edu lobo e seu filho bena lobo |
A perenidade de uma Música
Ponteio. Um clássico de nossa Música. Interessante é saber como nasceu a vencedora do III Festival de
Música Popular Brasileira em 1967, promovido por uma emissora de televisão. Bem, como já sabem os
autores são Edu Lobo e José Carlos Capinan, autor da letra em que há descrição da situação vivida
então no Brasil, a tentativa de censurar, calar os músicos já sufocados pela ditadura militar, pois
era através das letras das canções, que os jovens expressavam seu desagrado à situação. Foi
assim que "Ponteio" tornou-se uma das canções desta época que ficaram marcadas na MPB.
Vamos lá, sobre a composição em si. Edu, atendendo a um pedido de seu amigo Dori Caymmi, foi ouvir a
canção de título "O Cantador", à qual pedia ao Edu colocar uma letra para que concorressem ao novo
festival. Ele gostou, principalmente do refrão que o fez pensar, mas recusou o convite de parceria
com Dori, por que não achava estar pronto para outro evento, já que tinha ganho o de 1965, com
a Música "Arrastão", parceria com Vinícius de Moraes (e o refrão não saía de sua cabeça). Edu
tinha por costume colocar em caderno, palavras que seriam títulos para futuras composições
e nele, constava a palavra ponteio, que significa ato de pontear com os dedos. E o refrão
ganhou uma letra: " quem me dera agora eu tivesse uma viola p'rá cantar ". Bem, agora
tinha um título, e um refrão; só faltava a letra. Compôs a melodia, entregou para o seu
parceiro e o resultado foi que com Marilia Medalha, a composição terminou por ser
a vencedora do Festival. E o mais interessante: notem que ela está "atualíssima".
Ponteio. Um clássico de nossa Música. Interessante é saber como nasceu a vencedora do III Festival de
Música Popular Brasileira em 1967, promovido por uma emissora de televisão. Bem, como já sabem os
autores são Edu Lobo e José Carlos Capinan, autor da letra em que há descrição da situação vivida
então no Brasil, a tentativa de censurar, calar os músicos já sufocados pela ditadura militar, pois
era através das letras das canções, que os jovens expressavam seu desagrado à situação. Foi
assim que "Ponteio" tornou-se uma das canções desta época que ficaram marcadas na MPB.
Vamos lá, sobre a composição em si. Edu, atendendo a um pedido de seu amigo Dori Caymmi, foi ouvir a
canção de título "O Cantador", à qual pedia ao Edu colocar uma letra para que concorressem ao novo
festival. Ele gostou, principalmente do refrão que o fez pensar, mas recusou o convite de parceria
com Dori, por que não achava estar pronto para outro evento, já que tinha ganho o de 1965, com
a Música "Arrastão", parceria com Vinícius de Moraes (e o refrão não saía de sua cabeça). Edu
tinha por costume colocar em caderno, palavras que seriam títulos para futuras composições
e nele, constava a palavra ponteio, que significa ato de pontear com os dedos. E o refrão
ganhou uma letra: " quem me dera agora eu tivesse uma viola p'rá cantar ". Bem, agora
tinha um título, e um refrão; só faltava a letra. Compôs a melodia, entregou para o seu
parceiro e o resultado foi que com Marilia Medalha, a composição terminou por ser
a vencedora do Festival. E o mais interessante: notem que ela está "atualíssima".
carlos miranda (betomelodia) ™
Era um era dois era cem era o mundo chegando e ninguém
Que soubesse que eu sou violeiro que me desse um amor ou dinheiro
Era um era dois era cem vieram p'rá me perguntar
Ô você de onde vai de onde vem diga logo o que tem prá contar
Parado no meio do mundo senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via nem sombra nem sol nem vento
Quem me dera agora eu tivesse essa viola prá cantar - 4 vezes
Era um dia era claro quase meio era um canto calado sem ponteio
Violência viola violeiro era morte em redor mundo inteiro
Era um dia era claro quase meio tinha um que jurou me quebrar
Mas não lembro de dor nem receio só sabia das ondas do mar
Jogaram a viola no mundo mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo e viola ponteio meu canto não posso parar não
Quem me dera agora eu tivesse essa viola prá cantar - 4 vezes
Era um era dois era cem era um dia era claro quase meio
Encerrar meu cantar já convém prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei por inteiro eu espero não vai demorar
Esse dia estou certo que vem diga logo que vim prá buscar
Correndo no meio do mundo não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado e um novo lugar prá cantar
Quem me dera agora eu tivesse essa viola p'rá cantar - 3 vezes
josé carlos capinan / edu lobo
Que soubesse que eu sou violeiro que me desse um amor ou dinheiro
Era um era dois era cem vieram p'rá me perguntar
Ô você de onde vai de onde vem diga logo o que tem prá contar
Parado no meio do mundo senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via nem sombra nem sol nem vento
Quem me dera agora eu tivesse essa viola prá cantar - 4 vezes
Era um dia era claro quase meio era um canto calado sem ponteio
Violência viola violeiro era morte em redor mundo inteiro
Era um dia era claro quase meio tinha um que jurou me quebrar
Mas não lembro de dor nem receio só sabia das ondas do mar
Jogaram a viola no mundo mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo e viola ponteio meu canto não posso parar não
Quem me dera agora eu tivesse essa viola prá cantar - 4 vezes
Era um era dois era cem era um dia era claro quase meio
Encerrar meu cantar já convém prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei por inteiro eu espero não vai demorar
Esse dia estou certo que vem diga logo que vim prá buscar
Correndo no meio do mundo não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado e um novo lugar prá cantar
Quem me dera agora eu tivesse essa viola p'rá cantar - 3 vezes
josé carlos capinan / edu lobo
fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal /google
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