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sábado, 21 de dezembro de 2013

Lenine e Victor Astorga: O Último Pôr do Sol



A postagem de hoje fala mais uma vez da música como a linguagem universal.
Não importando a origem, a língua, a convicção religiosa, a raça ou a cor do
músico, bastando ele empunhar qualquer tipo de instrumento musical, emitir
um acorde e a comunicação entre homens, mulheres e crianças de todos os
níveis sociais, está realizada.

Hoje, graças aos modernos meios de comunicação, vemos isto em em muitos
shows com músicos de vários nacionalidades, "tocando" a mesma língua,
a Música Universal. O vídeo que ilustra esta postagem, deixa claro.



lenine

Sobre Lenine, compositor, instrumentista e intérprete, já muito escrevi.
Publiquei várias parcerias suas com músicos de outras nacionalidades, não
só dele, mas também de outros nossos artistas apresentando-se com uma
grande variedade de parceiros estrangeiros. 

Este vídeo destaca  a participação de um músico nascido em Santiago,
Chile: Victor Astorga, instrumentista que utiliza o Oboé como meio de
expressão musical, sendo também primeiro solista de corne inglês
da Orquestra Sinfônica Brasileira, na música composta por Lenine e
Lula Queiroga, intitulada "O Último Pôr do Sol".

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


A onda ainda quebra na praia
Espumas se misturam com o vento
No dia em que 'ocê' foi embora
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi pensando nós dois

Eu lembro a concha em seu ouvido
Trazendo o barulho do mar na areia
No dia em que 'ocê' foi embora
Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
Por entre as ruínas de Santa Cruz lembrando nós dois

Os edifícios abandonados
As estradas sem ninguém
Óleo queimado as vigas na areia
A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos
Por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas

Pois no dia em que 'ocê' foi embora
Eu fiquei sozinho no mundo sem ter ninguém
O último homem no dia em que o sol morreu

lenine / lula queiroga



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Roberta Sá e João Bosco: De Frente Pro Crime



Roberta Sá. Nascida em Natal, capital do Rio Grande do Norte, ainda na
infância mudou-se para a cidade de Rio de Janeiro, onde aos dezesseis anos
inicia seus estudos de canto. O ano de 2002 foi o ponto de partida para
sua carreira, ao apresentar-se no show Mistura Fina. Seu primeiro disco
foi lançado em 2004, intitulado Braseiro, no qual Roberta simplesmente faz
uma bela declaração de amor à Música Popular Brasileira.



joão bosco


João Bosco. Cidade de Ponte Nova, em Minas Gerais. Foi lá que ele nasceu.
Não há mais o que eu possa dizer sobre sua genialidade na música.
Em suas mãos que parecem parte do instrumento que usa, o violão, há
uma magia eletrizante, com levadas incríveis mostrando aos ouvintes
que a Música Popular Brasileira não tem limites, fato notório na imensa
diversidade de ritmos, arranjos e harmonia, usados em suas composições.
O resultado final é digno de um Mestre. Talento, muito talento.

Nesta postagem, uma potiguar natalense, Roberta Sá,  e um mineiro
ponte-novense, João Bosco, estão juntos interpretando a música 
" De Frente Pro Crime ", autoria de Aldir Blanc e João Bosco,
com a participação do "Trio Madeira Brasil".

carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Tá lá o corpo estendido no chão
Em vez de rosto uma foto de um gol
Em vez de reza uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém

O bar mais perto depressa lotou
Malandro junto com trabalhador
Um homem subiu na mesa do bar
E fez discurso prá vereador

Veio o camelô vender anel cordão perfume barato
Baiana prá fazer pastel e um bom churrasco de gato
Quatro horas da manhã baixou o santo na porta bandeira
E a moçada resolveu parar e então

Tá lá o corpo estendido no chão
Em vez de rosto uma foto de um gol
Em vez de reza uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém...

Sem pressa foi cada um pro seu lado
Pensando numa mulher ou no time
Olhei o corpo no chão e fechei
Minha janela de frente pro crime

Veio o camelô vender anel cordão perfume barato
Baiana prá fazer pastel e um bom churrasco de gato 
Quatro horas da manhã baixou o santo na porta bandeira
E a moçada resolveu parar e então

Tá lá o corpo estendido no chão

aldir blanc / joão bosco 



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Maria Gadú e Caetano Veloso: Leãozinho

betomelodia.blogspot.com


A postagem de hoje é sobre uma das composições de Caetano que, logo
após seu lançamento gerou muitas e muitas controvérsias sobre como e
para quem a mesma foi escrita, dedicada. Na verdade, tudo o que ele faz
ou declara, gera polêmica. Sem papas na língua, o que pensa, torna claro.
Admiro muito este grande Compositor, não entendendo o porque de
tanto interesse em sua particular maneira de viver.


