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sábado, 9 de maio de 2015

Sexteto Vocal Ordinarius, Arrastão



A publicação de hoje é interessante. Fez lembrar-me que em uma roda de amigos, todos músicos,
em uma reunião regada à cerveja e acompanhando um bom churrasco, foi travada uma discussão
sobre conjuntos vocais brasileiros.  Só dois foram lembrados: o Quarteto em Ci e o MPB-4.  Foram
apenas dois, mas sei que outros não tão renomados, devem ter feito um certo sucesso embora  a
mídia não tenha dado destaque. Esqueci e permaneci com a lembrança de apenas os dois acima.

Mas, hoje trago não um quarteto mas sim um  sexteto vocal  ilustrando a postagem, esbanjando
domínio de palco e talento, muito talento na execução do mais completo instrumento musical
do qual se tem notícia: a voz humana. Simpatia, técnica invejável e fina irreverência, arranjos
de muito bom gosto em interessantes versões para as clássicas composições que, sucesso
foram e o são até os dias atuais, dão novo referencial para os grupos vocais:  o Ordinarius.

Com repertório diversificado, arranjos inéditos e exclusivos, executados à capela ou com
acompanhamento de instrumentos de percussão e cordas,  fazem um belo passeio pela
Música Popular Brasileira e a Música Internacional. Suas apresentações no Brasil e no
Exterior são sucesso absoluto de público e crítica,  o que leva o grupo a firmar  sua
proposta mantendo um repertório de qualidade, na beleza única da Música Vocal.

carlos miranda (betomelodia) 




Ê tem jangada no mar
Ê ê ê hoje tem arrastão
Ê todo mundo pescar
Chega de sombra e João Jôvi

Olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Yemanjá pra mim
Minha Santa Bárbara me abençoai
Quero me casar com Janaína

Ê puxa bem devagar
Ê ê ê já vem vindo o arrastão
Ê é a Rainha do Mar
Vem vem na rede João pra mim

Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim
Nunca jamais se viu tanto peixe assim
Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim
Nunca jamais se viu tanto peixe assim

Minha Santa Bárbara me abençoai
Quero me casar com Janaína


edu lobo / vinícius de moraes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Maria Rita, Fogo no Paiol



A postagem de hoje traz dois ícones do Universo Musical Brasileiro: Maria Rita, cantora e um compositor
e cantor, Rodrigo Maranhão. Há pouco para escrever sobre os dois que de público e crítica não seja
conhecido.  Mas, talvez eu consiga uma ou duas novidades para narrar, vamos ver.

Rodrigo Maranhão. Carioca "da gema", é o principal elemento da banda Bangalafumenga, que teve
início em 1998 como um bloco de rua da zona sul carioca e com o sucesso, seus principais membros
resolveram formar a banda, tendo como compositor principal e líder, Rodrigo. Como curiosidade, o
termo "Bangalafumenga" tem o significado de "indivíduo sem importância, um João Ninguém",
rótulo que  Rio de Janeiro de antigamente, esse era o nome dado aos lugares onde era feitas as
reuniões de "batucadas", tempos em quera caso de polícia sair à rua com um simples violão.

Mas, vamos à postagem. Sobre Maria Rita, nada tenho à acrescentar além do que já escrevi em
publicações anteriores aqui no blog, a não ser que continua sendo uma das maiores intérpretes da
Música Brasileira e que seu fã incondicional eu sou. Assim, selecionei um vídeo em que Maria Rita
canta a composição, um Samba de autoria do Rodrigo, Fogo no Paiol, em um show de interpretação.

Lembro que para para assistir outros vídeos em postagens anteriores e ficar sabendo mais sobre
Maria Rita e Rodrigo Maranhão, é só clicar em (
links para suas preferências no blog ), onde
seus gostos quanto à estilos musicais, autores ou cantores, estarão à disposição com segurança
total aqui mesmo em meu blog. Bom divertimento.

carlos miranda (betomelodia) 




Eu quero navegar quem sabe o tempo
Mudar tudo de lugar
Diz onde vai dar me leva e para
De dizer que não repara
Quando eu pego pra cantar

Olha eu cheguei de muito longe
Eu sou fogo no paiol
E todo dia venha a qualquer hora
Pode até chover lá fora
No barraco ainda faz sol

rodrigo maranhão



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

domingo, 3 de maio de 2015

Daniela Mercury, Ilê Pérola Negra,



Voltemos quinze anos no tempo, ano 2000, lá em Salvador, Estado da Bahia.
Nesta publicação, abrindo o mês em que foi proclamada a Abolição da Escravatura no Brasil, vamos
combinar duas Músicas sobre o povo que em minha opinião, deu origem às mais belas tradições
no Brasil, a Raça Negra. A primeira composição é "O Canto do Negro", de Miltão; a segunda, 
"Pérola Negra", de Guiguio e Veneno. Para que a homenagem à cultura afro-brasileira em
artes, religiões, danças e músicas ganhe vulto, vamos colocar a voz de uma cantora,
uma "baiana arretada", aclamada à nível internacional como uma das vozes que
mais representa na atualidade a cultura musical no Brasil:  Daniela Mercury.

