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sábado, 7 de abril de 2012

Caetano Veloso, Desde Que O Samba É Samba

                          meu maravilhoso estúdio de verão


Pois é, pessoal... como prometido, atendendo a pedidos de
amigos que são muito queridos, voltei a editar vídeos com o
que considero o melhor da Música Popular Brasileira.
A maioria de minhas edições será voltada para as composições
que durante minha estada nos palcos, foram parte de meu repertório.


caetano veloso


Nesta página, trago Caetano Veloso, com sua composição, bela letra,
retratada nas imagens que adicionei. A Música é Arte,
tal qual uma tela. Sob diferentes maneiras, de acordo com nossa
sensibilidade e com base em nossas experiências de vida, nós
damos à ela um sentido especial, único. Ah, não resisti à tentação de
ao final, colocar quatro fotos de quando eu nos palcos estava... (risos).

Espero que gostem da edição e ...
beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite a chuva que cai lá fora

Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora

A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite a chuva que cai lá fora

Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora

O samba ainda vai nascer
O samba ainda não chegou
O samba não vai morrer
Veja o dia ainda não raiou
O samba é o pai do prazer
O samba é o filho da dor
O grande poder transformador

A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite e a chuva que cai lá fora

Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora

O samba ainda vai nascer
O samba ainda não chegou
O samba não vai morrer
Veja o dia ainda não raiou
O samba é o pai do prazer
O samba é o filho da dor
O grande poder transformador

A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite e a chuva que cai lá fora

Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora

Cantando eu mando a tristeza embora
Cantando eu mando a tristeza embora
Cantando eu mando a tristeza embora
Cantando eu mando a tristeza embora

caetano veloso



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google


domingo, 1 de abril de 2012

Enigmas do Mundo, Derweze



Ásia Central. O País é Turcomenistão.

É lá que está o Deserto de Karakum com suas areias de cor preta.
E é neste deserto que que está a incrível cratera ardente
denominada "O Portão". Mas, portão para onde? Bem, segundo os
moradores deste País o lugar é chamado de 
Portão para o Inferno. Um nome bem sugestivo. 
Em noites escuras, desde muitos quilômetros distantes da cratera 
é avistado o brilho emanado pelas chamas que dentro 
dela ardem há pouco mais de 40 anos. 



O que deu origem a tal fenômeno?

O subsolo do Deserto de Karakum é uma grande reserva de gás natural.
No ano de 1971, uma equipe de geólogos soviéticos foi
encarregada de fazer a perfuração de um poço no local para a
extração de gás. Mas ocorreu um acidente durante a perfuração.
A sonda fez desabar o solo que, em colapso, revelou uma
grande caverna repleta de gá natural. O buraco que abriu-se tinha
um diâmetro aproximado de 70 metros, por onde emanava o gás venenoso.



Como foi detido o vazamento?

Os engenheiros e geólogos responsáveis precisavam deter a saída do gás.
Para tanto, resolveram queimá-lo pois assim não haveria liberação de metano
na atmosfera, o que agravaria o aquecimento global de nosso planeta,
o tão falado e temido esfeito estufa. Calcularam que haveria a
extinção das chamas em questão de dias. Enganaram-se.
O gás continua queimando até os dias atuais. O calor e o forte
cheiro de enxofre são sentidos de longe e chegam a ser
insuportáveis próximo à borda.





Nos dias atuais.

Transformado em atração turística, Derweze corre o risco de desaparecer.
Como o Turcomenistão necessita aumentar a produção de gás,
em abril de 2010, o Presidente do País visitou o local do acidente
provocado pela sondagem e opinou que, ou a cratera é aterrada, ou outras
soluções devem ser adotadas para que este vazamento não comprometa à médio
ou longo prazo na extração de gás de campos extrativos próximos.
Que solução adotarão? Vamos aguardar.

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Simone, Então é Natal

                         carlos miranda (betomelodia)


Natal e Ano Novo...
Puxa, mais 365 dias passaram-se. Em mais dez dias,
completarei meu sexagésimo sexto Natal. E na semana
seguinte a mesma quantidade de Novos Anos, lógico.
Quantas lembranças, quantos muitos sonhos e
realizações povoaram estes quase vinte
e cinco mil dias...

Fracassos e sucessos marcaram todos estes
dias vividos, sendo magoado e magoando pela
estrada que escolhi trilhar mas, o mais importante é que
com os erros muitos e acertos poucos, aprendi sobre a vida
e as pessoas com quem partilhei meus momentos.
Repetiria tudo novamente. Foram ótimos dias, mesmo
aqueles que hoje classifico de decepcionantes, pois
muito ensinaram-me.

