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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Chico Buarque, Valsinha



A princípio, conheci as composições de
Chico Buarque, ouvindo quando jovem, os
comentários de meus colegas da noite,
no Rio de Janeiro, onde nasci.
Para descrever sua grandeza como compositor,
me faltam palavras e assim, tenho que
recorrer às de nosso mestre, Tom Jobim,
usando uma de suas citações:

"Para o Brasil, é uma coisa muito boa
ter um Chico Buarque. Ele é um gênio da raça,
depositário da cultura popular brasileira.
Grande poeta, grande músico, grande letrista,
grande escritor, grande tudo."
tom jobim






Creio que com essa citação, a síntese
de um Mestre à outro, maiores comentários
são desnecessários e só me resta colocar
o vídeo da primeira música que dele
interpretei, editado por Ivanete, a minha querida
parceira a quem devoto grande amor.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )




Um dia ele chegou tão diferente
do seu jeito de sempre chegar

Olhou-a dum jeito muito mais quente
do que sempre costumava olhar

E não maldisse a vida tanto
quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto
pra seu grande espanto convidou-a pra rodar


Então ela se fez bonita
como há muito tempo não queria ousar

Com seu vestido decotado
cheirando a guardado de tanto esperar


Depois os dois deram-se os braços
como há muito tempo não se usava dar

E cheios de ternura e graça
foram para a praça e começaram a se abraçar


E ali dançaram tanta dança
que a vizinhança toda despertou

E foi tanta felicidade
que toda a cidade enfim se iluminou


E foram tantos beijos loucos
tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

vinicius de moraes / chico buarque




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Almeida Júnior e a Arte



Ouvi falar e conheci uma de suas telas
na cidade em que residi por bom tempo, Piracicaba,
no interior do Estado de São Paulo.

José Ferraz de Almeida Júnior.


almeida júnior

Nascido na cidade de Itu no ano de 1850, era um
homem tímido e retraído mas paradoxalmente ousado.
Após completar 19 anos, trabalhando como sineiro
na Igreja de Nossa Senhora da Candelária,
em sua cidade natal, desde tenra idade
demonstrava um forte dom para a pintura,
o que levou o Padre Miguel Correa Pacheco
a angariar donativos para que ele pudesse
ir para o Rio de Janeiro e estudar Artes Plásticas.

Formado pela Academia Imperial de Belas Artes,
retornou à Itu, montou um ateliê onde lecionou
desenho e dedicou-se a fazer retratos, um dos quais
foi apreciado pelo Imperador Dom Pedro II.
O retrato agradou tanto ao Imperador, que o
chamou oferecendo a ele o custeio de seu
aperfeiçoamento na Europa, mais um crédito de
300 francos mensais para sua subsistência.

Assim, em novembro de 1876, Almeida Junior
partiu para Paris, matriculando-se na
Escola Superior de Belas Artes como aluno do
célebre Cabanel. Inteligente e estudioso, nunca
perdeu seu jeito despojado de matuto, falando,
vestindo-se e agindo como os primitivos
provincianos da cidade de Itu. Certa vez, pelo
Visconde de Nioac recriminado por seu modo de
ser, falar, vestir, indignou-se e disse que
nunca abandonaria sua origem.

Nas horas vagas, a um teclado de piano se
entregava horas à fio, tendo chegado a compor
algumas músicas. De maneira trágica, terminaram-se seus
dias aos 13 de novembro de 1899, em frente ao Hotel
Central de Piracicaba, apunhalado por seu primo
José de Almeida Sampaio, que havia descoberto
a ligação amorosa de Almeida Junior
com sua esposa, Maria Laura.

