google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Rubem Valentim, O Construtivismo na Arte



" Meu pensamento sempre foi resultado de uma consciência da terra,
do povo. Eu venho pregando há muitos anos contra o colonialismo
cultural, contra a aceitação passiva, sem nenhuma análise crítica,
das fórmulas que nos vêm do exterior, em revistas, bienais, etc.
É a favor de um caminho voltado para as profundezas
do ser brasileiro, suas raízes, seu sentir. A arte não é apanágio de
nenhum povo, é um produto biológico vital ".
rubem valentim




Nesta da série A Arte, tenho o prazer de publicar os trabalhos
de Rubem Valentim, escultor, pintor, gravador e professor
considerado um dos grandes pintores construtivistas brasileiros. 

Nascido na cidade de Salvador, Bahia, autodidata, mostrou
desde o início de seus trabalhos um forte foco nas tradições
populares nordestinas, inspiradas pelas cerâmicas e outras artes
do Recôncavo Baiano. Rubem, mulato, cresceu frequentando terreiros
de candomblé em Salvador. Formado em odontologia, exerceu a profissão
durante dois anos, abandonando-a para dedicar-se à pintura.
Nascido em Salvador no ano de 1922, veio a falecer em São Paulo em 1991.

Abaixo, uma pequena mostra de seus trabalhos, onde Rubem
mergulha na liturgia do candomblé e onde destaco uma
de suas primeiras criações, Campo Grande.

carlos miranda (betomelodia) 




pintura sem titulo

estudo para serigrafia

emblemágico

composição

emblema

emblema poético

pintura sem título



destaco: campo grande



fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

João Gilberto, Desafinado



Na cidade de Juazeiro, Bahia, em junho de 1931,
nasceu João Gilberto do Prado Pereira de Oliveira. Ganhou
um violão aos 14 anos de idade, e nunca mais o largou.

Nos anos 40, ouvia música na loja de discos, desde
Duke Ellington e Tommy Dorsey até Anjos do Inferno, Dorival
Caymmi e Dalva de Oliveira. Aos 18 anos foi para Salvador
tentar a sorte como cantor de rádio e crooner. Logo depois
seguiu para o Rio de Janeiro, onde atuou no conjunto
vocal Garotos da Lua. A carreira no grupo durou menos de
um ano. Cansados de seu comportamento pouco profissional, atrasos
e faltas constantes aos ensaios, João Gilberto foi dispensado da banda.

Figura emblemática como poucas na história da Música Popular
Brasileira, João Gilberto transformou a maneira de cantar
e tocar violão no Brasil e no mundo. Adorado por muitos, por
alguns considerado gênio, desprezado por outros ou tratado
como louco, é muito difícil ser indiferente a João Gilberto, ao seu estilo
único e até hoje inigualável de tocar e de cantar.

No vídeo abaixo, gravado em Montreaux, João Gilberto nos dá
uma pequena mostra de seu talento em Desafinado e como se diz,
uma autêntica interpretação joãogilbertiana, tendo ao piano
ninguém menos que um dos autores da composição: Tom Jobim.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Se você disser que eu desafino amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu

Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova isto é muito natural

O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolley-Flex
Revelou-se a sua enorme ingratidão

Só não poderá falar assim do meu amor
Ele é o maior que você pode encontrar
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados no fundo do peito
Bate calado, que no peito dos desafinados
Também bate um coração


tom jobim / newton mendonça




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Suely Ribella, Fonte de Poemas


Postagem dedicada à Arte de
Suely Ribella, por quem denoto admiração,
além de imenso carinho.

Natural de Santos, São Paulo.
Advogada. Possuidora de um dom que nos
faz sonhar. Poetisa. Arquitetando letras,
formando belos conjuntos de palavras, nos levando
em viagens de venturas e aventuras,
Suely assim se define:

" Sou atrevida... 
Vivo... e me atrevo a amar...
Amo... e me atrevo a sonhar...
Sonho... e me atrevo a poetar... "


suely ribella



*
Eu não te amo
porque é primavera ou verão,
ou seja lá qual for a estação...
Eu não te amo
porque faz sol ou chove...
Eu não te amo
por isto ou por aquilo...
Nem “te amo” e ponto.
Eu te amo sem ponto,
sem motivo, sem razão,
sem limites, sem noção...
Não há qualquer explicação,
para esse amor
que é mais que amor,
é adoração...


suely ribella

*direitos autorais reservados



fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 25 de outubro de 2008

Raul Seixas, Medo da Chuva



Muitos fãs de Raul Seixas consideram uma das
marcas mais fortes  em suas músicas, sua capacidade de
através de um estilo jovial e descontraído transmitir
mensagens ou fazer questionamentos sobre temas como
o amor, a vida, e a existência em si.



