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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Celso Fonseca, Mais Um na Multidão



Bem, falar sobre Celso é como ser repetitivo, pois conhecido nacional e internacionalmente, sua
carreira já é bem narrada,  tanto aqui como em vários  Países mundo à fora, tendo sido
destaque aqui no Blog por várias vezes. Mas creio que sempre tem algum fato,
que acho ser interessante revelar  e o principal é a elegância em cantar,
vestir-se,  portar-se perante a vida e, principalmente,  compor.

Foi na cidade do Rio de Janeiro, no Alto da Boa Vista e no casarão erguido por seu pai que ele
passou sua infância. Nasceu em 15 de Novembro de 1956, quando o Rio vivia o auge da
Bossa Nova e sua mãe, ouvinte de João Gilberto, Samba e Música Clássica, foi o
exemplo de eclético bom gosto que o influenciou profundamente. O amor
à  Música  foi despertado aos nove anos, ao assistir o concerto de
Tchaikovisky e também ao ficar encantado com o violão de
seu primo.  Ganhou um violão do pai  e iniciou suas
aulas que odiou, pois seu desejo era já tocar
os ritmos em voga. Desistiu das aulas.
Ele resolveu aprender sozinho.

Também  aprendeu sozinho a tocar piano, e aos dezoito anos já era um  autodidata. Foi no fim
da adolescência que matriculou-se no curso de jornalismo da  PUC,  que depois de dois
depois abandonou para dedicar-se inteiramente à  Música,  estudando em busca
de aprimoramento e técnica.  Começou a a frequentar  os palcos tocando
em uma banda de jaz aos vinte e quatro anos, a porta de ingresso
na banda de Gilberto Gil, seu ingresso como instrumentista
no Universo Musical. Como compositor, foi em 1986
que em parceria com Ronaldo Bastos  nasce
a Música "Sorte", sucesso absoluto na
voz de Gal Costa em todo Brasil.

Até agora escrevi um pouco sobre como nasceu o instrumentista e o compositor, mas e sobre
o cantor?  Celso achava sua voz "horrível" e não se atrevia a cantar até que Gal com ele
conversou e o incentivou a "soltar a voz", e o resultado é o que hoje ouvimos em
suas interpretações. Em seu estilo podemos afirmar que Celso é essência
da autêntica  Bossa Nova,  sendo hoje no Brasil e no mundo,  um
dos maiores divulgadores deste imortal estilo musical. Tem
também o  Celso Fonseca Produtor Musical, quando
em 1986  foi o produtor do álbum de Vinícius
Cantuária.  Em seguida, produziu para
dezenas  de outros  Artistas, tais
como Gilberto Gil, Gal Costa, Paulinho
Moska, Paula Morelenbaum, Daniela Mercury,
Zeca Baleiro,  Mart'nália,  Virgínia Rodrigues,  Daúde,
Dulce Quental,  para o Mestre guitarrista português Antonio
Chainho e outros grandes nomes da  Música.  Escolhi o vídeo no
qual Celso interpreta "Mais Um na Multidão" com um arranjo intimista com
sua habitual elegância no cantar, lembrando que em 14/09/2013, este mesmo tema
já foi destaque no Blog, nas vozes de Marisa Monte e Erasmo Carlos. Sei que apreciarão.

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Guarde segredo que te quero e conte só os seus pra mim
Faça de mim o seu brinquedo você é meu enredo vem pra cá
Te quero te espero não vai passar o amor não falta está

Você pensa em mim eu penso em você
Eu tento dormir você tenta esquecer
Longe do seu ninho meu andar caminho
Deixo onde passo os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

O mar de sol no leito do lar e nem o rio pode apagar
O amor é fogo e ferve queimando
Estou ferido agora e sigo te amando
Você pode acreditar

A mesma carta o mesmo verbo em sonho só viver pra ti
Quem tem a chave do mistério nem teme tanto medo de amar
Me cego te enxergo não vai passar o amor não tarda estar
Te quero te espero não vai passar o amor não falta está

Você pensa em mim eu penso em você
Eu tento dormir você tenta esquecer
Longe do seu ninho meu andar caminho
Deixo o obvio e faço os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

Sou mais um na multidão...

