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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Elza Soares e Thiaguinho: Mulata Assanhada

betomelodia.blogspot.com


Seu pai. Repentista, violeiro e sanfoneiro, era conhecido por Capitão Severino e foi o
responsável por seu interesse pela Música. Em maio de 1909 veio ao mundo um de
seus sete filhos, lá no município de Mirai, Zona da Mata de Minas Gerais. Aos oito
anos anos escrevia versos respondendo aos "repentes" do pai, que ao morrer
em 1919 mudou a vida da família. Foram morar na cidade de Mirai.

Seu nome: Ataulfo Alves de Sousa, ou apenas Ataulfo Alves. E foi aos onze anos que
ele iniciou na vida a trabalhar para ajudar a mãe no sustento da família: lavrador,
leiteiro, engraxate, marceneiro e muitos outros serviços, sem deixar a escola.
Ao completar dezoito anos foi para o Rio de Janeiro, lá trabalhando e fixando
residência. E foi lá que um ano mais tarde ele aprendeu a tocar cavaquinho,
bandolim e violão, criando um conjunto para animar as festas do bairro.

Ataulfo começou a compor e cantar aos vinte anos, tendo sua primeira Música
o Samba Sexta-feira, gravada por Almirante quatro anos mais tarde e quando
alguns dias depois Carmen Miranda gravou Tempo Perdido,  sua entrada no
no mundo artístico foi garantida. Ataulfo Alves  morreu  no Rio de Janeiro
em abril de 1969, deixando um legado à Música superior a 330 canções.



thiaguinho e elza soares

As composições de Ataulfo Alves são interpretadas e gravadas por grandes
nome da MPB até os dias atuais. Tem uma que fez parte de meu repertório, a
escolhida para essa postagem: Mulata Assanhada, em um vídeo com uma
dupla de Artistas sensacionais, um encontro de gerações no Samba: Elza Soares
e Thiaguinho, que não precisam de apresentações no Brasil ou no Exterior.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Ô mulata assanhada
Que passa com graça
Fazendo pirraça fingindo inocente
Tirando o sossego da gente

Ah mulata se eu pudesse e se meu dinheiro desse
Eu te dava sem pensar
Esta terra este céu este mar
E ela finge que não sabe que tem feitiço no olhar

Ai meu Deus que bom seria se voltasse a escravidão
Eu pegava a escurinha
E prendia no meu coração
E depois a pretoria resolvia a questão


ataulfo alves
(letra no original do autor)


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google