A postagem de hoje, eu a dedico como exemplo aos jovens compositores
deste meu tão amado Brasil, com um exemplo de vida dedicado à
preservação da cultura brasileira, de nossa pura, autêntica
e maravilhosa música de raiz, a sertaneja de viola. O nome de um
dos maiores perpetuadores por isso é Rolando Boldrin.
A música sertaneja de raiz tem como símbolo a viola, composta por
cinco cordas de aço duplas, e as músicas entoadas em suas
cordas atravessaram décadas e gerações e até hoje estão presentes
no nosso dia a dia da cultura brasileira. Por tradição, em certas
regiões, as violas carregam pequenos chocalhos feitos de guizo
de cascavel que, segundo a lenda, possuem um grande poder
de proteção para a viola e para o violeiro. Mas antes de
falar sobre Boldrin, faço um pedido à juventude. Entendam.
A música está presente em todas as culturas por este mundão de Deus à fora.
Belas composições que em sons colocam o modo de vida de um povo
ao nosso alcance, narrando em música sua cultura, sua arte e suas tradições,
não importando sua localização geográfica. Muitas canções ouvimos e
admiramos pois revelam-nos o estilo musical de cada Nação.
Por isso, meus queridos jovens compositores brasileiros, não os convido a
compor a música de raiz ou a sertaneja de viola. Apenas peço em
nome da Música Popular Brasileira que, abdiquem do inglês ao compor,
não sigam os inúmeros exemplos que por aí vemos e ouvimos na mídia.
Abdiquem do funk, do rap e de outras influências estrangeiras que,
parte da cultura de outras terras, nada acrescentam à nossa cultura musical,
seja pela vulgaridade de letras que seus ditos "compositores" utilizam,
seja pela má execução dos instrumentos musicais que os "músicos"
usam para apenas muito barulhos fazer, e o que é pior, pela total falta de
conhecimento de sua lingua pátria, o português, quanto mais outro idioma.
Antes de aventurarem-se a compor, estudem música, estudem português
para então comporem, cantarem, tocarem um instrumento. Ou,
apenas continuem a ter muitas "clicadas" no face ou no youtube, sem
acrescentarem nada à nossa cultura musical. Nada.
rolando boldrin |
“ E vendo e ouvindo este campeiro tão íntimo da terra e da vida tão iluminado
pela sabedoria do coração, você compreenderá que o homem brasileiro
é milagrosamente um só de norte a sul de leste a oeste, a despeito de suas
distâncias geográficas, um só no que possui de essencial: a cordialidade
o horror à violência, a capacidade de dar-se e também de rir da vida
dos outros e de si mesmo.”
érico veríssimo
Rolando Boldrin é um artista completo. Compositor, cantor e ator.
Mas primeiramente ele é um ator, tanto no compor, cantar ou atuar, sempre
divulgando a cultura brasileira de todos os rincões, as histórias de todas
as pessoas. Apesar de inúmeros papéis que viveu e interpretou, ele jamais
deixou de representar o principal personagem, o brasileiro.
Desde a mais tenta infância, Boldrin jamais deixou de divulgar a Arte e a
Cultura Brasileira em todos os seus aspectos e como Ator, jamais
separou-se de seu violão. Em sua trajetória foram centenas, talvez milhares
de apresentações em rádios, grandes festivais, teleteatros, cinemas, teatros,
novelas, shows e gravações de discos. Mas sempre divulgando o Brasil.
Com sua genialidade, Boldrin no vídeo que ilustra esta postagem,
nos brinda com sua voz em Vide Vida Marvada, com seu inseparável violão,
em um vídeo em bela edição com pinturas do interior brasileiro.
em um vídeo em bela edição com pinturas do interior brasileiro.
carlos miranda (betomelodia) ™
( vídeo em 360p )
Que as mágoa que eu choro são 'mar' ponteadas
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi santa e purificada
Diz que eu rumino desde menininho
Fraco e mirradinho a ração da estrada
Vou mastigando o mundo e ruminando
E assim vou tocando essa vida 'marvada'
É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pros meus desengano
É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda mágoa é um mistério fora deste plano
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa pruma visitinha
Que no verso ou no reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Tem um ditado tido como certo
Que cavalo esperto não espanta a boiada
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando essa vida 'marvada'
'Cumpadi' meu que 'inveieceu' cantando
Diz que ruminando dá pra ser feliz
Por isso eu vaqueio ponteando
E assim procurando minha flor-de-lis
rolando boldrin
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi santa e purificada
Diz que eu rumino desde menininho
Fraco e mirradinho a ração da estrada
Vou mastigando o mundo e ruminando
E assim vou tocando essa vida 'marvada'
É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pros meus desengano
É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda mágoa é um mistério fora deste plano
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa pruma visitinha
Que no verso ou no reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Tem um ditado tido como certo
Que cavalo esperto não espanta a boiada
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando essa vida 'marvada'
'Cumpadi' meu que 'inveieceu' cantando
Diz que ruminando dá pra ser feliz
Por isso eu vaqueio ponteando
E assim procurando minha flor-de-lis
rolando boldrin
vídeo
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / oogle