Mas motivos e discussões a parte, quando eu atuava nos palcos
sempre tive um grande número de suas composições que eram muito
pedidas em minhas apresentações, inclusive "Cavaleiro" e
"Samba em Paz", lançadas em um single na década de sessenta.


caetano veloso e maria gadú

Não é necessário à quem ouve a música, para mim principalmente, saber
o que motivou a letra, pois música por si fala e é interpretada neste caso,
graças a genialidade de Caetano, da maneira que o  ouvinte quiser,
dependendo apenas de seu estado emocional ao ouvi-la.

Mas voltemos ao poema que ilustra esta postagem, intitulado "Leãozinho"
e que neste vídeo, tem a participação de Maria Gadú, uma paulistana
que desde sua estréia nos palcos, cativou público e crítica, já tendo sido
indicada várias vezes para o Grammy Latino.


carlos miranda (betomelodia) 


( vídeo em 360p )


Gosto muito de te ver leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você leãozinho

Para desentristecer leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu

Gosto de te ver ao sol leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele tua luz tua juba

Gosto de ficar ao sol leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar

caetano veloso



fontes
imagens e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 15 de dezembro de 2013

Cláudio Dantas: A Arte Deve Ser Somente Bela

betomelodia.blogspot.com


Desde a mais tenra idade, Cláudio Dantas foi um apaixonado por Arte.
Mas a vida tentou o conduzir a outro caminho, a de Engenheiro
Químico. Tentou. Mas seu verdadeiro Amor , a Arte, venceu e no ano
de 1987, decidiu dedicar-se à pintura.

Autodidata, chegou a cursar uma escola de Belas Artes mas, não
encontrando o que procurava e com seu talento nato, por si atingiu sua
base artística pois é um pesquisador e estudioso da pintura 
Renascentista e da Impressionista.

Vivendo exclusivamente da pintura, Cláudio não aceita rótulos e com
maestria, desenvolveu sua técnica visando apenas o objetivo da
Arte em si, sem padrões preestabelecidos.


cláudio dantas

Ele tem consigo uma outra faceta, a de Músico. Foi percussionista e
timpanista em grupos de Música Renascentista e Medieval, influência
de ter sido ouvinte de música erudita, desde também muito cedo.
Adotou o rock progressivo que é o que o caracteriza como baterista e
entre a Música e as Artes, divide o seu tempo, com os arranjos de
bateria para o "Quaterna Réquiem" e suas belas criações na pintura.

Considerado atualmente um dos maiores pintores brasileiros de sua
geração, tem suas obras expostas em vários museus, participando de
exposições coletivas e individuais por todo o país, sendo responsável
por  diversos afrescos em algumas capelas brasileiras.

carlos miranda (betomelodia) 




pastora

passeio

idílio

baixa temporada

mensagem

futuro

iluminada

fantasiando


destaco: atração

fontes
imagens: arquivo pessoal- texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Ana Carolina e Seu Jorge: Pra Rua me Levar



Música. Concordo plenamente com Marcel Proust e já escrevi sobre que,
a Música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido a comunicação
das almas, se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação
das palavras, a análise das ideias, a comunicação das almas.

E ela é o clássico elemento catalisador homogêneo em que nada mais
é, que a alma interagindo com os sonhos, formando uma reação
intermediária a levar-nos por oníricos caminhos.

seu jorge e ana carolina

Duas culturas musicais bem diferentes, uma com raízes no samba e no
soul e a outra, com base em clássicos da Música Popular Brasileira,
com seus devidos representantes, é o que escolhi para a postagem de
hoje: Seu Jorge e Ana Carolina, cantando uma composição de Ana
em parceria com Totonho, intitulada Pra Rua Me Levar.

Interpretada com brilhante determinação pela dupla, a letra
fala da intensa percepção da Vida e do Amor de uma forma
madura e consciente, Vida guiada por um caminhar com a
certeza de que tudo a seu tempo será resolvido, mesmo que a
saudade do passado, passado que é e sempre será
parte de um viver, por vezes aflore.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )



Não vou viver como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
Às vezes ando só trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou prá mim agora

Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar eu vou lembrar você

É! Mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato prá falar
Coisas minhas talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou prá mim agora

Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você

Vou deixar a rua me levar ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar e eu vou lembrar você

ana carolina / totonho villeroy



fontes
imagens: google - vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal  / google