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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

MPB-4, Amigo é Pra Essas Coisas

betomelodia.blogspot.com


O ano foi 1962. Ruy, Aquiles e Miltinho formaram um trio de vozes, na
Universidade Federal Fluminense. Sucesso. No ano seguinte, mais um
membro juntou-se a eles, o Magro. Estava formado o quarteto do CPC. Mas
em 1964, os CPC's foram extintos e então, Magro e Miltinho
batizaram o quarteto como MPB-4, nome que permanece até os dias atuais.

Ano após ano, os integrantes originais do grupo permaneceram unidos
até 2004, quando com a saída de Ruy, Dalmo passou a fazer parte
do mesmo. Mas em agosto de 2012, Magro veio a falecer, sendo então
substituído pelo cantor e tecladista Paulo Malaguti que passou a integrar
a nova formação do grupo.


mpb-4, ano de 1966

E as apresentações deste incrível quarteto, após décadas de dedicação
à Música Popular Brasileira, continua  a proporcionar-nos
ótimos momentos em seus muitos shows. Ilustrando esta página, o vídeo
com a composição de Aldir Blanc e Silvio da Silva Jr. intitulada,
Amigo é Prá Essas Coisas.

carlos miranda (betomelodia) 





Salve - Como é que vai
Amigo há quanto tempo - Um ano ou mais
Posso sentar um pouco - Faça o favor
A vida é um dilema - Nem sempre vale a pena
Pô - O que é que há
Rosa acabou comigo - Meu Deus por quê
Nem Deus sabe o motivo - Deus é bom
Mas não foi bom pra mim - Todo amor um dia chega ao fim

Triste - É sempre assim
Eu desejava um trago - Garçom mais dois
Não sei quando eu lhe pago - Se vê depois
Estou desempregado - Você está mais velho
É - Vida ruim
Você está bem disposto - Também sofri
Mas não se vê no rosto - Pode ser
Você foi mais feliz - Dei mais sorte com a Beatriz

Pois é - Pra frente é que se anda
Você se lembra dela - Não
Lhe apresentei - Minha memória é fogo
E o l´argent - Defendo algum no jogo
E amanhã - Que bom se eu morresse
Pra quê, rapaz - Talvez Rosa sofresse
Vá atrás - Na morte a gente esquece
Mas no amor a gente fica em paz

Adeus - Toma mais um
Já amolei bastante - De jeito algum
Muito obrigado amigo - Não tem de quê
Por você ter me ouvido - Amigo é prá essas coisas
Tá - Tome um 'cabral'
Sua amizade basta - Pode faltar
O apreço não tem preço eu vivo ao Deus dará
O apreço não tem preço eu vivo ao Deus dará

aldir blanc / sílvio da silva jr



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Rolando Boldrin, Vide Vida Marvada



A postagem de hoje, eu a dedico como exemplo aos jovens compositores
deste meu tão amado Brasil, com um exemplo de vida dedicado à
preservação da cultura brasileira, de nossa pura, autêntica
e maravilhosa música de raiz, a sertaneja de viola. O nome de um
dos maiores perpetuadores por isso é Rolando Boldrin.

A música sertaneja de raiz tem como símbolo a viola, composta por
cinco cordas de aço duplas, e as músicas entoadas em suas
cordas atravessaram décadas e gerações e até hoje estão presentes
no nosso dia a dia da cultura brasileira. Por tradição, em certas
regiões,  as violas carregam pequenos chocalhos feitos de guizo
de cascavel que, segundo a lenda, possuem um grande poder
de proteção para a viola e para o violeiro. Mas antes de
falar sobre Boldrin, faço um pedido à juventude. Entendam.


A música está presente em todas as culturas por este mundão de Deus à fora.
Belas composições que em sons colocam o modo de vida de um povo
ao nosso alcance, narrando em música sua cultura, sua arte e suas tradições,
não importando sua localização geográfica. Muitas canções ouvimos e
admiramos pois revelam-nos o estilo musical  de cada Nação.

Por isso, meus queridos jovens compositores brasileiros, não os convido a
compor a música de raiz ou a sertaneja de viola. Apenas peço em
nome da Música Popular Brasileira que, abdiquem do inglês ao compor,
não sigam os inúmeros exemplos que por aí vemos e ouvimos na mídia.
Abdiquem do funk, do rap e de outras influências estrangeiras que,
parte da cultura de outras terras, nada acrescentam à nossa cultura musical,
seja pela vulgaridade de letras que seus ditos "compositores" utilizam,
seja pela má execução dos instrumentos musicais que os "músicos"
usam para apenas muito barulhos fazer, e o que é pior, pela total falta de
conhecimento de sua lingua pátria, o português, quanto mais outro idioma.

Antes de aventurarem-se a compor, estudem música, estudem português
para então comporem, cantarem, tocarem um instrumento. Ou,
apenas continuem a ter muitas "clicadas" no face ou no youtube, sem
acrescentarem nada à nossa cultura musical. Nada.


rolando boldrin

“ E vendo e ouvindo este campeiro tão íntimo da terra e da vida tão iluminado
pela sabedoria do coração, você compreenderá que o homem brasileiro
é milagrosamente um só de norte a sul de leste a oeste, a despeito de suas
distâncias geográficas, um só no que possui de essencial: a cordialidade
o horror à violência, a capacidade de dar-se e também de rir da vida
dos outros e de si mesmo.”

érico veríssimo


Rolando Boldrin é um artista completo. Compositor, cantor e ator.
Mas primeiramente ele é um ator, tanto no compor, cantar ou atuar, sempre
divulgando a cultura brasileira de todos os rincões, as histórias de todas
as pessoas. Apesar de inúmeros papéis que viveu e interpretou, ele jamais
deixou de representar o principal personagem, o brasileiro.

Desde a mais tenta infância, Boldrin jamais deixou de divulgar a Arte e a
Cultura Brasileira em todos os seus aspectos e como Ator, jamais
separou-se de seu violão. Em sua trajetória foram centenas, talvez milhares
de apresentações em rádios, grandes festivais, teleteatros, cinemas, teatros,
novelas, shows e gravações de discos. Mas sempre divulgando o Brasil.

Com sua genialidade, Boldrin no vídeo que ilustra esta postagem,
nos brinda com sua voz em  Vide Vida Marvada, com seu inseparável violão,
em um vídeo em bela edição com pinturas do interior brasileiro.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


Corre um boato aqui donde eu moro
Que as mágoa que eu choro são 'mar' ponteadas
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi santa e purificada
Diz que eu rumino desde menininho
Fraco e mirradinho a ração da estrada
Vou mastigando o mundo e ruminando
E assim vou tocando essa vida 'marvada'

É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda moda é um remédio pros meus desengano
É que a viola fala alto no meu peito humano
E toda mágoa é um mistério fora deste plano
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa pruma visitinha
Que no verso ou no reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê

Tem um ditado tido como certo
Que cavalo esperto não espanta a boiada
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando essa vida 'marvada'
'Cumpadi' meu que 'inveieceu' cantando
Diz que ruminando dá pra ser feliz
Por isso eu vaqueio ponteando
E assim procurando minha flor-de-lis


rolando boldrin



vídeo
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / oogle

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Raimundo Santos, o Bida, e a Cultura Nordestina



" A Arte é o espelho da alma e o reflexo da vida. "
bida

Bida, assim como muitos artistas da atualidade, é detentor de uma
maneira própria de executar seus trabalhos, pois não estão inseridos
em nenhum rótulo quanto à sua arte. Em determinadas fases usa
cenas do cotidiano tais como músicos, crianças, vendedoras,
lavadeiras e paisagens. Reconhecido internacionalmente é um 
artista com sua carreira consolidada e respeitada.

raimundo santos, o bida

Nascido na cidade de Nazaré das Farinhas, cidade do Recôncavo Baiano,
Raimundo começou a desenhar desde a mais tenra idade, três anos,
gravando suas lembranças de sua terra natal ao mudar para a capital,
Salvador. Aos dez anos, com o desenvolvimento de seus dons artísticos,
pintou seu primeiro quadro e mais tarde, atraído pelas Artes Plásticas
abandonou o curso de desenho arquitetônico dedicando-se
inteiramente à pintura, assumindo assim a carreira de pintor.

