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domingo, 30 de outubro de 2016

João Batista Castagneto e Suas Marinhas

uma salva em dia de grande gala na baía do rio de janeiro


" João Batista Castagneto é original. Filho de um lobo-do-mar, de um velho nauta embalado pelas vagas do Mediterrâneo e do Iônio, João Batista Castagneto nasceu artista e nasceu marinheiro. Herdou de seu pai o amor pela misteriosa inconstância do mar, recebeu da sua querida Itália o bafo quente da impressionabilidade artística. Como o mar o seu temperamento é rebelde. Ama e odeia.  É manso e é irascível. Um dia pensou que o estudo acadêmico, em vez de fazê-lo progredir, vinha impedir-lhe os passos; e rasgou, de um momento para outro, os motivos que o prendiam à Academia. Como artista ele sente, por uma maneira originalíssima, maneira de que só ele possui o segredo, todos os enlevos, toda a poesia das vagas. A voz tormentosa das águas, o doudo soluçar das ondas, as ciclópicas lutas do oceano vibram dentro dele estranhas cordas sonoras de um sentimentalismo que a mais ninguém a natureza deu. E, como o mar, a sua pintura é forte e é doce, é rápida e é vagarosa, tem asperezas e tem carícias, parece transparente e parece compacta, brilha e se entenebrece."  gonzaga duque



Depois da apresentação do Artista em destaque nesta publicação, autoria de Gonzaga Duque,
pouco me atrevo a escrever sobre ele. Nasceu em Gênova, na terra de meus ancestrais
paternos, a Itália, no ano de 1851, mas aos vinte e três anos veio com sua família
para o Rio de Janeiro, onde fixou residência. Foi marinheiro e tinha grande
talento para o desenho e pintura,  tanto que em 1877 resolveu entrar
para a  Academia Imperial de Belas Artes, sem ter cursado ou
manifestado o desejo de  ser mais um  Artista Plástico.


joão batista castagneto


Como foi marinheiro e filho de um "lobo do mar", seu
instinto o levou a dirigir seus trabalhos aos  temas marítimos
desde 1880,  com  belas cenas onde  barcos pesqueiros  e praias de
grande expressão artística, revelam a solidão dos homens do mar retratada
de forma simples, despojada, em harmoniosa naturalidade. Esta paixão fez dele
um dos grandes nomes do estilo marinha, sempre em busca da luz ideal, seus reflexos
em mansas ou revoltas águas explodiam em formas, cores e tonalidades na ponta do pincel.


carlos miranda (betomelodia) 




praia da boa viagem - niterói
embarcações fundeadas no porto do rio de janeiro

paisagem com rio e barco em seco - são paulo

praia de santa luzia

marinha com barcos



igrejinha - copacabana
paquetá
bote com mastro ancorado na praia
faluas ancoradas na ponta do caju
no varadouro - angra dos reis


paisagem




destaco: marinha com barco

fontes
imagens:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Dario Silva e Suas Marinas



A publicação de hoje destaca parte da obra de Dario Silva, um carioca da gema nascido no dia
04 de Dezembro de 1948 na Cidade Maravilhosa, e que atualmente reside em Nova Iguaçu,
município satélite da cidade.  É professor na Sociedade Brasileira de Belas Artes, que
é o antigo nome da  Escola de Belas Artes,  uma das unidades da  Universidade
Federal do Rio de Janeiro.  O ecletismo  de sua obra  é a característica que
mais me impressiona e como tenho verdadeiro amor aos mares e aos
veleiros que os singram, escolhi este tema para ilustrar a página.



dario silva


Como  não encontrei  sua biografia em  minhas pesquisas,
apenas o acima citado,  anexo um  texto autoral que
elaborado  ao partir rumo aos recantos gaúchos.
Um veleiro de sonho em mares distantes.






 Porto Final

" Sim, em busca de paz vou partir. A vida de tormentas faz-me içar velas,
partindo rumo à um lugar em mares além, deixando para trás
muitos portos perdidos em infâmias e decepções. Iço velas com
esperança de esquecer, esperança de viver um verdadeiro amor, esperança
de não mais ter que um adeus dizer, esperança de âncora lançar
em novo mar, sem mais precisar velejar à procura de paz.

