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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Lenine, O Silêncio das Estrelas



Vamos escrever sobre um cidadão pernambucano que com um pouco de
magia, fala diretamente à alma do ouvinte com um certo misticismo
cósmico, tudo bem dosado por um enorme talento.

Refiro-me a Lenine que além de compor e cantar, é também arranjador, músico
e produtor musical. É um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira
reconhecido pelo grande público, pela imprensa e por seus colegas,
transpondo as fronteiras do Brasil, ganhando o mundo. 


l e n i n e 

Lenine é um dos artistas brasileiros que atingiu a maior vendagem na
Europa, principalmente na França, seu maior público, sendo considerado
um dos mais representativos nomes da cultura musical brasileira. 

Pesquisando, encontrei essa música dele em parceria com Dudu Falcão.
Creio ser uma boa maneira de desejar boas festas à todos, pois a
letra nos faz pensar um pouco sobre nossa existência, nossos desejos
e principalmente sobre a solidão, falta de Fraternidade e Amor.
Beijos no coração.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Solidão o silêncio das estrelas a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

E assim repetindo os mesmos erros dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal

Um sinal uma porta pro infinito o irreal
O que não pode ser dito afinal
Ser um homem em busca de mais de mais
Afinal feito estrelas que brilham em paz em paz

Solidão o silêncio das estrelas a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

Um sinal uma porta pro infinito o irreal
O que não pode ser dito afinal
Ser um homem em busca de mais

lenine / dudu falcão



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Um Feliz Natal à Todos Meus Amigos do Blog, Facebook e de Todo o Planeta Terra !!!



Mais um ano termina e logo as comemorações do Natal e do Ano Novo terão
seu fim. Mas, em nossa ânsia de presentear a família, os amigos e os não tão
amigos assim, esquecemos de algo que não deveria ser ignorado: o único
e verdadeiro sentido do Natal, o Amor ao Próximo, uma dádiva de Jesus.
E o próximo, é aquele do qual nós procuramos esquecer no decorrer de
nossos dias, os carentes seja lá do que for, do corpo ou do espírito.

Somos brasileiros e somos uma Nação fraterna. Em meus 69 natais, observo
nesta época o clima de sonho estampado nas faces das pessoas, olhares
brilhantes, velhos amigos em abraços e até aqueles que não conhecemos,
nos saudando com sorrisos e cortesias. Fraternidade...

Tal qual uma criança aos céus eu olho, pedindo um presente ao bom
velhinho, o Papai Noel. Um presente não para mim mas, para todos no mundo.
Peço apenas Paz na Terra, Amor nos corações e muita, muita Fraternidade pois,
se somos capazes de espalhar alegria, sonhos e magia nesta época,
temos a capacidade de fazer com que seja Natal todos os dias.

Que o Espírito do Natal habite os corações não só nesta data, mas sempre,
sem qualquer tipo de distinção. Que em nossos dias sejamos capazes de
sorrir, abraçar e amparar nosso próximo, já que o melhor presente de
Natal é e sempre será, o Amor, a Fraternidade e a Gratidão.

carlos miranda (betomelodia) 
( texto inspirado na composição de maurício gaetani )


( vídeo em 360p )


O vídeo acima é com o clássico Noite Feliz, uma composição do padre
Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber, criada na cidade de
Oberndorf, Áustria, no ano de 1818.

Sendo brasileiro, "carioca da gema", a escolhi para esta edição
em comemoração ao Natal e Ano Novo de 2013 mas, com
um solo de cavaquinho e o acompanhamento em ritmo de samba,
representando muito bem a nossa Cultura Musical.

Desejo aos meus leitores, seguidores e amigos do Blog, Facebook, 
Twitter e outros meus espaços na Web, Boas Festas e um
Novo Ano repleto de Amor, Fraternidade e Paz.

Beijos de Gratidão e Amor no coração de todos.



