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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Hermes Aquino, Nuvem Passageira

betomelodia.blogspot.com


Nesta página que hoje publico, vou trazer
mais um gaúcho. Hermes Aquino, lá de Rio Grande. É o autor da canção
Nuvem Passageira, que ilustra o vídeo abaixo, um grande sucesso na
década de setenta, tema da novela O Casarão. Só o que Tom Zé
declarou certa vez, dá para dar uma ideia do talento de Hermes:

 " Eu gostaria de ter sido o compositor desta canção."
Tom Zé

hermes aquino


Ah... e dedico a edição deste vídeo ao meu amigo do Facebook,
Celso Almeida, Senhor e Amigo dos Ventos, lá de Pelotas,
do outro lado da Lagoa dos Patos.

carlos miranda (betomelodia) 


(vídeo em 360p )
( correção: nos créditos ao final do vídeo, o intérprete é hermes aquino e não a dupla kleyton e kledir )



Eu sou nuvem passageira
Que com o vento se vai
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai

Não adianta escrever meu nome numa pedra
Pois esta pedra em pó vai se transformar
Você não vê que a vida corre contra o tempo
Sou um castelo de areia na beira do mar

  A lua cheia convida para um longo beijo
Mas o relógio te cobra o dia de amanhã
Estou sozinho, perdido e louco no meu leito
  E a namorada analisada por sobre o divã

Por isso agora o que eu quero é dançar na chuva
Não quero nem saber de me fazer, vou me matar
Eu vou deixar um dia a vida e a minha energia
Sou um castelo de areia na beira do mar

hermes aquino




fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google

domingo, 15 de maio de 2011

Meus Escritos - Decepção

o abacateiro


Sentado em uma forquilha ele cismava e analisava a vida,
do alto de seus dez anos, no alto do abacateiro...

"Já sou grande. Cresci bastante porque como bastante.
Quer dizer, como mais ou menos porque já sou bem forte.
Os mocinhos e os bandidos dos filmes "fazem", então
por que eu não posso "fazer" também?
Acho que se eu "fizer" com ela, não posso deixar ninguém ver ..."






A década de cinquenta foi palco para sua infância.

O Rio de Janeiro era uma cidade onde um
menino de dez anos podia brincar em suas ruas
sem perigo de sequestros, balas perdidas,
assaltos e outras coisas mais, que hoje
são o tormento dos cariocas. Naqueles tempos
as preocupações eram outras...

Observador atento, buscava seguir os exemplos
de seus heróis nos filmes, tais como
Roy Rogers, Zorro, Flash Gordon, Fantasma e outros
mais, inclusive Jerry Lewis em suas engraçadas
comédias. O poder de sedução que eles
tinham ele os queria ter. Mas era óbvio que para
isso, ele teria que "fazer" aquilo que eles "faziam".
Os cartazes espalhados pelas ruas da cidade e


as propagandas nos bondes, aumentavam
cada vez mais sua vontade de "fazer". Reuniu os
seus amigos e trocaram idéias sobre qual
seria a melhor maneira de "fazer"
aquilo e propôs a eles que todos começassem a
treinar para que impressionassem as meninas
quando fossem namorá-las.


"Então tá combinado: vamos para casa
treinar, mas não esqueçam que ninguém pode ver.
Acho que no banheiro é mais seguro."


Até que não era difícil "fazer" pois já haviam visto escondido
muitos filmes. Cansava um pouco a mão, mas era gostoso.
O treinamento causava muito, muito  prazer, só
em pensar como seria "fazer" de verdade, pois essa
nova experiência com certeza deixaria as suas
namoradas com desejo de "fazer", tal como as
mulheres dos filmes. A pose, o jeito de mover o corpo
e as mãos, era essencial e no início exigia muita
concentração para atingir o objetivo.
Xi, ele estava excitado de novo...


" Mais uns dias e é meu aniversário. Onze anos, onze!
Preciso pensar em alguém que me diga como
conseguir para "fazer" e impressionar as meninas. Pais,
nem pensar! Tios, tias, avós e avôs também não.
Mas pera aí... tem aquela tia  que tenho certeza vai me ajudar! "


No fim de semana antes de seu aniversário,
sua tia veio visitá-los. Ele conseguiu um jeito de
ficar à sós com ela e bem escondido de todos,
contou-lhe seus planos pedindo que ela o ajudasse
guardando segredo. Explicou que a vontade que
tinha de "fazer" era muita e que o treinamento
foi muito bem sucedido. Ele tinha certeza que
impressionaria muito as namoradas ao "fazer".
Sua tia prometeu ajudá-lo e que guardaria segredo.
Viria à sua festa e seu pedido atendido, seria
o seu presente. Satisfeito com a promessa, sempre
que podia treinava com mais intensidade os
movimentos da mão e do corpo para "fazer" bem e
deixar as meninas mais apaixonadas,
igual seus heróis o faziam.


Dia de seu aniversário. Ansioso esperava pela tia.
Todos chegavam com presentes,
abraços e beijinhos (argh!), menos sua tia. Foi a última
a chegar, quase no final da festa. Ao ver a
ansiedade dele, ela dirigiu-se ao centro da sala,
pediu a atenção de todos e começou a falar:

 ---

"Você hoje faz onze anos, já é um homenzinho.
E como você me pediu e eu prometi, trouxe
o que você queria ganhar. Agora você vai
finalmente poder "fazer" e impressionar as meninas."


Rapidamente, pegou seu presente, rasgando
trêmulo o papel, coração aos pulos, já pensando
em "fazer" o que seus heróis faziam. Mas, a decepção...

"Assim não vale! São de chocolate!"

 os cigarros de chocolate


E foi para seu quarto, sem agradecer e aos
prantos, para curtir sua grande decepção...


carlos miranda (betomelodia) 




fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

terça-feira, 10 de maio de 2011

Dorival Caymmi, a Arte e a Música

auto retrato em verde


" O Dorival é um gênio.
Se eu pensar em música brasileira, eu vou sempre pensar em Dorival Caymmi.
Ele é uma pessoa incrivelmente sensível, uma criação incrível.
Isso sem falar no pintor, porque o Dorival também é um grande pintor." 
tom jobim


dorival caymmi 


Pois é, meus amigos.
Na vida sempre temos algo mais a saber, a aprender.
Eu pensava conhecer o suficiente sobre determinado cantor ou
compositor mas, ledo engano. Sempre descubro algo que não sabia.
Na maioria das vezes, bem depois de muitos já saberem.
Mas sou assim mesmo. Meio "desligado".

Confesso que fiquei surpreso ao conhecer uma outra
faceta nas obras de Dorival Caymmi: suas telas.
Sempre apegado à música, achei que ela era a expressão
única nas obras deste Mestre. Então, navegando pela Web,
vi uma tela que chamou-me a atenção. Ao verificar
o autor da mesma, fiquei surpreso. Caymmi.

Minha Cultura merece uma nota bem baixa por desconhecer
até então Caymmi, Artista Plástico. E a ele, pintando sereias no Céu,
minhas desculpas por isso. Mas sou assim mesmo.
Meio "desligado".

Em uma humilde homenagem, mostro  abaixo
algumas de suas criações. Belas telas, verdadeiros
retratos de sua maravilhosa obra musical.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 




casario

o peixe

mulher na praia

desenho - mulheres

puxando rede

três mulheres com palmas



auto retrato com barco



destaco: mon rêve




fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base da pesquisas: arquivo pessoal / google


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dorival Caymmi, É Doce Morrer no Mar

























A página de hoje é sobre um grande Mestre da
Música Popular Brasileira: Dorival Caymmi.
A maioria conhece apenas uma de suas expressões
na Arte, a música, mas poucos sabem que
ele era ator e pintor. Sobre isso comentaremos
em uma próxima página.

Hoje vou mostrar um de seus trabalhos na música que
  é o meu preferido. Caymmi era um homem que amava o mar,
que inspirado pelas tradições, hábitos e costumes dos baianos,
cantava em versos seus mistérios e suas lendas,
descrevendo com imensa paixão a morte nas águas
nos braços de Iemanjá, o que seria uma honra para os
pescadores que com seus barcos
não retornavam aos lares.

Versos expontâneos influenciados pela música dos negros,
Caymmi punha sensualidade e muita criatividade melódica
em suas composições. Nos deixou no Rio de Janeiro em
16 de agosto de 2008, mas suas obras permanecem
como um marco da tradição do povo baiano.

Na voz de Cristina Mota, editei este vídeo para ilustrar
esta página em homenagem à Caymmi.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )



É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

A noite que ele não veio foi
Foi de tristeza pra mim
Saveiro voltou sozinho
Triste noite foi pra mim

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu de noite foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
Sereia do mar levou

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar


Nas ondas verdes do mar meu bem
Ele se foi afogar
Fez sua cama de noivo
No colo de Iemanjá

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

dorival caymmi 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 30 de abril de 2011

Victor Meirelles, a História na Arte

a bacante


Victor Meirelles de Lima nasceu na pequena cidade de
Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis,
em 18 de agosto de 1832, um menino pobre, filho de
imigrante português, que ainda na infância ocupava
seu tempo desenhando bonecos e paisagens de sua idílica ilha.


 
victor meirelles

A vocação precocemente revelada foi estimulada
por seus pais e apoiada pelas autoridades oficiais da época.
Aos quatorze anos de idade ele ganhou uma bolsa de estudos
para frequentar a Academia Imperial de Belas Artes, na cidade
de Rio de Janeiro e aos vinte anos, com a tela
São João Batista no Cárcere, conquistava o Prêmio Especial
de Viagem à Europa. De volta ao Brasil foi agraciado
com o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa e
nomeado professor de pintura da Academia.


Com a tela Primeira Missa no Brasil, seu nome se
transformaria numa das maiores expressões das
Artes Plásticas no Brasil, no século XIX. A tela ainda
hoje é reproduzida em cadernos escolares, selos,
cédulas monetárias, livros de arte, catálogos e revistas.
Faleceu no Rio de Janeiro a 22 de fevereiro de 1903.

carlos miranda (betomelodia) 




primeira missa no brasil

morro do castelo - rio de janeiro - rio de janeiro

juramento da princesa isabel

dom pedro II

passagem do humaitá

batalha dos guararapes

combate naval de riachuelo



destaco: moema


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google