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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Zé Ramalho, Beira Mar

zé ramalho


Qual o segredo? Como é possível um cantor e
compositor como José Ramalho Neto, nascido em
Brejo da Cruz, Paraíba, no dia 03 de outubro
de 1949, ser reverenciado até os dias atuais,
conquistando e sendo admirado pelas
mais diversas gerações?

O segredo de Zé Ramalho, como muito bem foi dito,
é que ele é único em uma maneira de compor, de cantar,
colocando sua voz inigualável, em uma incrível
mistura de tendências e ritmos diversos, cativando
seus ouvintes pela autenticidade dos temas.

Com uma incrível gama de influências, tanto musicais
quanto de elementos culturais tais como Cantadores,
Repentistas e Rabequeiros nordestinos, Jovem Guarda,
Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, Raul Seixas, Alex Luiz
e se bem notarem, Bob Dylan, suas composições
possuem uma forte característica atemporal, onde entram
até traços de influência grega e de histórias em quadrinhos.

Este enorme leque de fontes de inspiração, é que torna
seu trabalho admirado por todas as gerações.
Zé Ramalho canta uma de minhas favoritas, Beira Mar.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Eu entendo a noite como um oceano

Que banha de sombras o mundo de sol

A aurora que luta por um arrebol
De cores vibrantes e ar soberano
Um olho que mira nunca o engano
Durante o instante que vou contemplar
Além muito além onde quero chegar
Caindo a noite me lanço no mundo
Além do limite do vale profundo
Que sempre começa na beira do mar
É na beira do mar

Ói por dentro das águas há quadros e sonhos
E coisas que sonham o mundo dos vivos
Há peixes milagrosos insetos nocivos
Paisagens abertas desertos medonhos
Léguas cansativas caminhos tristonhos
Que fazem o homem se desenganar
Há peixes que lutam para se salvar
Daqueles que caçam em mar revoltoso
E outros que devoram com gênio assombroso
As vidas que caem na beira do mar
É na beira do mar

E até que a morte eu sinta chegando
Prossigo cantando beijando o espaço
Além do cabelo que desembaraço
Invoco as águas a vir inundando
Pessoas e coisas que vão se arrastando
Do meu pensamento já podem lavar
Ah! no peixe de asas eu quero voar
Sair do oceano de tez poluída
Cantar um galope fechando a ferida
Que só cicatriza na beira do mar
É na beira do mar


zé ramalho




fontes
imageme vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Benito di Paula, Ah! Como Eu Amei



Uday Veloso nasceu na cidade de Nova Friburgo
no estado de Rio de Janeiro, em novembro de 1941.
Pianista, cantor e compositor, projetou-se nacionalmente
na Música Popular Brasileira, adotando o nome
artístico de Benito de Paula.

Criou um novo estilo musical, o chamado "Samba Jóia",
que traz incorporado as tendência jazzísticas e românticas,
ao som do piano no samba. Autor de grandes sucessos
da MPB na década de setenta, compôs várias canções
para Roberto Carlos, com quem disputava números
na vendagem de LP's.

No vídeo que ilustra esta postagem, um dos maiores sucessos 
deste grande Músico, Ah! Como eu Amei.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


O Amor que eu tenho guardado no peito
Me faz ser alegre sofrido e carente
Ah como eu amei

Eu sonho sou verso
Sou terra sou sol
Sentimento aberto
Ah como eu amei
Ah eu caminhei
Ah não entendi

Eu era feliz era a vida
Minha espera acabou
Meu corpo cansado e eu mais velho
Meu sorriso sem graça chorou
Ah como eu amei
Ah eu caminhei

Tem dias que eu paro
Me lembro e choro
Com medo eu reflito que
Não fui perfeito
Ah como eu amei


jota velloso e ney velloso



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 30 de novembro de 2008

Mário Gruber e Sua Arte Fantástica



Nesta nova página da série A Arte, vamos até o litoral
de São Paulo, a cidade de Santos onde em 1927,
nasceu Mário Gruber.


Autodidata, começou a pintar em 1943, tendo entrado
para a Escola de Belas Artes em São Paulo três anos depois,
onde após um ano, ganhou o primeiro prêmio no grupo de
dezenove pintores expositores.

O início de sua carreira, foi marcado pelo expressionismo,
na década de 50 pela realidade social. Já na década
de 70, foi influenciado por recursos fotográficos, optando
finalmente pelo realismo fantástico.


mário gruber

Suas obras fazem parte de acervos nos museus do Brasil
e também de internacionais tais como o Wisconsin
State Museum College Union, USA, o Museu Poushkin, Moscou,
URSS, o Wisconsin State Museum College Union, USA,
 dentre outros muitos museus.

