google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Liah Soares, Tô Chegando



Iniciamos o mês de Novembro com um bom Carimbó, ritmo regional de origem indígena. posteriormente
influenciado pela cultura africana e portuguesa.  Na língua Tupi, o nome do ritmo vem dos termos
'curi' e 'm'bo', traduzindo, tambor de tronco de árvore e oco ou furado: curimbó. Assim, para
a interpretação, dança e ilustração da publicação, escolhi uma paraense nascida lá em
Tucuruí, Estado do Pará, trazendo-a de volta ao Blog, que é Liah Soares. Ela foi
destaque cantando  Casa Vazia, Todos os Cantos e Desperdiçou, e agora
em seu retorno ao Blog,  interpreta  Tô Chegando.  Então, vamos lá.


carlos miranda (betomelodia) 




Bota aquela saia o brinco de argola vermelho nas unhas tô chegando
A flor no cabelo o olhar maroto a boca de beijo tô chegando
Eu quero te ver na pista comigo rodando essa saia e sendo o meu par
Tua mão bem na minha teu olho no meu no passo da dança que eu vou te ensinar

Ao som da guitarra à luz do luar na chuva de estrelas
Acenda o seu corpo que eu vou me queimar

Nessa festa linda que é te namorar
Acenda o seu corpo que eu vou me queimar


liah soares / iana marinho



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 27 de outubro de 2018

Rosa Keiko - A Arte no Mundo - Brasil

marinha - espatulado sobre papel


Foi em sua adolescência lá no interior paulista, que ela teve contato com a pintura,
vendo pela primeira vez o trabalho abstracionista de Manabu Mabe. O desejo
de aprender pintura brotou intensamente pela leveza e pela beleza das
cores,  ora suaves,  ora vigorosas,  em suas maravilhosas pinturas.

rosa keiko - 1950 / in activity
acrylic on paper, spatulate - 25 x 30 cm - sold, private collection
niterói, rio de janeiro state - brazil
contact me to acquire: rkeikohayashi@gmail.com

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Almir Sater e Michel Teló: A Saudade é Uma Estrada Longa

michel teló e almir sater


Saudade. Registros de encontros, registros de desencontros também. Na magia de tempos remotos
nos conduz de volta a longos caminhos em que queiramos ou não, nos estimulam adiante seguir.
A cada momento em que escolhas não tivemos, nos afastamos e nos aproximamos de várias
decisões, que nos conduzem a estradas desconhecidas ou não que somos obrigados a
trilhar.  Mas o que com frequência esquecemos,  é que nunca devemos queimar as
pontes que deixamos para trás,  pois talvez a vida nos constranja a um retorno.

( texto extraído de Meus Escritos )


Esta publicação traz de volta Almir Sater com sua composição em parceria com
Paulo Simões, e também pela primeira vez aqui no nosso Blog, Michel Teló, em um
descontraído encontro num belo recanto no Pantanal Sul-Mato-Grossense onde cantam
"A Saudade é Uma Estrada Longa", com participação de três Músicos regionais pantaneiros.

carlos miranda (betomelodia) 




A saudade é uma estrada longa que começa e não tem mais fim
Suas léguas dão volta ao mundo mas não voltam por onde vim
A saudade é um estrada longa que começa e não tem mais fim
Cada dia tem mais distância afastando você de mim

Tantas foram as vezes que nos enganamos
Outras vezes nos desencontramos sem nem perceber
Mesmo sem razão eu quero lhe dizer sem intenção
Ver tudo se perder dói tanto tanto

A saudade é uma estrada longa que hoje passa dentro de mim
Me armei só de esperança mas usei balas de festim

Tantas foram as vezes que nos enganamos
Outras vezes nos desencontramos sem nem perceber
Mesmo sem razão eu quero lhe dizer sem intenção
Ver tudo se perder dói tanto tanto

