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sábado, 9 de abril de 2016

Victor Hugo e Sua Homenagem às Mulheres




Victor Hugo Porto

Ele rende homenagem às mulheres em belas pinturas, em cores fortes e harmoniosas.  Essa temática
é a marca registrada do Artista que as retrata em várias formas e momentos, gordas, pensativas,
submissas, independentes, gostosas em seus corpos seminus, heróicas, fortes ou frágeis,
chantagistas, mulheres com olhos de lince ou de profundo olhares, mulheres enfim.

Victor nasceu em Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 19 de Outubro de 1954. Pelo
desenho apaixonado desde a mais tenra idade,  aos treze anos de idade começou a trabalhar, e
dai em diante começou a pesquisar sobre as Artes, estudando todos os seus aspectos. Em
sua adolescência, como ouvinte frequentava aulas na Escola de Belas Artes em sua
cidade, onde montou uma agência de propaganda visual.  Aos 20 anos, dedica seu tempo à
pintura artística.  Em anos de trabalho estudou cores e técnicas usando vários materiais como
o carvão, tintas acrílica e óleo, pastel seco e várias técnicas mistas. Cursou Gravura em Veneza, Itália,
na Escola Internacional Gráfica , lá permanecendo por seis meses pintando, e também fazendo
trabalhos em esculturas,  que em sua grande maioria lá permanecem como um belo acervo.


victor hugo porto


Sua Obra

Com seu estilo facilmente reconhecível, as suas telas  possuem o conjunto de  propriedades que são
um claro sentido  idioscópico  da cultura de sua terra natal  nas belas  serras gaúchas.  É notado
uma tendência, leve mas intrínseca para o  cubismo  nas formas apresentadas em sua obra,
mas Victor preenche os fundos de suas telas com traços que, aliados ao tema central
os complementam e nos dão uma perfeita sensação de perspectiva. Bem, isso e
seus expressivos traços faciais, em bocas e olhos, adicionam um sentido de
construção expressiva ao objeto tema, no caso as mulheres,  em todos
os seus aspectos,  sua marca registrada,  como acima mencionei.

carlos miranda (betomelodia) 
















meu destaque

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Rosa Keiko e o Aquarelismo




Rosa Keiko

Em uma pequena cidade, no interior do Estado de São Paulo, ela nasceu no ano de 1950. Lá casou em
1976, mudando para a Cidade do Rio de Janeiro. Mas foi em sua adolescência lá no interior paulista,
que ela teve contato com as Artes, vendo pela primeira vez o trabalho abstracionista de Manabu
Mabe. O desejo de aprender pintura brotou intensamente pela beleza e pelo perfeito jogo de
cores, ora suaves, ora vigorosas, em sua obra. Mas fortes motivos a levaram a adiar o seu
ingresso nas Artes. Mas ao iniciar os estudos em 2001, ela desde então dedica todos os
seus dias à pintura e ao desenho,  em todos os estilos, técnicas e formas da pintura.



rosa keiko


Sua Obra.

Atualmente residindo em Niterói, cidade do Estado do Rio de Janeiro,  Rosa Keiko  além de criar suas
telas dedica-se à ensinar desenho e pintura artística,  no município de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro,
onde morou por muitos anos, atuando também como professora de Arte nos cursos do Animator
Studio, em Niterói.  O interessante em sua obra e em seus ensinamentos, é o ecletismo que
por ela é adotado em seus trabalho, ou seja, sua liberdade de escolha sobre o que julga
ser melhor para expressar-se artisticamente, sem apegar-se a determinado estilo ou
técnica, até mesmo à determinados preconceitos.  O que apreciei, em simpáticas
respostas à minhas perguntas,  é que seus alunos são assim respeitados nas
suas tendências, do clássico ao contemporâneo, do figurativo ao abstrato.

carlos miranda (betomelodia) 
















meu destaque

fontes
imagens:arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquiuvo pessoal / google
( telas sem títulos por opção da artista - tamanho das telas adaptados à diagramação )

domingo, 3 de abril de 2016

Caetano Veloso, Reconvexo



Nesta publicação, trago uma composição com muito swing baiano, autoria de Caetano Veloso, lançada
por sua irmã  Maria Bethânia no ano de 1978, no álbum "Maria Bethânia: ao vivo", faixa 21. Com
novo arranjo e muito swing, Caetano dá show de interpretação e prova que a boa Música
é imorredoura. Reconvexo, termo por criado e muito criticado pelos gramaticistas à
época, é uma resposta ao polêmico  Paulo Francis,  jornalista que residia em
Nova Iorque e de lá escrevia textos jornalísticos sempre destrutivos e
virulentos sobre a sociedade brasileira,  os intelectuais, artistas
e políticos (quanto aos políticos hoje dou-lhe plena razão).

