google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html
Mostrando postagens com marcador joão gilberto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador joão gilberto. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

João Gilberto, Desafinado



Na cidade de Juazeiro, Bahia, em junho de 1931,
nasceu João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira. Ganhou
um violão aos 14 anos de idade, e nunca mais o largou.

Nos anos 40, ouvia música na loja de discos, desde
Duke Ellington e Tommy Dorsey até Anjos do Inferno, Dorival
Caymmi e Dalva de Oliveira. Aos 18 anos foi para Salvador
tentar a sorte como cantor de rádio e crooner. Logo depois
seguiu para o Rio de Janeiro, onde atuou no conjunto
vocal Garotos da Lua. A carreira no grupo durou menos de
um ano. Cansados de seu comportamento pouco profissional, atrasos
e faltas constantes aos ensaios, João Gilberto foi dispensado da banda.

Figura emblemática como poucas na história da Música Popular
Brasileira, João Gilberto transformou a maneira de cantar
e tocar violão no Brasil e no mundo. Adorado por muitos, por
alguns considerado gênio, desprezado por outros ou tratado
como louco, é muito difícil ser indiferente a João Gilberto, ao seu estilo
único e até hoje inigualável de tocar e de cantar.

No vídeo abaixo, gravado em Montreaux, João Gilberto nos dá
uma pequena mostra de seu talento em Desafinado e como se diz,
uma autêntica interpretação joãogilbertiana, tendo ao piano
ninguém menos que um dos autores da composição: Tom Jobim.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Se você disser que eu desafino amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu

Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova isto é muito natural

O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolley-Flex
Revelou-se a sua enorme ingratidão

Só não poderá falar assim do meu amor
Ele é o maior que você pode encontrar
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados no fundo do peito
Bate calado, que no peito dos desafinados
Também bate um coração


tom jobim / newton mendonça




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google