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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Kiko Zambianchi, Primeiros Erros



A postagem de hoje é sobre o primeiro álbum do compositor  e cantor
Kiko Zambianchi, lançado na década de oitenta.  Esta música já fazia
sucesso mas, ficou ainda mais conhecida no ano de 2000, com a gravação
feita pela banda Capital Inicial: Primeiros Erros.

Autor de ótimas composições, Kiko nunca foi um grande nome citado no rock
nacional, mas esta canção é um marco em sua carreira, sendo cantada por
muitas pessoas que gostam de um bom rock brasileiro.

Com a letra referindo-se aos erros do passado, utiliza bem duas metáforas
para narrar dos erros e acertos que na vida cometemos, neste caso usando a
chuva e o sol para tal, cantando a impossibilidade de uma volta ao passado
para um impossível aprendizado sem erros.


kiko zambianchi

Gosto muito de dois trechos: "... eu não deixo os meus passos no chão ...",
referindo-se à partida sem o desejo de ser encontrado e também este outro,
"... não procure saber onde estou, se o meu jeito te surpreende...”, preferindo
distância de um passado, pois se não foi aceito como realmente o é, prefere
afastar-se de tudo e de todos. Mas deixa uma porta entreaberta para que
outros o aceitem tal como ele é.

A composição tem um sentido muito especial para mim, parece ter sido
baseada em meu viver até o final do ano de 2008, quando deixei meu passado
e parti em busca da Paz e Felicidade, mudando meu corpo, minha mente, a
minha vida para um maravilhoso... Sol. 

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Meu caminho é cada manhã não procure saber onde vou
Meu destino não é de ninguém eu não deixo os meus passos no chão
Se você não me entende não vê se não me vê não entende
Não procure saber onde estou se o meu jeito te surpreende

Se o meu corpo virasse sol minha mente virasse sol
Mas só chove chove chove chove

Se um dia eu pudesse ver meu passado inteiro
E fizesse parar chover nos primeiros erros sol
O meu corpo viraria sol minha mente viraria
Mas só chove chove chove chove

kiko zambianchi



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 8 de fevereiro de 2014

José Benigno Ribeiro e as Paisagens

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cidade, São Lourenço. O estado, Minas Gerais. O ano, 1955.
Nesta data e local o Brasil viu nascer um grande nome das Artes Plásticas,
José Benigno Ribeiro,  pintor e escultor.

Com grande desenvoltura em seus perfeitos desenhos, suas pinceladas
com muita harmonia e luz, ele é autodidata. Antes de completar a idade
de quatorze anos e sem ter cursado desenho ou pintura, começou a pintar.




 Ao completar vinte e um anos, muda-se para o Rio de Janeiro lá montando
seu ateliê, iniciando cursos de desenho e pintura na Sociedade Brasileira
de Belas Artes, onde aprende os princípios básicos da preparação das
telas e da pintura em si.

Benigno é um artista da atual geração de pintores que, com nato talento
alcançou seu lugar nas Artes , graças à sua grandeza artística e
por sua humildade. Um paisagista apaixonado, artisticamente maduro,
é um dos melhores artistas da atualidade. 

carlos miranda (betomelodia) 




botafogo, rio de janeiro

leblon, rio de janeiro

igreja de nossa senhora do rosário, tiradentes, minas gerais

farol da barra, salvador, bahia

vista da lagoa rodrigo de freitas, rio de janeiro

armação de búzios, rio de janeiro

igreja nossa senhora dos prazeres, olinda, pernambuco

búzios, rio de janeiro

capela nossa senhora das dores, paraty, rio de janeiro

baía de todos os santos, salvador, bahia


destaco: igreja da glória, rio de janeiro

fontes
imagens: arquivo pessoale - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Renato Teixeira, Raízes

betomelodia.blogspot.com


De Minas Gerais, lá na região do cerrado do Triângulo Mineiro, veio a composição
de autoria de uma dupla de  poetas, Pena Branca e Xavantinho. 
Reconhecidos
à nível nacional por suas músicas de raiz, a 'caipira', principalmente nos
Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, não
são lembrados pelos meios de comunicação artístico cultural.



renato teixeira

Embora imortalizados pelas suas belas canções, a dupla padece de isolamento
no meio musical nacional, onde a preferência parece estar voltada para a enorme
decadência cultural que hoje atinge a música brasileira, creio que por culpa
da modernidade, da globalização e que como Músico, não quero me aprofundar.

Renato Teixeira, um dos maiores defensores da Música de Raiz, a verdadeira
Sertaneja, afirma não haver distinção entre as antigas e as atuais, pois a letra
de ambas retrata a vida do homem do campo. A vida no campo é que mudou,
esquecendo suas tradições culturais. Bem, quanto a isso discordo
deste ícone e de sua gentil opinião sobre o assunto.

Confiram no vídeo que ilustra esta postagem, onde a letra tem um tom de
solidão, um certo distanciamento da vida das cidades. Eu, creio que a
imensa nostalgia que sentimos na busca de uma música que nos fale
à alma e ao coração, está em busca dos bons tempos. Assim é, restando
à nós aprender a renascer, aprender a sermos simples, humildes.
Com vocês, Renato Teixeira interpretando, Raízes.


carlos miranda (betomelodia) 




Galo cantou madrugada na campina
Manhã menina tá na flor do meu jardim
Hoje é domingo me desculpe eu tô sem pressa
Nem preciso de conversa não há nada pra cumprir

Passar o dia ouvindo o som de uma viola
Eu quero que o mundo agora se mostre pros bem-te-vi
Mando daqui das bandas do rural lembranças
Vibrações da nova hora pra você que não tá aqui

Amanhecer é uma lição do universo
Que nos ensina que é preciso renascer
O novo amanhece o novo amanhece

Já tem rolinha lá no terreiro varrido
E o orvalho brilha como pétalas ao sol
Tem uma sombra que caminha pras montanhas
Se espelhando feito alma por dentro do matagal

E quanto mais a luz vai invadindo a terra
O que a noite não revela o dia mostra pra mim
A rádio agora tá tocando Rancho Fundo
Somos só eu e mundo e tudo começa aqui

Amanhecer é uma lição do universo
Que nos ensina que é preciso renascer
O novo amanhece o novo amanhece

renato teixeira / pena branca e xavantinho



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Maria Gadú e Caetano Veloso: Sampa

betomelodia.blogspot.com


A postagem de hoje é sobre uma composição de Caetano Veloso, que muito foi
por mim interpretada: Sampa. Pelos palcos em que perambulei, cantando
qualquer outra música dele, em seguida vinha o pedido para que eu a cantasse.

Traz lembranças dos lugares da cidade onde morei por muitos anos, para mim
narrando o que senti ao mudar-me do Rio de Janeiro para lá. Só não menciona a
fina garoa que de tão forte e constante ensopava totalmente meu sobretudo no
inverno. Morei a uma quadra do cruzamento das avenidas Ipiranga e São joão
e com o tempo,  fiquei fascinado pela grandeza e diversidade da cidade.



caetano veloso e maria gadú

Esta música traz muitas realidades em sua letra. O mais impressionante é
o assombro que toma conta de quem pela primeira vez passeia por suas ruas, em
meio à sua grandiosidade e uma constante confusão de pessoas, apressadas
em um vai e vem constante, oprimidas pelos altos prédios que as margeiam.

Mas aos poucos a cidade cativa a todos com beleza e poesia. No vídeo ilustrando
esta postagem, Caetano e Maria Gadú fazem ao cantar uma homenagem à maior
cidade brasileira, a capital do Estado de São Paulo, carinhosamente
chamada por seus moradores de... Sampa.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos Mutantes

E foste um difícil começo
Afasta o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas nas vilas favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos espaços
Tuas oficinas de florestas teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

caetano veloso



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Fagner e Zeca Baleiro: Azulejo



A postagem de hoje nos traz dois de compositores e
intérpretes, já muito bem conhecida e aclamada pelos que
gostam da boa música : Fagner e Zeca Baleiro.

Esta dupla marcou de forma perene a Música Popular Brasileira.
Ambos autores de grandes sucessos, cada um com seu jeito
peculiar de interpretar, fazem das palavras poemas musicados.



fagner e zeca baleiro

Fagner, cearense nascido em Fortaleza mas, registrado em Orós,
no estado de Ceará, em certa ocasião foi líder absoluto na
MPB, por cerca de seis anos, só ficando atrás de Roberto Carlos
em vendagem de discos.

Zeca Baleiro, maranhense nascido na pequena cidade de Arari,
em seu início de carreira compunha para o teatro infantil.
A projeção à nível nacional como compositor e intérprete,
aconteceu com sua música "A Flor da Pele", grande sucesso
que permanece até os dias atuais na mídia.

Para ilustrar esta página, um show da dupla interpretando
de autoria de Fagner, Zeca Baleiro e Sérgio Natureza, "Azulejo",
um poema que narra o amor sonhado e perdido.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Era uma bela era uma tarde o casario
Era o cenário de um poema de Gullar 
Tão de repente ela sumiu numa viela 
Eu no sobrado e uma sombra em seu lugar

Cada azulejo da cidade ainda recorda 
E cada corda onde tanjo a minha dor 
No alaúde da saudade no velho banjo 
No bandolim chorando o fim do nosso amor

A primavera benvirá depois do inverno 
A flora em festa nos trará outro verão 
Eu fecho a casa dou adeus ao gelo eterno 
Vou viver de brisa arder em brasa no calor do Maranhão

fagner / zeca baleiro / sérgio natureza



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google