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal

( não foi possível identificar com certeza o autor do solo de cavaquinho, que creio ser diego junior )

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Meus Escritos - Namoradinha

betomelodia.blogspot.com.br


Infância. Bons tempos aqueles em minha cidade natal, Rio de Janeiro,
bairro Tijuca. Aquelas "peladas" nas tardes, tendo como gramado os
paralelepípedos da Rua Delgado de Carvalho e como "gol's", alguns
paralelepípedos empilhados. O cinema ao ar livre nas noites quentes,
com uma enorme tela de lençóis em um edifício e o projetor na varanda
do primeiro andar do meu prédio, eram divertidos encontros semanais
dos moradores da calma rua em que eu morei.


onde passei parte de minha infância

Nas manhãs? Colégio de Aplicação, depois a brincadeira preferida de todos
os meninos, correremos o mais rápido possível sobre os muros que separavam
os edifícios, uma prova de coragem e habilidade. Proezas que nunca tiveram
consequências mais graves que arranhões, orgulhos feridos e alguns castigos.

Houve um tempo de racionamento de energia elétrica, com "blackout's"
noturnos em rodízio por todos os bairros. Quando o racionamento que
durava duas horas era feito, na escuridão nós pegávamos escondidos algumas
lanternas e palitos para dentes em nossas casas. Assim que o corte começava,
entravamos nos edifícios e andar por andar colocávamos palitos nos
interruptores das campainhas, mantendo-os acionados. O resultado era ótimo.
Quando a energia voltava, uma verdadeira "sinfonia" anunciava a volta da energia.

Mas aos poucos a infância foi ficando para trás e novos sonhos, novos medos,
novas ansiedades e novos "brinquedos" começam a ser desvendados e
explorados, com muitas incertezas: "Será que minha calça tá legal? E meu
cabelo? Tá bem penteado? Será que ela olhou para mim ou foi para outro?
Será que meu perfume vai agradar? Será?"





Os novos interesses. Chega um momento em que, como acima escrevi,
as brincadeiras começam a perder a graça e a vontade de ter uma
namorada, deixa de ser apenas uma vontade transformando-se em um 
forte desejo. Aconteceu. Depois de troca de olhares, um misto de vergonha
e curiosidade tomava conta dos dois. Tremendo, ele a pediu em namoro.
 Ela afastou-se e foi cochichar com as amigas. Todas olhavam para ele,
talvez opinando democraticamente, analisando a situação e a atitude que
ela deveria tomar a seu respeito. Demorou mas, veio a resposta: 
"Tá, eu aceito namorar com você."

O problema. "E agora? O que um namorado faz? Ai, meu Deus!
Vou até ela e beijo seu rosto? Convido para a matinê lá no Cine Metro?
Se ela aceitar e minha mesada não der? Ah! Eu vou pegar na mão dela,
vou sim! Abraço e beijo ou só abraço? E se eu abraçar e "ele" ficar
grande? E se ela ver "ele" grande?Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas
ante a novidade. Agora ele tinha uma namorada mas, não decidia,
não resolvia, não sabia o que fazer! E não fez nada.

A condição. Depois do "sim", foram para a praça Saens Peña, sentaram
em frente ao Bob's, trêmulos deram as mãos e planejaram o domingo:
matinê no Cine Metro e após o filme, um gostoso Milk-Shake.
Programa e hora marcada, a passos lentos a levou para casa, mas só até a
esquina. Despediram-se com ela trêmula beijando suavemente o seu rosto
Um beijo! Pisando em nuvens ele foi para seu quarto e naquela noite, mal
conseguiu dormir de tão ansioso.

O domingo. Pela manhã não foi brincar com os amigos por que tinha
que se preparar para o encontro à tarde. E aí o telefone tocou: era ela!
"Com certeza vai desmarcar tudo!" pensou ele. Mas não, ela confirmou
que eles iriam ao cinema, sim, mas com uma condição, para ele a pior
das condições: o pai dela só a deixaria ir depois de conhecê-lo. "E agora?
Acabo com tudo? O que eu faço? Calma, tem ainda aquela brincadeira
legal, a do Tarzan, com a turma, lá naquelas árvores na subida do morro".
Mas quando se deu conta, já havia respondido: "Tá, amanhã às duas
da tarde tô lá na sua casa." Ficou com dor de barriga.

