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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Daniel Jobim e Paula Morelenbaum: Só Tinha de Ser com Você



Alguns dizem que a Bossa Nova envelheceu.
Sim, mas na verdade o motivo foi que nas décadas de
80 e 90, houve uma profusão de estilos e de novos
intérpretes, assim como de compositores que
pareciam ter decretado o fim de uma era de ouro na
Música Popular Brasileira.

Mas ela permaneceu. Forte. Não deixando o lugar
conquistado pelos grandes inovadores do movimento
cultural nascido nos anos 60, morrer. Prova disso é que
até os dias atuais a Bossa Nova vive, e não revive
como alguns definem, graças a uma geração de músicos
que objetivam trazer a público clássicas composições
daquela época, em nova roupagem.

Inimaginável fazer crer que nomes como os de
Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Dolores Duran e
muitos outros, assim como um grande número
de intérpretes tais como Elis Regina, Nara Leão e
Jair Rodrigues, entre vários que brindaram com magníficos
cantares os ouvidos do Brasil e do mundo,
possam ser esquecidos e simplesmente classificados
de "superados".

Sem mais, apenas voz, violão, piano e violoncelo,
o suficiente para nos dar uma prova do acima escrito,
nos mostra do que é capaz a nova geração de Músicos que
continuam o trabalho dos grandes Mestres de nossa
MPB, como o faz o Quateto Jobim / Morelenbaum,
destaque de hoje em nossa página.

carlos miranda (betomelodia) 




É, só eu sei
Quanto amor eu guardei
Sem saber que era só pra você

É só tinha de ser com você
Havia de ser pra você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você

É você que é feita de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonita demais
Se ao menos pudesse saber

Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim

antonio carlos jobim / aloysio de oliveira




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 28 de julho de 2009

Mário Quintana, Ah! Os Relógios



Na cidade de Alegrete, Rio Grande do Sul,
30 de julho de 1906, nasceu aquele que se tornaria
um grande um poeta, um tradutor e jornalista.
Filho de Celso de Oliveira Quintana e de
Virgínia de Miranda Quintana.
Seu nome? Mario Quintana.

Viveu grande parte da vida em hotéis, sendo o
último deles o Hotel Majestic, no centro velho de
Porto Alegre, que foi tombado e transformado
em centro cultural, batizado como
Casa de Cultura Mario Quintana em sua
homenagem, ainda em vida.

Em Porto Alegre, Mario Quintana nos deixou
em 5 de maio de 1994. Em seus últimos anos de
vida, era comumente visto caminhando nas redondezas 
do que hoje é o seu legado, a Casa de Cultura 
que leva seu nome.

carlos miranda (betomelodia) 




Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vida
sem seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida, a verdadeira,
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

mário quintana





casa de cultura mário quintana, porto alegre, rio grande do sul, brasil


fontes
imagens: arquivo pessoal - prefácio: carlos miranda (betomelodia) - poema: mário quintana
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sábado, 25 de julho de 2009

Ney Matogrosso, Balada do Louco



Na cidade de Bela Vista, no belíssimo Estado
de Mato Grosso do Sul, em 1º de agosto de 1941
nascia Ney de Sousa Pereira. Com sua infância
marcada pela solidão, desde cedo mostrou possuir
uma enorme vocação para as artes cantando,
interpretando e pintando.

Adotou o nome artístico de
Ney Matogrosso apenas no ano de 1971, quando
foi para a cidade de São Paulo, ficando conhecido por
sua ousada e inovadora forma de apresentação.
Ex-integrante do grupo Secos Molhados, é hoje
considerado um dos maiores intérpretes do
Brasil, tendo sido reconhecido como o início de
sua carreira solo, o lançamento do vinil Bandido.

Nesta página divulgo uma de suas performances,
com uma música que sempre muito prazer me deu ao
interpreta-la nos palcos em que trabalhei
pois, também sou muito, muito louco...

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz não é feliz

Se eles são bonitos sou Alain Delon
Se eles são famosos sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
que não é feliz não é feliz

Eu juro que é melhor não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu.

Se eles têm três carros eu posso voar
Se eles rezam muito eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
Que não é feliz não é feliz

Eu juro que é melhor não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz eu sou feliz

astor piazolla: versão rogério cardoso



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Paula Toller, Nada Por Mim




" Eu estava em meu quarto. Na sala de visitas, meu
namorado e meus avós assistiam TV.
Ouvi um som legal e corri para ver o que era.
Era a Gang 90 e as Absurdettes cantando
Perdidos na Selva, num festival da Rede Globo.
Ninguém percebeu, mas, naquele momento,
minha vida mudara completamente e tive certeza
de que cantaria aquele tipo de música. "
Paula Toller


No dia 23 de agosto de 1962, na cidade de
Rio de Janeiro, nascia quem mais tarde se tornaria
uma grande cantora e compositora,
Paula Toller Amora.

Iniciando sua carreira na música como vocalista
da banda Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, em 1883
participou do primeiro compacto da banda com o título
de Pintura Íntima. Foi o começo do sucesso do
grupo, que após 27 anos permanece lotando os
locais onde se apresenta.

Apesar da carreira solo, continua com a banda
que com o passar dos anos, se manteve graças à qualidade
e magia das interpretações e composições de Paula,
onde sexo, sexualidade e erotismo são temas
freqüentes em suas composições.


Por vezes estes temas são cantados de forma mais
explícita como em Um Segundo a Mais,
Por uma Noite Inteira, Eutransoelatransa, Poligamia e
Derretendo Satélites, esta do seu primeiro disco
solo. Outras vezes estes temas aparecem também
mais disfarçados em forma de metáfora ou
leves citações, como nas músicas Pintura Íntima,
Agora Sei e No Seu Lugar entre outras.
Apesar das letras ousadas, nos shows Paula
prefere uma postura mais distante, sem grandes apelos
.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )



Você me tem fácil demais
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse vai eu não fui

Não faça assim 
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só pra te agradar
Me diz até o que vestir
Com quem andar e aonde ir
Mas não me pede pra voltar

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

herbert vianna / paula toller



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 19 de julho de 2009

Enrico Bianco, o Mais Brasileiro dos Pintores Italianos, II

Atendendo ao pedido tão carinhoso
feito por uma admiradora de Enrico, como
prometido aqui está uma nova
postagem sobre esse grande artista,
com mais algumas de suas obras.

enrico bianco


Na cidade italiana de Roma, no ano de 1918,
nasceu Enrico Bianco. Lá, iniciou
seus estudos por volta de 1930, com
o Mestre Maud Latour, tendo realizado sua
primeira exposição individual no ano de 1936.

Chegou ao Brasil em 1937, fixando residência
na cidade de Rio de Janeiro onde com Portinari,
estudou no Instituto de Arte da Universidade
do Distrito Federal. Como assistente de
Portinari, participou da realização dos murais
no edifício do Ministério da Educação e Saúde e
em New York, nos murais da ONU.

Além de diversos outros trabalhos, tais como,
exposições na Bienal de São Paulo, ilustrações
em capas de livros e exposições individuais,
integrou a mostra Visões do Rio, no Museu
de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Com excelente técnica, dedicando sua arte às
paisagens, naturezas mortas, nús e cenas campestres e
fazendo do Brasil sua segunda pátria, Bianco
pode ser incluído, com muita propriedade,
entre os Pintores do Brasil.

carlos miranda (betomelodia) 




colheita do algodão

trigal

boiadeiros

jangadeiros

cafezal

laranjal


destaque: nu com jangadas

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google