Meu veleiro irá conduzir-me a um paraíso em que desgosto da vida
não mais sentirei, que sorrisos brotarão de meus lábios e olhar,

onde minha alma sera aquecida por pleno amor em calmo mar. "
dario silva, outubro de 2008

carlos miranda (betomelodia) 

































meu destaque

fontes
imagens:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação - sem títulos disponíveis )

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Celso Fonseca, Mais Um na Multidão



Bem, falar sobre Celso é como ser repetitivo, pois conhecido nacional e internacionalmente, sua
carreira já é bem narrada,  tanto aqui como em vários  Países mundo à fora, tendo sido
destaque aqui no Blog por várias vezes. Mas creio que sempre tem algum fato,
que acho ser interessante revelar  e o principal é a elegância em cantar,
vestir-se,  portar-se perante a vida e, principalmente,  compor.

Foi na cidade do Rio de Janeiro, no Alto da Boa Vista e no casarão erguido por seu pai que ele
passou sua infância. Nasceu em 15 de Novembro de 1956, quando o Rio vivia o auge da
Bossa Nova e sua mãe, ouvinte de João Gilberto, Samba e Música Clássica, foi o
exemplo de eclético bom gosto que o influenciou profundamente. O amor
à  Música  foi despertado aos nove anos, ao assistir o concerto de
Tchaikovisky e também ao ficar encantado com o violão de
seu primo.  Ganhou um violão do pai  e iniciou suas
aulas que odiou, pois seu desejo era já tocar
os ritmos em voga. Desistiu das aulas.
Ele resolveu aprender sozinho.

Também  aprendeu sozinho a tocar piano, e aos dezoito anos já era um  autodidata. Foi no fim
da adolescência que matriculou-se no curso de jornalismo da  PUC,  que depois de dois
depois abandonou para dedicar-se inteiramente à  Música,  estudando em busca
de aprimoramento e técnica.  Começou a a frequentar  os palcos tocando
em uma banda de jaz aos vinte e quatro anos, a porta de ingresso
na banda de Gilberto Gil, seu ingresso como instrumentista
no Universo Musical. Como compositor, foi em 1986
que em parceria com Ronaldo Bastos  nasce
a Música "Sorte", sucesso absoluto na
voz de Gal Costa em todo Brasil.

Até agora escrevi um pouco sobre como nasceu o instrumentista e o compositor, mas e sobre
o cantor?  Celso achava sua voz "horrível" e não se atrevia a cantar até que Gal com ele
conversou e o incentivou a "soltar a voz", e o resultado é o que hoje ouvimos em
suas interpretações. Em seu estilo podemos afirmar que Celso é essência
da autêntica  Bossa Nova,  sendo hoje no Brasil e no mundo,  um
dos maiores divulgadores deste imortal estilo musical. Tem
também o  Celso Fonseca Produtor Musical, quando
em 1986  foi o produtor do álbum de Vinícius
Cantuária.  Em seguida, produziu para
dezenas  de outros  Artistas, tais
como Gilberto Gil, Gal Costa, Paulinho
Moska, Paula Morelenbaum, Daniela Mercury,
Zeca Baleiro,  Mart'nália,  Virgínia Rodrigues,  Daúde,
Dulce Quental,  para o Mestre guitarrista português Antonio
Chainho e outros grandes nomes da  Música.  Escolhi o vídeo no
qual Celso interpreta "Mais Um na Multidão" com um arranjo intimista com
sua habitual elegância no cantar, lembrando que em 14/09/2013, este mesmo tema
já foi destaque no Blog, nas vozes de Marisa Monte e Erasmo Carlos. Sei que apreciarão.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Guarde segredo que te quero e conte só os seus pra mim
Faça de mim o seu brinquedo você é meu enredo vem pra cá
Te quero te espero não vai passar o amor não falta está

Você pensa em mim eu penso em você
Eu tento dormir você tenta esquecer
Longe do seu ninho meu andar caminho
Deixo onde passo os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