O resultado foi um vídeo com a Música Ilê Pérola Negra, enaltecendo a riqueza, a diversidade da
cultura afro-brasileira baiana e também a homenagem ao bloco-afro Ilê Aiyê. Vale lembrar que
para para assistir outros vídeos em postagens anteriores, é só clicar nos links ao final da postagem
( links para suas preferências no blog ), que seus gostos quanto à estilos musicais, autores ou
cantores, estarão à disposição com segurança total aqui mesmo em meu blog.

carlos miranda (betomelodia) 




O canto do negro veio lá do alto
É belo como a íris dos olhos de Deus de Deus
E no repique no batuque no choque do aço
Eu quero penetrar no laço afro que é meu e seu
Vem cantar meu povo vem cantar você
Bate os pés no chão moçada
E diz que é do ilê a yê

Lá vem a negrada que faz o astral da avenida
Mas que coisa tão linda quando ela passa me faz chorar

Tú és o mais belo dos belos traz paz e riqueza
Tens o brilho tão forte por isso te chamo de Pérola Negra

Ê Pérola Negra Pérola Negra
Ilê a yê minha Pérola Negra

Lá vem a negrada que faz o astral da avenida
Mas que coisa tão linda quando ela passa me faz chorar chorar

Tú és o mais belo dos belos traz paz e riqueza
Tens o brilho tão forte por isso te chamo de Pérola Negra

Com sutileza cantando e encantando a nação
Batendo bem forte cada coração
Fazendo subir a minha adrenalina
Como dizia Buziga
É de mim em mi pé nagô de ilê
É de mim em mi pé nagô de ilê a yê

Ê Pérola Negra Pérola Negra
Ilê a yê minha Pérola Negra

Tú és o mais belo dos belos traz paz e riqueza
Tens o brilho tão forte por isso te chamo de Pérola Negra
Como dizia Buziga
É de mim em mi pé nagô de ilê
É de mim em mi pé nagô de ilê nagô de ilê

miltão / renê veneno / guiguio



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Ismael Nery: Expressionismo, Cubismo e Surrealismo

o homem e o cachorro


" Não tenho sido na vida senão um grande ator sem vocação.
Ator desconhecido, sem palco, sem cenário e sem palmas."
ismael nery


Foi em Belém do Pará no ano de 1900, que nasceu Ismael Nery. Descendente de indígenas, holandeses
e africanos, a Arte foi um de seus principais objetivos. Em 1909, mudou-se com a família para o Rio
de Janeiro, onde aos 17 anos, matriculou-se na Escola Nacional de Belas Artes. Três anos mais
tarde viajou pela Europa onde em Paris, cursou a Academia Julian e a Escola de Arte.

Após dois anos em Paris, voltou ao Brasil e criou trabalhos com tendências expressionistas, fase que 
durou até 1923. O cubismo, a segunda fase de sua obra, foi de 1914 à 1927, quando ao término
permeou o essencialismo. Ismael em sua terceira e derradeira fase nas Artes Plásticas, de
1928 a 1934, utilizou o estilo surrealista para dar vazão aos seus problemas íntimos.


ismael nery

Sua primeira exposição em sua cidade natal, foi um fracasso de público e crítica, o que repetiu-se
em 1929, em uma mostra no Palace Hotel do Rio de Janeiro. Sua obra era inovadora demais
para sua época, com forte influência de grandes Mestres do surrealismo tais como Noll,
Chagall e Breton, assim como do cubismo de Picasso e também da metafísica de
Chirico. Interessante é que Ismael não era adepto de temas brasileiros pois
os considerava limitados, regionalistas e muito explorados.

Diagnosticado em 1929 como portador de tuberculose, internado num sanatório por dois anos,
não mais podendo trabalhar com as tintas, morreu sem reconhecimento em 1934, em um
Mosteiro Franciscano na cidade do Rio de Janeiro. Dedicou toda sua curta vida para
a Arte, sua maior vocação. Mas, sua fama veio na VIII Bienal de São Paulo com
a exposição de alguns trabalhos seus, hoje tidos como precurssores da
moderna Arte Brasileira. Seus quadros são procurados por muitos
colecionadores e galerias. Atemporal, inovadora é sua obra.

carlos miranda (betomelodia) 




três figuras

duas figuras

surrealista

autoretrato


sem título disponível


adalgisa e o artista

nú feminino

nú masculino


amantes



destaco: namorados


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Pedro da Costa, Expressionismo com Muito Talento

paraty, rio de janeiro


O destaque na publicação de hoje é para um carioca, com muito talento nas Artes Plásticas.
Em minhas pesquisas, que poucas não o foram, poucos registros sobre ele encontrei.
Não tenho por hábito apenas publicar os trabalhos dos artistas escolhidos
para uma postagem mas, sua obra cativou-me. Belíssima obra.


pedro da costa


Seu nome: Pedro da Costa. Sua pinceladas são livres, soltas e transmitem, retratam de uma
forma sentimentalista e repleta de expressividade, a natureza e a vida urbana. Fiz uma
pequena seleção de alguns de seus trabalhos em óleo e aquarelas, ao meu gosto,
que tenho certeza darão uma ideia de seu talento e de seu amor às Artes.

carlos miranda (betomelodia) 




antes da chuva, paraty, rio de janeiro

rua do fogo, paraty, rio de janeiro

cais velho, vila abraão, ilha grande, rio de janeiro

rio perequê, paraty, rio de janeiro

rancho de pescadores, vila abraão, ilha grande, rio de janeiro

o retorno

sítio meio do mato, guaratiba, rio de janeiro

rio piracicaba, piracicaba, são paulo

reflexos no lago, sitio burle max, rio de janeiro

igreja n. s. da paz, ipanema, rio de janeiro

ponte dos jesuítas, santa cruz, rio de janeiro



destaco: dia de chuva - vila abraão, ilha grande, rio de janeiro


fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google