google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

quinta-feira, 10 de março de 2016

Luiza Dionísio, Mas Quem Disse Que Te Esqueço



Ela é carismática. Ela é elegante. Ela quando está em um palco, coloca sua alma nas palavras do Samba
que canta. Ela fica gravada na memória do público que a assiste em suas performances. Ela possui
um raro cantar, sensível e instintivo. Ela, ela, ela... mas quem é ela? Xi, vai  mais um ela... Ela é
Luiza Conceição Dionízio, ou como é conhecida, Luiza Dionísio.  Carioca, nasceu no dia
de Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro de 1963, Vila da Penha, cidade do
Rio de Janeiro, Brasil. Definindo-a:  presente para ouvidos que sabem ouvir.

Quem já ouviu Luiza cantar, seja em bares, projetos culturais, bailes, em noites a dentro ou pelas noites
a fora, pelas muitas estradas repletas de sonhos e ilusões,   sabem que essas noites moldaram seu
cantar, trouxeram experiência e moldaram com Arte o dom com que Luiza Dionísio nasceu. É, o
Samba mandou chama-la e graças aos bons "Deuses da Música", ela atendeu ao chamado.
Ao lançar seu primeiro álbum, o CD  "Devoção", conquistou o público e crítica, tendo
sido indicada como "Melhor Cantora de Samba" pela crítica, e "Melhor Cantora"
no voto popular. Isso foi em 2010 no "Vigésimo Primeiro Prêmio da Música
Brasileira
",  quando cantou no  Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A
emoção do crítico e musicólogo Zuza Homem de Mello  foi tanta
que procurou-a para dizer-lhe: "Ao ver você cantar pensei:
aí está uma cantora de verdade
."  Precisa dizer mais?

A escolha para ilustrar a publicação é o vídeo em que ela interpreta com maestria o Samba de autoria da
Dona Ivone Lara em parceria com Hermínio Bello de Carvalho, intitulada "Mas Quem Disse Que Eu
Te Esqueço
", constante no álbum Bodas de Ouro de 1998.


carlos miranda (betomelodia) 




Tristeza rolou nos meus olhos de um jeito que eu não queria
E manchou meu coração que tamanha covardia
Afivelaram meu peito pra eu deixar de te amar
Acinzentaram minh'alma mas não secaram o olhar
Afivelaram meu peito pra eu deixar de te amar
Acinzentaram minh'alma mas não secaram o olhar

Saudade amor que saudade
Que me vira pelo avesso e revira meu avesso
Puseram a faca em meu peito
Mas quem disse que eu te esqueço
Mas quem disse que eu mereço

dona ivone lara / hermínio bello de carvalho



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 7 de março de 2016

Cris Delanno, com Roberto Menescal e Andy Summers: Samba do Avião

andy summers, cris delanno e roberto menescal


E que as Águas de Março tragam consigo, abundância de felicidades e amores...

" a música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido a comunicação das almas,
se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias."

marcel proust



Na primeira publicação sobre a Música Brasileira, trago uma cantora nascida no Texas, Estados Unidos
da América do Norte em setembro de 1969. Seu nome é Cristiane Silva de Britto mas é conhecida
por seu nome artístico, Cris Delanno, que aos 5 anos de idade participava do coral infantil
do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em óperas como La Boheme, Carmen e Tosca.
Cris por ter nascido nos EUA, teve influência da Música norte americana tendo
sido a solista de um coral formado apenas por negros, o African American
Unity Choir, tendo já dividido o palco com Roberto Menescal e Andy
Summers do The Police, que a acompanham no vídeo abaixo.

Sobre nosso querido Roberto Menescal, natural de Vitória, a
Capital do Estado do Espírito Santo, Brasil, um dos mais espressivos
da Música Brasileira, compositor, instrumentista, arranjador e também produtor
em seus estilos musicais preferidos, Bossa Nova, Samba e MPB. Participou do início
do movimento como um dos fundadores do movimento que deu origem à Bossa Nova, que
teve início no apartamento de minha querida Mestre, Nara Leão, na Avenida Atlântica, Copacabana.

E temos um participante de fama internacional, do grupo The Police. Ele é Andrew James Somers, mais
conhecido como   Andy Summers,  e que veio ao mundo em dezembro de 1942,  na cidade de
Poulton-le-Fylde, Inglaterra, Reino Unido. É compositor, instrumentista e vocalista, e
uma celebridade por seus trabalhos no grupo The Police como guitarrista, e
foi o  responsável  pelo terceiro álbum d
a brasileira  Fernanda Takai.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudade
Rio seu mar praias sem fim
Rio você foi feito pra mim

Cristo Redentor braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque Rio eu gosto de você
A morena vai sambar seu corpo todo balançar
Rio de sol de céu e de mar
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
Rio de Janeiro Rio De Janeiro Rio de Janeiro Rio De Janeiro

Cristo Redentor braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque Rio eu gosto de você
A morena vai sambar seu corpo todo balançar
Aperte o cinto vamos chegar
Água brilhando olha a pista chegando
E vamos nós aterrar


antonio carlos jobim



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 4 de março de 2016

Luis Cláudio Morgilli, e Suas Bucólicas Paisagens

noturno


O Artista

Foi no ano de 1955, em Catanduva, interior do Estado de São Paulo que  Luis Cláudio Morgilli nasceu.
Em minhas pesquisas sobre o Artista, não obtive dados sobre sua infância, quando iniciou sua
preferência pela pintura, se autodidata ou se  formado  nas Artes Plásticas mas,
 ele é
tido pelos Artistas da região de Catanduva como escola. Assim, vamos à Obra.



