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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Belchior, Divina Comédia Humana



Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes.
Nome pequeno, para armazenar tanto talento.
Belchior nasceu em Sobral, Ceará, em
outubro de 1946. Foi um dos primeiros
cantores da Música Popular Brasileira e do
nordeste brasileiro, a fazer sucesso no Brasil
na década de 70.

Em sua infância lá no Ceará, foi cantador
de feira e poeta repentista. Estudou música coral
e piano com Acaci Halley. Foi programador de rádio
em Sobral e em Fortaleza começou a dedicar-se
à música após abandonar o curso de medicina.


belchior

Ligou-se a um grupo de jovens compositores
e músicos, entre eles Fagner, Ednardo e Cirino,
entre outros, conhecidos como o "Pessoal do Ceará".

Abaixo, para vocês, a composição de Belchior,
um clássico, sucesso até os dias de hoje, em um
vídeo editado por Ivanete.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )



Estava mais angustiado
Que um goleiro na hora do gol
Quando você entrou em mim
Como um Sol no quintal

Aí um analista amigo meu
Disse que desse jeito não vou ser feliz direito
Porque o amor é uma coisa mais profunda
Que um encontro casual

Aí um analista amigo meu
disse que desse jeito não vou viver satisfeito
Porque o amor é uma coisa mais profunda
Que um transa sensual

Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão
Morando na filosofia

Eu quero gozar no seu céu pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno
Ora direis ouvir estrelas

Certo perdeste o senso eu vos direi no entanto
Enquanto houver espaço corpo e tempo
e algum modo de dizer não eu canto


belchior




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

João Gilberto e Caetano Veloso: O Pato




Imaginem o orgulho e a emoção de um cantor poder
subir a um palco, entoar composições de
nomes consagrados seguindo a escola
ditada pelo primeiro e principal arquiteto do
sincopado toque, da batida inconfundível que 
João Gilberto nos legou em muitos violões,
através dessas cinco décadas de sua existência.


joão gilberto e caetano veloso

Canto várias composições de Caetano Veloso,
mas interpreto-as sempre procurando seguir
o estilo, a perfeição, a magia com que João Gilberto
brinda seu público em suas mágicas e sempre únicas
mas, ao mesmo tempo diferentes, apresentações.
Então vamos reunir os dois em um palco. O resultado
é um verdadeiro show.

Assim, nesta postagem, trazemos João Gilberto e
Caetano Veloso, interpretando com muita beleza
esta que considero uma dos clássicos inesquecíveis
dos primórdios da Bossa Nova, O Pato, de autoria
de Jayme Silva e Neuza Teixeira.

Ah, foi a primeira vez que vi o João emocionar-se com
satisfação ao dividir o palco com um colega.
Confiram ao final do vídeo.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )



O Pato
Vinha cantando alegremente
Quém! Quém!
Quando um Marreco
Sorridente pediu
Prá entrar também no samba
No samba no samba

O Ganso gostou da dupla
E fez também
Quém! Quém! Quém!
Olhou pro Cisne
E disse assim
Vem! Vem!
Que o quarteto ficará bem
Muito bom muito bem

Na beira da lagoa
Foram ensaiar
Para começar
O tico-tico no fubá

A voz do Pato
Era mesmo um desacato
Jogo de cena com o Ganso
Era mato

Mas eu gostei do final
Quando caíram n'água
E ensaiando o vocal

Quém! Quém! Quém! Quém!
Quém! Quém! Quém! Quém!
Quém! Quém! Quém! Quém!
Quém! Quém! Quém! Quém!

jayme silva / neuza teixeira




fontes
imagens e vídeo: - arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Meus Escritos - Ah! Se Verdade Fosse



Um mundo repleto de irrealidades, distante
do olhar, beirando a loucura, mundo onde
seu desespero, com a força e o clamor de
um vulcão faz seu sentimento emergir qual
um canto, que depois de longa viagem
chega ao seu distante coração.

O pensamento, ao vagar por entre
nuvens tempestuosas em uma comunhão
insana de pecados e desejos, ouve
as suaves canções transformarem-se em
alucinadas visões e infernais sons,
vindos do âmago de sua flagelada alma.

Sons lançados aos ventos, como
os coriscos a rasgar os céus são ouvidos,
fazem acelerado o seu coração, deixando
antever em olhares febris, loucos,
a ânsia do final que se aproxima, o
brilho aceso de meus olhos nos seus.

Chega frente à verdade, a descobre
em meio à tormenta de emoções, no
gozo incontido de uma total entrega,
gotas de amor perdendo-se sós por entre
visões alucinadas e se sacia.

Ah, se eu pudesse...
Ah, se verdade fosse...

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

domingo, 9 de novembro de 2008

Caetano Veloso e Milton Nascimento: A Terceira Margem do Rio



Milton escrevendo e Caetano musicando, o resultado
só podia ser ser esse, uma composição belíssima,
que em parte baseada no conto homônimo do livro
Primeiras Histórias e Grande Sertão: Veredas, ambos
de autoria de Guimarães Rosa.


milton nascimento e caetano veloso


Para um cantador, que é como me rotulo, interpretar
Milton Nascimento ou Caetano Veloso, é um verdadeiro
prazer, uma honra, agora imaginem interpretar uma música
com a Arte dos três... Pura emoção !

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Oco de pau que diz: eu sou madeira beira
Boa dá vau triztriz risca certeira
Meio a meio o rio ri silencioso sério
Nosso pai não diz diz: risca terceira

Água da palavra água calada pura
Água da palavra água de rosa dura
Proa da palavra duro silêncio nosso pai,
Margem da palavra entre as escuras duas
Margens da palavra clareira luz madura
Rosa da palavra puro silêncio nosso pai

Meio a meio o rio ri por entre as árvores da vida
O rio riu ri por sob a risca da canoa
O rio riu ri o que ninguém jamais olvida
Ouvi ouvi ouvi a voz das águas

Asa da palavra asa parada agora
Casa da palavra onde o silêncio mora
Brasa da palavra a hora clara nosso pai
Hora da palavra quando não se diz nada
Fora da palavra quando mais dentro aflora
Tora da palavra rio pau enorme nosso pai


milton nascimento / caetano veloso




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Nana Caymmi, Só Louco



Rio de Janeiro. Em abril de 1941, a Cidade Maravilhosa
recebia Nana Caymmi, nome artístico que tornou-se famoso
de Dinair Tostes Caymmi, filha de Dorival Caymmi e de
Stella Maris.

Irmã de Danilo e Dori Caymmi, cresceu numa
das famílias mais musicais do Brasil, começando a
cantar ainda muito jovem e adotando desde cedo uma
técnica particular para valorizar seu timbre grave.

No vídeo abaixo, uma edição de N. Cristina,
uma mostra de sua voz inconfundível, onde
interpretando uma das composições de
Dorival, mostra todo seu talento interpretando
maravilhosamente a música de seu pai.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Só louco
Amou como eu amei
Só louco
Quis o bem que eu quis

Ah insensato coração
Porque me fizeste sofrer
Por que de amor para entender
é preciso amar

Só louco só louco
Só louco só louco

dorival caymmi



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google