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sábado, 20 de dezembro de 2008

Djanira e o Milagre da Pintura



Nesta nova postagem da série A Arte,
vamos falar sobre um milagre atribuído à pintura e fé.
Djanira da Motta e Silva, nascida em Avaré, no interior do
estado de São Paulo em 20 de junho de 1914, pintora,
desenhista, ilustradora, cartazista, cenógrafa e gravadora,
legou ao mundo das artes plásticas, belas criações.

Trabalhou muito desde criança e quando morava em
São Paulo, foi vendedora ambulante para se sustentar.
Não pensava e sequer imaginava um dia ser uma artista
plástica. Ganhava pouco, morava e comia mal e trabalhava
muito além de suas forças.


djanira

O resultado foi que contraiu tuberculose, sendo então
internada no pavilhão de pacientes terminais do Sanatório
Dória, na cidade de São José dos Campos, em 1930.
No hospital foi que teve acesso pela primeira vez a pincéis
e telas. Djanira passou a pintar a figura de um Cristo,
contorcido em dores, como os pacientes do pavilhão dos
desenganados. Para espanto dos médicos que previam
de dois a três meses de vida para ela, recuperou-se
e recebeu alta, quase que completamente curada.

A partir de então, começou a produzir muitas obras de arte
e em 1952, viajou pelo Brasil para colher imagens do cotidiano
e de festas religiosas, sendo essa a fase mais expressiva
de sua carreira. Representou pescadores, trabalhadores do
campo, da cidade, assim como o místico sincretismo do
catolicismo e cultos afro-brasileiros.

Em 1979, com a saúde novamente debilitada, entrou para
a Ordem Terceira do Carmo e mudando o seu nome
para Teresa do Amor Divino. Djanira, morreu no convento,
na cidade de Rio de Janeiro, pouco tempo depois.

carlos miranda (betomelodia)




cena de mercado, 1960

casa de farinha, 1963

cafezal, 1952

estação de belo horizonte, 1948

trabalhador de cal, 1974

vista de santa tereza, 1979

igreja de santo antonio dias, 1955

o circo, 1944


destaco: três orixás, 1966

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Elza Soares, Chora



Em 23 de junho de 1937, na cidade de
Rio de Janeiro, na época Distrito Federal,
nascia Elza da Conceição Soares, aquela que até os
dias atuais encanta a todos, não só no Brasil mas
em todo o Mundo, com seu timbre de voz
inconfundível, com suas interpretações magistrais
em arranjos perfeitos.

Nascida e criada em uma favela no bairro de
Água Santa, Elza é um verdadeiro exemplo a ser seguido em
se tratando de superar obstáculos, acumulando
vitórias a cada desafio que a vida lhe propôs.

Com sua voz rouca e vibrante, sua marca registrada,
tornou-se conhecida com a música "Se Acaso Você Chegasse",
com seu estilo de cantar irreverente que fascina seu público.
De vários álbuns por ela lançados, destaco"Do Cóccix Até o Pescoço",
que garantiu-lhe uma indicação ao Grammy em 2002, tendo seu trabalho
recebido críticas fantásticas por seu imenso talento e por divulgar
grandes nomes e belas páginas da Música Popular Brasileira.

Em 2007, por ocasião dos Jogos Pan-Americanos no Brasil.
na cidade de Rio de Janeiro, Estádio do Maracanã,
onde cantando o Hino Nacional Brasileiro abriu o Evento,
lançou o álbum "Beba-me", com faixas relembrando
seus grandes sucessos e fases de sua carreira.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Chora desabafa seu peito
Chora você tem o direito
Se tratando de amor qualquer um pode chorar
Não se envergonhe do pranto
Que é
 privilégio de quem sabe amar

Quem não teve amor nunca sofreu
E desconhece o que é agonia
Abra o peito e deixe o pranto livre como eu
Ah desabafe a melancolia

elza soares



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 13 de dezembro de 2008

Caetano Veloso, Cajuína



Caetano Emanuel Viana Teles Veloso.
Veio ao mundo em 7 de agosto de 1942, na
cidade de Santo Amaro da Purificação, Bahia.

Interpretando canções da Bossa Nova em bares da cidade,
e influenciado por João Gilberto, Caetano criou o estilo
musical que ficou conhecido como MPB, ou seja, 
Música Popular Brasileira, que deslocava o pop na direção
de um ativismo político e de conscientização social.