Grato à Vida, aos 67 anos finalmente consegui o que sempre pedi
ao "meu" Papai Noel: a companheira dos meus sonhos,
Ivanete, morando em um lar onde reina a Paz, o Amor e a Felicidade.
Não falta-me nada. O Sol levanta-se sobre o Atlântico que,
beija minha praia e segue seu curso até retirar-se por
trás das dunas que escondem uma bela lagoa.
Meu paraíso e minha casa, repousam sobre uma faixa de
fina areia a poucos metros acima do nível do mar...

Bem, vamos voltar aos dias que aproximam-se. Aqui é
muito difícil lembrar de datas, dias do mês ou da semana. O
tempo não tem sentido. Uso o reloginho no canto inferior
direito da tela de meu pc para saber a quantas ando
no tempo mas, estas datas, Natal e Ano Novo, sempre são
lembradas porque vivo-as diariamente. Então é isso o
que à todos desejo:





E que a Paz de Espírito, o Amor no coração e a Felicidade resultante,
estejam sempre presentes nos dias que virão.

Beijos no coração...

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )



então é natal e o que você fez
o ano termina e nasce outra vez

então é natal, a festa cristã
do velho e do novo do amor como um todo
então bom natal e um ano novo também
que seja feliz quem souber o que é o bem

então é natal pro enfermo e pro são
pro rico e pro pobre num só coração
então bom natal pro branco e pro negro
amarelo e vermelho pra paz afinal

então bom Natal e um ano novo também
que seja feliz quem souber o que é o bem

então é natal o que a gente fez
o ano termina e começa outra vez
e então é natal a festa cristã
do velho e do novo o amor como um todo

então bom natal e um ano novo também
que seja feliz quem souber o que é o bem

harehama há quem ama
harehama ha

então é natal e o que você fez
o ano termina e nasce outra vez
hiroshima nagasaki mururoa


simone - versão cláudio rabello




fontes:
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Meus Escritos - Caçada ao Jacaré



Manhã prometendo muito sol e calor.
Parada Modêlo, um estroncamento de estradas.
Uma rumo à Teresópolis, uma bela cidade serrana
e a outra, contornando a Baía de Guanabara levando
à região dos lagos ou à capital Fluminense, na época, Niterói.
Ele e seu amigo, Manoelzinho, moradores da pequena Modelo
como era chamada, estavam em férias escolares.
Precisavam fazer alguma coisa nova e diferente.
Algo emocionante...






rio guapimirim


O rio de minha infância.
Nascia nos altos da serra de Teresópolis, e descia entre pedras
com muitas cachoeiras. Deu nome à uma pequena cidade
na base da serra, às suas margens. A estação ferroviária de
Guapimirim era o local de troca das locomotivas, nas composições
dos trens com destino serra acima. Em uma região de flora e fauna
exuberantes, dois meninos entediados tramavam uma aventura.
Precisavam urgente de ação. E depois de muito pensarem...


Uma caçada! Grande ideia! É isso!
Armas? Eles tinham espingardas. Caça? Em abundância.
E a escolha, após muitas deliberações, ficou entre o "Gato Bracaiá",
um pequeno e traiçoeiro felino da região e o já velho conhecido, o
"Jacaré da Lagoa", habitante do pequeno pântano onde faziam
suas pescarias diárias. Mas... e a coragem? Tinham de sobra.
Escolheram o jacaré. E o "grande safári" em terras "africanas"
em busca dos "terríveis crocodilos assassinos", ufa!,
começou a ser planejado.


a lagoa e o jacaré

A lagoa. Margem esquerda do rio que nas cheias transbordava
formando um pequeno pântano. Muitos peixes, muitas aves
e o jacaré que com sua presença os impediam de nadar na lagoa.
Os dois saíram à cata de informações sobre como caçá-lo
e com respostas daqui e dali, souberam que as melhores horas
para caçá-los, eram as da madrugada. Madrugada? Problema...
Tinham que fazer tudo escondido de seus pais.
Eles jamais permitiriam a "expedição à Africa sem guia e carregadores".
Então, a velha mentira seria a solução: ele iria dormir na casa
de seu amigo e seu amigo iria dormir em sua casa! Feito!
Acertados horário e rota, arrumaram suas armas, munições, bússolas
e partiram para o ponto de encontro. Mais ou menos vestidos
à caráter, formavam uma dupla estranha, mas invencível.
Autênticos e destemidos caçadores em um belo fim de tarde que prometia.