marisa monte / erasmo carlos / carlinhos brown




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Djavan, Não é Um Bolero



Tido como referência nacional e internacional na Música Popular Brasileira, Djavan domina com
maestria quatro importantes espaços na Arte Musical: compositor, cantor, violonista, assim
como produtor musical.  Pouco tenho à acrescentar sobre ele,  pois por várias vezes
este ilustre alagoano esteve em destaque aqui no Blog,  e sendo assim vamos
é ressaltar seu estilo consagrado de compor, as letras com construções
repletas de metáforas e distintas dos demais compositores, ritmos
da América do Sul combinados com os de outras povos, tais
como os  norte americanos, africanos e europeus, que
são retratados em belas, digamos, cores pois a
sua Música é considerada Arte. Vamos lá.

Selecionei  para ilustrar  esta publicação
sua composição "Não é Um Bolero", lançada ao
final do ano de 2015, e que foi o destaque de seu mais
recente álbum, Vidas Pra Contar.  Repleta de romantismo ela
lamenta e distância, a ausência de um amor narrando o reencontro
em uma interessante, bela edição de vídeo que esperado com ansiedade
por seus seguidores e claro, pela Música Popular Brasileira, tenho certeza que
aguardavam, e com saudades, a volta de  Djavan e suas maravilhosas composições.

carlos miranda (betomelodia) 





Eu não digo que não ela é bela e fera
Mas não pondera e me deixa doidinho
Quando eu penso que sim ela dá de ombro
E eu me escombro sozinho

Se com ela há muito mais luar porque viver dias sombrios
Eu não posso me distanciar e me perder dos seus carinhos
Você é demais muito mais pra mim

Não é um bolero é amor sincero que a tudo resiste
Não a ter do lado me deixa abalado e nada é mais triste
A vida é atoa não fica de boa quem não tem um querer
Eu tenho de tudo mas me falta tudo se eu não tenho você


djavan




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Marcelo Vieira e a Arte Naif

a pescaria


Marcelo Vieira

Foi na cidade de Diadema, na Zona Sudeste da Grande São Paulo, a capital do Estado, que em
31 de Janeiro de 1974 ele nasceu. Lá cresceu e como todo brasileiro assumiu um trabalho,
o de Técnico em Cerâmica.  Mas, o que ele apenas intuia e começou praticando como
uma espécie de hobby era a pintura. Em meados de 1996 frequentou uma Oficina
Cultural em sua cidade, e autodidata  começou a expressar-se na pintura. Os
seus trabalhos obtiveram destaque, e ao participar de algumas coletivas
resolveu continuar com a  Arte,  paralelamente  à sua então profissão.


marcelo vieira


As suas telas foram por ele expostas na tradicional Feira de Artes na
Praça da República por muitos anos, no centro de São Paulo, onde eram
visualizadas e tinham grande aceitação pelos temas brasileiros que exibidos
em fortes cores, revelavam a riqueza de nossa cultura em belo estilo Naif. Em sua
obra,  Marcelo  usa a técnica acrílico sobre tela,  cerâmica e outros materiais à título de
experiência, para consolidar ainda mais seus trabalhos, retratando o dia-a-dia, suas raízes
e o imenso Universo Cultural Brasileiro em suas raças, costumes e tradições. O mundo espera.

carlos miranda (betomelodia) 




olinda querida

boteco

união
uma tarde nos arcos da lapa

meu boi bumbá

noite do forró


o milagre da pesca
noite de festa

noite boêmia
encontro de boi bumbá

saudação ao frevo

destaco: banda de forró


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

sábado, 15 de outubro de 2016

Rocco Caputo, Maestria no Figurativismo Contemporâneo

forjador


Com ascendência da bela Itália, Rocco Antonio Caputo nasceu na cidade de Piracicaba, interior
do Estado de São Paulo, em Agosto de 1962, e lá passou sua infância em meio à paisagem
maravilhosa do Rio Piracicaba que corta a cidade.  Pintor, mosaicista e professor, teve
a orientação inicial na pintura com o Artista Hugo Benedetti e na cidade de Foggia,
Itália, formou-se em pintura na  Accademia di Belle Arti, onde também estudou
a técnica da aquarela e pintura com Cosimo del Vecchio. Mas não parou a
sua busca por outros setores das Artes Plásticas, cursando Anatomia
Artística e o uso de mármore com  Leonardo Scarinzi,  além de ter
trabalhado  com  mosaicos  no ateliê de  Giuseppe  Zaccheria.


