Rubens Fortes Bustamante Sá, nascido na cidade de Rio de Janeiro
em julho de 1907, nela morrendo em março de 1988, Pintor, desenhista,
gravador e professor, deixou-nos um grande legado nas Artes.
Apesar de na essência ser um paisagista, Bustamante foi muito além
da própria pintura, eternizando-se pela sua vocação manifesta ao ensino,
ao levar pela mão os alunos, que mesmo sem grandes aptidões à Arte,
eram incentivados a persistirem no aprendizado do desenho e da pintura
fossem quais fossem as predileções dos mesmos. Há uma narrativa
muito interessante cujo autor desconheço, que o fez mudar radicalmente
de opinião quanto ao seu método de ensino:
" O aluno que aprendeu mais do que devia."
" Fazendo renascer os velhos tempos, quando João Jorge Grimm, tal como
os pintores de Barbizon, levava seus alunos para colher imagens no
campo, Bustamante Sá também criou uma escola ao ar-livre, onde ensinava
paisagem a principiantes, que nada entendiam de desenho nem da arte
da pintura. Alguns de seus alunos se desenvolviam com extrema rapidez,
outros nem tanto.
Um aluno havia que não conseguia se encontrar com a tela e, com
infinita paciência, o professor lhe tomava o lápis, desenvolvendo o esboço
à sua frente. Depois, como os borrões de tinta que o moço punha sobre
a tela mais pareciam pedaços de goiabada cascão, Bustamante, bem
intencionado, lhe tomava o pincel, fazendo acertos e modificações,
na esperança de que no correr do tempo, ele encontrasse seu
próprio caminho.
Um dia, Bustamante Sá foi a um moldureiro encomendar um trabalho e,
com surpresa, encontrou lá, para ser enquadrado em fina moldura,
um dos quadros que ajudara o aluno a pintar. Só então descobriu a farsa:
o aluno, mais esperto do que parecia, levava o professor a pintar o
quadro, quase inteiro, e depois o vendia a colecionadores como sendo
um legítimo Bustamante Sá.
Desde esse momento, e para sempre, o pintor jamais voltou a colocar
sua mão nos trabalhos de qualquer aluno."
em julho de 1907, nela morrendo em março de 1988, Pintor, desenhista,
gravador e professor, deixou-nos um grande legado nas Artes.
Apesar de na essência ser um paisagista, Bustamante foi muito além
da própria pintura, eternizando-se pela sua vocação manifesta ao ensino,
ao levar pela mão os alunos, que mesmo sem grandes aptidões à Arte,
eram incentivados a persistirem no aprendizado do desenho e da pintura
fossem quais fossem as predileções dos mesmos. Há uma narrativa
muito interessante cujo autor desconheço, que o fez mudar radicalmente
de opinião quanto ao seu método de ensino:
" O aluno que aprendeu mais do que devia."
" Fazendo renascer os velhos tempos, quando João Jorge Grimm, tal como
os pintores de Barbizon, levava seus alunos para colher imagens no
campo, Bustamante Sá também criou uma escola ao ar-livre, onde ensinava
paisagem a principiantes, que nada entendiam de desenho nem da arte
da pintura. Alguns de seus alunos se desenvolviam com extrema rapidez,
outros nem tanto.
Um aluno havia que não conseguia se encontrar com a tela e, com
infinita paciência, o professor lhe tomava o lápis, desenvolvendo o esboço
à sua frente. Depois, como os borrões de tinta que o moço punha sobre
a tela mais pareciam pedaços de goiabada cascão, Bustamante, bem
intencionado, lhe tomava o pincel, fazendo acertos e modificações,
na esperança de que no correr do tempo, ele encontrasse seu
próprio caminho.
Um dia, Bustamante Sá foi a um moldureiro encomendar um trabalho e,
com surpresa, encontrou lá, para ser enquadrado em fina moldura,
um dos quadros que ajudara o aluno a pintar. Só então descobriu a farsa:
o aluno, mais esperto do que parecia, levava o professor a pintar o
quadro, quase inteiro, e depois o vendia a colecionadores como sendo
um legítimo Bustamante Sá.
Desde esse momento, e para sempre, o pintor jamais voltou a colocar
sua mão nos trabalhos de qualquer aluno."
bustamante sá, auto retrato |
Com ele foi formado o trinômio da pintura carioca ao lado de seus
colegas de ateliê, José Pancetti e Sílvio Pinto, constituindo-se eles os
grandes nomes da pintura no Rio de Janeiro. Tamanha era a aproximação
dos três artistas que, em alguns momentos, o estilo de um chegava
a confundir-se com o dos outros dois, como se a obra tivesse
sido executada a seis mãos.
Abaixo, uma pequena viagem pelas telas de Bustamente Sá, a nos levar
à alguns lugares deste Brasil que ele amou e eternizou no tempo.
colegas de ateliê, José Pancetti e Sílvio Pinto, constituindo-se eles os
grandes nomes da pintura no Rio de Janeiro. Tamanha era a aproximação
dos três artistas que, em alguns momentos, o estilo de um chegava
a confundir-se com o dos outros dois, como se a obra tivesse
sido executada a seis mãos.
Abaixo, uma pequena viagem pelas telas de Bustamente Sá, a nos levar
à alguns lugares deste Brasil que ele amou e eternizou no tempo.
carlos miranda (betomelodia) ™
engenho de dentro, rio de janeiro |
lapa, rio de janeiro |
praia, rio de janeiro |
estaleiro do caju, niterói, estado do rio de janeiro |
mercado do ver o peso, belém, pará |
paisagem |
ouro preto, minas gerais |
farol da barra, salvador, bahia |
destaco: nú deitada |
fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google