raul seixas

Das canções que Raulzito deixou, muitas foram aquelas
que permaneceram eternizadas pelo gosto do público,
entre elas, Maluco Beleza, Metamorfose Ambulante,
Sociedade Alternativa, Gitá, Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás
 e a que ilustra esta página, Medo da Chuva, composta em
parceria com Paulo Coelho e em um vídeo editado por Ivanete.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


É pena que você pense
Que eu sou seu escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver

Eu perdi o meu medo o meu medo
O meu medo da chuva
Pois a chuva voltando prá terra
Trás coisas do ar
Aprendi o segredo o segredo
O segredo da vida
Vendo as pedras que choram
Sozinhas no mesmo lugar

Eu não posso entender tanta gente
Aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem aquilo
Que o padre falou
Porque quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei
Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez
Uma vez

Eu perdi o meu medo o meu medo
O meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Trás coisas do ar
Aprendi o segredo o segredo
O segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas
No mesmo lugar

Vendo as pedras que choram sozinhas
No mesmo lugar
Vendo as pedras que sonham sozinhas
No mesmo lugar


raul seixas / paulo coelho




fontes
imagens e vpideo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Minha Cidade Natal - Corcovado

Sob a proteção do Cristo, lá no alto do Corcovado,
repousa a cidade de Rio de Janeiro.



Sempre tive vontade de divulgar,
mostrar os espaços nos quais passei minha infância
e adolescência em minha cidade natal,
Rio de Janeiro.
Nunca fiquei satisfeito com o que escrevi,
com minhas descrições, pois não conseguia
dar a impressão exata da enorme importância
que esses lugares, muitas vezes
desconhecidos da quase totalidade dos cariocas,
possuem, não só em beleza ou tradição,
mas em termos históricos. Sempre me faltavam dados
confiáveis em minhas rápidas pesquisas.
Navegando pela web encontrei o que tentei fazer,
da maneira que sempre desejei mostrar
minha maravilhosa cidade e assim,
vou transcrever para vocês esse bonito trabalho
de pesquisa e divulgação que revelou
a mim alguns lugares que, também eu desconhecia.





A cerca de 710 metros de altura, no topo de uma montanha
está um dos locais mais visitados e fotografados da cidade de
Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa.




O Cristo Redentor, símbolo da cidade de
Rio de Janeiro, em 7 de Julho de 2007, em Lisboa, foi
eleita uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo
Moderno, em votação realizada pela internet e por
mensagens de celular. E a escolha foi merecida.
Do alto de seus 38 metros e dos 710 metros do
Morro do Corcovado, é a imagem da fé e da simpatia
do povo carioca. Vamos aproveitar e fazer uma
rápida visita, um passeio que se inicia no bairro do
Cosme Velho, a bordo de um simpático trem que
até chegar ao Cristo, percorre cenários de
inesquecível beleza e forte encantamento visual.





E já lá em cima, o que se vê é puro êxtase: a Baía de Guanabara,
o Pão de Açúcar, Urca e a enseada de Botafogo, em uma visão
inesquecível de um Rio de Janeiro deslumbrante, magnífico.





E na magia do entardecer colorido pela mão do criador, 
antecipando a magia da noite carioca, o Cristo reina
soberano, com seus braços abertos abençoando
e acolhendo a cidade e seus moradores em seu coração.



Como curiosidade:
Na cerimônia de inauguração, no dia 12 de outubro de 1931,
estava previsto que a iluminação do monumento seria
acionada a partir da cidade de Nápoles, na Itália, de onde
o cientista Guglielmo Marconi emitiria um sinal elétrico que
seria retransmitido para uma antena situada no bairro
carioca de Jacarepaguá, via uma estação receptora
localizada em Dorchester, Inglaterra. No entanto, o mau
tempo impossibilitou a façanha, sendo a iluminação acionada
diretamente do local. O sistema de iluminação original foi
substituído duas vezes: em 1932 e no ano 2000.







Mas, uma das maiores homenagens que pode ser prestada
a um determinado lugar em uma cidade, é ter seu nome
imortalizado em uma composição, em um poema que
se fez canção, ainda mais quando tem como criador Tom Jobim.

Aproveito para anexar um vídeo, com três grandes nomes da
Música interpretando Corcovado: João Gilberto, Stan Getz
e Astrud Giberto, com belas imagens de minha cidade natal.

carlos miranda (betomelodia) 




( vídeo em 360p )


Um cantinho e um violão
Este amor uma canção
Pra fazer feliz a quem se ama
Muita calma pra pensar
E ter tempo pra sonhar
Da janela vê-se o Corcovado
O Redentor que lindo

Quero a vida sempre assim
com você perto de mim
Até o apagar da velha chama

E eu que era triste
Descrente deste mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é felicidade meu amor
O que é felicidade o que é felicidade
Meu amor

antonio carlos jobim



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google