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sábado, 13 de abril de 2013

Maria Gadú e Caetano Veloso: O Quereres



Duas gerações da Música Popular Brasileira.
Caetano, um ícone, grande compositor e intérprete, do
qual nada podemos acrescentar a seu respeito que não seja
do conhecimento de seus fãs, nacionais ou internacionais.

Gadú. Compôs aos dez anos Shimbalaiê, que foi incluída
na trilha sonora de uma novela. Indicada duas vezes ao Grammy, 
uma das indicações como Revelação e outra como Melhor Álbum,
despertou a atenção de várias personalidades ligadas ao
universo musical, cativando público e críticos. 
Obteve destaque especial ao interpretar Ne Me Quitte Pas
para a minissérie de uma emissora de televisão.

Abaixo, o resultado da união de dois grandes astros, em
uma composição de Caetano Veloso.

carlos miranda (betomelodia) 




Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock?n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim

caetano veloso



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Paula Fernandes, Sensações



Ah, Minas Gerais.
Quantas maravilhas possuis, quantos compositores e intérpretes
em teus recantos nasceram e ao mundo brindaram com
muitas das melhores páginas da Música Popular Brasileira.

Foi lá, na bela cidade de Sete Lagoas que nasceu
Paula Fernandes de Souza, em 28 de agosto de 1984.
O amor precoce pela Música, sempre presente em seus
dias, levou-a ao início de sua carreira aos oito
anos de idade.

Sua voz suave, cativa todos em seu cantar, 
em seu interpretar com maestria, as belas letras das
canções sertanejas em ótimos arranjos.

A página de hoje a ela é dedicada.
Ela que, com simpática modéstia e imenso talento,
conquistou o coração dos brasileiros de todas as idades,
ela que alçou voo para o sucesso na Arte Musical e por esse
mundão afora conquistou seu merecido lugar,
divulgando nossa cultura à todos os povos,
sem cenas, gritos ou estrelismo.
Simplicidade e talento nato. Muito Talento.


carlos miranda (betomelodia) 



" Esse clip é baseado em uma palavra : LINDA.
Linda mulher, linda voz, linda música, linda melodia, lindo tudo. "
Jarde Lopes



Eu me perdi perdi você
Perdi a voz  o seu querer
Agora sou somente um
Longe de nós um ser comum
Agora sou um vento só a escuridão

Eu virei pó fotografia
Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva
De que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário

Estar assim sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço eu estremeço eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair
Da chuva eu reconheço

Estar assim sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço eu endureço
Eu me derreto eu evaporo
Eu caio em forma de chuva eu reconheço
Eu me transformo

Agora sou um vento só a escuridão
Eu virei pó fotografia,
Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva
De que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário

Estar assim sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço eu estremeço eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair
Da chuva eu reconheço

Estar assim sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço eu endureço
Eu me derreto eu evaporo
Eu caio em forma de chuva

Agora sou um vento só a escuridão
Eu virei pó fotografia
Sou lembrança do passado

paula fernandes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google 

terça-feira, 26 de março de 2013

Carybé, as Mil Faces da Arte


capoeira


" O elegante Hector Julio Paride Barnabó era um cidadão do mundo.
Argentino de nascimento, italiano de formação, carioca
quando se tornou brasileiro e eterno baiano
quando conheceu o candomblé.

E foi no candomblé que ele foi agraciado com o título de Obá de Xangô,
o posto mais alto dado pelo candomblé, motivo de
orgulho para ele, que era admirador e devoto
da religiosidade afro-brasileira, com seus
deuses modestos e humanos. "
raí t. rio


hector julio paride bernabó, carybé


No dia 7 de fevereiro de 1911, nasce em Lanús,
província de Buenos Aires, Hector Julio Paride Bernabó.
Filho de Enéa Bernabó e de Constantina Gonzales de Bernabó, herdou
do pai o espírito aventureiro.

Principiou suas andanças mundo afora aos seis meses. Saiu da Argentina
levado pelos pais para a Itália, Gênova, Roma e depois Brasil.
E aqui, na cidade de Rio de Janeiro, morando no bairro Catete, Hector
aderiu a tropa de Escoteiros do Clube de Regatas Flamengo,
cuja característica era a de seus membros usarem nomes
de peixes. Sua escolha recaiu sobre um pequeno peixe
amazônico, apelido que o acompanhou por toda a sua vida:
Carybé.

Não vou estender-me sobre fatos e outras andanças de Carybé,
pois são já bem conhecidas de todos. Nesta página,
coloquei uma pequena mostra de seus trabalhos em entalhes e
em pintura, onde notamos a forte influência da cultura
afro-brasileira, tentando resumir sua imensa obra,
obra esta que inclui ainda música, esculturas, ilustrações
jornalismo. Com a certeza que apreciarão a Arte de Carybé,
envio à todos mil e um... beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 




oxalufan   e   iyami

iroko   e   oxumaré

--
oxum   e   yemanja

exú   e   ewa

ogum   e   iansan

   
ibeji                          orunmilá-ifá                      otin




feminino na praia

puxando rede

cotidiano

músicos




destaco:  cangaceiros



fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 4 de março de 2013

Marina Lima, Fullgás



" Tenho 55 anos e não me identifico com ninguém da minha idade.
A maioria  das pessoas desistiu em algum lugar,
ou ficou bêbada ou está casada".
(palavras de marina lima no ano de 2010)


Cidade: Rio de Janeiro.
O mês era setembro e o dia, dezessete.
Filha de pais vindos do estado do Piauí, nascia Marina Correia Lima.

Moradora nos Estados Unidos até a adolescência, 
Marina, do pai ganhou um violão pois, segundo ele, era uma
maneira dela não sentir tanto a falta da vida no Brasil.
O violão aliado ao talento nato de Marina, foi o ponto de
partida para uma carreira de alcance internacional.

O reconhecimento deu-se em 1977, com Gal Costa gravando
uma de suas composições em parceria com Caetano Veloso
"Meu Doce aAmor".

Nesta postagem, relembramos um de seus sucessos,
lançado em 1984, que deu nome ao disco: Fullgás.
beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )

Meu mundo você é quem faz
Música letra e dança
Tudo em você é fullgás
Tudo você é quem lança
Lança mais e mais
Só vou te contar um segredo
Não nada
Nada de mal nos alcança
Pois tendo você meu brinquedo
Nada machuca nem cansa

Então venha me dizer
O que será
Da minha vida
Sem você

Noites de frio
Dia não há
E um mundo estranho
Pra me segurar
Então onde quer que você vá
É lá que eu vou estar
Amor esperto
Tão bom te amar

E tudo de lindo que eu faço
Vem com você vem feliz
Você me abre seus braços
E a gente faz um país
Você me abre seus braços
E a gente faz um país

antônio cícero lima / marina lima 



fontes:
imagem e vídeo:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Luisa Libardi e a Paixão por Sua Terra

mulher de pedra - pastel seco


Piracicaba, cidade interiorana do Estado de São Paulo,
no ano de 1958 foi agraciada com o nascimento de uma iluminada menina,
Maria Luisa Scudeller Libardi.

A cidade, fonte de belezas naturais, é cortada pelo
rio que à ela deu nome e que vem da língua tupi-guarani,
significando “lugar onde os peixes param”.
Ali, dentro do espaço urbano ficam as corredeiras do
Rio Piracicaba, que dificultam o nadar dos peixes rio acima para a desova,
e em meio a tantas maravilhas, um talento foi despertado.


luisa libardi

No ano de l981, formou-se em engenharia civil pela Esalq mas,
as artes plásticas despertaram seu interesse. Maria Luisa adotou
o nome de Luisa Libardi e estudou as mais variadas técnicas.
O resultado foi um brilhante caminhar de temas, do figurativos ao 
abstracionismo, culminando com sua atual técnica, única e reveladora
de ousadia, inovação e fértil visão em cada detalhe observado.

Assim, como artista, Luisa Libardi mostra-nos com maestria sua arte,
levando-nos a sentir por meio de fortes ou suaves nuances de cores,
formas e sentimentos que na realidade talvez passassem-nos desapercebidos,
o que podemos observar em seus trabalhos sobre os canaviais da região,
retratando os trabalhadores no corte da cana.
A seguir, uma pequena mostra de suas criações...

carlos miranda (betomelodia) 




arritmia - óleo

canas ocres - óleo

essência renovável - acrílica

à margem do asfalto - acrílica

movimento -  aquarela


caminhos I - aquarela

bicicleta X - pastel oleoso

ensolarado - pastel oleoso

trabalhador - pastel seco

mirante I -  pastel seco


casa do povoador - piracicaba - são paulo


Localizada na Rua do Porto às margem do rio, é tida como uma das primeiras casas construídas na época do povoamento, sendo considerada a residência de um dos primeiros povoadores de Piracicaba, o capitão Antonio Corrêa Barbosa. Tombada como Patrimônio Histórico do Estado e do Município, abriga hoje um centro cultural onde são realizadas exposições, mostras e oficinas de arte. (sic)

fontes
imagens: aruiuvo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google