luís cláudio morgilli


Sua Obra

Seus trabalhos em sua maioria partem de uma base siena e um desenho perfeito, com tonalidades de
cores corretas aliadas em  naturezas atemporais que nos conduzem à uma época da qual parte
gostaríamos de pertencer. Paisagens bucólicas e seus casarios precisos com as figuras
humanas levemente retratadas mostram a realidade,  assim como suas naturezas
mortas  revelam sua versatilidade na amplidão dos temas explorados pelo
Artista contemporâneo, de seguras pinceladas no estilo acadêmico
mas com traços impressionistas. Este é Luís Cláudio Morgilli.

carlos miranda (betomelodia) 




primavera

caminho, catanduva, são paulo

banca de flores
maré cheia em paraty

casa de sítio, monte verde

rua da felicidade

linha na roça. interior de são paulo

sem título disponivel

mercado de flores
                                         ouro preto, minas gerais

                                                                                  sem título disponivel


destaco: o ateliê

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

( tamanho das telas adaptados à diagramação )

terça-feira, 1 de março de 2016

Henrique Passos e o Amor à Bahia

três mariscadoras


O Artista

O destaque de hoje nas Artes Plásticas Brasileiras é Henrique Passos. Nascido na cidade interiorana
de Ubaitaba, Estado da Bahia, desde a infância já nutria fascínio pelas Artes. Autodidata, foi para
a Capital, Salvador, iniciando seus trabalhos em pintura, período em que para melhorar a
sua técnica e definir seu estilo, frequentava cursos de pintura. Dez anos depois, o
seu desejo de aperfeiçoamento o levou a ingressar na Escola de Belas Artes
da Universidade Federal da Bahia, lá concluindo seus estudos na Arte.

Sua formação erudita,  o levou a ser influenciado  em suas telas pelos
consagrados Mestres da antiga escola paisagista.  A riqueza de  detalhes em
sua grande variedade de temas e uma impressionante mescla de luz, sombra e cor,
nos levam ao encantamento.  Sua grande sensibilidade e amor à sua querida Bahia fazem
com que, como o melhor pintor de paisagens da Bahia ele seja considerado. E Henrique também
pinta retratos de personagens, famosos ou não, que são objetos de coleções particulares e públicas.


henrique passos


Sua Obra

Boa parte de seu tempo é utilizado na pesquisa de imagens da antiga Bahia, tanto que sua obra tem a
característica histórico documental, em vista da riqueza de informações nos detalhes das épocas
retratadas em perspectivas e dimenções perfeitas.  Proporções de Neoclássico Academismo
é o que notamos em seus trabalhos mas, com grande talento ao transpor para a tela sua
contribuição pessoal sem que isso interfira em nossa interpretação de seu trabalho.
Um grande legado, o que Salvador, a Bahia e o Brasil ganham em suas criações.

carlos miranda (betomelodia) 




espelho d'água
abaeté
feira e saveiros
contemplando a puxada de rede

dois saveiros em partida

praça municipal, rua chile, década de trinta
vadiagem, festa popular

dedo de prosa

arribação
capitães de areia
ladeira de conceição da praia


salvador vista do mar, baia de todos os santos

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

( formato das telas adaptados à diagramação )

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Emílio Santiago, Canto de Ossanha



Encerrando o mês de fevereiro com uma publicação sobre a Música Brasileira, trazemos um dos mais
conhecidos Afro-Sambas da série composta por Baden Powell e Vinícius de Moraes que, ao lado
de uma outra composição, Berimbau, são os mais gravados e conhecidos. Trazem no tema
alusões à Cultura Afro-Brasileira em uma mistura de erudição no violão de Baden e o
lirismo poético de Vinícius, o qual inspirou-se nos cantos do Candoblé baiano e
rodas de samba com solos de berimbau. Foi o início das religiões na MPB.


A composição à qual refiro-me é "Canto de Ossanha". Mas quem, o que é "Ossanha"? Bem, os trabalhos
religiosos nas tradições africanas,  não podem ser realizados sem a evocação de "Ossanha", um
Orixá conhecedor de todo tipo de ervas e seus usos. "Ossanha" tem uma característica: ele
é ambivalente, assim como todos os Orixás, e nesta composição mostra-se traidor, o
mediador das mandingas, aquele do qual Xangô nutre desconfiança. Mas como
é possuidor do Axé também é provocador, aquele que incita movimentos.

Isso é mostrado no refrão da Música, com a letra provocando, afirmando, "vai, vai, vai, vai", no mesmo
em seguida negando "não vou". Afirmam que não se cai no "Canto de Ossanha", a mandinga, para
que o que passou seja esquecido, mas sim para preparar-se para o novo.  Mas, voltando já
para a composição, foi, segundo as palavras de Vinícius, que seu parceiro Baden fez o
Candomblé Afro-Brasileiro adquirir um jeitinho carioca no moderno Samba, que
tornou possível o cantar das religiões africanas  entrar em nossa  Música.

Ilustrando a postagem, um vídeo com aquele que foi e ainda o é, dos maiores nomes de nossa Música
que tão cedo nos deixou: Emílio Santiago, seu arranjo e domínio de palco com irradiante simpatia.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


O homem que diz dou não dá porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz vou não vai porque quando foi Já não quis
O homem que diz sou não é porque quem é mesmo é não sou
O homem que diz tô não tá porque ninguém está quando quer
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha Traidor
Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor

Vai vai vai vai não vou vai vai vai vai não vou
Vai vai vai vai não vou vai vai vai vai

Não vou que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não eu só vou se for prá ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo sinhô Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu Orixá
O amor só é bom se doer

Vai vai vai vai não vou vai vai vai vai não vou
Vai vai vai vai não vou vai vai vai vai

Dizer que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não eu só vou se for prá ver uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

baden powell / vinicius de moraes



fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google