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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Sérgio Reis e Filhos, Boiadeiro Errante - de 08/06/2015



" O Brasil tem dois grandes artistas populares: o Roberto Carlos e o Sérgio Reis." 
renato teixeira


No bairro de Santana na cidade de São Paulo em junho de 1940, nasceu Sérgio Bavini.
Nome artístico: Sérgio Reis, um ícone da música sertaneja, compositor, cantor, ator
e agora, eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo.

Sua carreira no Universo Musical Brasileiro foi na época da Jovem Guarda com sua
composição "Coração de Papel", um de seus muitos sucessos. Mas na Música Sertaneja foi
em 1972 a sua estréia com "Menino da Gaita", seguindo-se muitas outras canções que
projetaram seu nome no cenário da Música Sertaneja definitivamente, tanto que
no ano de 1981, seu álbum "O Melhor de Sérgio Reis" alcançou mais de um
milhão de cópias vendidas. Quanto ao sucesso junto ao público e à
crítica especializada, Sérgio é o Artista que mais indicações
teve ao Grammy, tendo ficado com três, categoria
"Melhor Álbum de Música Sertaneja".

Escolhi um vídeo de seu show "Sérgio Reis e Filhos - Violas e Violeiros", em que Sérgio está
acompanhado dos filhos Paulo Augusto e Marco Sérgio ao interpretar a composição de
Teddy Vieira, "Boiadeiro Errante", bela letra narrando a lida dos boiadeiros pelos
caminhos de nosso querido Brasil. Ao final da postagem, há alguns links que
levam a outros artistas e estilos musicais diversos aqui no blog, com
total segurança em "links para suas preferências no blog". 

carlos miranda (betomelodia) 




Eu venho vindo de uma querência distante
Sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra
O meu cavalo corre mais que o pensamento
Ele vem no passo lento porque ninguém me espera

Tocando a boiada auê-uê-uê boi eu vou cortando estrada uê boi
Tocando a boiada auê-uê-uê boi eu vou cortando estrada

Toque o berrante com capricho Zé Vicente
Mostre para essa gente o clarim das alterosas
Pegue no laço não se entregue companheiro
Chame o cachorro campeiro que essa rez é perigosa

Olhe na janela auê-uê-uê boi que linda donzela uê boi
Olhe na janela auê-uê-uê boi que linda donzela

Sou boiadeiro minha gente o que é que há
Deixe o meu gado passar vou cumprir com a minha sina
Lá na baixada quero ouvir a siriema
Prá lembrar de uma pequena que eu deixei lá em Minas

Ela é culpada auê-uê-uê boi de eu viver nas estradas uê boi
Ela é culpada auê-uê-uê boi de eu viver nas estradas

O rio tá calmo e a boiada vai nadando
Veja aquele boi berrando Chico Bento corre lá
Lace o mestiço salve ele das piranhas
tire o gado da campanha pra viagem continuar

Com destino a Goiás auê-uê-uê boi deixei Minas Gerais uê boi
Com destino a Goiás auê-uê-uê boi deixei Minas Gerais uê boi


teddy vieira 



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Fernanda Takai, Odeon - de 23-02-2015

betomelodia.blogspot.com


" Nazareth: Compositor brasileiro dotado de uma extraordinária originalidade,
porque transita com fôlego entre a Música Popular e Erudita,
fazendo-lhe a ponte, a união, o enlace."
 
mário de andrade


Hoje, neste post um dos mais belos "Chorinhos" de nosso Universo Musical: Odeon.
Música composta por Ernesto Nazareth no ano de 1910 que, 50 anos mais tarde
recebeu a letra de Vinícius de Moraes.  Nazareth apresentava-se na sala de
espera do antigo Cinema Odeon, para ilustres personalidades que iam
àquele cinema apenas para ouvi-lo ao piano, desde o ano de 1908,
quando foi contratado para tal.