O mar de sol no leito do lar e nem o rio pode apagar
O amor é fogo e ferve queimando
Estou ferido agora e sigo te amando
Você pode acreditar

A mesma carta o mesmo verbo em sonho só viver pra ti
Quem tem a chave do mistério nem teme tanto medo de amar
Me cego te enxergo não vai passar o amor não tarda estar
Te quero te espero não vai passar o amor não falta está

Você pensa em mim eu penso em você
Eu tento dormir você tenta esquecer
Longe do seu ninho meu andar caminho
Deixo o obvio e faço os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

Sou mais um na multidão...

marisa monte / erasmo carlos / carlinhos brown




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Djavan, Não é Um Bolero



Tido como referência nacional e internacional na Música Popular Brasileira, Djavan domina com
maestria quatro importantes espaços na Arte Musical: compositor, cantor, violonista, assim
como produtor musical.  Pouco tenho à acrescentar sobre ele,  pois por várias vezes
este ilustre alagoano esteve em destaque aqui no Blog,  e sendo assim vamos
é ressaltar seu estilo consagrado de compor, as letras com construções
repletas de metáforas e distintas dos demais compositores, ritmos
da América do Sul combinados com os de outras povos, tais
como os  norte americanos, africanos e europeus, que
são retratados em belas, digamos, cores pois a
sua Música é considerada Arte. Vamos lá.

Selecionei  para ilustrar  esta publicação
sua composição "Não é Um Bolero", lançada ao
final do ano de 2015, e que foi o destaque de seu mais
recente álbum, Vidas Pra Contar.  Repleta de romantismo ela
lamenta e distância, a ausência de um amor narrando o reencontro
em uma interessante, bela edição de vídeo que esperado com ansiedade
por seus seguidores e claro, pela Música Popular Brasileira, tenho certeza que
aguardavam, e com saudades, a volta de  Djavan e suas maravilhosas composições.

carlos miranda (betomelodia) 





Eu não digo que não ela é bela e fera
Mas não pondera e me deixa doidinho
Quando eu penso que sim ela dá de ombro
E eu me escombro sozinho

Se com ela há muito mais luar porque viver dias sombrios
Eu não posso me distanciar e me perder dos seus carinhos
Você é demais muito mais pra mim

Não é um bolero é amor sincero que a tudo resiste
Não a ter do lado me deixa abalado e nada é mais triste
A vida é atoa não fica de boa quem não tem um querer
Eu tenho de tudo mas me falta tudo se eu não tenho você


djavan




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Marcelo Vieira e a Arte Naif

a pescaria


Marcelo Vieira

Foi na cidade de Diadema, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, a capital do Estado, que em
31 de Janeiro de 1974 ele nasceu. Lá cresceu e como todo brasileiro assumiu um trabalho,
o de Técnico em Cerâmica.  Mas, o que ele apenas intuia e começou praticando como
uma espécie de hobby era a pintura. Em meados de 1996 frequentou uma Oficina
Cultural em sua cidade, e autodidata  começou a expressar-se na pintura. Os
seus trabalhos obtiveram destaque, e ao participar de algumas coletivas
resolveu continuar com a  Arte,  paralelamente  à sua então profissão.


marcelo vieira


As suas telas foram por ele expostas na tradicional Feira de Artes na
Praça da República por muitos anos, no centro de São Paulo, onde eram
visualizadas e tinham grande aceitação pelos temas brasileiros que exibidos
em fortes cores, revelavam a riqueza de nossa cultura em belo estilo Naif. Em sua
obra,  Marcelo  usa a técnica acrílico sobre tela,  cerâmica e outros materiais à título de
experiência, para consolidar ainda mais seus trabalhos, retratando o dia-a-dia, suas raízes
e o imenso Universo Cultural Brasileiro em suas raças, costumes e tradições. O mundo espera.

carlos miranda (betomelodia) 




olinda querida

boteco

união
uma tarde nos arcos da lapa

meu boi bumbá

noite do forró


o milagre da pesca
noite de festa

noite boêmia
encontro de boi bumbá

saudação ao frevo

destaco: banda de forró


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )