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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ana Carolina, Ruas de Outono



Dia 29 de novembro de 2008.
Vinte e uma horas. Cheguei na capital
de Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Será verdade?
Ela estará me esperando? Teria eu me iludido em um sonho
à dois, nascido de um  encontro virtual? 
 Na rodoviária medo, solidão. Um final desconhecido para mim.
Embarquei em um táxi e me dirigi à derradeira 
esperança de felicidade que sempre sonhei.
Meu destino, a Cidade Baixa, região central de Porto Alegre.

Cansado e apreensivo, meus poucos pertences no piso
da calçada eu deixei. Estático e ansioso eu estava. Um rosto 
sobressaiu  da multidão. Lá estava ela, tal como eu
a via no msn, só que agora ao vivo, correndo
ao meu encontro. Seu abraço, jamais esquecerei.
Seu cheiro me inebriou. Sua voz que tanto quis em
meus ouvidos.  Ela existia. Eu a apertava em meus braços.


rua joão alfredo - cidade baixa - porto alegre - rs

Hoje. 29 de outubro de 2010.
Descobri a felicidade nos pequenos momentos, que se tornam
grandes pelo Amor. Caminhar de mãos dadas, muitas vezes
sem destino, ouvir os pássaros cantando na laranjeira ao
lado da janela do nosso quarto, rir por pequenas coisas.
Preparar um jantar surpresa para a mulher amada,
vendo a felicidade em seu olhar. Viver com
humildade e agradecer cada momento do dia, cada
sorriso de Amor recebido.

Sim, hoje sinto-me feliz, minha busca terminou.
Encontrei tudo o que procurei em tempos passados.
Encontrei paz, amor, compreensão, cumplicidade,
companheirismo, amizade. Hoje, resumo tudo o que a
Vida me recompensou em uma única palavra:
Ivanete.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar

Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto

Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar


ana carolina / antonio villeroy



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dick Farney, Alguém Como Tu



Farnésio Dutra e Silva, conhecido por Dick Farney,
carioca da gema, nascido em 14 de novembro de 1921,
morreu em 04 de agosto  de 1987. Deixou uma grande
quantidade de álbuns, nos quais interpretou com
sua marcante voz, as mais belas páginas da
Música Popular Brasileira.

Como piloto desta série de postagens sobre os
clássicos sucessos que marcaram época, escolhi
um vídeo que mostra todo o talento daquele
que além de intérprete, compunha e foi um
pianista excelente. Confiram.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Alguém como tu
Assim como tu
Eu preciso encontrar
Alguém sempre meu
De olhar como o teu
Que me faça sonhar


Amores eu sei
Na vida eu achei e perdi
Mas nunca ninguém desejei
Como desejo a ti


Se tudo acabou
Se o amor já passou
Há de um sonho ficar
Sozinho estarei
E alguém eu irei
Procurar


Eu sei que outro amor posso ter
E um novo romance viver
Mas sei que também
Assim como tu
Mais ninguém


Alguém como tu
Assim como tu
Mais ninguém

josé m. de abreu e jair amorim




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meus Escritos - Pai

meu pai, orlando viduani

Desde há muito, muito tempo, tanto tempo que
parece ter sido em outra vida que não a minha, eu
tentei. Desejava que minha adoração por ti e por teu
trabalho fosse correspondida com um pouco, um pouco só
de afeto, carinho ou apenas, amizade. Sim, tentei ser teu
amigo, amigo para ouvir e ser ouvido. Estava sempre
a acatar tuas palavras, obedecer tuas ordens, mostrar
que eu crescia, que sua inteligência era minha herança.

Falhei. E até hoje, anos após tu teres partido, não
consigo entender onde falhei. Tinha adoração, respeito
por ti. Quantas vezes te defendi até com força bruta,
como no supermercado de onde tu voltaste me pedindo
ajuda, pois havias sido agredido físicamente, lembra?
Agredi teu agressor de forma violenta, dentro mesmo do
supermercado, deixando claro que em meu Pai ninguém
tocava sem primeiro por mim passar.

