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sábado, 1 de novembro de 2014

Chimarruts, Prece

betomelodia.blogspot.com


Novembro. Os Artistas Plásticos, Compositores e Intérpretes desse nosso Brasil,
com suas obras que revelam ao mundo nossa diversidade cultural, vão dar chance ao
ao autor do blog para mostrar um pouquinho de suas "escrevinhações". E mais:
fugindo um pouco à regra, as Músicas postadas serão sobre um ritmo que mesmo
abrasileirado, tem sua origem na Jamaica e cujo auge ocorreu na década de setenta
à nível mundial: o Reggae.

Uma mistura de muitos estilos e gêneros musicais como folclore jamaicano, africano,
com influência do ska e do calipso, ritmo suave e dançante em sua peculiar e bem
conhecida batida. Quando surgiu recebeu forte influência do movimento rastafari e
suas letras, destacam questões sociais, religião e a pobreza. O Brasil gostou e o
Reggae ganhou seu espaço no Universo Musical Brasileiro.

Ganhou seu espaço no norte brasileiro e lá firmou-se, influenciando consagrados
nomes de nossa MPB, tais como Jorge Ben Jor e Gilberto Gil lá pelos idos de 1970.
Nem o Rock ficou de fora e na década seguinte, Paralamas do Sucesso uniu-se
ao ritmo jamaicano. Mas foi na década de noventa que começaram a surgir bandas
e seus Músicos dedicados ao Reggae.

A postagem de hoje é dedicada a um grupo de jovens gaúchos que aqui pertinho do
paraíso onde resido, Porto Alegre, em encontros regados a chimarrão, tradicional
bebida gaúcha, reuniam-se em parques da cidade tocando violão e que concretizaram
o sonho de formar uma banda explorando o Reggae. Deu certo e em meados do ano
2000, nasceu a Chimarruts, hoje sucesso em todo o Brasil.

A composição de autoria do grupo, "Prece", foi a escolhida por mim para ilustrar
essa postagem sobre o Reggae Brasileiro. O tema? Amor.

carlos miranda (betomelodia) 




Pros raios de sol eu pedi um amor assim
Fez nascer uma canção em mim
Pra Iemanjá eu pedi pra lavar a Fé
Iluminando o meu caminho a pé

Fiz prece hoje o meu coração agradece
Foi Deus que me abençoou
Meus dias hoje as tardes não são vazias
Com você meu amor

Vida tem flores jardim com amores você amanhece
O céu enviou tudo aquilo que solicitou minha prece


chimaruts



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Elza Soares e Thiaguinho: Mulata Assanhada

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Seu pai. Repentista, violeiro e sanfoneiro, era conhecido por Capitão Severino e foi o
responsável por seu interesse pela Música. Em maio de 1909 veio ao mundo um de
seus sete filhos, lá no município de Mirai, Zona da Mata de Minas Gerais. Aos oito
anos anos escrevia versos respondendo aos "repentes" do pai, que ao morrer
em 1919 mudou a vida da família. Foram morar na cidade de Mirai.

Seu nome: Ataulfo Alves de Sousa, ou apenas Ataulfo Alves. E foi aos onze anos que
ele iniciou na vida a trabalhar para ajudar a mãe no sustento da família: lavrador,
leiteiro, engraxate, marceneiro e muitos outros serviços, sem deixar a escola.
Ao completar dezoito anos foi para o Rio de Janeiro, lá trabalhando e fixando
residência. E foi lá que um ano mais tarde ele aprendeu a tocar cavaquinho,
bandolim e violão, criando um conjunto para animar as festas do bairro.

Ataulfo começou a compor e cantar aos vinte anos, tendo sua primeira Música
o Samba Sexta-feira, gravada por Almirante quatro anos mais tarde e quando
alguns dias depois Carmen Miranda gravou Tempo Perdido,  sua entrada no
no mundo artístico foi garantida. Ataulfo Alves  morreu  no Rio de Janeiro
em abril de 1969, deixando um legado à Música superior a 330 canções.



thiaguinho e elza soares

As composições de Ataulfo Alves são interpretadas e gravadas por grandes
nome da MPB até os dias atuais. Tem uma que fez parte de meu repertório, a
escolhida para essa postagem: Mulata Assanhada, em um vídeo com uma
dupla de Artistas sensacionais, um encontro de gerações no Samba: Elza Soares
e Thiaguinho, que não precisam de apresentações no Brasil ou no Exterior.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Ô mulata assanhada
Que passa com graça
Fazendo pirraça fingindo inocente
Tirando o sossego da gente

Ah mulata se eu pudesse e se meu dinheiro desse
Eu te dava sem pensar
Esta terra este céu este mar
E ela finge que não sabe que tem feitiço no olhar

Ai meu Deus que bom seria se voltasse a escravidão
Eu pegava a escurinha
E prendia no meu coração
E depois a pretoria resolvia a questão


ataulfo alves
(letra no original do autor)


fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 26 de outubro de 2014

Quarteto Linha, Deixa a Vida me Levar

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Eles são da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, terra do Forró, ritmo típico
da região nordeste do Brasil. Mas o ritmo que eles executam em suas apresentações
é outro: Samba. Mas um Samba bem diferente ao agregar ingredientes regionais
do norte do Brasil.

O resultado dessa fusão do Samba com os ritmos regionais do nordeste deu certo e o
sucesso veio com a aprovação da crítica e público ouvinte. O tempero agradou e o
Samba nessa nova roupagem nordestina, com letras autorais ou resgatando
antigos sucessos mais o talento dos integrantes, é uma prova que João Koerig
estava certo em suas palavras ao definir o trabalho do grupo:

..."o Samba do nordeste, o Samba da praia, o Samba despreocupado e cheio de ginga"...

Escolhi uma composição que conhecida por todos, Deixa A Vida Me Levar, para
ilustrar essa postagem. Nela podemos ver o resultado do trabalho
dos rapazes que reinventaram o Samba.

carlos miranda (betomelodia) 




Eu já passei por quase tudo nessa vida
Em matéria de guarida espero ainda minha vez
Confesso que sou de origem pobre
Mas meu coração é nobre foi assim que Deus me fez

Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu

Só posso levantar as mãos pro céu
Agradecer e ser fiel ao destino que Deus me deu
Se não tenho tudo que preciso
Com o que tenho vivo de mansinho lá vou eu

Se a coisa não sai do jeito que eu quero
Também não me desespero o negócio é deixar rolar
E aos trancos e barrancos lá vou eu
E sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu

Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu


serginho meriti / eri do cais



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Josinaldo, o Primitivismo na Arte Naif

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O rio São Francisco e o rio Paraná, fizeram parte de sua vida quando jovem. Nasceu em
Remanso, cidade no interior da Bahia que na época ficava às margens do Velho Chico e
que hoje fica às margens do Lago de Sobradinho, formado pela hidrelétrica de mesmo
nome. Veio de uma família ligada às águas: seu avô, proprietário de barcaças e
seu pai, navegador fluvial que residiu em várias cidades ao longo dos dois rios.

Seu nome é Josinaldo Ferreira Barbosa. Veio ao mundo em fevereiro de 1951, filho de
uma cidade que mudou de lugar ao ser inundada, cedendo espaço à Usina Hidrelétrica
de Sobradinho. Admirador das Artes desde criança, foi em 1970 que, na cidade de
São Paulo, Praça da República, resolveu largar o emprego e dedicar-se à pintura,
fazendo parte de um grupo de pintores chamados primitivistas.



josinaldo ferreira barbosa

Profissionalizou-se em sua primeira mostra individual, com os temas relativos ao
rio São Francisco, base de toda sua obra. Reconhecido internacionalmente, Josinaldo
tem suas telas expostas em muitos países mas, jamais esqueceu que é brasileiro, apenas
um baiano pintando o cotidiano, imagens e seu povo, com suas memórias e tradições.

Escolhi para ilustrar a Arte de Josinaldo algumas telas das quais gostei, pois são retratos
com uma beleza primitiva que me encanta ao ver em seu trabalho, povoados, pessoas
e paisagens que retratam a beleza do Velho Chico, o Rio São Francisco e do

Rio Paraná. Tenho certeza que apreciarão.

carlos miranda (betomelodia) 




sem título disponível

sem título disponível

sem título disponível

sem título disponível

betomelodia.blogspot.com
povoado ribeirinho

gameleiros de januária

traineiras e ribeirinhos

sem título disponível

pesca no rio são francisco


destaco: sem título disponível

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

( algumas imagens, sem títulos disponíveis ou confiáveis )

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Caetano Veloso e Maria Bethânia: É de Manhã

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Foi no ano de 1965 que surgiu a primeira oportunidade como profissional para Caetano
Veloso. Na cidade de Rio de Janeiro, aconteceu um imprevisto e a cantora Maria Bethânia,
sua irmã, foi chamada para substituir a cantora Nara Leão no show Opinião. Seu pai,
Zezinho Veloso, pediu que Caetano a acompanhasse até a Cidade Maravilhosa.

E foi em 1965 que obteve seu primeiro registro como compositor. Bethânia gravou um
compacto simples com a composição É De Manhã do irmão e no outro lado, Carcará,
autoria de João do Vale e José Cândido. Imortalizou-as em sua voz. Alguns meses
 depois, foi a vez de Caetano gravar o compacto simples com duas de suas muitas
composições: Cavaleiro e Samba Em Paz. Foram abertas as portas do sucesso.

O vídeo escolhido para essa postagem, traz os irmãos Bethânia e Caetano cantando
É De Manhã. Se cantando separadamente são inigualáveis, juntos um show.
Um ótimo resgate do início de carreira dos irmãos.

carlos miranda (betomelodia) 




É de manhã vou buscar minha fulô
A barra do dia vem o galo cocorocô
É de manhã vou buscar minha fulô

É de manhã é de madrugada
É de manhã não sei mais de nada
É de manhã vou ver meu amor

É de manhã vou ver minha amada
É de manhã flor da madrugada
É de manhã vou ver minha flor

Vou pela estrada e cada estrela é uma flor
Mas a flor amada é mais que a madrugada
E foi por ela que o galo cocorocô
Que o galo cocorocõ


caetano veloso



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google