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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Lysia Condé, Corta-Jaca



Lysia Condé

A intérprete desta publicação nasceu no Estado de Minas Gerais, localizada na Zona da Mata Mineira,
Rio Pomba. Desde sua infância sentia-se atraída pela Música, graças ao convívio familiar com seus
pais que lhe propocionaram imenso repertório musical em saraus promovidos em sua casa. E foi
naquele ambiente musical que Lysia cresceu, apreciando a poesia e sonoridade cantada pelos
Artistas, lançando a Música mineira ao mundo.  Tem uma voz doce, suave e afinada, aliada a
um ouvido apurado, características  que a tornam elogiada e amada por seus admiradores.

Ainda em sua juventude num grupo de teatro local expressava as duas dimensões de sua
Arte, o cantar e a interpretação. Mas apesar de seu envolvimento no universo artístico, sua
alternativa profissional foi então formar-se em Ciência Sociais,  na cidade de Juiz de Fora, e o
seu mestrado em Antropologia ela terminou em Niterói, Estado do Rio de Janeiro.  A sua vontade
do sonho até então não realizado, de cantar, finalmente tornou-se realidade em  2007, ao mudar-se
para a capital do Rio Grande do Norte, linda Natal, a todos encantando com seu excelente repertório.





Chiquinha Gonzaga

Francisca Edwiges Neves Gonzaga e como ficou conhecida,  Chiquinha Gonzaga,  veio ao mundo na
cidade do Rio de Janeiro em Outubro de 1847 onde veio a falecer em Fevereiro de 1935, deixando
indelével marca na  sociedade aristocrática  da época. Compositora, Pianista e também Regente,
e como relevância, a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.  Além disso, foi também
a primeira pianista chorona, ou seja, uma musicista do estilo choro que compôs a primeira e
única marcha  carnavalesca com letra,  "Ô Abre Alas"  em 1899. Bem, esses e outros fatos
inéditos em se tratando de mulher, inspiraram o escultor Honório Peçanha a produzir o
busto em sua homenagem, que se encontra no Passeio Público da cidade.  E na data
de seu aniversário, 17 de Outubro,  foi sancionada em Maio de 2012 a Lei 12.624, a
qual marcava esta data como o Dia da  Música Popular Brasileira.  Ela não parou
com suas luta pelos direitos da mulher e envolveu-se com a política apoiando
a abolição da escravatura e também pelo fim da monarquia. Por seus ideais
de independência feminina frequentava as rodas boêmias da cidade e ao
fumar em público, despertava muito a atenção de todos. Que mulher !!!

Filha de um Marechal de Campo do  Exército Colonial Brasileiro, tendo
como mãe uma escrava alforriada  cresceu em uma família de pretensões
aristocráticas rígidas,  tendo como padrinho um histórico personagem, Luís
Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Mas, o Amor à Liberdade e as Artes
sempre despertou sua atenção e assim,  contrariando  os ideais dos pais, rodas
de lundu, umbigada e outros ritmos africanos eram por ela frequentadas. Aos onze
anos  sua primeira composição  foi a canção natalina  intitulada Canção dos Pastores.
Além de todos os fatos acima descritos, um causou comoção na Corte Imperial narrado
na abertura do vídeo escolhido para ilustrar a postagem cujo título original era Gaúcho e
que ficou conhecida popularmente como "Corta-Jaca", um maxixe da opereta Zizinha Maxixe.

carlos miranda (betomelodia) 




Neste mundo de misérias quem impera é quem é mais folgazão
É quem sabe cortar-jaca nos requebros de suprema perfeição perfeição

Ai ai como é bom dançar ai corta-jaca assim assim assim mexe com o pé
Ai ai tem feitiço tem ai corta meu benzinho assim assim

Esta dança é buliçosa tão dengosa que todos querem dançar
Não há ricas baronesas nem marquesas que não saibam requebrar requebrar

Ai ai como é bom dançar ai corta-jaca assim assim assim mexe com o pé
Ai ai tem feitiço tem ai corta meu benzinho assim assim

Este passo tem feitiço tal ouriço faz qualquer homem coió
Não há velho carrancudo nem sisudo que não caia em trololó trololó

Ai ai como é bom dançar ai corta-jaca assim assim assim mexe com o pé
Ai ai tem feitiço tem ai corta meu benzinho assim assim

Quem me vir assim alegre no flamengo por certo se há de render
Não resiste com certeza com certeza este jeito de mexer de mexer

Um flamengo tão gostoso tão ruidoso vale bem meia-pataca
Dizem todos que na ponta está na ponta nossa dança corta-jaca, corta-jaca


 chiquinha gonzaga e machado careca



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal e google

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Virgílio Dias, Um Apaixonado Pelo Rio de Janeiro

praia do pontal, 2012


" Considerado pela crítica como um dos mais importantes e talentosos pintores impressionistas
da atualidade na América Latina,  Virgílio Dias  partiu para o mundo pintando o seu caminhar,
trilhado com enorme talento e maestria, sempre com seu grande ateliê, a rua, os lugares
onde no momento  de suas criações,  ele e sua inspiração  sempre estão."  Apreciem.

