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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Anavitória, Ai Amor




Esta dupla de cantoras, Ana Clara Caetano Costa e Vitória Fernandes Falcã, conhecidas pelo nome
artístico Anavitória, está de volta ao Blog com mais um de seus sucessos. A descontração e a
simpatia, o domínio de palco ao interpretarem suas composições com letras repletas de
alto astral que amenizam nossos turbulentos dias nos trazendo paz. Mostraram ao
seus seguidores à que vieram e foram destaque aqui no blog com duas suas
autorais, Dengo e Trevo, esta última com a parceria de Tiago Iorc. Com
a certeza que apreciarão, escolhi  "Ai Amor"  para esta publicação.

carlos miranda (betomelodia) 




Ei fiz questão da promessa lembrar
Tu jurou minha mão não soltar e se foi junto dela
Ei '
cê' não sabe a falta que faz
Será que teus dias tão iguais eu me pego pensando

Ai amor será que tu divide a dor
Do teu peito cansado com alguém que não vai te sarar
Meu amor eu vivo no aguardo
De ver você voltando cruzando a porta parararara

Ei diz pra mim o que eu quero escutar
Só você sabe adivinhar meus desejos secretos
Ei faz de conta que não percebi
Que você não esteve aqui com teu jeito singelo

Ai amor será que tu divide a dor
Do teu peito cansado com alguém que não vai te sarar
Meu amor eu vivo no aguardo
De ver você voltando cruzando a porta
Sem hora pra voltar sem rota pra tua fuga
Com tempo pra perder teu olho degradê pra colorir pra colorir

Meu amor eu vivo no aguardo
De ver você voltando cruzando a porta


ana caetano



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Meus Escritos - Mal Ditas Palavras



Com palavras, tudo aprendemos.
Passamos a entender e explicar o que nos rodeia,
mas... sempre sob nosso ponto de vista.

As palavras. As usamos para implorar aos
céus e pedir aos homens todo o saber,
mesmo sem ter um propósito definido.

É com palavras que cantamos a vida, contamos
segredos, pecados e nossas aspirações,
mas... não queremos ser julgados por elas.

E com palavras fazemos nossas juras de amor,
nossas preces ao sempre presente vento,
Sem a certeza de que seremos atendidos.

carlos miranda (betomelodia) 




Palavras movem o mundo, ditam costumes
regras, proibições, permissões, sentenças e perdões.
Narram verdades, mentiras e enganos,
provocam mil atrocidades, geram ódio,
rancor, sede de vingança e guerras, 
trazem-nos falsas esperanças.

Mal ditas,  as  palavras levam a humanidade a cometer
toda uma série de pecados, crimes e injustiças,
corrompendo amores, sonhos e vitórias.

Palavras que constroem impérios,
são  as mesmas que os destroem, sim ou não
ao destino dos homens, à existência, à vida enfim.

Malditas sejam as mal ditas palavras que,
fazem com que sejamos interpretados erroneamente,
sejamos mal queridos e mal amados, ao não
as dizermos da forma que à todos agradariam.

Sim, são malditas as mal ditas palavras, responsáveis
pelo que acontece a nós e  ao mundo em que
a maioria tenta viver,  impedidas de sair de uma vida sem metas,
sem lugar  e sem tempo para esperança.

Mal ditas, as palavras são a ruína da humanidade
por seu poder de persuadir, ocultar a verdade,
mover exércitos , nações, em defesa de obscuros ideais que,
além de quimeras ou dogmas, nada mais o são.

Verdadeiras armas de destruição,  as palavras
deveriam ser banidas de nossa vidas e,
até mesmo as bem ditas palavras deveriam  inexistir.

Para que usar palavras se um gesto, uma imagem
revela a verdade, sem subterfúgios,
um olhar, em seu silêncio, sempre diz o que
realmente queremos, sem enganos ou mentiras.
Como mentir sobre um gesto, uma imagem,
um olhar, se  são realidades?

Um ato, ao gerar um acontecimento,
não pode ser esquecido, alterado, mas 
já as palavras, por mais belas e puras que sejam,
palavras podem tornar-se um mal.

Creio que viveríamos melhor sem elas, pois
nossos gestos, carinhos e exemplos, seriam
as melhores maneiras de aprender, ensinar,
entender e explicar a vida em sua plenitude.

Não precisamos de palavras,
precisamos apenas e simplesmente de... Amor.