Em Roma, queria compor uma Música para Bethânia gravar e estava muito irritado com o jornalista por
suas críticas, os nervos à flor da pele clamavam por uma resposta.  A composição nasceu de um
modo inusitado. Certa manhã em  Roma, e na companhia de dois amigos italianos, ele viu
que os carros estavam cobertos por areia e perguntou o motivo, eles responderam
ser areia do Deserto do Saara trazida pelos ventos. Foi o motivo primeiro da
origem temática da Música, mas o motivo principal da composição foi a
vontade de esnobar Paulo Francis.  E na letra, resposta clara e
evidente aparece ao enaltecer a cultura do Brasil. Vejam.




Para melhor compreensão da letra:


- A matriarca da Roma Negra: nas décadas de XX e XXX do século passado,  Aninha de Afonjá foi uma expressiva Ialorixá do Estado da Bahia, descendente da Nação Grunce, que assim chamava Salvador por ser a metrópole com maior número de negros fora da África;
- Henri Salvador foi compositor, guitarrista e cantor originário da França, que morou na cidade do Rio de Janeiro,  e é considerado um dos precursores da Bossa Nova;
- Olodum, bem conhecido bloco-afro presente no carnaval baiano que agita o Pelourinho e é ponto de turismo, cultura e lazer em Salvador;
- Andy Warhol, famoso pintor e cineasta norte americano, participante do movimento pop-art, e a risada refere-se ao deboche irônico da sociedade moderna;
- Gitá Gogoya, nada mais nada menos que uma alusão à Música Gitá de Raul Seixas e uma alusão à canção folclórica Fruta Gogoya, gravada por Gal Costa;
- Dona Canô nem precisa de explicação, pois é a mãe de Caetano e de Bethânia;
- Joãosinho Beija-Flor, maranhense, baixinho, magro e de língua presa que foi coreógrafo do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e carnavalesco em várias Escolas de Samba do Rio;
- Bobô, um morador de rua de Santo Amaro, muito elegante no vestir e se portar, que a todos deixava admirados por sua elegância, apesar de ser um morador de rua, e agora...
- A cartada final na letra, esnobando, descartando Paulo Francis e sua falta de brasilidade: "Quem não é recôncavo e nem pode ser reconvexo."
Genial. Vamos ao vídeo.

carlos miranda (betomelodia) 




Eu sou a chuva que lança a areia do Saara sobre os automóveis de Roma
Eu sou a sereia que dança a destemida Iara água e folha da Amazônia
Eu sou a sombra da voz da matriarca da Roma Negra
Você não me pega você nem chega a me ver
Meu som te cega careta quem é você
Que não sentiu o suingue de Henri Salvador
Que não seguiu Olodum balançando o Pelô
E que não riu com a risada de Andy Warhol
Que não que não e nem disse que não

Eu sou um preto norte-americano forte com um brinco de ouro na orelha
Eu sou a flor da primeira música a mais velha a mais nova espada e seu corte
Sou o cheiro dos livros desesperados sou Gitá Gogóya
Seu olho me olha mas nem me pode alcançar
Não tenho escolha careta vou descartar
Quem não rezou a novena de Dona Canô
Quem não seguiu o mendigo Joãozinho Beija-Flor
Quem não amou a elegância sutil de Bobô
Quem não é Recôncavo e nem pode ser reconvexo

caetano veloso



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quinta-feira, 31 de março de 2016

Celso Fonseca, Deixa



Baden Powell de Aquino. Nasceu em Varre-Sal, distrito de Itaperuna, no Estado do Rio de Janeiro, em
06 de Agosto de 1937.  Conhecido por Baden Powell,  foi um dos grandes Mestres violonistas do
Brasil. Aos três meses de idade, sua família mudou-se para o Distrito Federal, que na época
era a capital do Brasil, onde passou toda a sua infância. O interesse pela Música teve
início quando brincava com o violino do pai que músico amador, presenteou-o
com um violão,  ensinando os acordes básicos,  aos sete anos de idade.
Aos oito anos, teve aulas com Moacir Santos, o qual segundo suas
palavras" passava exercícios de composição sobre os "sete
modos gregos" quando com ele estudava, os mesmos
hoje conhecidos por Afro-Sambas. Badem morreu
26 de Setembro de 2000, no Rio de Janeiro.