Os preparativos. Logo após o almoço começou a vestir-se com o que
achou melhor para o encontro: sapatos da moda, calça "Lee" bem
amarrotada, camisa social branca com as mangas compridas bem
dobradas e uns dois números maior que o seu e para fora da calça,
o topete do Elvis Presley, o perfume e pronto! Lá foi ele. Mas parecia
que ia para a morte. Apavorado. Dinheiro no bolso, ziper da calça
bem fechado e a droga da espinha bem no nariz, só para atrapalhar.

O medo. Chegou no horário marcado, parou na calçada,
fez a que talvez seria sua última oração e tremendo mas decidido,
abriu o pequeno portão dirigindo-se para a varanda onde ficava
o botão da campainha. Suando frio, ouvia vozes e risadas no interior
da casa. Paralisado pensava que talvez estivessem falando dele, rindo
de sua enorme espinha no nariz. Corajosamente fechou os olhos,
esticou o dedo e tocou a campainha pensando: "Sem volta: agora é
enfrentar o pai dela." Aguardou atenderem.

O imprevisto. Cabeça baixa, andava de um lado para o outro na varanda
quando alguma coisa bateu em sua nuca, escorregou para dentro
de sua camisa pelo largo colarinho e grudou em sua costa. Era gelada,
grudenta e se mexia! Tentando tirar a tal coisa, girava sobre si e
talvez, eu disse talvez, gritasse. Talvez? Não, ele aos berros gritava.
Mas como não conseguia alcançar a coisa, começou a desabotoar
rapidamente a camisa. Vocês já tentaram tirar uma camisa social
bem rápido, daquelas que tem pequenos botões muito próximos uns
aos outros? E aos treze anos? Aguardando o pai da futura namorada
com uma coisa gelada andando nas costas?

a lagartixa que caiu do teto

O fim do romance. Bem, na pressa, a camisa foi rasgada aos pulos
e berros. No chão, junto aos pedaços da camisa a responsável por tudo:
uma imensa lagartixa! Mais um grande palavrão bem "cabeludo",
ofensivo à mãe da dita cuja, um desequilibrado chute que não a atingiu
e ele viu: a porta da sala, agora aberta, emoldurava um pai boquiaberto,
uma mãe tapando os ouvidos e uma linda menina com os olhos bem
arregalados. Todos horrorizados com a cena. Mudos. Paralisados.
Então, em meio ao silêncio reinante ele pegou os destroços de sua
camisa preferida no chão, tentou mais um chute na lagartixa, errou,
olhou para os três ainda estáticos e educadamente, com a voz um tanto
fina e trêmula, disse: "Boa tarde. Muito prazer. Tchau." 

A retirada. Reunindo o que sobrou de sua dignidade, a camisa
rasgada, deu meia volta e com passos firmes e decididos atravessou
o jardim em direção ao portão, indo para casa trocar a camisa. A matinê
ia começar logo.  E pelo caminho foi pensando: "Até que a brincadeira de
Tarzan não é tão ruim. Eu sou muito bom no grito. Só preciso procurar
uma menina que queira ser a Jane. Ah, e nunca mais vou passar
pela Haddock Lobo à pé. Merda de lagartixa." 

carlos miranda (betomelodia) 


imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

sábado, 21 de dezembro de 2013

Lenine e Victor Astorga: O Último Pôr do Sol



A postagem de hoje fala mais uma vez da música como a linguagem universal.
Não importando a origem, a língua, a convicção religiosa, a raça ou a cor do
músico, bastando ele empunhar qualquer tipo de instrumento musical, emitir
um acorde e a comunicação entre homens, mulheres e crianças de todos os
níveis sociais, está realizada.

