Mesmo estando certo, acho que estou errado.
Ou estou errado por achar que estou certo?
Talvez, tudo seja certo ou tudo seja errado.
Levanto, ando. Até onde? Qualquer lugar?
Canso, volto. Até onde? Onde estava antes?
Talvez, onde ainda não estive seja meu lugar.
Busco o peso exato entre o bem e o mal, o equilíbrio.
Sempre muito atento, mas também, disperso.
Talvez, buscando entre a vida real e o sonho eu esteja.
Por vezes triste, mas alegre ao mesmo tempo.
Procuro entender o não, o sim já entendo.
Talvez, esse seja meu fim, a descoberta do não.
Amo o que é inexato, em busca da exatidão.
Idolatro a beleza em si, mesmo que horrível seja à todos.
Talvez, seja eu um tolo, por ser sincero mentindo.
Medo, sinto medo. Choro e rio em minha solidão.
Mas sorrio ao lembrar minha vontade de seguir em frente.
Talvez, temeroso me arrisque por impulso e dor.
Amigo sem amigos. Um poeta sem rimas e palavras.
Despido de falsa modéstia, egoísta eu sou.
Talvez, vivendo sem que esteja vivo.
Vou brincando de amar, embora receando o amor.
Mas seguir amando sem ser aceito pela vida?
Talvez, tenha que partir odiado para que seja lembrado.
Olho para cima, vejo o azul. Vejo o branco também.
Por vezes sinto gostar da vida. Contente fico. Alegre?
Talvez não mais seja alguém, não mais exista então.
Vim de longe, muito longe no tempo e na busca.
Descobri aos poucos que sou aquele que ama seguir.
Talvez apenas adie o momento de partir.
carlos miranda (betomelodia) ™
fontes
imagem: google - texto: carlos miranda (betomelodia)
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
base das pesquisas: arquivo pessoal / google
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