Agora, mais que palavras, seu
criacionismo está presente nas obras que abaixo
mostramos e que revelam o enorme talento
de que era dotado.



carlos miranda (betomelodia) 


moça com livro

pescando


caipira picando fumo

amolação interrompida


família reunida em casario

o violeiro


o importuno

recado difícil




destaco: descanso da modelo

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Meus Escritos - Dois Fótons, um Destino

o big bang


Há aproximadamente 18 bilhões de anos,
uma violenta explosão, da qual pouco ou quase nada
sabemos, resultou na formação de todo esse
maravilhoso Universo em que hoje habitamos.
Foi denominada Big Bang.

Em sua infância, após uma inacreditável expansão, antes
mesmo que a Criação tivesse um segundo de vida e
pelos próximos trezentos mil anos seguintes, os
fótons dominavam o Universo. Espalhavam-se.
Aos poucos, começaram a surgir os átomos de hidrogênio
e hélio. Com a idade de cerca de um milhão de anos, um
novo fato começou a ocorrer. Em meio à nuvens de
quentes gases, que continham as sementes do que hoje
são as miríades de galáxias, repletas de milhões de sóis,
o que chamamos de força gravitacional começou a agir
e os primeiros aglomerados começaram a se formar.

Elementos que formam a vida, tais como
o carbono e o oxigênio, só surgiram bilhões de anos depois,
sintetizados no interior de imensas estrelas já moribundas.
Assim a Teoria do Big Bang consegue narrar, com um
grau de confiabilidade razoável, a infância remota
do Universo. Mas antes do marco zero, o que existia
quando ainda não tinha sequer começado?

A resposta mais honesta é: não sabemos.
O Big Bang deu origem a tudo, inclusive ao espaço e ao
tempo. Quer dizer, antes disso existia algo que só
podemos chamar de desconhecido. Esqueçamos então, aquelas
imagens que de vez em quando você vê em filmes, em que um
vasto espaço escuro é preenchido por uma explosão.
Não havia matéria, não havia espaço, não havia tempo,
não havia... nada.

carlos miranda (betomelodia) 




A lembrança. Em meio ao silêncio, foram ofuscados
por intenso brilho e violentamente separados.
Rápida e inexoravelmente, seguiram por caminhos
diferentes, opostos, rumo à escuridão, ao desconhecido.
A partir de então, a busca começara.

Após milhares de anos, em meio aos fótons que então
povoavam o Universo, continuou a buscar sua companheira
e ela, a ele. Cada um conhecia o luzir que almejavam
encontrar, tecendo na tarefa, planos para o
encontro. O vazio que os invadira era tão grande
quanto o espaço em que agora viviam e que
ante seus sentidos, lentamente se modificava.
Novos elementos surgiram e iniciaram uma nova
etapa na evolução do Universo de suas existências.
A determinação dos dois fótons de se
encontrarem, mesmo com o passar de milhões de anos,
não esmorecia. Continuavam a buscar-se.
Vagavam então pelo negro vazio. Buscando.

Assim, viram belas nuvens de gases se condensarem,
gigantescas estrelas nascerem e sucumbirem ante
seu colossal e insustentável tamanho. Assistiram
à formação de galáxias, sóis e planetas,
visitando a todos em sua incansável busca.

Certa feita, um milagre aconteceu.
Creio que o Criador se compadeceu de seus penares.
Ou então, os demais fótons e os
novos elementos que criados foram, souberam
de suas histórias e em todo o Universo,
resolveram ajudá-los. Uniram-se. Criaram novos elementos,
prepararam o vazio para receber a Vida, Vida que
os faria no futuro se encontrarem.

Com o passar de bilhões de anos o Universo tornou-se
mais estável. Novas estrelas nasceram e os guiaram com a
forte luz, existência por existência, tecendo
o destino que então poria fim à sua incansável
procura. Aconteceu que o Amor recíproco, não deixou
que neles ocorressem mudanças. Mesmo ainda separados.
Amavam-se desde o princípio dos tempos. Eram um só.
Fótons eram e fótons continuaram a ser, espalhando seu
puro luzir, primordial luzir, pelo espaço que continuavam
a singrar até então. E num planeta à beira de uma
galáxia, um dia sentiram a presença, um do outro e a
procura tornou-se frenética, louca e incansável.

