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domingo, 7 de dezembro de 2014

Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto: Cavalo de Pau

betomelodia.blogspot.com


A postagem de hoje conta a realização do sonho de um Maestro da cidade de Ouro Preto,
interior de Minas Gerais, com um sanfoneiro de Garanhuns, no agreste pernambucano e de
uma lenda viva que veio ao mundo lá em São Bento do Uno, cidade que fica nos limites do
sertão com o agreste pernambucano. Então, uma orquestra camerística, um sanfoneiro
consagrado e um compositor com obra tipicamente nordestina. Encontro inusitado.

Vamos escrever um pouco sobre a orquestra. Dois grupos de Músicos instrumentistas: o
Trilos e o Quarteto Ouro Preto, resolveram unir-se e formar a Orquestra Experimental da
Universidade Federal de Ouro Preto no ano de 2000, tendo como meta o resgate da história
musical da cidade de Ouro Preto, do Estado de Minas Gerais e do Brasil. 



alceu valença e orquestra ouro preto

No conjunto então formado estava Rodrigo Toffolo, um ouropretano Mestre em Musicologia
e regente, que ao longo de mais de uma década de trabalho com a orquestra, destacou
como tema principal a cidade de Ouro Preto. A orquestra hoje conhecida no Brasil e
no Exterior por seus projetos culturais relevantes para a história da Música Brasileira,
tendo como diretor artístico e regente titular, o Maestro Rodrigo Toffolo.

Valencianas. Parece o título de uma apresentação camerística. Mas não é. Em verdade
é um sensacional registro da obra de um Valença, o pernambucano Alceu. O acervo
cultural de uma lenda viva com seus típicos instrumentos aliados ao som da Orquestra,
é um sucesso de crítica e público, com que Alceu Valença nos brinda e também uma
homenagem aos 40 anos de carreira. Um evento que resgata a memória
da Música Popular Brasileira, por muitos esquecida.



alceu valença

Escolhi a composição do Alceu em parceria com Dominguinhos, Cavalo de Pau, uma
de minhas preferidas pelo sentimento expresso em sua letra.

carlos miranda (betomelodia) 




De puro éter assoprava o vento
Formando ondas pelo milharal
Teu pelo claro boneca dourada
Meu pelo escuro cavalo-de-pau

Cavalo doido por onde trafegas
Depois que eu vim parar na capital
Me derrubaste como quem me nega
Cavalo doido cavalo de pau

Cavalo doido em sonho me levas
Teu nome é tempo vento vendaval
Me derrubaste como quem me nega
Cavalo doido cavalo de pau

alceu valença / dominguinhos


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Marisa Monte, Ainda Bem

betomelodia.blogspot.com


Foi na cidade de São Paulo, capital do Estado de mesmo nome, que no ano de 1960, nasceu
o poeta, compositor, cantor, performer e artista visual, Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho,
conhecido por Arnaldo Antunes.

Começa a escrever poesias e compor aos quinze anos e em 1982, cria a banda "Titãs do Iê Iê",
participando como compositor e vocalista. Em 1984, rebatizada a banda como Titãs", lançam seu
primeiro álbum, um grande sucesso que revelou Arnaldo à nível nacional. Muitas de suas
canções foram e continuam sendo gravadas por grandes artistas, compositores e cantores.
Foram dez anos de permanência na banda.


arnaldo antunes


Após deixar Titãs em 1992, inicia sua carreira solo mas continuou a compor com o grupo,
embora afastado da mídia. Depois do lançamento de cinco álbuns solo, Arnaldo, Carlinhos Brown
e Marisa Monte, formaram o trio Tibalistas, que alcançou grande sucesso de 2002 à 2009 no
Brasil e Europa, com mais de dois milhões de cópias e tendo como carro chefe a Música
"Já Sei Namorar", autoria do trio.