fim de tarde na lagoa

A chegada. Quase noite. Coração batendo mais forte.
Feito de tronco, dois remos, lá estava o velho bote aguardando.
Colocaram as tralhas dentro dele, entraram e foram para o
meio da lagoa, remando bem devagar para não assustar a caça.
Longe das margens, de suas retorcidas e assustadoras árvores...
Seu amigo remava e ele procurava o brilho dos olhos do jacaré
com a lanterna. A lagoa tinha muitos troncos das árvores
submersos pela cheia recente e aí ...O "tunc"....O bote parou,
balançando. O barulho veio do fundo. Ficaram imóveis.
Com muito medo e em sussurros, os dois dialogavam:

"O que foi isso? Jacaré?" ... 
"Acho que não. Tá tudo muito quieto." ... 
"O bote tá preso. Será que tá num tôco?" ... 
Acho que tá. A lagoa tá muito cheia." ...
"E agora? Nós estamos no meio da lagoa!" ...
"É fácil: você entra na água e solta o bote do tôco. Eu ajudo com o remo." ...  
Com jacaré eu não entro não! Vai você para a água!" ...  
Eu não. Não era eu que tava remando" ...

E assim ficaram muito tempo, culpando um ao outro,
até que o cansaço, a fome e a sede os venceram. Dormiram.
Esqueceram de trazer, água, comida e agasalho.


então, amanheceu...

Amanheceu. A neblina fria escondia tudo ao redor.
Ao longe, ruído de remos. Acordaram. Gritaram: 
"Estamos aqui! Ajuda a gente!". Uma voz pediu calma.
O ruído dos remos foi ficando mais próximo e pela voz
reconheceram seu salvador: "Seu" Joaquim! Amigo de seus pais!
Surra e castigo na certa! "Qui qui oceis tão fazendu aqui tudu moiado
i de madrugada?". Contaram o acontecido e ele perguntou:
"Tá bão, mais purqui é qui oceis num foram pra casa?".
Responderam o óbvio: "Com o bote preso não dá, né "Seu" Joaquim,
tem o jacaré". Ele retrucou: " Mai oceis num tão presu não,
tão encaiadu na bêra. Vão logu prá casa, mininus."
 
Bem, talvez o vento... talvez a chuva na serra...
talvez o jacaré tenha ficado com pena deles... mas o fato é que 
realmente estavam encalhados próximos ao toco onde amarravam o bote.
Seu Joaquim foi pescar. Eles, sem uma palavra, sem jacaré,
com muita fome e frio, encharcados pela densa manita matutina,
voltaram para casa. E o "safari" terminou em surras e castigos,
além de terem sido a piada do lugar por muito tempo.
O troféu pela caçada foi uma forte gripe que levou dias
para passar. E a fauna local, salva, suspirou aliviada.


o bote


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: meus escritos

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Silvio Pinto, Retratos da Alma Carioca


marinha

" Estávamos eu, Milton da Costa e o Sylvio Pinto na Ilha do Governador,
quando chegou um garoto vendendo pés-de-moleque.
O Pinto dirige-se ao guri e pergunta se ele quer trocar seis doces
pelo quadro que estava no seu cavalete e o garoto
se afastou, assustado: "Tá besta?!"
O pintor balançou a cabeça, pensou um pouco, 
olhou uma vez mais o quadro no cavalete e saiu-se com essa:
Isso é que é: não vale um pé-de-moleque..."
     Bustamante Sá 


 

Nascido na cidade de Rio de Janeiro em 17 de março de 1918,
Silvio Pinto da Silva, pintor, professor de artes plásticas
e cenarista,  lá veio a falecer em 03 de abril de 1997.
Em suas telas, retratou o modo de viver dos cariocas.
Pintou  as festas, as paisagens marinhas e outras mais, que fazem
com que o Rio de Janeiro tenha o título de Cidade Maravilhosa.
Nesta página, um pouco de sua vida e obras .

Filho de Bernardo Pinto da Silva, pintor, dele recebeu 
as primeiras noções de Artes Plásticas, vindo a formar-se no
Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.  

Na então Capital da República, no início da década de 1930, ele 
participou do grupo de artistas que incentivaram o movimento
modernista brasileiro, o Núcleo Bernadelli e no final dela,
criou vários cenários para o teatro além de várias alegorias
para os blocos carnavalescos da época.

Mas, vamos ao que interessa, ou seja, divulgar suas obras que, 
ao contrário do que disse o guri dos pés-de-moleque no texto de abertura
possuem grande mérito. A seguir uma pequena seleção
que tenho certeza, muito apreciarão.

Beijos no coração.

carlos miranda (betomelodia) 




a baiana no pelourinho

praia de búzios - rj

jacarézinho - rj
mosteiro de são bento - sp

natureza morta com uvas

o circo
ouro preto





destaco: sorriso
 

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google