Vidas ainda separadas eram. A busca continuou em
meio à matéria. Encontraram-se. Estavam então
aprisionados. Corpos materiais, orgânicos, eram então.
Mas com seu brilhar ainda forte e decidido, tornariam
a ser novamente pequenas luzes, luzes guiadas e
protegidas pelo Amor Eterno, sem igual. Sei, com certeza,
que no futuro voltarão ao espaço sem fim, juntos,
percorrendo os mundos em que estiveram à procura
da paz e da ventura que como agora, vivem. Lado a lado.

" Sim, somos um só!
Isso, tenho certeza, pois além de nada mais saber,
apenas disso tenho certeza. "

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - textos: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

segunda-feira, 16 de março de 2009

Caetano Veloso, Carolina



O que falar sobre Caetano Veloso, que adjetivos
usar sem redundâncias, sem que haja plagio
no que se refere a elogios ou idolatria?
Interpreto suas composições há muitos anos, 
sendo sempre muito aplaudido ao cantar 
seus vários sucessos.




Esta interpretação de Carolina, autoria
de Chico Buarque, está em meu acervo de vídeos
que, nesta postagem, hoje divulgo para
matar as saudades de velhos tempos.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )



Carolina nos seus olhos fundos
Guarda tanta dor
A dor de todo esse mundo

Eu já lhe avisei que não vai dar
Seu pranto não vai nada ajudar
Eu já convidei para dançar
É hora já sei de aproveitar
Lá fora amor uma rosa nasceu
Todo mundo sambou uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo
Pela janela oi que lindo
E só Carolina não viu

Carolina nos seus olhos tristes
Guarda tanto amor
O amor que já não existe

Eu bem que avisei vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei para agradar
Agora não sei como explicar
Lá fora amor uma rosa morreu
Uma festa acabou nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
E só Carolina não viu

chico buarque




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 1 de março de 2009

André Abujamra, Atotô Baluaê

oxaguiãn


A cidade, São Paulo. O ano, 1965. O pai,
diretor, ator e ex-juvenil do Internacional de
Porto Alegre, Antonio Abujamra. O seu nome,
André Cibelli Abujamra, que compositor,
cantor, multi-instrumentista e ator,
montou na década de 80 a banda denominada
Os Mulheres Negra, junto com Maurício
Pereira, por eles classificada como a terceira
menor big-band do mundo.



andré abujamra


No zodíaco, é Touro com Gêmeos, ou seja,
pés no chão e cabeça na lua. Tem o Candoblé
como sua religião sendo guiado por Obaluaê,
que lhe legou a inquietação. Essa miscelânea de 
influências faz com que ele se auto-defina como ator, 
diretor, produtor e músico, simplesmente um 
multi-profissional. 

Começou sua carreira por volta de 1985, mas foi 
em 2003 que realizou seu mais difícil trabalho, 
ao compor a trilha para o longa de Hector Babenco, 
Carandiru, sucesso do cinema braileiro. 

Tendo feito parte da banda Karnac, realizou no mesmo 
ano, em junho, no Villagio Café, em São Paulo, o 
seu primeiro show e após pouco mais de um ano, 
lançou O Infinito de Pé. Abaixo, em um vídeo 
editado por giulianoscan, um de seus muitos 
sucessos, Atotô Baluaê.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo gravado em havana, cuba, 240p )



atotô atotô atotô atotô
atotô atotô atotô atotô

atotô (baluaê) atotô (baluaê)
atotô (baluaê) atotô...

iemanjá Iejju iejju iemanjá
iemanjá Iejju iejju iemanjá

iemanjá Iejju iejju iemanjá
iemanjá Iejju iejju iemanjá

oxaguian oxaguian

iemanjá Iejju iejju iemanjá
iemanjá Iejju iejju iemanjá


andré abujamra




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google