Ilustrando esta postagem, escolhi a composição de Arnaldo em parceria com Marisa Monte,
intitulada Ainda Bem, onde o talento da dupla de compositores é muito bem representado
na bela voz e pelo imenso talento de Marisa Monte.

carlos miranda (betomelodia) 




Ainda bem que agora encontrei você
Eu realmente não sei o que eu fiz pra merecer você
Porque ninguém dava nada por mim
Quem dava eu não tava a fim até desacreditei de mim

O meu coração já estava acostumado
Com a solidão quem diria que a meu lado você iria ficar
Você veio pra ficar você que me faz feliz
Você que me faz cantar assim

O meu coração já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão tinha sido maltratado
Tudo se transformou agora você chegou
Você que me faz feliz você que me faz cantar assim

Ainda bem...

arnaldo antunes / marisa monte



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Joyce Cândido e Carlinhos de Jesus: Cê Pó Pará

carlos miranda (betomelodia), betomelodia.blogspot.com
tela: série mulatas - autor: alexander pacheco - rio de janeiro, brasil

Uma presença de palco primorosa, voz aprazível ao interpretar clássicos do Samba, com
delicadeza e afinadíssima, não deixa sua técnica encobrir a emoção ao cantar.
Compositora e instrumentista, sempre à vontade nos palcos, resgata grandes e
clássicos sucessos de nossa Música. Seu nome? Joyce Cândido.

Nasceu no interior do Estado de São Paulo, cursou Música em Londrina, Marília e
New York, clássico e postura em palco na Broadway realçando ainda mais sua
espontaneidade, ótimas credenciais para o sucesso no mundo do Samba.


carlinhos de jesus e joyce cândido

Na postagem de hoje, trago Joyce em uma irreverente e irresistível apresentação
do Samba de Gafieira, "Cê Pó Pará", composição de Ana Costa, Fred Camacho
e Alceu Maia. Ah, e com um convidado muito especial: o Mestre na dança de
salão Carlinhos de Jesus, uma ótima parceria entre Arte e Música em um
dueto muito interessante, contagiante.


carlos miranda (betomelodia) 




Eu já falei cê pó pará cê pó pará de me iludir de me dizer que não quer
Eu já falei vou repetir pra seu governo eu sou mulher 
Me dê motivo eu viro a mesa com toda certeza boto pra quebrar 
Se liga aí que o mesmo vento que venta pra cá também venta pra lá 

Pode parar de brincadeira ficar de zoeira 
Depois dar no pé  eu já falei cê pó pará 
Cê pó pará de me iludir de me dizer que não quer 

Você com sua vaidade seu ar de covarde só quer se dar bem
Eu só lamento não entendo como o sentimento pode se quebrar
O que era pra ser o mais lindo romance virou outro lance um caso vulgar
Pode guardar sua esperança eu não sou mais criança pra te aturar 

Cê pó pará demorou já é dá linha nessa pipa mané
Cê pó pará demorou já é dá linha nessa pipa mané

Eu já falei cê pó pará cê pó pará de me iludir de me dizer que não quer 
Já falei vou repetir pra seu governo eu sou mulher 
Me dê motivo eu viro a mesa e com toda certeza boto pra quebrar 
Se liga aí que o mesmo vento que venta pra cá também venta pra lá 

Pode parar de brincadeira ficar de zoeira depois dar no pé 
Eu já falei cê pó pará cê pó pará de me iludir de me dizer que não quer 
Já deletei tanta bobagem meias verdades eu vou mais além
Se é pra ir já vai bem tarde só deixe a chave pra outro querer 
Meu coração tem a certeza que um grande amor vai me acontecer 
Mas toma cuidado o que é teu ta guardado vai chegar a hora de se arrepender 

Cê pó pará demorou já é dá linha nessa pipa mané
Cê pó pará demorou já é dá linha nessa pipa mané

Dá linha nessa pipa mané

alceu maia / ana costa / fred camacho



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Álvaro Lima, a Personalização no Impressionismo

betomelodia.blogspot.com


E foi lá no Nordeste Brasileiro que ele nasceu, na cidade de Luzilândia, no norte piauiense e
o ano foi 1963. Em minha pesquisa deduzi que desde cedo interessou-se pela pintura mas
foi aos dezessete anos ao mudar-se para Santo André, grande São Paulo, que iniciou a
sua produção. Ah, seu nome: Álvaro dos Santos Lima Filho.



betomelodia.blogspot.com
álvaro lima

Álvaro Lima é a assinatura que utiliza em suas criações, onde a sinergia no jogo de luz e
sombra, cores e tom lírico com que impregna sua obra, impressionam por sua criativa
espontaneidade que permeando entre expressionismo e impressionismo, entre técnicas
várias e perfeito uso da espátula, resultam em um excelente trabalho reunindo muita
sensibilidade e autenticidade em suas telas sobre as típicas paisagens brasileiras.

carlos miranda (betomelodia) 

















destaco: sem título disponivel

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

( telas sem títulos disponíveis )

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Tribo de Jah, Não Basta Ser Rasta

carlos miranda (betomelodia) - betomelodia.blogspot.com

Era uma vez...

Foi aqui em um lugar no Brasil, sob o mesmo teto que os abrigava e acolhia que quatro
homens privados pela vida de verem as maravilhas do mundo em que viviam, descobriram
que havia uma maneira de reverter esta limitação: os sons. Então, um quinto homem
possuidor de uma tênue visão em um dos olhos, uniu-se a eles. Juntos desenvolveram o
gosto pela Música ao improvisarem instrumentos na descoberta de acordes e timbres.

Tudo teve início na Escola de Cegos do Maranhão, bairro Bequimão, lá em São Luis, capital
do Estado em meados da década de oitenta, quando a Cultura Reggae tomou conta
da cidade. Os cinco componentes formaram a Tribo de Jah que após uma década de shows
e apresentações no Brasil, foi participante e aclamada no palco principal a nível mundial
do Reggae, o Reggae Sunsplash Festival, na Jamaica em 1995.

Partindo da Jamaica Brasileira, São Luis do Maranhão para o Brasil de norte à sul, hoje é
conhecida mundialmente. Contestada por "intelectuais conservadores" no início mas
idolatrada pelos admiradores do ritmo jamaicano, segue seu propósito de difundir o
Reggae Roots Brasileiro com sua forma independente de divulgar seus trabalhos.
E o "Era uma vez..." virando realidade, presenteia-nos com ótimas composições
enriquecendo em muito a cultura musical brasileira. Com vocês, Tribo de Jah
interpretando Não Basta Ser Rasta.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


A Tribo está na Jamaica Culture está no Maranhão
A Tribo se aquece e pulsa no flash e deixa a sua marca na meca do som
Eric e Stanley em São Luís grande performance do Reggae raiz
Wailers e outros vêm novamente Culture segue para Paris
O Reggae cruza os continentes Miami é a esquina da conexão
Estados Unidos Canadá Oriente África Europa Brasil e Japão

O Reggae voa pelo mundo nas asas do avião
O Reggae viaja subindo ao céu rolando no chão
Solidão na estrada amor perdido em vagas rotas
Escalas remotas destinação
Ainda há uma longa jornada que se seguir
Há que se cumprir a missão

A Tribo roda a Jamaica e cruza a ilha em toda a sua extensão
Muitas pedras na bagagem segue viagem pro Maranhão
Entra nas entranhas do Nordeste e rasga a caatinga seca do sertão
Levando mensagens pelo agreste lembra as passadas de Lampião
O Reggae é apenas entretenimento mas pode libertar mentes e almas
Dança e música com sentimento rolando sem ódio rolando sem trauma

Não basta ser rasta é preciso ser puro o seu coração
Não basta ser rasta não pra obter graça é preciso perdão
Não basta ser rasta é preciso estar certo da convicção
Não basta ser rasta não é preciso ser justo em sua razão

Reggae keep flying on the wings on the airlines going around
Reggae keep flying touch in the sky rolling on the ground

O Reggae voa pelo mundo nas asas do avião
O Reggae viaja subindo ao céu rolando no chão


fauzi beydoun



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal- texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google