Como grande admirador de suas obras e interpretações,
em meu repertório muitas de suas composições
são por mim cantadas, sendo certeza de muitos aplausos.

No vídeo que ilustra esta página, uma pequena mostra do
talento de Caetano e seus músicos cantando Cajuína,
com um incrível solo de celo de Jaques Morelenbaum.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Existirmos
A que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina


caetano veloso




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Meus Escritos - Um Tolo Apaixonado



Há tempos ouvi uma história de Amor que creio ter sido real.
É sobre um tolo apaixonado, um cantor que
entre tantos sofrimentos, tantas desilusões,
não desistiu jamais de sonhar, de amar, de ser amado.
Em gestos e sons, ele nutria a chama de esperança na vida
e nos corações de quem o ouvia, tentando entre
canções e palavras de Amor, ser feliz como
a felicidade que transmitia em seu cantar.

Sentia o tempo passar. E em seu pensamento,
mesmo sem de seu sonho acordar,
apostava na paixão, paixão que tornaria realidade o
Amor guardado no mais profundo recesso
de seu coração. No luzir da sedução
que sua lembrança evocaria, a razão seria
obscurecida pela simples visão da esperança,
pela visão de sua realidade, pelo Amor.

Diziam que o verde de seu olhar, buscava em uma
terra distante, um lugar em que pudesse bem de perto
ver as matas protetoras de um vale sedutor,
um acolhedor vale só seu, onde aconchegante
gruta o aguardaria, o protegeria e forças lhe
daria em suas noites, para que nos seguintes dias
continuasse a vida enfrentar.

Hoje quem por ele pergunta, sem saber de
seu paradeiro fica. Contam que ao partir sorria,
pois ao encontro de seu sonho ele ia. Falam que depois
de muito sofrer, sem jamais desistir ou duvidar, sem
temer os caminhos que teve e teria que trilhar,
ele encontraria o que buscava. Assim, partiu.

Não mais dele se soube.
Hoje, eu que ainda canto nas noites,
ao interpretar uma melodia de amor falando
de esperança e sonhos, eu que ainda conto estrelas,
creio saber onde ele está e tenho certeza
que encontrou o que tanto buscava.
Ao olhar para o céu, noto duas estrelas bem
próximas uma da outra. Uma com um brilhar
mais intenso a quem chamo Sol, e ao seu lado,
sua companheira, a quem chamo Lua.

O estranho é que
a cada vez que as vejo, mais próximas estão,
com seu feliz brilhar, pelas mãos do Amor protegidas.


carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base da pesquisa: arquivo pessoal / meus escritos

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Enrico Bianco, o Mais Brasileiro dos Pintores Italianos, I

enrico bianco, o mais brasileiro dos pintores italianos
bumba meu boi


Na postagem de hoje da série A Arte, vamos para a cidade
de Rio de Janeiro, onde reside o mais brasileiro dos
pintores italianos, Enrico Bianco.

Nasceu no ano de 1918, em Roma, Itália, onde iniciou seus
estudos na década de 30. Foi lá que realizou a sua
primeira exposição individual, em 1936. Chegou ao Brasil
em 1937, fixando-se no Rio de Janeiro e realizando
várias exposições individuais, destacando-se a do Museu
Nacional de Belas Artes, em 1982.


enrico bianco

Bianco pinta especialmente paisagens, naturezas mortas
e cenas do campo, num trabalho que evoca a tradição
do “saber fazer” de grandes pintores, pelo labor
incessante e pela elaboração técnica. Aluno de Portinari,
foi seu assistente na realização dos murais do prédio
do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro
e da sede da ONU, em Nova York. Bianco após a morte de
Portinari, herdou seu estilo em suas obras.

Por ter escolhido o Brasil como sua segunda pátria, por
ter-se fixado aqui e por ter desenvolvido aqui praticamente
toda sua obra com influência inegável de artistas brasileiros,
tendo como tema de trabalho, a vida, os costumes e a
sociedade brasileira, Enrico Bianco pode ser incluído com
muita propriedade, entre os maiores Pintores do Brasil.

carlos miranda (betomelodia) 




jangadas

ceia, detalhe

colheita

nu sentado

nu

nu com vaso

natureza morta

trigal

criança com carneiros


destaco: bumba meu boi

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto (carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google