clicar em seu nome  ao final da publicação de hoje,  que nos traz a  composição de
Rodrigo Maranhão  "Samba de Um Minuto", vídeo que faz parte do show Delírio no Circo, o
segundo álbum ao vivo da Artista que foi gravado no  "Circo Voador"  em maio de 2016, lançado em
novembro do mesmo ano, com  participações  da dupla  Martinho da Vila e Moreno Veloso.
Sempre que escrevo ou comento "Circo Voador", noto que muitos o desconhecem.

Então vamos lá. O Circo Voador teve seu primeiro endereço na praia do  Arpoador, Ipanema, onde a
sua lona azul e branca  foi levantada pela primeira vez.  Um tradicional  espaço cultural  da cidade do
Rio de Janeiro, localizado no bairro da Lapa, inaugurado em Outubro de 1982. Mas (e como sempre
neste nosso amado Brasil sempre há um "mas"), a notória política brasileira  que  avessa à Cultura e
Educação,  sob ordens do então Prefeito   César Maia, revogou o alvará de funcionamento em 1996,
o que foi  mantido por seu sucessor até o ano de 2002. Foi o ano em que "Maria Juçá" resolveu agir.

Por meio de uma ação popular o Circo Voador teve seus direitos reconquistados judicialmente após
seis anos.  O espaço que havia sido demolido pela Prefeitura do Rio de Janeiro,  por determinação
judicial foi reconstruído por ela e devolvido em 2004  aos produtores e funcionários que lá estavam no
ano de 1996. Hoje administrada pela  "Associação Circo Voador" (organização não governamental),
com recursos próprios de forma independente. Quando há união,  objetivos sempre são alcançados.
Agora, assistam ao vídeo, tá?

carlos miranda (betomelodia) 




  
Devagar esquece o tempo lá de fora
Devagar esqueça a rima que for cara.

Escute o que vou lhe dizer um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca já disse que não
Com minha dor não se brinca já disse que não devagar

Devagar com o andor teu santo e a fonte secou
Já não tens tantas verdades pra dizer nem tampouco mais maldades pra fazer
E se a dor é de saudade  e a saudade é de matar
Em meu peito a novidade vai enfim me libertar

rodrigo maranhão



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Roberto Magalhães e Suas Obras

animal, 1982


" As máscaras rituais, as figuras totêmicas das tribos primitivas são expressões da insegurança
 do homem em face de um universo que ele não domina. A insegurança é de cada um mas,
assimilada à  mitologia  e às práticas mágicas da comunidade, ela se objetiva, como a
expressão cultural que não leva ninguém ao hospício, instituição, aliás, inexistente,
 por desnecessária, em tal tipo de comunidade. "
ferreira gullar

( para ver a publicação original, clique aqui )

carlos miranda (betomelodia) 


roberto magalhães, 1940 / active
oil on canvas - dimensions: 41cm X 33cm - private collection
governor island - rio de janeiro state - brazil

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google