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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Aleijadinho, Um Mestre na Arte Brasileira Colonial

anjo com cálice

" É já um homem com alguma importância:
tem a sua oficina, os seus operários e os seus escravos.
Entre estes Isabel, de origem africana, que terá
um filho do seu senhor. O dia em que ele nasce é incerto,
o do batismo também o é, ou não seja a criança
um bastardo, um mulato. No entanto o pai dá-lhe o seu nome:
Antônio Francisco Lisboa. " 


Aleijadinho.
Antônio Francisco Lisboa, seu nome de batismo,
nasceu em Vila Rica, Minas Gerais, em 29 de agosto de 1730,
onde veio a falecer em 18 de novembro de 1814.
Foi escultor, entalhador, desenhista e arquiteto. É considerado
o maior expoente do estilo barroco nas Minas Gerais
e das Artes Plásticas no Brasil, não só à época,
mas durante todo o período colonial.




os profetas, santuário de bom jesus de matosinhos


Embora não haja registros oficiais, acredita-se que
tenha nascido em Vila Rica, hoje Ouro Preto, em Minas Gerais,
tendo sido filho do mestre-de-obras português,
Manuel Francisco da Costa Lisboa com
uma escrava africana, Izabel.

A sua obra compreende desde imagens em
madeira e pedra sabão, matéria-prima tipicamente brasileira,
até igrejas. Suas obras são as mais representativas
do Brasil colonial, com características do
rococó e dos estilos clássico e gótico

escultura em pedra sabão



Traído pela mulher, e sem filhos, Aleijadinho se entrega à Arte.
Nas idas e vinda a várias cidades, acabou conhecendo
um grande artista carioca conhecido como Mestre Valentim
e acabaram se tornando grandes amigos.

Certa vez, Mestre Valentim convidou Aleijadinho para
ir ao Rio de Janeiro trocar ideias sobre algumas igrejas
vistas na Europa. Aceitando o convite
de bom grado e foi ao encontro de seu amigo.

Chegando ao Rio de Janeiro, foi fazer alguns
esboços do Mosteiro de São Bento e nesta rápida visita,
teve um caso com uma mulher, Narcisa Rodrigues da Conceição,
que marcou profundamente sua vida.


a última ceia


Voltando para Vila Rica, algum tempo depois
Aleijadinho recebe uma carta da justiça,
a qual o intimava a assumir a paternidade
do filho que ele teve no Rio de Janeiro
com Narcisa da Conceição.
Assim ele assume e o filho foi então chamado de
Manoel Francisco Lisboa.

Mais tarde o filho vai morar com seu pai em Vila Rica e lá,
começa a namorar então uma parteira chamada
Joana Francisca de Araújo Correia, mulher parda, filha de
Ana Lopes e de pai desconhecido. Manoel Francisco,
casa-se e em 1803 dá um neto para Aleijadinho.
Ao que consta, o filho de Aleijadinho seguiu sua vocação,
tornando-se também escultor. Casou-se com
Joana de Araújo Corrêa, e teve um filho que recebeu o nome de
Francisco de Paula.

interior da igreja do Carmo

Com aproximadamente quarenta anos, começou
a desenvolver uma doença degenerativa dos membros,
não se sabe ao certo se porfiria, lepra, escorbuto,
reumatismo deformante ou sífilis, que lhe comprometeu
gradativamente os movimentos das mãos e
para poder trabalhar, um ajudante amarrava-lhe as ferramentas
aos membros.

Dessa anomalia em seu corpo causada
pela doença veio seu apelido, Aleijadinho. Já bem velho,
piora de saúde e de 1812 à 1814, quem cuida de dele é sua nora,
Joana, que o considerava como o pai que não teve.
Com aproximadamente oitenta e quatro anos,
Aleijadinho veio a falecer em 18 de Novembro de 1814,

Morreu pobre, mas até hoje suas obras
permanecem para mostrar a vida das pessoas de Minas Gerais
na época do Brasil Colonial.
Tem todas as características de ter sido iniciado na Maçonaria,
pois a simbologia magistral, nos pórticos das Igrejas
e nos altares mostra, para os que a essa Ordem pertencem,
que estão diante da obra de um maçom de alto grau.

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

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