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terça-feira, 5 de julho de 2011

Hildon, Na Sombra de Uma Árvore

ivanete souza e carlos miranda (betomelodia)

Uma bela composição, com a interpretação de seu autor, Hyldon.
Foi com esta música, que resolvi declarar-me à ela.






Tudo começou em 2008. No dia em que é comemorado
o "Dia Nacional do Choro", 23 de abril, eu procurei um vídeo
com uma composição de meu homenageado, Pixinguinha.
Não devo ter procurado como devia e a data passou sem que
eu conseguisse fazer a página. Mas, alguns dias depois,
insisti na busca encontrando o que procurava.


Rosa, em uma edição de Ivanete, foi então ao ar no dia
primeiro de maio. Foi sorte. Enviei o link da postagem para
a autora do vídeo, fiz a homenagem, embora atrasada,
ao grande Mestre, Pixinguinha, com sua maravilhosa composição
interpretada por meu padrinho Luiz Melodia.


Depois, foram meses de MSN, troca de ideias e ideais,
onde meus sonhos de vida e os dela revelaram-se. Eram iguais.
Nossos sonhos de amor, cumplicidade e amizade na vida a dois,
assim como nossas preferências pela Música e pela Arte,
fizeram com que falássemos sobre a vontade que sentíamos de
unirmos nossas vidas.


Naqueles idos de 2008, eu ainda atuava nos palcos e certa noite
resolvi declarar-me. Escolhi esta canção do Hyldon.
Dela veio a inspiração que deu-me forças para falar de meu amor.
Em 28 de novembro daquele ano, parti ao encontro daquela
que hoje é para mim a realização de meus mais ternos
ideais de vida à dois, partir para encontrar Ivanete.

No vídeo abaixo, para mim uma terna recordação,
provo que o amor está onde menos esperamos encontrar.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


Larga de ser boba e vem comigo
Existe um mundo novo e quero te mostrar
Que não se aprende em nenhum livro
Basta ter coragem pra se libertar viver amar


De que valem as luzes da cidade
Se no meu caminho a luz é natural
Descansar na sombra de uma árvore
Ouvindo os pássaros cantar cantar

hyldon


fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal

sábado, 25 de junho de 2011

Santa Rosa, as Muitas Faces da Arte

figura grega


Na página de hoje, sobre nossa imensa miríade de grandes
Mestres nas Artes Plásticas, vou mostrar um pouco das obras de
um paraibano lá de João Pessoa, que além de ter muitas e muitas
aptidões, foi grande admirador de Picasso e Portinari.




Nascido em 20 de setembro de 1909, Tomás Santa Rosa Júnior,
morreu em Nova Delhi, Índia, em 29 de novembro de 1956.
Seu trabalho abrangia  a pintura, ilustração, gravação,
artes gráficas, cenografia, decoração, figurinismo, professor e
a crítica de artes.  Como coreógrafo, é tido como o
primeiro coreógrafo moderno do Brasil.

Anos à frente de seu tempo, como ilustrador não cuidava apenas
 da capa do livro. Foi pioneiro no desenvolvimento
de identidades visuais para os mesmos.
Hoje, o profissional que exerce esse tipo de atividade
é chamado de designer gráfico.

Santa Rosa, ao participar da Conferência Internacional
de Teatro na cidade de Nova Délhi, Índia, como integrante da
comissão brasileira enviada para a Conferência Geral
da Unesco sobre Educação, Ciência e Cultura, de um
mal súbito veio a falecer.

Abaixo, algumas de suas criações, uma pequena
mostra de seu talento nas Artes Plásticas, às quais chamo
sua atenção para as telas "pescadores", onde nota-se a
influência de Picasso e Portinari.
Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 




meninas lendo

meninos

mulheres na praia

pescadores

na praia

pescadores




destaco: o vento


fontes
imagens:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
pesquisas: arquivo pessoal / google


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Maybelline, Corcovado

estátua do cristo redentor - corcovado - rio de janeiro, rio de janeiro, brasil


É uma grande satisfação para mim brasileiro, ver em
terras tão distantes a nossa Música Popular Brasileira sendo
interpretada em outros idiomas mas, quando ela
é cantada no nosso, português, o orgulho é maior. 


maybelline e gerard vogel


Conheci a May, por meio do YouTube,  impressionando-me com
a sensibilidade que ela empresta às canções aqui do
nosso Brasil. Admiro-a por divulgar a Bossa Nova, minha "praia", nas
terras de minha origem materna, a Holanda, de um modo
todo especial, carinhoso e gentil.

Assim, em uma humilde homenagem, dedico esta página
à Maynelline, assim como a todos os que divulgam a cultura
brasileira, muito além de nossas fronteiras.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


Um cantinho um violão
Este amor uma canção
Pra fazer feliz a quem se ama

Muita calma pra pensar
E ter tempo pra sonhar
Da janela vê-se o Corcovado
O Redentor que lindo

Quero a vida sempre assim
Com você perto de mim
Até o apagar da velha chama

E eu que era triste
Descrente deste mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é felicidade meu amor

O que é felicidade o que é felicidade
O que é felicidade meu amor

tom jobim



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoa - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Meus Escritos - Dama de Vermelho


Sentados lado a lado, um casal almoçava
observando tudo ao redor. A comida não era
lá essas coisas, mas como a fome era muita, eles a
saboreavam com grande prazer. Salão lotado.


