google-site-verification: google8d3ab5b91199ab17.html

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Meus Escritos - Cafifas

betomelodia.blogspot.com


" Se eu fosse uma pipa eu queria ser cortada.
Assim, ficaria livre pra voar, voar pra onde eu quisesse ir
e ainda que uma hora eu tivesse que cair, aqueles
segundos de liberdade já me teriam valido a pena. "
jessica freire


Teve um dos melhores anos de sua infância ao morar no Engenho de Dentro, bairro
do Rio de Janeiro. Lá, nos altos da rua Mário Calderaro num terreno em
aclive, onde havia a bonita casa de seus tios e primos. Na parte alta do terreno, bem
ao fundo, em uma edícula "asso(m)bradada", "seu" José e "dona" Palmira, 
um simpático casal de portugueses moravam.

A edícula rodeada de muitas folhagens, flores e com seus "estranhos" moradores,
parecia saída de um conto de fadas pois o sotaque, o modo de vestirem-se e as
mágicas que faziam para ele eram diferentes e divertidas, impressionando-o muito.

Ele, que na maior parte de sua infância sempre morou com parentes, afastado do
convívio dos pais e irmãs, sentia-se um banido, um proscrito. Mas lá na casa de
seus tios, lá nos altos de um outeiro, viveu um ano em que soube o que era
ser amado, ser querido, fazer parte de uma família. Um ano.




Suas primas. A primogênita, sua parceira em aborrecer a menor. Planos bem
bolados e que quase sempre davam errado, pois com o choro da menina,
traziam broncas e castigos aos dois. Seu primo, o mais novo membro da família
e hoje piloto de caça da FAB, era de colo e por isso intocável. Sorte dele.

O relógio. Tem que falar dele. Um carrilhão de mesa que além de soar as horas
e os quarto de horas, fazia um tic-tac terrivelmente alto. Era movido à corda
e ficava sobre um móvel ao canto da sala de estar, onde ele dormia em um sofá.
Bem, ele só dormia depois de abafar os sons com almofadas e cobertores.

Sua Tia. Irmã mais nova de sua Mãe, era sua preferida. Fala rápida e sempre de
bom humor, tratava-o como um filho até mesmo quando ele fazia algo errado.
Ajudou-o a entender sua vida explicando-lhe os "porquês" e os "senões".
Sábia, mostrou a ele como viver bem, aceitando os revezes apenas como simples
obstáculos a serem superados. Ele guardou como herança, seus ensinamentos.

Seu Tio. Todos adorariam ter um Tio como aquele. Justo, alegre, bom ouvinte
e conselheiro, um verdadeiro Pai para um menino banido, companheiro nas
brincadeiras e mestre na arte de construir e empinar as, quadradas, pandorgas,
papagaios, pipas ou também conhecidas por um nome que o fazia rir muito: cafifa.
E foi assim que seu tio passou a chama-lo quando iam soltar ao vento as pipas
no terraço sobre a garagem:
"Vamos, Cafifa! Vamos aproveitar o vento! Vamos ver se essa vai voar! "
E saía correndo pela casa em direção ao terraço, com ele pulando de alegria à
sua volta. E todas as pipas voaram longe e alto.

As cafifas. Criadas como em um passe de mágica. Varetas de bambu e folhas
de papel de seda eram transformadas em obras de arte voadoras. Incríveis
estrelas, círculos, quadrados, retângulos, pássaros e em muitas outras formas.
Causavam inveja aos meninos da redondeza, eram atrações ao cortar os
ares ao sabor dos ventos. Sempre subiam aos céus. Eram lindas preces que
agradeciam o milagre de mais um belo dia.