                                           
almir sater / paulo simões



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Enrique Simonet - A Arte no Mundo - Espanha

the judgement of paris, 1904


Pintor espanhol nascido em Valência, estudou primeiro na Real Academia de Bellas Artes de San Carlos
de Valencia e obteve em 1887, uma bolsa para estudar pintura na Academia de Belas Artes de Roma,

onde pintou em 1890, a "Anatomia do coração", também conhecida como "Ela tinha um coração!"
ou ainda "Autópsia", pintura que lhe trouxe fama e venceu diversos prêmios internacionais.

enrique simonet - 1866 / 1927
oil on canvas - 215 x 331 cm - málaga museum
málaga - spain

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Meus Escritos - Primeira Expedição

dedo de deus - magé, rj

Teclado à frente. Pensamento lá para trás no
tempo e no espaço, em um mundo agora tão diferente e
distante. Mãos inertes, o monitor estático, aguardando.
Impaciente. A imagem do protetor de tela apareceu.
Uma dança da memória. Único movimento no ambiente.
Palpáveis recordações brotaram então.


 
Noite. Olhando pela janela de seu estúdio, observa
as nuvens tingidas de vermelho pelas luzes da cidade.
Parece estar em outro planeta. Céu vermelho é diferente,
mexe com a imaginação. Surrealismo e nostalgia. 
Guapimirim, Parada Modelo, Magé, Teresópolis,
nomes que sempre surgem em suas lembranças.

Lugares em que viveu, em que conquistou a liberdade aos 14 anos,
e que muitas recordações de aventuras e descobertas,
ele com carinho guarda e busca, como apoio em sua
solidão, em seu abandono. Boas lembranças que
marcaram sua vida para sempre.







Havia uma estrada de ferro que a serra vencia,
levando, trazendo passageiros e coisas
em seu ir e vir. Mas ele não chegou a ver sequer
os seus trilhos, retirados antes de sua
mudança para Parada Modelo. Deles, guias
seguros das locomotivas e vagões, só histórias
ouviu contarem e, saudades nas narrativas dos
moradores locais ele percebia. Não, ele não entendia
ainda o motivo da extinção de algo tão bom e
necessário, às pessoas que ali moravam.

a estrada de ferro

Disseram os mais velhos das belezas naturais
que pelas janelas dos vagões eram descortinadas, ao
recordarem sua construção em narrativas bonitas, poéticas
e interessantes das obras que iniciadas em 1901,
tiveram sua conclusão em Teresópolis no
ano de 1908. Lamentaram a desativação
em 1957, despertando sua curiosidade sobre o local.

ponte sobre o rio paquequer em 1925

Resolveu verificar as histórias e subiu o leito
abandonado da antiga estrada de ferro.
Foi em meio ao silêncio e a uma brisa suave, que sentou-se
e bebeu em grandes goles a beleza da paisagem.
Admirado ficou, imaginando a ousadia dos homens,
ao abrirem por tão acidentada região, caminho para uma
ferrovia, a engenhosidade para vencer grandes desafios,
a conquista da Natureza em nome do progresso.
Hoje, ao lembrar o abandono daquele belo trabalho, ele
pensa que deveria ter sido preservado como homenagem
aos seus idealizadores e construtores.

aterro que resistiu ao tempo

Não completou todo o percurso, o cansaço e o medo
de atravessar os restos da ponte sobre o Rio Paquequer
venceram, e ele pôs-se a descer , a fazer o caminho de volta,
mas não sem sentir-se um verdadeiro desbravador,
a imaginar que a vida em um lugar tão bonito e diferente,
Parada Modelo, haveria de ser muito boa e proveitosa.
E foi... foi o início de muitas aventuras.

ruínas da ponte sobre o rio paquequer

Ao chegar em casa, final de aventura, levantou os olhos

com respeito à serra que havia acabado de visitar e
saudando o entardecer, prometeu a si novas e
emocionantes expedições...


carlos miranda (betomelodia) 




Publicou a "Primeira Expedição", salvou seus arquivos,
recolheu o teclado, desligando em seguida o
monitor. Levantou de sua poltrona, olhou para seu
pequeno mundo e apagando as luzes, apagou
a si e as suas memórias até a manhã seguinte...


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos