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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Eduardo Lilja - A Arte no Mundo - Brasil

nigeriano


Nascido  em março de 1984 na capital do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Eduardo de Souza
Lilja é um amante das artes plásticas e literárias em todos os sentidos,  também apreciador da boa
Música brasileira, tendo grande admiração sobre a obra inesquecível do compositor,  Cartola.
Desde a infância já se aventurava nas  Artes em seus desenhos, e mais tarde dedicou-se
às esculturas em argila. Autor de interessantes crônicas, Eduardo teve um de seus
escritos em destaque aqui no Blog,  com a crônica de sua autoria, Jazz da Lua.

eduardo lilja - 1984  /  in activity
oily pastel on paper - not mentioned format - artist's collection
city of porto alegre, rio grande do sul state - brazil
contact me to acquire: http://eduardo.lilja.com.br

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / eduardo lilja

domingo, 28 de junho de 2009

Eduardo Lilja, Jazz da Lua

eduardo lilja


Jovem, mente clara e aberta, possuidor de um
enorme talento e técnica aprimorada, Web Designer,
autodidata, tem um jeito todo especial, único, de encarar
a vida. Assim defino Eduardo e, ainda vamos ouvir
muito falar dele, eu garanto.

Nessa postagem, uma pequena mostra de seu trabalho
em nanquim, utilizando bico de pena, e um de
seus interessantes textos.

carlos miranda (betomelodia) 



em bico de pena, miles davis, por edulilja



Estava na casa de amigos, em uma reunião de beber e falar.
Fui ao terraço fumar e lá estava o telescópio,
resolvi investigar o céu. Quando terminei de focar
a lente, sem ter muitas expectativas ela surgiu, imensa,
com suas crateras absolutamente nítidas, formando
uma imagem muito diferente da lua que via a olho nu.
O brilho ondulante da lua foi a segunda coisa que
reparei, não sei se por minha experiência no manejo
do equipamento ou pela massa de gases que poderia
turvar a luz da lua na imensa distância que
nos separa dela.

Em uma fração de segundos pensei uma quantidade
absurda de coisas, como o fato de ver pela
primeira vez, em incontáveis frames por segundo,
uma imagem tão familiar de fotos e vídeos, agora
ao vivo e a cores diante dos meus olhos. Pensei também
nas partículas de luz, que viajaram uma distância
absurda para acertar meu globo ocular, formando aquela
imagem sublime. A mesma luz que me atingia durante o dia,
agora a lua a rebatia suavemente, transformando a
luz exagerada do sol, no elegante jazz da lua.

Logo veio o pensamento da luz das estrelas,
as incontáveis particulasinhas que viajaram milhares
de anos até me atingirem. Por um instante imaginei que as
estrelas, principalmente a lua, me atendiam exclusivamente.
Recebi essa energia extraterrena com uma explosão de
euforia, comecei a perder a gravidade e me sentir como se
estivesse flutuando na imensidão do vácuo espacial,
boiando entre as estrelas. Quando tirei os olhos do telescópio
voltei à realidade, me sentindo um idiota perante aos
amigos, que quando viram a lua pelas mesmas lentes não
demonstraram uma fração da emoção que senti
vendo aquele astro.

A infantil descoberta da lua foi uma das emoções
mais intensas da minha fase adulta.
eduardo lilja


(Com sua paixão por um grande Compositor da
Música Popular Brasileira, o Mestre Cartola,
sua mãe, Ivanete,  presenteou-o com a edição de
um vídeo do clássico As Rosas Não Falam,
edição que em sequencia divulgamos.)


( vídeo em 360p )



Bate outra vez com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim 
Volto ao jardim com a certeza que devo chorar 
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas mas que bobagem 
As rosas não falam simplesmente as rosas exalam 
O perfume que roubam de ti ai 

Devias vir para ver os meus olhos tristonhos 
E quem sabe sonhavas meus sonhos por fim 

cartola



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal -texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google