Compositor, ícone da era do rádio e maior nome
do samba-exaltação, Ary Barroso nasceu em Ubá,
Minas Gerais em novembro de 1903, falecendo no
Rio de Janeiro em fevereiro de 1964.
Órfão aos 7 anos , foi criado pelas tias-avós,
que queriam fazê-lo pianista de concerto ou padre.
Aos 18 anos foi para o Rio de Janeiro estudar Direito,
levando nove anos para se formar e nunca
exercer a profissão. No Rio, tocou piano em cinemas
e cabarés para se sustentar, quando então passou a se
interessar pelo teatro musical, na época em ascensão.
Entrou no rádio em 1933, pela Rádio Philips,
comandando programas de sucesso no rádio e mais
tarde na TV, como Calouros em Desfile e Encontro com Ary.
Ainda na década de 30, iniciou carreira como locutor
esportivo, profissão que nunca mais foi a mesma depois dele.
Conferiu um tom emocional à transmissão e não
disfarçava a torcida por seu time, o Flamengo.
ary barroso |
Conhecido por ser durão e intransigente com
quem revelasse gosto ou opinião musical diferente da
sua, seus programas de calouros revelaram nomes que
fariam história na música brasileira, tais como Dolores Duran,
Elza Soares e Elizeth Cardoso. Era temido pelos calouros
tanto no rádio quanto na TV, exigindo que só se cantasse
músicas nacionais, o que acho correto.
Considerado pioneiro e maior divulgador incondicional
da Música Popular Brasileira por esse mundão à fora,
foi nosso primeiro compositor a ser ouvido e respeitado
fora do Brasil. Como curiosidade, você sabia que pelo enorme
sucesso que sempre fez no exterior, esta sua composição
chegou a ser cotada para ser nosso hino nacional?
A música? Aquarela do Brasil que nesta página está muito
bem interpretada por ninguém menos que Gal Costa,
acompanhada pela orquestra regida pelo grande mestre
Wagner Tiso. Um verdadeiro Hino ao Brasil.
carlos miranda (betomelodia) ™
Brasil meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso senhor
Brasil pra mim Brasil pra mim
Ah! abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado
Brasil pra mim Brasil pra mim
Deixa cantar de novo o trovador
América olha a luz da lua
Quando é canção do meu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil pra mim Brasil pra mim
Brasil terra boa e gostosa
da morena sestrosa
e de olhares indiscretos
O Brasil samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso senhor
Brasil pra mim Brasil pra mim
Ah! esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil pra mim Brasil pra mim
Ah! ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah! esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e de pandeiro
Brasil pra mim Brasil pra mim
ary barroso
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso senhor
Brasil pra mim Brasil pra mim
Ah! abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei congo no congado
Brasil pra mim Brasil pra mim
Deixa cantar de novo o trovador
América olha a luz da lua
Quando é canção do meu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil pra mim Brasil pra mim
Brasil terra boa e gostosa
da morena sestrosa
e de olhares indiscretos
O Brasil samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de nosso senhor
Brasil pra mim Brasil pra mim
Ah! esse coqueiro que dá coco
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil pra mim Brasil pra mim
Ah! ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah! esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e de pandeiro
Brasil pra mim Brasil pra mim
ary barroso
Depois de quase dois anos de apresentações
pela Argentina, ao voltar para o Brasil, fiz parte do
número de abertura do show "Oba! Oba!", dedicado
aos turistas estrangeiros que nos visitavam,
no Hotel Rafain Center, na avenida das Cataratas
em Foz do Iguaçu, cantando essa música, rodeado por
lindas mulatas seminuas... uma loucura.
Mas tem uma outra que gostaria de lhes mostrar, que
Integrando meu repertório, ocupa um lugar especial
por descrever poeticamente uma realidade nua e crua,
com letra e música de Ary Barroso e que é intitulada
Na Batucada da Vida.
No vídeo, dois ícones da Música Popular Brasileira,
Tom Jobim e Elis Regina, a interpretam.
pela Argentina, ao voltar para o Brasil, fiz parte do
número de abertura do show "Oba! Oba!", dedicado
aos turistas estrangeiros que nos visitavam,
no Hotel Rafain Center, na avenida das Cataratas
em Foz do Iguaçu, cantando essa música, rodeado por
lindas mulatas seminuas... uma loucura.
Mas tem uma outra que gostaria de lhes mostrar, que
Integrando meu repertório, ocupa um lugar especial
por descrever poeticamente uma realidade nua e crua,
com letra e música de Ary Barroso e que é intitulada
Na Batucada da Vida.
No vídeo, dois ícones da Música Popular Brasileira,
Tom Jobim e Elis Regina, a interpretam.
No dia em que eu apareci no mundo
Juntou uma porção de vagabundo da orgia
De noite teve samba e batucada
Que acabou de madrugada em grossa pancadaria
Depois do meu batismo de fumaça
Mamei um litro e meio de cachaça bem mamado
E fui adormecer como um despacho
Deitadinha no capacho na porta dos enjeitados
Cresci levando a vida sem malícia
Quando um cabo de polícia despertou meu coração
E como eu fui pra ele muito boa
Me soltou na rua à toa desprezada como um cão
E hoje que eu sou mesmo da virada
Que topo qualquer parada
Que por Deus fui esquecida
Irei cada vez mais me esmolambado
Seguirei sempre cantando
Na batucada da vida
ary barroso / luiz peixoto
Juntou uma porção de vagabundo da orgia
De noite teve samba e batucada
Que acabou de madrugada em grossa pancadaria
Depois do meu batismo de fumaça
Mamei um litro e meio de cachaça bem mamado
E fui adormecer como um despacho
Deitadinha no capacho na porta dos enjeitados
Cresci levando a vida sem malícia
Quando um cabo de polícia despertou meu coração
E como eu fui pra ele muito boa
Me soltou na rua à toa desprezada como um cão
E hoje que eu sou mesmo da virada
Que topo qualquer parada
Que por Deus fui esquecida
Irei cada vez mais me esmolambado
Seguirei sempre cantando
Na batucada da vida
ary barroso / luiz peixoto
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