( para ver a publicação original, clique aqui )

carlos miranda (betomelodia) 


virgilio dias, 1973 / in activity
pontal beach - oil on canvas - 100 x 70 cm - private collection
rio de janeiro city, rio de janeiro state - brazil

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Raça Negra, Dono do Seu Beijo



Escrever sobre o destaque de hoje é desnecessário, pois são quase quarenta anos que o grupo vem
atuando. Formado em um bairro da Zona Leste na cidade de São Paulo, a Vila Nhocuné em 1983, é
um dos pioneiros no  Samba e Pagode  romântico do gênero, com certa influência do Reggae.
Escolhi um dos muitos vídeos do meu arquivo pessoal para ilustrar a postagem, que tem
como  título  "O Dono do Seu Beijo",  que conta  com a  participação  de  Xand Avião.


carlos miranda (betomelodia) 




No começo era paixão o que a gente fez
Mais o brilho desse olhar me prendeu de vez
No começo a emoção foi só por prazer
Mais depois meu coração não soube te esquecer

O amor chega entra e faz morada revolução por dentro é o Sol na madrugada
Sentimento que me aquece e acalma o coração e a alma

E perto de você eu esqueço de tudo
Só pra te amar
Dono do seu beijo sou dono do mundo
Sem você não dá


antonio luiz \ nil bernardes \ cecilio nena 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Marcelo Jeneci, Aí Sim



O destaque desta publicação, já marcou presença por aqui em Novembro de 2018 com a Música que
tem como autores Marcelo Jeneci e Chico César. Para conhecer um pouco sobre Marcelo, basta
clicar no título da mesma, 'Felicidade', que para ela serão conduzidos. Escolhido para ilustrar
esta postagem é um vídeo produzido em um dos sertões deste mundão de Deus, em Palm
Springs, próximo a Los Angeles, 'Aí Sim', e que tenho certeza que irão apreciar o tema.


carlos miranda (betomelodia) 




Talvez eu consiga superar
O temor da transformação
Talvez também eu decida
Mesmo só voltar pra minha prisão

Sigo assim
Escolhendo o que é melhor pra mim
Pode ser que eu me arrebente mas
Levo a minha vida em frente
Eu já sei sou livre pra me prender
E aprender a ter alegria

Aí sim
Vou aproveitar o arroz com feijão
Sem indecisão aí enfim
Vou saber qual é a direção do meu coração


marcelo jeneci / arnaldo antunes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 5 de outubro de 2019

Mauro Moraes, Com Cisco nos Olhos



" Venho de uma época em que a gente subia no palco para concorrer com Apparício Silva Rillo, Luiz
Coronel, Mário Barbará.  Era outro nível.  Hoje, se tu ganhas, tu és prevalecido; se tu perdes,  eles
dizem “pô, ganhei do Mauro Moraes!”.  Já passamos dessa fase de competições. A picada a gente
abriu,  agora a gurizada  pode cuidar da plantação ou,  continuar estragando." 

mauro moraes


Ele nasceu em  Uruguaiana,  cidade natal de minha avó materna que carinhosamente eu chamava de
"Mãe Velha", pois ela e meu avô, General João Batista de Miranda, foram os educadores da minha
infância que ensinaram-me o significado das palavras  respeito, ética  e incentivaram-me a ler.
Mas voltemos ao destaque de hoje, Mauro Moraes,  que lá também veio ao mundo mas foi
em Porto Alegre que começou sua carreira no ano de 1979, ao participar da "Vindima da
Canção Popular", em Flores da Cunha,  ficando com o quinto lugar e escolhido como
compositor revelação com sua composição  Vaqueano, parceria com Dado Jaeger.

Ganhador de dois discos de ouro e de seis troféus Açorianos, incluindo quatro de
Melhor Compositor de Música Regional,  é um dos grandes vencedores de festivais
no Estado,  contabilizando  entre os prêmios a cobiçada "Calhandra de Ouro", recebida
com a música "Feito o Carreto" na 31ª Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana em 2002.
Mauro Moraes  em suas composições,  evoca cenas campeiras com poesia, realismo e lirismo.

carlos miranda (betomelodia) 




Meu radinho de pilha toca de tudo
Tudo que eu acho bom
A lembrança de amigos nos discos o pago enfim
Tudo o que me faz feliz

Ele é o culpado de todo esse amor
Ele é o silêncio meu convidado
É o estado de todas as coisas
Que a alma aquece guardado

Não sei como um coração pleno em felicidade
Possa ás vezes tornar-se um poço de tristeza
Quando escuto as notícias da minha saudade
E o violão desafina a corda arrebenta

Apesar dos pesares o que mais me machuca
É a distância de dentro que a gente retruca
É o pecado de haver endurecido o carinho
Milongueando sozinho com o mate lavado

É ficar em si mesmo proseando à toa
Com a manada nos olhos da sua pessoa
É não ter vergonha de chorar quando se está feliz
Com a alegria dos outros voltando pra si


mauro moraes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google