Lembranças. Caras lembranças, alegres e por sua intensidade, nítidas em
seu coração. Seus Tios partiram, seu primo e primas constituíram família em
distantes lugares. Embora distantes, permanecem as recordações presentes em
sua vida, em suas memórias.

carlos miranda (betomelodia) 



fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / meus escritos

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Marcelo Jeneci e Laura Lavieri, Felicidade



Vamos lá. Compositor, instrumentista e cantor, nascido na na capital do Estado de São Paulo em Abril de
1982, e criado na zona leste da cidade, é o estreante aqui no Blog. Seu nome é Marcelo Jeneci. O
seu interesse pela Música veio de seu pai, que além de executar consertos equipamentos
eletrônicos, também reparava instrumentos musicais,  orientando-o na execução de
vários instrumentos. O início de sua carreira deu-se ao fazer parte da banda
de Chico César no ano de 2000, excursionou pela Europa, tendo feito
parte também de outras bandas.  Como compositor, em 2008 o
sucesso aconteceu com a composição Amado, parceria
com Chico César, cantada por Vanessa da Mata,
e que foi a trilha sonora de uma novela.

Indicado para o Grammy Latino, Melhor
Álbum de  Música Popular Brasileira,  2014,  ele
foi premiado pela  Associação  Paulista  de  Críticos  de
Arte, na categoria Melhor Compositor no mesmo ano. O vídeo
escolhido para ilustrar a postagem, é do seu álbum  Feito Para Acabar,
lançado em 2010. onde canta Felicidade, em duo com a cantora Laura Lavieri.

carlos miranda (betomelodia) 





Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz
Sentirá o ar sem se mexer sem desejar como antes sempre quis
Você vai rir sem perceber felicidade é só questão de ser
Quando chover deixar molhar pra receber o sol quando voltar
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz
Se chorar chorar é vão por que os dias vão pra nunca mais

Melhor viver meu bem pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar sorrir também e depois dançar na chuva quando a chuva vem
Melhor viver meu bem pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar sorrir também e dançar dançar na chuva quando a chuva vem

Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar
Nessa hora fique firme pois tudo isso logo vai passar
Você vai rir sem perceber felicidade é só questão de ser
Quando chover deixar molhar pra receber o sol quando voltar

Melhor viver meu bem pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar sorrir também e depois dançar na chuva quando a chuva vem
Melhor viver meu bem pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar sorrir também e dançar dançar na chuva quando a chuva vem

Dançar na chuva quando a chuva vem
Dançar na chuva quando a chuva
Dançar na chuva quando a chuva vem


marcelo jeneci / chico césar




fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Diego Moraes e Paula Lima: Deus Dará

diego moraes e paula lima


Natural de Santa Bárbara do Oeste,  interior do Estado de São Paulo em dois de Julho de 1985,  cresceu
na cidade vizinha de Piracicaba,  linda cidade cortada por um majestoso rio homônimo, onde residi
por dezoito anos. Destaque de hoje, Diego Augusto Do Vale Moraes, pianista e violonista, um
apaixonado pelo canto que aos seis anos de idade na cidade de Campinas, demonstrou
grande interesse pela Música. Participando de corais em igrejas, influenciado por
por pai no jazz, soul e pelo estilo Sertanejo de Raiz, sua educação artística
Diego Moraes,  seu nome artístico,  destacou-se e até venceu vários
festivais em que participou. Minha escolha para esta postagem
é um vídeo com Diego em um duo com Paula Lima onde a
dupla dá um show de interpretação em  "Deus dará",
como popularmente é conhecida "Partido Alto",
clássico de Chico Buarque de Holanda.

carlos miranda (betomelodia) 



( vídeo em 360p )


Deus dará diz que deu diz que dá diz que Deus dará
Não vou duvidar ó nega e se Deus não dá como é que vai ficar ó nega à Deus dará à Deus dará
Diz que deu diz que dá diz que Deus dará
Não vou duvidar ó nega e se Deus negar eu vou me indignar e chega à Deus dará à Deus dará

Deus é um cara gozador adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado me botar cabreiro
Na barriga da miséria eu nasci brasileiro