Pessoas de vários níveis sociais ali estavam, solitários,
mergulhados em seus pensamentos e atentos ao
ato de, literalmente, devorar o que no prato havia.
No grande salão, algumas mesas à frente,
um já grisalho senhor acomodou-se ao lado
de outro, que calma e compassadamente almoçava.
Ele arrumou a bandeja à sua frente, levou a mão à boca,
retirou a dentadura que foi  guardada no bolso da
surrada camisa e  começou a almoçar. Após terminar,
com insistência fazia sinais ao que estava
sentado ao seu lado, oferecendo a carne que
ele não conseguira comer. Seu vizinho ignorava.
Depois de muito tentar, demonstrando já certa
irritação, outro senhor que ocupava a mesa frente
dos dois e que a tudo presenciava, avisou por
gestos que seu vizinho de mesa era cego. Então, ele
ostensivamente afastou sua bandeja, pegou sua
dentadura no bolso e colocando-a, retirou-se do salão.
O outro, impassível, terminou sua refeição.

Ao lado, em uma outra mesa, um rapaz almoçava
sôfregamente. Comeu tudo, levantou e dirigiu-se ao
balcão onde novamente foi servido. Voltou para a mesa,
despejou tudo em uma garrafa pet de dois litros cortada,
olhando disfarçadamente para os lados. O ato foi repetido por
três vezes. A garrafa repleta de comida foi escondida em
uma blusa suja. Apressadamente saiu do salão.



antigo restaurante popular, porto alegre, rs


Mas o que aconteceu em seguida marcou o almoço
de uma forma surrealista. Com extrema elegância no andar
e no vestir, expressão altiva e nobre, usando um clássico
chapéu combinando com seu vestido vermelho e com seus
acessórios, uma senhora caminhava soberana, vindo na
direção deles. Todos os olhares se dirigiram à ela.
Parando a meio caminho, escolheu uma mesa e sentou.
Com classe,  colocou a bandeja à sua frente, retirou
de sua bolsa talheres e sua própria salada, arrumou tudo
com delicadeza, com finos gestos. O fato seria considerado
normal se não estivesse ela entre pessoas humildes, em
sua maioria  catadores de papéis e moradores de rua.
O casal, intrigado por ela ali estar, conjeturava se
seria ela uma rica solitária ou uma alma decadente,
alienada em um mundo de recordações. Em sua
maioria, as pessoas que ali entravam alimentavam-se
e voltavam à realidade das ruas, para muitos, o lar.

O casal terminou sua refeição e em agradecido silêncio,
sabedores que para eles toda aquela situação era
provísória, saíram. Embora ainda não soubessem como,
tinham esperança de que mudariam a realidade daqueles
dias e num futuro próximo, voltariam ali não mais com
um vale refeição gratuito, mas sim pagando o preço
cobrado pela refeição, R$ 1,00,  naquele abençoado
Restaurante Popular.


carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagens: arquivo pessoal  - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


sábado, 11 de junho de 2011

Tomie Ohtake, Uma Brasileira de Origem Nipônica



Na cidade de Kyoto, Japão, em 21 de novembro de 1913,
nascia uma Artista Plástica brasileira. Sim, brasileira. Vou explicar.


tomie ohtake

Japão. Na cidade de Quioto em 21 de novembro
de 1913, nasciaTomie Nakakubo.
Em sua juventude, Tomie, em uma conversa com
seus pais, revelou a vontade que sentia de estudar
Artes. A resposta  deles pais foi negativa, pois como
era costume na época, ela era preparada para a vida familiar,
ou seja, casar e ter muitos filhos. Anos depois, em 1936,
Tomie e seus familiares mudaram-se para o Brasil,
onde então conheceu e casou-se com Ushio Ohtake.

Mas, no ano de 1952, o antigo desejo de ingressar no
mundo das Artes foi reaceso ao conhecer Keisuke Sugano,
um pintor de origem japonesa que estava expondo suas obras
em São Paulo. Ele aconselhou-a a seguir seus ideais,
libertar a Artista que em seu íntimo estava aprisionada
pelos afazeres domésticos.

Ela então, de uma pequena sala criou seu ateliê, iniciando
sua carreira pintando paisagens paulistas.
 Aos 42 anos, decidiu trocar o figurativismo pelo abstracionismo,
pois conforme suas palavras, pretendia "pintar o que vinha
do coração e não apenas o que via".
Tomie, em 1968 naturalizou-se brasileira.

Vamos conhecer um pouco da Arte de Tomie Ohtake,
nas imagens que abaixo ilustram esta página. Sei que apreciarão. 

carlos miranda (betomelodia) 















meu destaque



fontes
imagens: arquivo pessoal - textos: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

( obras não tituladas pela autora )