Vinícius de Moraes.  Nascido como Marcus
Vinícius de Mello Moraes no dia 19 de Outubro de
1913, na cidade do Rio de Janeiro; poeta e músico, aliou sua
poesia repleta de lirismo à muitas composições e assim,  a Música
Brasileira ganhou belas e imortais canções. Sua obra é vasta, pois além
da poesia e Música,  Vinícius foi cantor, dramaturgo, jornalista, e claro, grande
compositor. Por suas poesias,  Tom Jobim carinhosamente o apelidou de  "Poetinha".
Não há nada mais sobre esse Mestre que eu possa acrescentar, já muito sobre ele escrevi e
que não seja do conhecimento de meus leitores ou seguidores, mas antes de passarmos ao vídeo
que ilustra a publicação, evoco que Vinícius de Moraes morreu no Rio de Janeiro em 09 de julho, 1980.


Bem, após a breve apresentação dos autores de  "Deixa"  que é destaque de hoje aqui no blog, vamos
falar sobre o intérprete da composição de autoria da dupla imortal de nosso Universo Musical,  já
bem conhecido aqui em nosso espaço: Celso Fonseca.  Escolhi esse Músico que aos doze
anos começou a tocar violão e aos dezenove assumiu dedicar-se à Música como sua
profissão, e que teve como sua primeira e principal influência no violão,  Baden
Powell. Talento ao interpretar, e com maestria dedilhar as cordas do violão.

carlos miranda (betomelodia) 




Deixa fale quem quiser falar meu bem
Deixa deixe o coração falar também
Porque ele tem razão demais quando se queixa
Então a gente deixa deixa deixa

Deixa ninguém vive mais do que uma vez
Deixa diz que sim pra não dizer talvez
Deixa a paixão também existe
Deixa não me deixes ficar triste

Deixa fale quem quiser falar meu bem
Deixa deixe o coração falar também
Porque ele tem razão demais quando se queixa
Então a gente deixa deixa deixa

Deixa ninguém vive mais do que uma vez
Deixa diz que sim prá não dizer talvez
Mas ve se deixa a paixão também existe
Deixa não me deixes ficar triste 

baden powell / vinicius de moraes



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 28 de março de 2016

Gildásio Jardim, uma Técnica Criativa e Pessoal

ciranda de girassol


Gildásio Jardim Barbosa

Bem, o destaque de hoje na série sobre as  Artes Plásticas Brasileiras, nos traz um Artista que tem em
suas pinturas,  sentimentos, reminiscências de nossas vidas,  reminiscências  de uma grande parte
do povo brasileiro. Graduado em Licenciatura Plena em Geografia pela Unimontes em 2007,
e também em outros cursos na  "
IEPHA"  e também  "AIC",  ambas entidades  em Minas
Gerais, Estado em que nasceu na cidade de Joaíma, Vale do Jequitinhonha. E é lá
no Vale, em Padre Paraíso que hoje ele mora, onde além das Artes Plásticas o
Artista também exerce o cargo de Professor de Geografia. Duplo talento.


gildásio jardim barbosa


Sua Obra

Geldásio dedica sua obra à cultura popular,  com cenas do cotidiano das
regiões interioranas do Estado de Minas Gerais,  assim como do Nordeste do
Brasil. Autodidata, criou uma técnica pessoal em que suas telas tem como base o
tecido estampado com flores, bolinhas ou outros tecidos que lembrem a chita, o tecido
que lhe traz caras recordações  das roupas que eram usadas pelos personagens gravados
então em suas telas, em sua memória desde a mais tenra infância na zona rural mineira. Assim ele
cria uma perfeita fusão cores/personagens de sua gente, lá do Vale do Jequitinhonha, carinhosamente.
Interessante é que o chita, tido como símbolo de pobreza à época, torna-se valioso ganhando nobreza.

carlos miranda (betomelodia) 




jogando bola na rua


leitura na rede de flores


sinvalinho tocando pandeiro


costurando o tempo


no banco da praça


mestre antonio

dona senhorinha

a labuta na barra do encachoeirado


colhendo café


o sanfoneiro


eu (o autor), a rebeca e meu coração


meu destaque: palhaço estampado

fontes
imagens: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
( tamanho das telas adaptados à diagramação )