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - textos: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

domingo, 2 de dezembro de 2018

Seu Jorge, Zé do Caroço



Como li certa vez em um texto na Web, a composição de hoje nos leva a uma compositora, ícone
do ritmo símbolo do Brasil, o Samba, pois em sua letra está bem nítido o sentido político da
mesma tendo por título, Zé do Caroço, uma obra prima de Leci Brandão. Sempre ligada
em sua Escola de Samba Mangueira, dava grande importância às causas sociais e
à cultura popular, conduzindo-a assim ao Samba de Raiz em sua obra musical.

Esta letra foi baseada em fatos reais e seu título, Zé do Caroço, refere-se ao policial aposentado
José Mendes da Silva que por volta de 1970 era um morador do Morro do Pau da Bandeira,
localizado no bairro de Vila Izabel, que dedicava seu tempo em prol da comunidade em
que vivia.  Para divulgar acontecimentos importantes aos moradores, colocou um
alto-falante na laje da sua casa. Mas, sempre há um "mas", aconteceu que um
militar que morava próximo ao morro, ouviu a reclamação de sua esposa
sobre o serviço de alto-falante que a incomodava quando assistia
suas novelas, e assim fez uma reclamação à polícia que então
agiu proibindo as transmissões. Esta história foi contada
à Leci que em 1978 compôs o Samba com a letra em
que narra o  nascimento  de um líder no morro.

Leci lançou a Música em 1978 mas como acima
mencionei, sempre tem um "mas", a gravadora com a
qual Leci mantinha um contrato,  proibiu sua inclusão no
seu sexto disco em 1981,  o que a fez cancelar o contrato com
tal empresa.  Zé do Caroço só foi gravada quatro anos depois, em
nova gravadora.  Minha escolha para o vídeo  que ilustra esta postagem
traz Seu Jorge, que em 2005 deu-lhe nova roupagem ao canta-la em um novo
andamento,  revelando toda a profundidade da letra com sua voz grave e potente.

Ah, não esqueci o personagem principal desta história, parte da cultura popular da cidade
do Rio de Janeiro, José Mendes da Silva. o Zé do Caroço, que faleceu no início do ano de
2000, sabedor que sua vida fora imortalizada, cantada em verso e prosa por Leci Brandão.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


No serviço de autofalante no Morro do Pau da Bandeira
Quem avisa é o Zé do Caroço amanhã vai fazer alvoroço
Alertando a favela inteira

Ai como eu queria que fosse em Mangueira que existisse outro Zé do Caroço
Pra falar de uma vez pra esse moço carnaval não é esse colosso
Nossa escola é raiz é madeira

Mas é Morro do Pau da Bandeira de uma Vila Isabel verdadeira
Que o Zé do Caroço trabalha que o Zé do Caroço batalha
E que malha o preço da feira

E na hora que a televisão brasileira destrói toda gente com a sua novela
É que o Zé põe a "boca no mundo" ele faz um discurso profundo
Ele quer ver o bem da favela

Está nascendo um novo líder no Morro do Pau da Bandeira
Está nascendo um novo líder no Morro do Pau da Bandeira
No Morro do Pau da Bandeira no Morro do Pau da Bandeira


leci brandão



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Meus Escritos - Cafifas

betomelodia.blogspot.com


" Se eu fosse uma pipa eu queria ser cortada.
Assim, ficaria livre pra voar, voar pra onde eu quisesse ir
e ainda que uma hora eu tivesse que cair, aqueles
segundos de liberdade já me teriam valido a pena. "
jessica freire


Teve um dos melhores anos de sua infância ao morar no Engenho de Dentro, bairro
do Rio de Janeiro. Lá, nos altos da rua Mário Calderaro num terreno em
aclive, onde havia a bonita casa de seus tios e primos. Na parte alta do terreno, bem
ao fundo, em uma edícula "asso(m)bradada", "seu" José e "dona" Palmira, 
um simpático casal de portugueses moravam.

A edícula rodeada de muitas folhagens, flores e com seus "estranhos" moradores,
parecia saída de um conto de fadas pois o sotaque, o modo de vestirem-se e as
mágicas que faziam para ele eram diferentes e divertidas, impressionando-o muito.

Ele, que na maior parte de sua infância sempre morou com parentes, afastado do
convívio dos pais e irmãs, sentia-se um banido, um proscrito. Mas lá na casa de
seus tios, lá nos altos de um outeiro, viveu um ano em que soube o que era
ser amado, ser querido, fazer parte de uma família. Um ano.




Suas primas. A primogênita, sua parceira em aborrecer a menor. Planos bem
bolados e que quase sempre davam errado, pois com o choro da menina,
traziam broncas e castigos aos dois. Seu primo, o mais novo membro da família
e hoje piloto de caça da FAB, era de colo e por isso intocável. Sorte dele.

O relógio. Tem que falar dele. Um carrilhão de mesa que além de soar as horas
e os quarto de horas, fazia um tic-tac terrivelmente alto. Era movido à corda
e ficava sobre um móvel ao canto da sala de estar, onde ele dormia em um sofá.
Bem, ele só dormia depois de abafar os sons com almofadas e cobertores.

Sua Tia. Irmã mais nova de sua Mãe, era sua preferida. Fala rápida e sempre de
bom humor, tratava-o como um filho até mesmo quando ele fazia algo errado.
Ajudou-o a entender sua vida explicando-lhe os "porquês" e os "senões".
Sábia, mostrou a ele como viver bem, aceitando os revezes apenas como simples
obstáculos a serem superados. Ele guardou como herança, seus ensinamentos.

Seu Tio. Todos adorariam ter um Tio como aquele. Justo, alegre, bom ouvinte
e conselheiro, um verdadeiro Pai para um menino banido, companheiro nas
brincadeiras e mestre na arte de construir e empinar as, quadradas, pandorgas,
papagaios, pipas ou também conhecidas por um nome que o fazia rir muito: cafifa.
E foi assim que seu tio passou a chama-lo quando iam soltar ao vento as pipas
no terraço sobre a garagem:
"Vamos, Cafifa! Vamos aproveitar o vento! Vamos ver se essa vai voar! "
E saía correndo pela casa em direção ao terraço, com ele pulando de alegria à
sua volta. E todas as pipas voaram longe e alto.

As cafifas. Criadas como em um passe de mágica. Varetas de bambu e folhas
de papel de seda eram transformadas em obras de arte voadoras. Incríveis
estrelas, círculos, quadrados, retângulos, pássaros e em muitas outras formas.
Causavam inveja aos meninos da redondeza, eram atrações ao cortar os
ares ao sabor dos ventos. Sempre subiam aos céus. Eram lindas preces que
agradeciam o milagre de mais um belo dia.

Lembranças. Caras lembranças, alegres e por sua intensidade, nítidas em
seu coração. Seus Tios partiram, seu primo e primas constituíram família em
distantes lugares. Embora distantes, permanecem as recordações presentes em
sua vida, em suas memórias.

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Marcelo Jeneci e Laura Lavieri, Felicidade



Vamos lá. Compositor, instrumentista e cantor, nascido na na capital do Estado de São Paulo em Abril de
1982, e criado na zona leste da cidade, é o estreante aqui no Blog. Seu nome é Marcelo Jeneci. O
seu interesse pela Música veio de seu pai, que além de executar consertos equipamentos
eletrônicos, também reparava instrumentos musicais,  orientando-o na execução de
vários instrumentos. O início de sua carreira deu-se ao fazer parte da banda
de Chico César no ano de 2000, excursionou pela Europa, tendo feito
parte também de outras bandas.  Como compositor, em 2008 o
sucesso aconteceu com a composição Amado, parceria
com Chico César, cantada por Vanessa da Mata,
e que foi a trilha sonora de uma novela.

Indicado para o Grammy Latino, Melhor
Álbum de  Música Popular Brasileira,  2014,  ele
foi premiado pela  Associação  Paulista  de  Críticos  de
Arte, na categoria Melhor Compositor no mesmo ano. O vídeo
escolhido para ilustrar a postagem, é do seu álbum  Feito Para Acabar,
lançado em 2010. onde canta Felicidade, em duo com a cantora Laura Lavieri.

carlos miranda (betomelodia) 





Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz
Sentirá o ar sem se mexer sem desejar como antes sempre quis
Você vai rir sem perceber felicidade é só questão de ser
Quando chover deixar molhar pra receber o sol quando voltar
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz
Se chorar chorar é vão por que os dias vão pra nunca mais

Melhor viver meu bem pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar sorrir também e depois dançar na chuva quando a chuva vem
Melhor viver meu bem pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar sorrir também e dançar dançar na chuva quando a chuva vem

Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar
Nessa hora fique firme pois tudo isso logo vai passar
Você vai rir sem perceber felicidade é só questão de ser
Quando chover deixar molhar pra receber o sol quando voltar

Melhor viver meu bem pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar sorrir também e depois dançar na chuva quando a chuva vem
Melhor viver meu bem pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar sorrir também e dançar dançar na chuva quando a chuva vem

Dançar na chuva quando a chuva vem
Dançar na chuva quando a chuva
Dançar na chuva quando a chuva vem


marcelo jeneci / chico césar




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google