Hoje, graças aos modernos meios de comunicação, vemos isto em em muitos
shows com músicos de vários nacionalidades, "tocando" a mesma língua,
a Música Universal. O vídeo que ilustra esta postagem, deixa claro.



lenine

Sobre Lenine, compositor, instrumentista e intérprete, já muito escrevi.
Publiquei várias parcerias suas com músicos de outras nacionalidades, não
só dele, mas também de outros nossos artistas apresentando-se com uma
grande variedade de parceiros estrangeiros. 

Este vídeo destaca  a participação de um músico nascido em Santiago,
Chile: Victor Astorga, instrumentista que utiliza o Oboé como meio de
expressão musical, sendo também primeiro solista de corne inglês
da Orquestra Sinfônica Brasileira, na música composta por Lenine e
Lula Queiroga, intitulada "O Último Pôr do Sol".

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


A onda ainda quebra na praia
Espumas se misturam com o vento
No dia em que 'ocê' foi embora
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi pensando nós dois

Eu lembro a concha em seu ouvido
Trazendo o barulho do mar na areia
No dia em que 'ocê' foi embora
Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
Por entre as ruínas de Santa Cruz lembrando nós dois

Os edifícios abandonados
As estradas sem ninguém
Óleo queimado as vigas na areia
A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos
Por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas

Pois no dia em que 'ocê' foi embora
Eu fiquei sozinho no mundo sem ter ninguém
O último homem no dia em que o sol morreu

lenine / lula queiroga



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Roberta Sá e João Bosco: De Frente Pro Crime



Roberta Sá. Nascida em Natal, capital do Rio Grande do Norte, ainda na
infância mudou-se para a cidade de Rio de Janeiro, onde aos dezesseis anos
inicia seus estudos de canto. O ano de 2002 foi o ponto de partida para
sua carreira, ao apresentar-se no show Mistura Fina. Seu primeiro disco
foi lançado em 2004, intitulado Braseiro, no qual Roberta simplesmente faz
uma bela declaração de amor à Música Popular Brasileira.



joão bosco


João Bosco. Cidade de Ponte Nova, em Minas Gerais. Foi lá que ele nasceu.
Não há mais o que eu possa dizer sobre sua genialidade na música.
Em suas mãos que parecem parte do instrumento que usa, o violão, há
uma magia eletrizante, com levadas incríveis mostrando aos ouvintes
que a Música Popular Brasileira não tem limites, fato notório na imensa
diversidade de ritmos, arranjos e harmonia, usados em suas composições.
O resultado final é digno de um Mestre. Talento, muito talento.

Nesta postagem, uma potiguar natalense, Roberta Sá,  e um mineiro
ponte-novense, João Bosco, estão juntos interpretando a música 
" De Frente Pro Crime ", autoria de Aldir Blanc e João Bosco,
com a participação do "Trio Madeira Brasil".

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Tá lá o corpo estendido no chão
Em vez de rosto uma foto de um gol
Em vez de reza uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém

O bar mais perto depressa lotou
Malandro junto com trabalhador
Um homem subiu na mesa do bar
E fez discurso prá vereador

Veio o camelô vender anel cordão perfume barato
Baiana prá fazer pastel e um bom churrasco de gato
Quatro horas da manhã baixou o santo na porta bandeira
E a moçada resolveu parar e então

Tá lá o corpo estendido no chão
Em vez de rosto uma foto de um gol
Em vez de reza uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém...

Sem pressa foi cada um pro seu lado
Pensando numa mulher ou no time
Olhei o corpo no chão e fechei
Minha janela de frente pro crime

Veio o camelô vender anel cordão perfume barato
Baiana prá fazer pastel e um bom churrasco de gato 
Quatro horas da manhã baixou o santo na porta bandeira
E a moçada resolveu parar e então

Tá lá o corpo estendido no chão

aldir blanc / joão bosco 



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google