Diz que deu diz que dá diz que Deus dará
Não vou duvidar ó nega e se Deus não dá como é que vai ficar ó nega à Deus dará à Deus dará
Diz que Deus dá Deus dará
Não vou duvidar ó neguinho e se Deus negar eu vou me indignar e chega à Deus dará à Deus dará

Jesus Cristo ainda me paga um dia ainda me explica
Como é que pôs no mundo uma pobre titica
Vou rodar o mundo afora dando uma canjica
Que é pra ver se alguém se embala ao ronco da cuíca

Deus dá dará não vou duvidar ó nega
E se Deus não dá como é que vai ficar ó nega à Deus dará à Deus dará
Diz que deu diz que dá diz que Deus dará
Não vou duvidar ó neguinho e se Deus negar eu vou me indignar e chega à Deus dará à Deus dará

Deus me deu mãos de veludo prá fazer carícia
Deus me deu muitas saudades e muita preguiça
Deus me deu pernas compridas e muita malícia
Pra correr atrás de bola e fugir da polícia

Diz que deu diz que dá dará é
Não vou duvidar ó nega e se Deus negar como é que vai ficar ó nega à Deus dará à Deus dará
Diz que deu diz que dá diz que Deus dará ai neguinho Como é que vai ficar ó nega
E se Deus não dá eu vou me indignar e chega à Deus dará à Deus dará

Deus me fez um cara fraco desdentado e feio
Pele e osso, simplesmente quase sem recheio
Mas se alguém me desafia e bota a mãe no meio
Eu dou porrada a três por quatro e nem me despenteio

Deus dará Deus dará Deus dá Deus dará diz que dá não Deus dará
Deus dá não dá Deus pra você não vai negar diz que deu diz que dá diz que Deus dará

chico buarque



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Eduardo Lilja - A Arte no Mundo - Brasil

nigeriano


Nascido  em março de 1984 na capital do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Eduardo de Souza
Lilja é um amante das artes plásticas e literárias em todos os sentidos,  também apreciador da boa
Música brasileira, tendo grande admiração sobre a obra inesquecível do compositor,  Cartola.
Desde a infância já se aventurava nas  Artes em seus desenhos, e mais tarde dedicou-se
às esculturas em argila. Autor de interessantes crônicas, Eduardo teve um de seus
escritos em destaque aqui no Blog,  com a crônica de sua autoria, Jazz da Lua.

eduardo lilja - 1984  /  in activity
oily pastel on paper - not mentioned format - artist's collection
city of porto alegre, rio grande do sul state - brazil
contact me to acquire: http://eduardo.lilja.com.br

fontes
imagem: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / eduardo lilja

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Liah Soares, Tô Chegando



Iniciamos o mês de Novembro com um bom Carimbó, ritmo regional de origem indígena. posteriormente
influenciado pela cultura africana e portuguesa.  Na língua Tupi, o nome do ritmo vem dos termos
'curi' e 'm'bo', traduzindo, tambor de tronco de árvore e oco ou furado: curimbó. Assim, para
a interpretação, dança e ilustração da publicação, escolhi uma paraense nascida lá em
Tucuruí, Estado do Pará, trazendo-a de volta ao Blog, que é Liah Soares. Ela foi
destaque cantando  Casa Vazia, Todos os Cantos e Desperdiçou, e agora
em seu retorno ao Blog,  interpreta  Tô Chegando.  Então, vamos lá.


carlos miranda (betomelodia) 




Bota aquela saia o brinco de argola vermelho nas unhas tô chegando
A flor no cabelo o olhar maroto a boca de beijo tô chegando
Eu quero te ver na pista comigo rodando essa saia e sendo o meu par
Tua mão bem na minha teu olho no meu no passo da dança que eu vou te ensinar

Ao som da guitarra à luz do luar na chuva de estrelas
Acenda o seu corpo que eu vou me queimar

Nessa festa linda que é te namorar
Acenda o seu corpo que eu vou me queimar


liah soares / iana marinho



fontes
imagem e vídeo: arquivo pessoal - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google