rocco caputo


Aos 29 anos, 1991, retorna ao Brasil, indo morar na cidade de
Rio Claro mas, em 2004 volta à Piracicaba onde fixou residência e
é onde mantem seu ateliê, oferecendo cursos de pintura e desenho. É
consagrado por suas pesquisas e estudos, como um grande expoente da
recente geração de pintores figurativos contemporâneos, com seus trabalhos
revelando universalidade e qualidade com extremo profissionalismo na mais bela
expressão do figurativismo.  Sua obra possui sofisticação, repleta de poesia, marcada
por luzes e sombras em alto contraste, onde sobre escuros fundos seus personagens são
destacados por forte luz em efeitos dramáticos. Pura inspiração, sensibilidade, poesia e amor.


carlos miranda (betomelodia) 




centauro

mulher com lenhas

maria madalena
despertar dos anjos

flora em luto

crucificação
condenados

uma senhora

desejo
camponesa

visão do calvário







destaco: truco

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Quarteto do Rio, Homenagem ao Malandro



Quarteto do Rio

Primeiramente, vamos voltar setenta anos no tempo. Em 1942, Ismael Netto idealizou o projeto
que consistia em um quarteto para interpretar a  Música  Popular  Brasileira  em arranjos
próprios a quatro vozes. Com nome de Os Cariocas era formado inicialmente por
Severino Filho, Eloi Vicente, Neil Carlos Teixeira e Fabio Luna,  e cantando
em festinhas no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mas foi no ano
1946, que ao terem participado de vários programas de rádio,
com sua polifonia característica e arranjos ritmicos, é
que as portas da fama e do sucesso se abriram.

Em 1956,  seu idealizador Ismael Netto morre, e
o Maestro Severino Filho convida sua irmã para fazer
a voz de falsete, o que parece ter gerado  divergências  entre
os membros do grupo, o que levou o conjunto após mais dez anos
a ficarem separados por vinte e um anos. Mas a Música tem caminhos que
muitas vezes nos surpreendem,  pois em 1987 o  Maestro  foi convidado a ouvir o
arranjo feito pelo pianista Alberto Chineli para a composição de Bororó, clássico imortal
por nós bem conhecido, "Da Cor do Pecado", e que entusiasmou  Severino Filho  de tal forma
que fazendo o arranjo vocal convidou os integrantes do quarteto  à voltarem aos palcos
e aos discos., tendo ficado sob sua direção até 2015 quando afastou-se do grupo
por motivos de saúde, vindo a falecer no mês de Marco deste ano de 2016.

Setenta e quatro anos. A Música brasileira não poderia perder o que
nos legou "Os Cariocas" em mais de sete décadas de muitos
sucesso e assim,  os três  remanescentes do quarteto
tomaram a decisão de continuar a realização de
seu criador, Ismael Netto. Mas, a família do
Maestro Severino  não permitiu que
a nova formação  utilizasse o
mome "Os Cariocas" (?).






Bem,  minha opinião pessoal é que esse direito de uso ou não,  deveria ser do seu idealizador
mas, ressalto que esta é minha opinião e que não tenho base para contesta-la. E os três
entendendo que a Música é mais valiosa que um nome,  concordaram e seguiram
em frente com um novo nome,  Quarteto do Rio.  E convidando o pianista e
vocalista Leandro Freixo para primeira voz e piano, com Fabio Luna
como segunda voz na bateria e na flauta, Neil Teixeira terceira
voz e baixo, e completando o quarteto, Eloi Vicente com
a quarta voz e violão., estava pronto o novo grupo.
Muito bom para nós e para a nossa Música.

carlos miranda (betomelodia) 





Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais

Agora já não é normal
O que dá de malandro regular profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato com gravata e capital
Que nunca se dá mal

Mas o malandro pra valer - não espalha
Aposentou a navalha tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha num trem da Central


chico buarque




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google