Foi em homenagem ao Cinema Odeon, o mais luxuoso da cidade do Rio de Janeiro,
que em 1910 compôs e batizou sua obra prima como Odeon. À época, não teve
grande repercussão e foi gravado somente em 1912, com ele ao piano e
Pedro de  Alcântara ao flautim. O sucesso só foi alcançado 50 anos
após, década de 60, com a letra que Vinícius de Moraes criou.

fernanda takai

E agora, vamos falar sobre a intérprete que escolhi, para o resgate dessa obra-prima:
possuidora de uma voz suave, afinada, bela e carismática, sou fã ardoroso dela
por sua obra, por seus ótimos resgates de nossa Música e por sua ternura.
Ela é Fernanda Takai.

Fernanda, até o ano de 2007 era conhecida apenas como vocalista de uma banda
mineira de Música Pop, a Pato Fu. E foi naquele ano que ela iniciou a carreira
solo,  brindando  seus  ouvintes e admiradores  com  sua  técnica  vocal,
enriquecendo a Música Popular Brasileira com sua finesse ao cantar
grandes sucessos de nosso Universo Musical.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


Ai quem me dera o meu chorinho tanto tempo abandonado
E a melancolia que eu sentia quando ouvia ele fazer tanto chorar
Ai nem me lembro há tanto tanto todo o encanto de um passado
Que era lindo era triste era bom igualzinho a um chorinho chamado Odeon

Terçando flauta e cavaquinho meu chorinho se desata
Tira da canção do violão esse bordão que me dá vida e
Que me mata é só carinho o meu chorinho quando pega e chega assim
Devagarzinho meia luz meia voz meio tom meu chorinho chamado Odeon

Ah vem depressa chorinho querido vem mostrar a graça
Que o choro sentido tem quanto tempo passou
Quanta coisa mudou já ninguém chora mais por ninguém

Ai quem diria que um dia chorinho meu você viria
Com a graça que o amor lhe deu pra dizer não faz mal
Tanto faz tanto fez eu voltei pra chorar com vocês

Chora bastante meu chorinho teu chorinho de saudade
Diz ao bandolim pra não tocar tão lindo assim
Porque parece até maldade ai meu chorinho
Eu só queria transformar em realidade a poesia ai que lindo
Ai que triste ai que bom de um chorinho chamado Odeon

Chorinho antigo chorinho amigo eu até hoje ainda percebo essa ilusão
Essa saudade que vai comigo e até parece aquela prece que sai só do coração
Se eu pudesse recordar e ser criança se eu pudesse renovar minha esperança
Se eu pudesse me lembrar como se dança esse chorinho
Que hoje em dia ninguém sabe mais


ernesto nazareth / vinicius de moraes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 24 de janeiro de 2016

Guilherme Arantes, Êxtase, - de 24/01/2015

betomelodia.blogspot.com
minha esposa, ivanete


A postagem de hoje é dedicada à uma incrível mulher: Ivanete (Iva Souza), sobre a qual me faltam
adjetivos para defini-la. Hoje é dia de seu aniversário mas, como sempre, sou eu o ganhador
recebendo todos os dias um presente: sua companhia. Grata e querida companhia.

A Música por mim escolhida para homenageá-la é uma composição, um poema, escrito por um
grande nome da nossa Música Popular Brasileira: Guilherme Arantes. Foi composta ao nascer
sua primogênita e segundo suas palavras, "expressa todo o lado cósmico, metafísico do amor".
De uma profunda pureza, a dedico à minha amada, com todo o meu amor.
Parabéns, querida.


carlos miranda (betomelodia) 




Meu Amor. Assim como o poema do Guilherme, eu jamais pensaria que aos 64 anos
minha busca por uma companhia que ao longo de todo meu viver sonhei,
fosse se concretizar.

Tampouco pensei que de tal dádiva seria merecedor pois embora anteriormente
tentasse, acabava perdendo minha identidade. A vida se tornava maçante e a solidão
me fazia companhia, embora rodeado de parentes e amigos. O que sempre me
salvava de uma depressão era a Música e seus maravilhosos acordes.

Mas te encontrei, aos poucos o Amor brotou e hoje tua presença ao meu lado
resgatou minha essência sem críticas, de ti recebendo apenas carinho, desde aquele
nosso primeiro inesquecível abraço, lembra? Viver à ti é minha vida.
Meus parabéns e minha gratidão por existires. Sempre teu, Beto.




( vídeo em 360p )

Eu nem sonhava te amar desse jeito
Hoje nasceu novo sol no meu peito
Quero acordar te sentindo ao meu lado
Viver o êxtase de ser amado

Espero que a música que eu canto agora
Possa expressar o meu súbito amor

Com sua ajuda tranquila e serena
Vou aprendendo que amar vale a pena
Que essa amizade é tão gratificante
Que esse diálogo é muito importante

Espero que a música que eu canto agora
Possa expressar o meu súbito amor


guilherme arantes




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 23 de janeiro de 2016

Djavan, Oração ao Tempo - de 21/03/2014

betomelodia.blogspot.com


No ano de 1572, na Inglaterra, nasceu John Donne.
Foi um poeta, prosador e também clérigo. Na vibração das
cordas e acordes de seu alaúde, declamava versos e entoava
suas canções. John morreu no ano de 1631, em sua terra natal.
Mas, o que este inglês de épocas tão remotas tem em comum
com a Música Popular Brasileira? Nada. Mas sua obra, tudo.

Acontece que ele deixou um belo legado à humanidade. E deste
legado, um de seus escritos caiu em mãos de um já velho conhecido
nosso, autor de inúmeros sucessos e dono de um interpretar
inigualável, conhecido por Caetano Veloso. É, Caetano.


djavan

De um ótimo texto secular, nasceu a inspiração para uma composição
que classifico como uma prece, tendo como título Oração ao Tempo
Nela o tempo é tratado como um deus, pois a vida entranhada em
seus meandros, nos tornas escravos de seus desígnios. Até quando? 

Para ilustrar esta postagem escolhi um vídeo com Djavan, uma
personalidade muito querida em meu blog, grande ícone no
universo da Música Popular Brasileira.

carlos miranda (betomelodia) 




És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido tempo tempo tempo tempo

Compositor de destinos tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo tempo tempo tempo tempo

Por seres tão inventivo e pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos tempo tempo tempo tempo

Que sejas ainda mais vivo no som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo tempo tempo tempo tempo

Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício tempo tempo tempo tempo

De modo que o meu espírito ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios tempo tempo tempo tempo

O que usaremos pra isso fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e migo tempo tempo tempo tempo

E quando eu tiver saído para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido tempo tempo tempo tempo

Ainda assim acredito ser possível reunirmos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo tempo tempo tempo tempo

Portanto peço-te amigo e te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo tempo tempo tempo tempo

caetano veloso 



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

João Bosco, Quando o Amor Acontece - de 13-01-2014

betomelodia.blogspot.com


Em 12/12/2007, publiquei uma postagem em que João Bosco interpreta
"Caminhos Cruzados",  uma obra prima de  Tom Jobim com a
parceria de Abel Silva. Nesta página, destaquei João cantando
com a alma, revelando os sentimentos dos autores que em poucas
palavras, criaram um poema ao Amor e suas consequências.

Mas, existem intérpretes que além de transmitirem com perfeição
o lado sentimental das letras, sejam elas quais forem, superam-se.
É o caso desta ótima performance de João Bosco. Pessoalmente eu
atrevo-me a classifica-la como a mais bela entre todas as que já
ouvi. Creio que concordarão comigo. então, aqui vai

Quando o Amor Acontece.

carlos miranda (betomelodia) 




Coração sem perdão diga fale por mim
Quem roubou toda a minha alegria
O amor me pegou me pegou pra valer
Aí que a dor do querer muda o tempo e a maré
Vendaval sobre o mar azul

Tantas vezes chorei quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos
Ninguém tira do amor ninguém tira pois é
Nem doutor nem pajé o que queima e seduz
enlouquece o veneno da mulher

O amor quando acontece
A gente esquece logo que sofreu um dia ilusão
O meu coração marcado tinha um nome tatuado
Que ainda doía pulsava só a solidão

O amor quando acontece
A gente esquece logo que sofreu um dia esquece sim
Quem mandou chegar tão perto se era certo um outro engano
Coração cigano agora eu choro assim

tom jobim / abel silva



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google