Após fazer sua primeira exposição coletiva, sua trajetória foi direcionada
à várias mostras nacionais e internacionais. Além de executar seus
trabalhos voltados para a divulgação das paisagens e personagens
do nordeste brasileiro, Bida apresenta-se também como cantor,
compositor e músico, sempre dentro de um contexto cultural.

carlos miranda (betomelodia) 

























fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

( títulos das obras não disponíveis )

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Adriana Calcanhoto e Marisa Monte: Beijo Sem



Reunidas, estas duas talentosas compositoras e intérpretes da
Música Popular Brasileira, dão um show ao interpretarem
esta ótima composição de Adriana Calcanhoto
intitulada Beijo Bem.


adriana calcanhoto

Gaúcha de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Adriana
iniciou na música em bares da cidade e ao lançar seu primeiro disco
em 1990, ganhou seiu primeiro prêmio, o Sharp, como cantora
revelação feminina no ano seguinte. Daí para a frente, com seu toque
aveludado no violão e voz inigualável, é agora uma Artista
reconhecida mundialmente como uma das melhores do Brasil.


marisa monte

Carioca "da gema",  Marisa tem um segredo para sua popularidade, quer seja
em discos, shows ou em sua discreta vida: segue seu coração
cantando o que quer, da maneira que quer, com os músicos que quer e
quando quer. Simples assim. Aliás, simplicidade é sua maneira
de viver, tanto em sua cidade quanto no resto do mundo.

No vídeo a seguir, as duas reunidas ilustram claramente minhas palavras.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Eu não sou quem você
Deixou amor
Vou a lapa decotada
Bebo todas beijo bem

Madrugada sou da lira
Manhãzinha de ninguém
Noite alta é meu dia
E a orgia é meu bem

Eu não sou mais quem você
Deixou de ver
Vou a lapa perfumada
Viro outras beijo bem

Madrugada sou da lira
Manhãzinha de ninguém
Noite alta é meu dia
E a orgia é meu bem

adriana calcanhotto



fontes
imagens e video: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 14 de setembro de 2013

Erasmo Carlos e Marisa Monte: Mais Um Na Multidão


A composição tema desta postagem é uma das mais belas da
Música Popular Brasileira. Tem por autores três grande nomes do
nosso universo musical, Carlinhos Brown, Erasmo Carlos
e Marisa Monte. Letra e música perfeitas.


erasmo carlos

O "Tremendão" Erasmo, em um ótimo duo, dá asas à nossa imaginação
com uma interpretação perfeita, do alto de toda sua experiência
a nos provar que tem talento de sobra.

marisa monte

Marisa, com sua bela voz encanta aos ouvintes com carisma
e também seu interpretar. A letra além de uma declaração,
é um verdadeiro poema sobre os segredos do Amor.

carlos miranda (betomelodia) 




Guarde segredo que te quero
E conte só os seus pra mim
Faça de mim o seu brinquedo
Você é meu enredo vem pra cá
Te quero te espero
Não vai passar o amor não falta estar

Você pensa em mim eu penso em você
Eu tento dormir você tenta esquecer
Longe do seu ninho meu andar caminho
Deixo onde passo os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

O mar de sol no leito do lar
Que nem um rio pode apagar
O amor é fogo e ferve queimando
Estou ferido agora e sigo te amando
Você pode acreditar

A mesma carta o mesmo verbo
Em sonho só viver pra ti
Quem tem a chave do mistério
Não teme tanto o medo de amar
Me cego te enxergo
Não vai passar o amor não tarda está

Te quero te espero
Não vai passar o amor não falta estar

Você pensa em mim eu penso em você
Eu tento dormir você tenta esquecer
Longe do seu ninho meu andar caminho
Deixo o óbvio faço os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

carlinhos brown / erasmo carlos / marisa monte



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google