Sabe, nunca desejei nada em troca de meu amor por ti.
Só ansiava por teu carinho, ouvir de tua boca a palavra filho,
ouvir tu te referires a mim com orgulho pelo que
eu sempre fui, um teu admirador, um filho que sempre o
respeitou muito. O único filho que te ouvia calado em teus
momentos de ira, ao me dizer coisas horríveis, me surrar em minha
infância por meras tolices, insignificantes motivos. Mesmo nestes
momentos não faltava com o respeito a ti. Calava. Ouvia. Sofria.

A distância entre nós foi aumentando com o passar dos anos.
O sentimento qualquer que nutrias por mim foi aos poucos
se transformando em ira, inexplicável, intensa. E assim
tu partiste. Odiando-me.

Sou cantor. Mas não sei se sabias ou soube um dia,
que um cantor tem a emoção à flor da pele e por azar,
os sentimentos mais profundos se revelam, quando no palco
interpreto uma canção. E quando a canção lembra a Ti,
pensamentos tristes afloram, minha voz embarga. Meu olhar
em lágrimas se transforma. Paro de cantar. Imagine-me 
em uma de minhas apresentações entoando a canção de
Fábio Júnior, Pai, a sinto como uma oração a Ti.
Não consegui, Pai. Me perdoa uma vez mais por,
em teu conceito, eu mais uma vez ter falhado.

seu filho
carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )

Pai
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez

Pai
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz

Pai
Pode crer eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo

Com loucura prá você renascer

Pai
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor
Pra você

Pai
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga pra ver...

Pai
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu

Pai
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Ah! Ah! Ah!

Pai
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
 

Pai! Paz!

fábio júnior




fontes
imagem: carlos miranda (betomelodia) - vídeo:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Antonio Hélio Cabral e a Diversidade na Arte



Em atenção ao meus visitantes, foram seis pedidos(!),
à um em especial que me pediu em anonimato,
posto mais uma vez sobre a Arte de
Antonio Hélio Cabral.


Sobre Antonio Cabral, já fizemos uma postagem a qual pode ser
visualizada em 19/06/09, com um pequeno resumo biográfico.

Observo que Cabral em suas obras parece construir imagens
com fortes ou tênues traços, ao mesmo tempo que as decompõe em
meio ao fundo, integrando-as ao mesmo.  E os fundos,
sempre com grande profusão de cores e em vários tons, são
criados com intensas pinceladas. 

carlos miranda (betomelodia) 




figura com lilás

leitura

flores e paisagem

mulheres

paisagem

figura feminina

cadeira e janela


destaco: tríade


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 10 de outubro de 2010

Paulo Diniz, Como?



Nesta terceira edição de uma série de seis, como
prometido, vamos falar um pouco mais sobre 
esse grande artista que é Paulo Diniz. 

Natural de Pesqueira, Pernambuco, nasceu no 
ano de 1940. Compositor, um imenso talento como 
cantor, ficou órfão de pai aos 12 anos e assim, 
precisou trabalhar em uma indústria de alimentos, 
ou melhor, doces, em sua cidade até os 16 anos 
quando então mudou-se para a capital, Recife. 
Lá, foi engraxate, locutor de casas comerciais e 
também locutor da Rádio Jornal do Comércio. 

De Recife foi para a cidade de Caruaru, Fortaleza e
finalmente em meados de 1960, para a cidade de
Rio de Janeiro, onde conseguiu contrato em
uma emissora de rádio. Foi lá que gravou seu 
primeiro disco, compacto simples, com as canções 
Quem Desdenha Quer Comprar e O Chorão. 

Sucesso em todo o Brasil, foi convidado e passou 
a frequentar o programa Jovem Guarda, 
comandado por Roberto Carlos. Foi assim 
que eu, assíduo telespectador do programa, 
que era, conheci o Paulo e em meu repertório 
comecei a adicionar suas composições. 
Época boa... 

carlos miranda (betomelodia) 


(vídeo em 360p )




Como vou deixar você se eu te amo
Como vou deixar você se eu te amo

Sei que a minha vida anda errada 
Que já deixei mil furos mil mancadas 
Talvez esteja andando em linhas tortas 
Mas por enquanto eu vou te amando 
É o que me importa

Mas você também não é rota principal 
E toda estrada tem final 
Eu quero saber é

Como vou deixar você se eu te amo 
Como vou deixar você se eu te amo 

paulo diniz



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)

base das pesquisas: arquivo pessoal / google