Morreu aos 84 anos, numa clínica geriátrica em Cotia,
interior do estado de São paulo, onde estava internado
para se tratar de complicações causadas por um câncer.
A seguir, uma pequena mostra da arte fantástica deste que foi
um dos maiores pintores do Brasil, Mário Gruber.

carlos miranda (betomelodia) 




fantasiado II - 1976

sem título - 1982

grupo do coração maneiro - 1987

a última tela: retrato de mário schenberg - 1978

sem título - 1967

chapéu de couro - 1979

sem título - 1984

sem título - 1984

sem título - 1978



destaco: serigrafia rara, sem título


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Paulinho da Viola e Marisa Monte: Dança da Solidão



Considerada por uma das mais notáveis revistas
do mundo no segmento de música, como
a maior cantora do Brasil, posto este antes ocupado
por Elis Regina, aqui mostraremos um pouco
da Arte de Marisa Monte.


marisa monte

Em 1985, permaneceu dez meses na Itália
para estudar canto, mas desistiu do gênero lírico
e passou a cantar Música Popular Brasileira
acompanhada de amigos e com isso,
enriquecendo nossas noites.

Marisa Monte já fazia muito sucesso de
público e de crítica, mesmo antes de ter o primeiro
disco gravado, o que só veio a acontecer
em 1988, com Marisa Monte ao Vivo.
Mas aqui nesta postagem, ela não vai estar
só, mas muito bem acompanhada...


paulinho da viola

... acompanhada por um dos mais requintados
compositores de samba em atividade, por
Mestre, por Paulinho da Viola.
Letrista e instrumentista aclamado, cresceu
ouvindo em casa canjas de músicos tais como
Pixinguinha e Jacob do Bandolim, logo aprendendo
a tocar violão e cavaquinho.

Sua música fala do dia a dia das pessoas
com uma poesia toda especial, sendo um dos
poucos artistas que fazem uma elegia da
negritude brasileira. Sua elegância se deve não
apenas por seu extraordinário talento
e sofisticação musical, ma
também por sua postura e caráter.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Solidão é lava
Que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo

Solidão palavra
Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão

Desilusão desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão

Camélia ficou viúva
Joana se apaixonou
Maria tentou a morte
Por causa do seu amor

Meu pai sempre me dizia
Meu filho tome cuidado
Quando eu penso no futuro
Não esqueço o meu passado

Desilusão desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão

Quando vem a madrugada
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a lua cheia

Apesar de tudo existe
Uma fonte de água pura

Quem beber daquela água
Não terá mais amargura

Desilusão desilusão
Danço eu dança você
Na dança da solidão

Danço eu dança você
Na dança da solidão


paulinho da viola



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Agepê, Deixa Eu Te Amar



Agepê, nome artístico de Antônio Gilson Porfírio,
nascido na cidade de Rio de Janeiro no dia
10 de agosto de 1942, e lá vindo a falecer em
30 de agosto de 1995.


agepê

Qual músico não teve o prazer de, ao interpretar
uma de suas canções, ser muito aplaudido
pelo público presente? Carioca, fez parte do
grupo de compositores da Portela, lançando seu
primeiro sucesso em 1975, com a composição
"Moro Onde Não mora Ninguém".

Mas seu maior recorde nacional foi com
"Deixa Eu Te Amar", do disco "Mistura Brasileira"
em 1984, que teve mais de um milhão e meio
de cópias vendidas. Seu samba então, enveredou
por um estilo mais romântico, sensual e comercial, que
fez escola, inspirando a muitos compositores.


Não preciso dizer que esta composição, que considero
um dos melhores sambas que de amor fala,
sempre fez parte de meu repertório, e é muito bem
ilustrada no vídeo abaixo em uma ótima edição.

carlos miranda (betomelodia) 





Quero ir na fonte do teu ser
E banhar-me na tua pureza
Guardar em pote gotas de felicidade
Matar saudade que ainda existe em mim

Afagar teus cabelos molhados
Pelo orvalho que a natureza rega
Com a sutileza que lhe fez a perfeição
Deixando a certeza de amor no coração

Deixa eu te amar
Faz de conta que sou o primeiro
Na beleza desse teu olhar
Eu quero estar o tempo inteiro

Quero saciar a minha sede
No desejo da paixão que me alucina
Vou me embrenhar nessa mata só porque
Existe uma cascata que tem água cristalina

Aí então vou te amar com sede
Na relva na rede onde você quiser
Quero te pegar no colo
Te deitar no solo e te fazer mulher

Deixa eu te amar
Faz de conta que sou o primeiro
Na beleza desse teu olhar
Eu quero estar o tempo inteiro


adriano jurandi da silva / joão pereira lima filho




fontes
imagens e  vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoa/  google